40º DIA – 17.11.2009 –
3ª Feira
(BRASIL: Foz do Iguaçu-PR - Presidente Prudente-SP)
Tomamos café, pagamos a conta no hotel e voltamos ao Paraguai.
Fomos novamente de ônibus. Hoje a travessia pela Ponte
da Amizade foi mais rápida.
Às 9h30 já estávamos nos separando de novo e zanzando por
aquelas ruas, que hoje estavam com o dobro de pessoas.
A previsão do tempo, felizmente, enganou-se. Não caiu
temporal algum e fez um sol de rachar. Vir ao Paraguai com chuva não dá!
Compramos mais coisas, almoçamos, e antes das 14 h estávamos
de volta ao Brasil. Novamente pegamos um táxi, e de novo não fomos parados na
Receita Federal.
Mal pegamos a estrada de volta para casa, já deu saudade dos
momentos legais que tivemos, das experiências -- que não foram poucas --, das
pessoas que conhecemos e da canseira.
Deve ter chovido muito em São Paulo , pois vimos trechos
da estrada sujos com terra trazida por enxurrada. Acho que o asfalto deve ter
virado um rio. Deve ser por estar tudo desmatado. Até onde a vista alcança vê-se
plantação de cana.
Quando paramos para pernoite em Presidente Prudente
(SP) já eram mais de 21 h.
Entramos em três hotéis e todos estavam lotados. A região
tem muita usina de cana-de-açúcar, e os funcionários graduados ficam em hotéis.
Conseguimos vaga no Hotel Portal D’Oeste, em frente à
rodoviária, de categoria 4 estrelas. É um excelente hotel.
Jantamos no restaurante
do hotel, e agora é dormir. Amanhã chegaremos em casa, depois de 40 dias.
Acréscimos do Marcio
Já no Paraguai, peguei
novamente um táxi e voltei à Concessionária Toytoshi, para pegar as peças que
foram encomendadas ontem. Hoje paguei com dólar, para obter um bom desconto no
preço total.
Diferentemente de ontem,
não voltei ao hotel e fui perambular um pouco até a hora do encontro com a
Clênia no Shopping Del Este.
Passei no Shopping Americana
e comprei dois kits com saca-rolha, corta-gotas e termômetro para vinhos, ambos
para presente.
Passei em uma loja que
vendia câmeras e acessórios fotográficos, mas não encontrei o filtro protetor
para a lente da nossa Nikon P-80. O vendedor disse que ele é da medida 39 mm , muito difícil de
achar.
Almoçamos no
self-service do Shopping Del Este, aproveitando um bônus que ganhamos de um de
seus donos, o Fadi Saleh, que também tem a Loja Unishop, onde havíamos comprado o note book ontem.
Voltamos ao hotel, onde
nosso carro nos esperava. A Clênia ainda encontrou brechas para alojar as novas
compras. Incrível!!
Pegamos estrada e logo
começaram os pedágios, caríssimos se comparados com os que pagamos na
Argentina.
O turista argentino deve
morrer de ódio quando vem para essas bandas. Lá ele paga o equivalente a ½
litro de diesel. Com a mesma referência, aqui cobram o equivalente a 3,5 litros .
O hotel em Presidente Prudente
(SP) é todo informatizado. O hóspede ganha um cartão magnético, que serve para
abrir a porta do quarto e para acionar o elevador até seu andar. Não se consegue
ir para andar diferente daquele onde fica nosso quarto.
Parece bacana, mas não
achei. Precisei ir à garagem pegar algo no carro e não consegui. Tive que parar
no térreo e solicitar que alguém autorizado fosse comigo. Tudo em prol da
segurança.
É uma pena que amanhã
voltaremos para a vida real!
41º DIA – 18.11.2009 –
4ª Feira
(BRASIL: Presidente Prudente-SP – Brasília-DF)
Dormimos bem, tomamos “aquele” café-da-manhã e deixamos o
hotel no rumo de casa.
Tem feito muito calor. Pegamos temperatura de 35º C no
trajeto.
A estrada estava
razoável e conseguimos chegar em casa às 20 h.
Apesar de o carro estar pesadíssimo, o consumo não aumentou
tanto, porém o rendimento caiu um pouco.
O Marcio fala em adquirir um bagageiro para colocar no teto
do carro para as próximas aventuras. Imagina!
Já na garagem de casa.
Nossa pequena bagagem. Não cabia mais nada!
Com o carro vazio, o pára-choque fica nivelado com
minha coxa.
Quando retiramos toda a bagagem, o carro subiu uns 20 cm .
Bem, assim termina esta aventura de quase 18.000 km em 41 dias.
Posso dizer que foi das mais espetaculares, cheias de
momentos, lugares, temperaturas e pessoas inesquecíveis.
Dentre as pessoas inesquecíveis, destaco:
a) a Luíza,
a dona da Casa Ludwing, hotel onde ficamos no povoado de Puyuhuapi,
na Carretera Austral (Chile), pelo jeito de governanta de casa
mal-assombrada;
b) a
Joana, a funcionária do restaurante da Posada Río Serrano, no Parque
Nacional Torres Del Paine, por ser uma pessoa bem informada e com grande
vontade de crescer num lugar tão pequeno do Chile; e
c) o casal
de suíços idosos e aventureiros, por desafiarem as limitações próprias da
idade, além dos problemas de saúde. Vencendo todas as dificuldades, encaram um
mundo de novidades e de desafios.
