1º DIA – 04.09.2012 – 3ª
feira
(BRASIL: Brasília-DF – Rio Verde-GO)
Decidimos deixar Brasília hoje à tarde, já que já estávamos
prontos e nada mais havia para ser providenciado.
Nem tínhamos iniciado ainda a viagem e o carro já estava abarrotado
de bagagem.
Depois de enfrentarmos o trânsito caótico de Goiânia (GO) e obras
praticamente em todo trecho entre aquela cidade e Rio Verde (GO), após pouco
mais de 400 Km
rodados paramos para o pernoite no Hotel
Rio Verde e para uma pizza na Tradição
Pizzaria, a 100 metros
do hotel.
Pagamos R$ 135,00 (US$ 65,85) pelo
pernoite.
Acréscimos
do Marcio
Para se pegar a estrada
para Rio Verde (GO), tem-se que atravessar parte da cidade de Goiânia (GO). E
fizemos isso naquele horário de pico, com o trânsito infernal.
Além disso, mesmo após
pegarmos a rodovia, ainda tivemos que enfrentar enormes trechos com obras de
duplicação. Foi lento e estressante.
Jantamos pizza, próximo
ao hotel, levando a sobra para comer amanhã na estrada.
2º DIA – 05.09.2012 – 4ª
feira
(BRASIL: Rio Verde–GO – Cáceres-MT)
Acordamos
antes das 7 h, tomamos café e às 8 h deixamos Rio Verde (GO).
A
estrada até Jataí (GO) também está sendo duplicada. O movimento de caminhões é
intenso. Depois de Jataí (GO) a pista é simples.
Lanchamos
a pizza de ontem. A de brócolis estava ótima fria!
Na
fronteira com Mato Grosso havia vários caminhões parados devido à greve da Polícia
Federal.
No
trajeto, vimos alguns incêndios na vegetação, que está muito seca. A
temperatura fora do carro passava dos 38° C.
Próximo
a Rondonópolis (MT), passamos pela Serra
Petrovina, belíssima, já com as características da Chapada dos Guimarães, que fica a 265 Km de Cuiabá.
Serra Petrovina: próximo de
Rondonópolis (MT)
Almoçamos
às 13h30, em Rondonópolis (MT), com 40° C de companhia, no restaurante que fica
no mercado Big Master, dentro da cidade,
a 3 Km da
estrada. Consideramos este mais “decente” que o Restaurante Trevão, que ficava na estrada.
Desde
que entramos no estado de Mato Grosso o fuso horário passou a ser de menos 1 hora
em relação à Brasília (DF).
Parece
que deixamos o cerrado para trás e a vegetação agora é mais densa, com árvores
maiores e já lembrando a Amazônia.
Vimos
vários boitéis. É isso mesmo, hotéis para bois.
Os
caminhões não dão trégua, e já passamos dois sustos. Acho que nem na BR-101 tem
tantos caminhões.
Ainda
não eram 17 h quando passamos por Cuiabá (MT) e decidimos seguir viagem até Cáceres
(MT).
Avistamos
a Chapada dos Guimarães. Estivemos lá
há alguns anos.
O
duro foi atravessar Cuiabá (MT) com um trânsito caótico pelas obras da Copa do Mundo e pela fraca infra-estrutura.
Além
disso, acho que o GPS tem escolhido os piores roteiros para nós. Foi assim em Goiânia
(GO) e aqui em Cuiabá (MT). Fomos colocados para cruzar as cidades, na hora do
rush, onde perdemos mais de uma hora.
Aproveitei
para ver meus e-mails, e constatei que a reserva do hotel na cidade peruana de Aguas
Calientes tinha sido cancelada.
Liguei
imediatamente para a Booking.com, responsável
pela reserva, e eles fizeram o hotel ligar para o meu celular e arranjar outra
hospedagem para nós. Achei o máximo tratar com o peruano, usando o meu ralo espanhol.
Deu tudo certo, mas foi um estresse.
Quando
deixamos Cuiabá (MT) já eram mais de 18 h e já estava escuro. Ponderamos tudo e
decidimos mesmo assim seguir para o pernoite em Cáceres (MT). Por sorte a
estrada estava ótima! E o melhor: quase sem caminhões.
