37º DIA – 14.11.2009 –
Sábado
(ARGENTINA: La
Paz - Calchaqui)
Acordamos cedo e
conseguimos deixar La Paz
às 8 h.
Ventava muito e estava
mais frio do que ontem, quando sentimos até calor e dormimos com o ar refrigerado
ligado.
A estrada que pegamos
estava com o asfalto em bom estado todo o tempo. Até o momento já rodamos mais
de 15.000 km .
Nesta região é evidente
a predominância do agronegócio. Vimos muitas plantações de trigo, de girassol e
de outras coisas que não conseguimos identificar.
Almoçamos num Posto YPF,
na cidade de Rio Cuatro.
Viajamos com o ar refrigerado
do carro ligado todo o tempo. Depois do treinamento para pingüim que fizemos,
com temperaturas abaixo de 0º C, a sensação que tínhamos era a de que estava
fazendo mais de 30º C.
Como ainda estava muito
cedo quando passamos pela cidade de Santa Fé (17 horas), que era nosso destino
hoje, aproveitamos para adiantar a viagem e fomos pernoitar em Calchaqui.
Ficamos hospedados no Hotel Colon, que estava em reforma. Nele , havia
os apartamentos antigos e os novos e modernos. Ficamos surpresos com estes
últimos. Optamos pelos novos, apesar de um pouco mais caro.
Jantamos no único
restaurante da cidade, o Costa Del Espino.
Antes de irmos ao
restaurante, passamos no supermercado para comprar água, pois a nossa estava no
fim. Aproveitamos e compramos também algumas garrafas de vinho da uva Torrontés, da cidade de Cafayate.
É dureza imaginar voltar
a Brasília (DF) e ter que acordar de madrugada e com horário de verão. Temos
acordado às 8 h. Vou estranhar muito!
Acréscimos do Marcio
Hoje o dia foi
totalmente consumido com o deslocamento.
No Posto YPF onde
paramos para o almoço, havia muitas motos e carros 4x4. Acredito que por ser
final de semana as pessoas estavam aproveitando para passear pelas redondezas.
O argentino é muito
parecido com o brasileiro, pois adora futebol, curte carros e, em seu país,
também tem a oportunidade de fazer trilhas e de praticar muitas outras
atividades ao ar livre, inclusive aquelas relacionadas à neve. A desvantagem é
apenas a temperatura das águas dos rios e do mar, que é geladíssima, o que,
creio, faz com que vão para nossas praias do sul do Brasil.
O quarto em que ficamos
no Hotel
Colon era super-luxuoso para o local:
grande, com cama king size, ar refrigerado do tipo split, televisão com canais
pagos, etc. Só pecava por ser no segundo andar e não ter elevador.
O proprietário do hotel
aceitou que pagássemos com dólar, o que nos facilitou bastante a vida, pois
nosso dinheiro argentino está no fim e ainda teremos que pagar combustível e alimentação
até Foz do Iguaçu (PR), onde esperamos chegar amanhã.
O pessoal do
supermercado onde compramos a água e os vinhos foi muito gentil conosco, pois
já estavam fechando as portas quando chegamos. Esperaram fazermos nossas
compras e ainda embalaram as garrafas para levarmos.
O jantar foi mais ou
menos. Por falta de opções, escolhemos macarrão, que veio um pouco cozido
demais.
Observando-se o perfil das
lojas do comércio local, percebe-se que a cidade está passando por um boom de desenvolvimento, pois são muitas as que vendem móveis de luxo e
motos de pequena potência. Aliás, vimos muitos jovens adolescentes transitando nesse
tipo de veículo. Na cidade existe também um escritório da Petrobrás.
Amanhã dormiremos em Foz
do Iguaçu (PR), onde pretendemos ficar uns dias para compras no Paraguai e para
dar um pequeno trato na Hilux, que está com o óleo do motor vencendo e com um dos
parafusos de fixação do coletor do turbo quebrado.
38º DIA – 15.11.2009 –
Domingo
(ARGENTINA: Calchaqui - BRASIL: Foz do Iguaçu-PR)
Acordamos às 7h, tomamos café
e deixamos a cidade de Calchaqui com
o intuito de dormirmos em Foz do Iguaçu (PR).