Os melhores:
O Restaurante Saurus, da Bodega Shroeder, em Neuquén,
na Argentina, ganhou como o melhor, pela beleza, pelo atendimento, pela boa
comida e pelo belo visual.
Os pratos com melhor apresentação foram os servidos também no
Restaurante Saurus.
A comida mais gostosa foi a servida no Restaurante El
Wallia Lá, em Gaiman, na Argentina.
O melhor hotel foi o Hotel Tolkeyen, de Ushuaia, na
Argentina.
O momento mais relaxante foi o da massagem no Hotel Termas
de Puyuhuapi, no Chile.
O momento mais engraçado foi o do xixi com platéia, na estrada
para Torres Del Paine.
O momento mais dramático foi quando tivemos que correr do
cachorro e eu caí na neve com a máquina fotográfica ligada e com a lente para
fora.
Os visuais mais bonitos foram os da Carretera Austral,
no Chile.
Os momentos mais impressionantes foram:
a) ver em Punta Tombo
(Argentina) a imensa quantidade de pingüins juntos;
b) ver um
glaciar pela primeira vez, com aquele gelo de coloração azul.
Duas fotografias empataram como as melhores, pela raridade da
oportunidade, ambas na Argentina:
a) a do
grupo de flamingos na praia do Mar Argentino, em frente à Isla de los
Pájaros, na Península Valdes;
b) a do
pica-pau de cabeça vermelha, na trilha do Cerro Torres, em El Chaltén.
Foram momentos sensacionais!!
O momento mais desgastante foi conversar em inglês com o
casal holandês, por esgotar o meu repertório. Mas foi legal!
Por termos ficado expostos por vários dias ao frio intenso,
estamos sentindo um calor violento aqui no Brasil.
Agora é retomar o ritmo, arrumar o carro e a casa, e programar
a próxima aventura.
Acréscimos do Marcio
Como na do ano passado,
nesta viagem tudo também deu certíssimo. Não que sejamos as pessoas mais
sortudas do mundo, mas foi o resultado de um planejamento bem feito, meses
antes, quando todo o roteiro foi escolhido, as rotas identificadas e os custos
estimados de forma bastante precisa.
A manutenção do veículo
é outro aspecto que nunca pode ser esquecido num empreendimento desta
envergadura, quando cada parte do carro é extremamente exigida.
Segundo o GPS, rodamos 17.761,80 km . O
somatório das planilhas de controle indicou 17.397,80 km , uma
diferença de 2,09%. Destes, 3.000
km foram em estradas de rípio, um tipo de brita
arredondada, como se fosse pedra de rio.
A velocidade máxima
atingida, ainda segundo o GPS, foi de 154 km/h , que creio aconteceu na cidade
argentina de El Calafate, quando estávamos atrasados e indo pegar o barco para
o trekking no Glaciar Perito Moreno.
No tocante à
resistência, conforto, economia, autonomia e espaço, a Toyota Hilux SW4, ano
1997, é impressionante. Era só abastecer e trocar o óleo na quilometragem
recomendada. Por algum desgaste nas borrachas de vedação, um pouco de poeira
estava entrando nas estradas não pavimentadas. Mas já comprei novas e no
retorno todas serão substituídas.
A figura do co-piloto
(navegador) também é muito importante para o sucesso e para o conforto de uma
viagem deste porte. Nesse aspecto a Clênia é DEZ, pois, além de ser uma
companheirona, também lê mapas e manuseia o GPS com precisão, sempre informando
a rota adequada, a localização de postos de abastecimento, de hotéis e de tudo
mais que fosse preciso. Eu deixava tudo a cargo dela, e sempre deu certo.
Quando chegávamos a
alguma cidade, era ela quem descia do carro e ia verificar a qualidade dos
hotéis antes de decidirmos ficar. Tudo era ponderado, até mesmo a existência,
ou não, de calefação nos banheiros.
Da mesma forma que no
ano passado, fomos muitíssimo bem tratados em todos os lugares por onde
passamos. Todos, sem exceção, foram gentis e amáveis conosco. O destaque e
maior exemplo disso foi o do casal de namorados, em Cinco Saltos (Argentina),
que se desviou de seu caminho para nos levar, a pé, até o hotel onde estávamos,
já que havíamos nos perdido.
O Guaraná Antártica que
levei (três engradados) fez sucesso. Todos que presenteei com uma lata do
refrigerante se mostraram encantados. Os que já conheciam, não acreditavam que
estavam ganhando um. Incrível, mas a bebida não é comercializada na Argentina
nem no Chile.
A Clênia destacou alguns
momentos. Ela esqueceu-se de mencionar aquele em que eu, ao ajudá-la a abrir
uma porteira, enfiei meu pé no mata-burro (guardaganado, em espanhol), que afundou
numa água que era meio merda de vaca e meio lama. Literalmente, foi uma merda!
Mas passou, e agora quando lembramos damos boas risadas. Foi no Chile, na
cidade de Puerto Aisen.
Se na Argentina ou no Chile houvesse lugares de praia com
água na temperatura que temos no nordeste do Brasil, certamente eu só viria
passar minhas férias por aqui. Tudo é mais organizado, os preços são bons, o combustível
é barato e, depois de aprender a escolher, come-se muito bem também. E os
vinhos?! Excelentes, tanto no paladar quanto nos preços.
Bem, acho que é tudo. Agora é arrumar as compras, as nossas
roupas, lavar e revisar o carro e convidar os amigos para compartilharmos
nossas fotos e histórias desta viagem incrível que acabamos de realizar.
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