O
trecho é deserto e com apenas um posto da Polícia Rodoviária Federal. Ficamos com
um pouco de receio, por ser rota de drogas.
Chegamos
a Cáceres (MT) antes das 21 h. O Hotel
Vilage foi o escolhido para o pernoite. Pagamos R$ 130,00 (US$ 63,41) pela diária.
Após descarregarmos
nossa bagagem, saímos para jantar no Restaurante
Tutu.
Hoje rodamos quase 1.000 Km e o cansaço está
começando.
Agora é dormir, para
amanhã continuar a jornada.
Acréscimos
do Marcio
Mais um dia cansativo,
pois estávamos somente colocando quilometragem para trás, já que nosso objetivo
é a fronteira do Acre com o Peru.
Além disso, o movimento
de caminhões na estrada é intenso, o que torna ainda mais lento o deslocamento.
Foi o máximo ver (ouvir)
a Clênia conversando com o peruano do hotel em Aguas Calientes
(Peru) ao telefone, em
espanhol. Mas a danada conseguiu entender e se fazer
entender, resolvendo tudo.
O programa do GPS
realmente é estranho, pois quando se trata de cruzar cidades tem nos mandado
por rotas mais lentas e tumultuadas.
O hotel em Cáceres (MT) era
mais novo e confortável que o de Rio Verde (GO). O aparelho de ar refrigerado
já era do modelo split.
3º DIA – 06.09.2012 – 5ª
feira
(BRASIL: Cáceres-MT – Ji-Paraná-RO)
Acordamos
às 6 h, tomamos café e antes das 8 h já estávamos a caminho de Porto Velho (RO).
Gostei
do pernoite em Cáceres (MT). Jantamos bem e ficamos bem acomodados no novíssimo
Hotel Village. Além disso, ficava às
margens da rodovia que seguiremos hoje.
Bem
próximo à cidade havia o Portal do Pantanal.
Cáceres - Portal do Pantanal
Cruzamos
o Rio Paraguai que, apesar da seca,
ainda tinha muita água e parecia ser navegável.
Rio Paraguai, na altura de Cáceres (MT)
Passamos
por 7 Km de
estrada onde havia placas indicando cuidados com a travessia de animais. Vimos
várias raposas mortas por atropelamento.
As
árvores floridas tornam a estrada um jardim! O colorido dos ipês amarelo, rosa
e branco, além de outras árvores que eu nunca vi, junto com o azul sem uma
nuvem do céu, são um colírio à parte. Muito pitoresco!
Ipê amarelo às margens da rodovia em Mato Grosso
Vimos
muitas cidades com influência gaúcha, e, junto, o desmatamento para o
agronegócio. O loteamento é total.
Acréscimos
do Marcio
Em Ji-Paraná (RO) ficamos hospedados no Hotel Sol Nascente, que fica em frente ao Hotel Maximus e pertence à mesma pessoa. Pagamos R$
144,00 (US$ 70,24) pelo pernoite.
O Hotel Maximus
é mais luxuoso, mas estava lotado. Em ambos havia garagem, item fundamental
para a gente, pois o carro tem que estar sempre bem guardado.
Fomos jantar no Restaurante Garden, enorme e com as mesas ao ar livre.
O calor está infernal! Não vemos a hora
de voltar para o ar refrigerado do quarto.
4º DIA – 07.09.2012 – 6ª
feira
(BRASIL: Ji-Paraná-RO
– Capixaba-AC)
Acordamos às 5h30. Ji-Paraná (RO) é tão quente que o
ar refrigerado demorou muito para resfriar quarto. Aqui parece Teresina (PI) de
tão quente.
O Hotel Sol
Nascente foi recém-comprado e os funcionários nos atendem demonstrando o
bom treinamento que tiveram. São simples, mas solícitos e atenciosos.
Tomamos um bom café, vendo o sol nascer e já curtindo
o calor local, mesmo às 6h30. A sorte é que nesses lugares muito quentes tem ar
refrigerado em quase todos os ambientes.
Às 7h20 abastecemos o carro e deixamos a cidade. O
diesel está R$ 2,24/litro (US$ 1,09). Temos encontrado por até R$
2,49 (US$ 1,21). Um assalto à mão desarmada!
Na cidade seguinte a Ji-Paraná (RO), Ouro Preto do
Oeste (RO), constatamos que também havia hotel descente. Caso soubéssemos,
teríamos rodado mais 50 Km
ontem.