Tem chovido muito aqui, depois
de uma seca preocupante, já que a região vive do agronegócio. Na semana passada
assisti a uma matéria na televisão sobre a seca terrível que atingia a cidade
de Córdoba, e sobre o nível do Rio Paraná,
que estava elevado e preocupante.
À medida que íamos para
o norte argentino, víamos mais rios cheios, áreas alagadas e muitas aves. Não
dava sequer para parar no acostamento, pois era lama pura e havia o risco de
atolar o carro. Caso a água suba um pouco mais, há o risco de cobrir o asfalto.
No caminho, fomos
premiados! Vimos duas aves tuiuiús
num alagado na beira da estrada. Desde que estivemos no Pantanal Mato-Grossense
que não os víamos. São muito grandes! Achamos estranho, pois pensávamos que
eram predominantemente aves pantaneiras, comuns apenas no Estado do Mato
Grosso.
Pássaros tuiuiús na
vegetação à beira da estrada para a cidade de Corrientes - Argentina
Vimos também um pássaro
pequeno, mas com parte do peito e com a cabeça vermelhos. Era lindo o danado!
Pássaro “flamenguista” avistado no caminho para a cidade de Correntes -
Argentina
A partir de determinado
ponto, passou a ser cobrado pedágio na estrada, mas os preços eram baixos, em média AR $ 2,00 (US$ 0,53/R$ 1,00), enquanto no Brasil estão pedindo entre R$ 4,80
e R$ 9,80.
Chegamos a Foz do Iguaçu
(PR) quase às 20 h.
Ficamos hospedados no Hotel Lawrence, na Av. Paraná. Simples,
mas bem localizado e com boa estrutura.
Jantamos no Restaurante Sushi Hokkai, de comida
japonesa, localizado bem próximo ao hotel. Comemos bem e saboroso. Fomos de carro,
pois as ruas eram mal iluminadas e ficamos com medo de voltar a pé à noite. Por
sorte, o restaurante possuía estacionamento.
Voltamos para o hotel. Amanhã
o Marcio irá a uma oficina para resolver o problema do parafuso do turbo.
Estamos um prego!
Acréscimos do Marcio
Mais um dia cansativo,
apenas com deslocamento!
Quando estávamos
chegando à cidade de Resistência, percebi um assovio no motor em determinada
rotação. Paramos. Depois de olha daqui e olha dali, a Clênia percebeu um
parafuso aparentemente frouxo. Fui verificar e constatei que era um parafuso
prisioneiro que tinha quebrado. Como ainda havia outros três fixando a peça,
não haveria problema continuar a viagem daquele jeito.
Novamente almoçamos em um Posto YPF , dessa vez na cidade
de Posadas, onde, inclusive, fizemos a mesma coisa no ano passado, quando
voltávamos do Deserto do Atacama.
Comer nesses postos não
é muito barato, principalmente se considerarmos que a refeição é apenas um
lanche. Mas é rápido, prático e evita os transtornos de se entrar nas cidades
para procurar restaurantes.
Na fronteira, a passagem
pela aduana argentina foi demorada, pois havia muitos carros e ônibus chegando.
Na aduana brasileira não
havia ninguém para fiscalizar nada, e entramos com o carro carregado das nossas
tralhas, que demoraríamos muito a explicar que se tratava apenas de “coisinhas”
para nosso uso. E olha que a Clênia ainda quer fazer umas “comprinhas” no
Paraguai!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Minha primeira língua é o português (português do Brasil), mas entendo um pouco o espanhol e o inglês.
Registre aqui seu comentário ou sua dúvida, que eu tentarei responder o mais breve possível.
*******************************************************************
My first language is Portuguese (Brazilian Portuguese), but I understand a little Spanish and English.
Register here your comment or question. I will try to respond as soon as possible.
**********************************************************************************
Mi lengua materna es el portugués (Portugués de Brasil), pero entiendo un poco de Español e Inglés.
Regístrese aquí tu comentario o pregunta. Voy a tratar de responder lo más pronto posible.