Na maioria das vezes o xixi tem sido na estrada. Não
temos dado muita sorte com os sanitários da estrada.
Paramos para um café às 10h10, num local chamado Fazendinha, distante 49 Km de Ariquemes (RO). Comemos
pão de queijo com café, é claro. O lugar é descente e é um bom apoio.
Passamos por Porto Velho (RO) ao meio-dia, e a sorte
foi que cruzamos por fora da cidade e que hoje é feriado.
A estrada para Rio Branco (AC) é boa, mas com alguns
caminhões.
Vimos muitas castanheiras do Pará, sobreviventes do
desmatamento. Em Rondônia, a atividade principal é a pecuária, slogan do
estado, diferentemente do centro-oeste, com sua produção de grãos.
Paramos em Jaci-Paraná (RO) para almoçar. Um povoado
bem simples, mas comemos arroz com macarrão e feijão saborosos. Tudo com salada
e galinha caipira. Demos sorte!
Passamos pela entrada da Hidrelétrica do Rio Jirau. Aí que eu percebi como já estávamos
longe de casa: 2.730 Km .
Na altura do Km 862 da BR-364 encontramos o Rio Madeira.
Passamos por um trecho de buracos, recortados para
recapeamento, mas ainda não tampados, bem perigosos, seguidos de buraqueira
mesmo. Tudo num trecho de 30
Km , na altura do Km 920 da BR-364.
Vimos quatro Araras
Canindé.
Os buracos acabam na balsa para travessia do Rio Madeira.
Buracos na
BR 364, em Rondônia
Balsa no
Rio Madeira: os caminhões-tanque vão sós por motivo de segurança
Pagamos R$ 20,00 (US$ 9,76) pela travessia, mas não
embarcamos na balsa que já ia sair, apesar de ter espaço, por ela estar transportando
caminhões-tanque. Há uma norma que proíbe o transporte de carros pequenos e de
combustível juntos.
Demos sorte de não esperar muito. Mesmo assim,
perdermos 40 minutos nisso.
Os 30
Km de buracos e a balsa atrasaram a viagem em mais de
uma hora.
Com o calor que faz aqui, todo hotel,
independentemente da simplicidade, tem ar refrigerado. É mandatário para não
cozinhar as pessoas.
Deixamos Rondônia e entramos no Acre antes das 18 horas.
Pegamos mais buraqueira, o que nos atrasou mais ainda.
Próximo a Rio Branco (AC) pegamos chuva. Para nós, que
não víamos água há quase dois meses, foi bom. Como o lugar é muito quente,
vimos o vapor evaporando no asfalto.
Como estamos indo mais ainda para o oeste, o sol se
pôs mais tarde, às 18h30.
A estrada estava péssima. Junto com a chuva e a noite
o horário do pernoite teve que ser antecipado.
O trecho de hoje foi o mais puxado, por nunca termos
pisado no Acre nem em Rondônia.
Além disso, a sensação de isolamento aumenta o estresse.
Tentamos pernoitar em Senador Guiomard
(AC), a 21 Km
de Rio Branco (AC), mas a cidade estava sem energia e não encontramos os dois
hotéis que existiam.
Seguimos para a cidade seguinte, Capixaba (AC), já no
caminho para a fronteira com o Peru. Já começamos a ver placas mostrando a distância
de 1.800 Km
para o Oceano Pacífico. A distância para a fronteira é de 344 Km .
Finalmente achamos um hotel, o Hotel Capixaba. Ele tem ar e serve café da manhã. Pagamos R$ 50,00 (US$ 24,39) pelo pernoite.
Jantamos pizza num local ao lado do hotel.
Nem acredito que vou me espichar.
Amanhã entraremos no Peru.
Acréscimos
do Marcio
O trecho hoje foi barra! É incrível que
ainda não tenham construído uma ponte para cruzar o Rio Madeira, praticamente a única rota para a capital
do Acre. Ali, se tudo der certo, perdem-se uns 40 minutos para atravessar.
Durante a travessia é possível avistar a
fronteira com a Bolívia.
O almoço em Jaci-Paraná (RO) foi no Restaurante Basílio, localizado bem na entrada da cidade.
Abastecemos, almoçamos e seguimos para o Acre.
Nosso jantar na cidade de Capixaba (AC)
foi na Pizzaria
Paiol, onde esperamos uma turma grande ser
servida antes, pois o forno só assava uma pizza de cada vez.
O ar refrigerado do quarto no Hotel Capixaba, apesar de novo e de ser do modelo split, não estava refrigerando adequadamente. Dormimos
com ele no máximo, para que o calor não nos matasse. Por outro lado, foi o primeiro
hotel onde não precisamos utilizar nossos travesseiros, pois o dele era
adequado em altura e em consistência.
Comprei um travesseiro para levar (R$
35,00), já que não consigo encontrar desse modelo em nenhum outro lugar.
O dono da pousada era do Espírito Santo e
já estava há 38 anos lá. Chamava-se Alberto.
O combustível está a
cada dia mais caro.
5º DIA – 08.09.2012 – Sábado
(BRASIL: Capixaba-AC
- PERU: Quincemil)
Acordamos às 5h40, tomamos café e deixamos a cidade
quase às 8 h.
Demoramos um pouco a sair, pois um hóspede estava
colocando uma moto na caçamba de uma caminhonete, bem na passagem da saída da garagem.
Apesar disso, fomos bem atendidos. O dono, o Alberto,
um capixaba que mora aqui há 38 anos, é uma simpatia. Concordou até em vender
para o Marcio um dos seus travesseiros, para que não tivéssemos que esperar o
comércio abrir. Era do tipo que ele queria, alto e duro, e que não achava de
jeito algum.
Enquanto esperávamos, pararam vários grupos de trabalhadores
para tomar café com pão e manteiga no hotel.
Passamos pela cidade de Brasiléia (AC) antes das 10
h, e lá havia sinal da operadora de telefonia VIVO. Aproveitamos para usar a internet e para dar telefonemas para
amigos e familiares pelo celular.
Aproveitei para postar no Blog e no Facebook, pois
em Capixaba (AC) a única operadora de celular era a Oi e o hotel não tinha internet.
Ainda bem que não pernoitamos em Brasiléia (AC). A
cidade faz fronteira com a Bolívia e parece bem bagunçada.
Vimos várias placas sinalizando o acesso para o Peru
e para o Oceano Pacífico.
A estrada de Capixaba (AC) até Assis Brasil (AC) tem
buracos em muitos trechos, o que atrasa a viagem.
Chegamos a Assis Brasil (AC) antes das 11 h. Abastecemos
com o diesel mais caro da viagem, inacreditáveis R$ 2,88/litro (US$ 1,40). Ainda bem que tínhamos rodado pouco.
Abastecimento em
Assis Brasil (AC): diesel mais caro da viagem: R$ 2,88
Passamos na migração brasileira, fizemos os
procedimentos para saída do Brasil e fomos almoçar.
Posto da migração brasileira em Assis Brasil (AC), fronteira com o Peru
Seguindo dica da policial brasileira, almoçamos no
único restaurante da cidade, o Paladar.
Demos sorte, pois fomos os primeiros a comer no self- service. Almoçamos bem.
Após o almoço, rodamos mais 3 Km e já estávamos no Peru.
Cidade peruana de Iñapari: fronteira com o Brasil no Acre
Aqui é uma hora a menos do que no Acre. Assim, estamos
duas horas mais cedo do que Brasília (DF). Isso nos é favorável, para podermos ir
mais longe hoje, ainda com luz do dia.
Fizemos a migração (para nós) e a aduana (para o
carro) em lugares diferentes, mas um ao lado do outro.
Para o carro, tivemos que tirar cópias dos
documentos dele, da carteira de habilitação e do passaporte do Marcio numa
quitanda em frente à polícia peruana. Pagamos em Real mesmo.
Com a pressa, o Marcio esqueceu o documento do
carro na copiadora. A sorte foi que a moça que copiou percebeu e nos avisou a
tempo. Teria sido um transtorno se tivéssemos partido e deixado lá.
Demos sorte de sermos somente nós dois na aduana.
Quando há grupos, a espera pode ser grande, pois só tem um computador para o
cadastro do carro. Além disse, o policial era um pouco limitado. Mas todos
foram simpáticos conosco.
Ao final, um adesivo foi colocado no pára-brisa do
carro, com os dizeres SUNAT. Olharam
a bagagem, não perturbaram e nos liberaram.
O Marcio deu aos três policiais latinhas de Guaraná Antártica, trazidas para serem
usadas como presente.
Tudo isso aconteceu sob um calor que devia estar beirando
os 40° C.
Local da migração e da aduana peruana
Segundo as pesquisas do Marcio na internet, para
rodar no Peru é preciso comprar o SOAT, o Seguro Obrigatório de Acidentes de Trânsito. Tentamos comprar no
local onde tiramos as cópias, mas o formulário tinha acabado. Fomos orientados
a comprá-lo em Puerto
Maldonado ou em Cuzco.
A floresta amazônica do lado peruano é mais densa.
Vegetação no lado peruano
Por aqui também tem área desmatada, mas é menos.
Vimos, sim, muitos focos de incêndio.
A estrada é boa, mas o Marcio optou pela cautela
por causa da polícia. A policial brasileira nos disse que têm sido constantes
as reclamações contra policiais peruanos, que inventam desculpas para conseguir
uma propina.
Chegamos a Puerto Maldonado antes das 15 horas.
Paramos na Plaza de Armas para tentar
comprar o tal do seguro SOAT.
Plaza de Armas de Puerto
Maldonado - Peru
Um policial nos disse que por ser sábado nada estava
aberto. Somente funcionava de segunda a sexta-feira.
Em volta da praça tinham alguns restaurantes.
Aproveitei para tomar um Café Expresso
e ainda compramos duas empanadas, um tipo de pastel assado, comum também na Argentina
e no Chile. Escolhemos uma de carne e uma de frango.
Assim como aconteceu na Argentina e no Chile, o
cartão do GPS está detalhando bem as ruas. Isso é ótimo!
Puerto Maldonado parece aprazível, mas é um forno e
tem muitas motos. Elas são adaptadas para uso como mini-carros e moto-táxi, que
cabem até três adultos. O piloto ocupa o lugar normal da moto.
Moto adaptada para transporte de passageiros – Puerto Maldonado - Peru
Pareceu-nos que só é obrigatório o uso de capacete
para o piloto das motos. Não temos visto nenhum passageiro usando um. Quase não
vimos carros, só motos. Muitas motos.
O nosso contato com o espanhol dos peruanos tem
sido tranquilo. A aplicação do Marcio ao espanhol está dando certo. O espanhol
dele está ótimo!
O espanhol do policial ao qual pedimos informações era
rápido, mas dava para entender.
Passamos por alguns pedágios e pagamos S./ 5,00 em
cada um deles (US$ 1,94/R$ 3,97). A moeda
peruana é chamada SOLES.
Praça de pedágio (peaje) na interoceânica - Peru
Em troca, as estradas não têm buracos e têm locais
de parada para descanso com lanchonete e guincho.
Passamos por lugares horrorosos, bastante
semelhantes aos que vimos na África. Várias casas em madeira, palafitas,
comércio vendendo de tudo. Não era feira, mas o povoado.
Povoado por onde passamos no caminho para Cuzco - Peru
Abastecemos no Peru pela primeira vez aqui. O
diesel, aqui chamado de petróleo, é
vendido na unidade galão e não em litros
como no Brasil. Cada galão equivale a 3,78 litros , e está bem
mais caro do que no Brasil: R$ 2,82/litro (US$ 1,38). Gastaremos muito dinheiro com o diesel.
A gasolina aqui é mais barata que o diesel, mas tem
que ser considerado que o consumo do carro a gasolina é, geralmente, mais
elevado do que o do mesmo veículo movido a diesel.
Primeiro abastecimento no Peru: combustível vendido em galão
Vimos três Araras
Canindé. Não imaginava encontrá-las aqui no Peru. Elas são comuns no
cerrado.
O pôr do sol foi antes das 18 h (20 h em Brasília -
DF).
Pegamos um trecho de subida antes do povoado de Mazuca,
com muitas curvas bem acentuadas e placas orientando para buzinarmos ao entrar
nelas.
Aviso para
buzinar antes da curva
O povoado de Mazuca, a nossa esperança para
pernoite, era uma bagunça. Havia algumas hospedagens, mas foi dando uma coisa
ruim para não ficarmos ali. Resolvemos seguir mais um pouco, até Quincemil,
outro povoado.
Não contávamos ter que seguir por 50 Km de curvas extremamente
sinuosas, à noite, pela floresta amazônica virgem, com muitas placas indicando
risco de desabamento e margeando rios.
Foi arriscado, mas ouvir os barulhos da selva e
imaginar os bichos que estariam ali no meio das árvores gigantes foi demais!
Lamentamos não estar passando com luz do dia, para curtir o visual.
Chegamos a Quincemil às 19 horas. Fomos a duas
hospedagens, mas eram bem simples, daquelas que cobram por cama e só tem banheiro
coletivo. Sem contar o aspecto de muquifo e de falta de higiene.
Mas tínhamos que pernoitar aqui.
Interessante é o jeito das pessoas quando dão
informação. Elas te seguem, dando a entender que vão te mostrar onde é o local,
mas somem.
Fomos a uma terceira hospedagem (Hospedagem El
Olimpio), e quando perguntei sobre quarto com banheiro privado, o recepcionista
mostrou o que naquele momento pareceu-nos ser a suíte presidencial. Era um
quarto grande, com banheiro e banheira. Pagamos S/. 60,00 (US$ 23,26/R$ 47,67)
pelo pernoite.
Nossa suíte na Hospedagem El Olimpio – Quincemil - Peru
Parecia quarto de gângster, pois a porta era
equipada com fechadura de segurança, como se fosse para guardar alguém
importante ali. O detalhe: a água do chuveiro era fria. Mesmo sendo quente o
local, água morna é muito melhor para relaxar.
Jantamos num restaurante igualmente simples, e nos
limitamos a tomar uma sopa de arroz, rezando para ela não nos causar diarréia.
Estamos a 230 Km de Cuzco.
Amanhã seguiremos viagem e subiremos os Andes.
Acréscimos
do Marcio
A estrada de Capixaba
(AC) para Assis Brasil (AC) também estava toda esburacada, o que tornou o
deslocamento no trecho mais lento do que poderia ser.
O vidro da janela do
escritório do posto era cheio de adesivos de viajantes. A frentista perguntou
se queríamos colocar o nosso lá. Fizemos isso. Foi o nosso primeiro a ser colado.
Fizemos os procedimentos
de saída. A agente da Polícia Federal comentou sobre o fato de a polícia
peruana pedir propinas. Disse-nos, também, que um amigo seu comentara que, na
Bolívia, com R$ 800,00 (US$ 390,24) vivia-se
muito bem.
Almoçamos e, antes de
seguirmos, deixei um bilhete escrito no verso do nosso adesivo para o colega do
BB que nos ajudou com informações antes da viagem (fase do planejamento).
A aduana peruana de
entrada foi demorada. Tivemos que tirar cópia dos documentos do carro, do meu
passaporte e da minha habilitação.
Depois, mais uma espera
para o agente preencher os formulários. Ficamos quase 1 hora por lá. Ainda bem
que o fuso horário era de menos 1 hora.
Após os procedimentos, um
adesivo da fiscalização foi colado em nosso pára-brisa.
Na rua, ao redor, havia
pessoas oferecendo câmbio, mas esqueci de perguntar a taxa, pois já possuía os
soles que comprara no Brasil.
Fomos parados 2 vezes
pela polícia peruana, mas foram simpáticos e tudo correu bem. Um deles até
apertou minha mão em cumprimento.
Paramos na cidade de
Puerto Maldonado para tentar comprar o seguro SOAT, mas como era sábado, tudo
estava fechado. Compramos empanadas para lanches futuros e a Clênia bebeu café
por S/. 8,00 (US$
3,10/R$ 6,36).
Como ainda era cedo, resolvemos
seguir adiante e fomos dormir no povoado Quicemil.
A hospedagem foi
horrível, mas era a melhor do local. Tinha até banheira de hidromassagem --
ainda em instalação --, rede e TV de 42 polegadas .
A estrada até Quincemil está
nova e o asfalto é muito bom. O pedágio custou S/. 5,00 (US$ 1,94/R$ 3,97) cada.
O combustível no Peru é
vendido na unidade galão (3,78 litros ), e está
custando caro. No primeiro abastecimento, o galão custou-nos S/. 13,40 (US$
1,38/litro – R$ 2,82/litro). A gasolina
custa menos que o diesel no Peru.
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