segunda-feira, 20 de maio de 2013

(055) 2009 - Viagem à Patagônia e à Terra do Fogo - ARGENTINA - BRASIL: DE LA PAZ A FOZ DO IGUAÇU

37º DIA – 14.11.2009 – Sábado
(ARGENTINA: La Paz - Calchaqui)

Acordamos cedo e conseguimos deixar La Paz às 8 h.

Ventava muito e estava mais frio do que ontem, quando sentimos até calor e dormimos com o ar refrigerado ligado.

A estrada que pegamos estava com o asfalto em bom estado todo o tempo. Até o momento já rodamos mais de 15.000 km.

Nesta região é evidente a predominância do agronegócio. Vimos muitas plantações de trigo, de girassol e de outras coisas que não conseguimos identificar.

Almoçamos num Posto YPF, na cidade de Rio Cuatro.

Viajamos com o ar refrigerado do carro ligado todo o tempo. Depois do treinamento para pingüim que fizemos, com temperaturas abaixo de 0º C, a sensação que tínhamos era a de que estava fazendo mais de 30º C.

Como ainda estava muito cedo quando passamos pela cidade de Santa Fé (17 horas), que era nosso destino hoje, aproveitamos para adiantar a viagem e fomos pernoitar em Calchaqui.

Ficamos hospedados no Hotel Colon, que estava em reforma. Nele, havia os apartamentos antigos e os novos e modernos. Ficamos surpresos com estes últimos. Optamos pelos novos, apesar de um pouco mais caro.

Jantamos no único restaurante da cidade, o Costa Del Espino.

Antes de irmos ao restaurante, passamos no supermercado para comprar água, pois a nossa estava no fim. Aproveitamos e compramos também algumas garrafas de vinho da uva Torrontés, da cidade de Cafayate.

É dureza imaginar voltar a Brasília (DF) e ter que acordar de madrugada e com horário de verão. Temos acordado às 8 h. Vou estranhar muito!

Acréscimos do Marcio

Hoje o dia foi totalmente consumido com o deslocamento.

No Posto YPF onde paramos para o almoço, havia muitas motos e carros 4x4. Acredito que por ser final de semana as pessoas estavam aproveitando para passear pelas redondezas.

O argentino é muito parecido com o brasileiro, pois adora futebol, curte carros e, em seu país, também tem a oportunidade de fazer trilhas e de praticar muitas outras atividades ao ar livre, inclusive aquelas relacionadas à neve. A desvantagem é apenas a temperatura das águas dos rios e do mar, que é geladíssima, o que, creio, faz com que vão para nossas praias do sul do Brasil.

O quarto em que ficamos no Hotel Colon era super-luxuoso para o local: grande, com cama king size, ar refrigerado do tipo split, televisão com canais pagos, etc. Só pecava por ser no segundo andar e não ter elevador.

O proprietário do hotel aceitou que pagássemos com dólar, o que nos facilitou bastante a vida, pois nosso dinheiro argentino está no fim e ainda teremos que pagar combustível e alimentação até Foz do Iguaçu (PR), onde esperamos chegar amanhã.

O pessoal do supermercado onde compramos a água e os vinhos foi muito gentil conosco, pois já estavam fechando as portas quando chegamos. Esperaram fazermos nossas compras e ainda embalaram as garrafas para levarmos.

O jantar foi mais ou menos. Por falta de opções, escolhemos macarrão, que veio um pouco cozido demais.

Observando-se o perfil das lojas do comércio local, percebe-se que a cidade está passando por um boom de desenvolvimento, pois são muitas as que vendem móveis de luxo e motos de pequena potência. Aliás, vimos muitos jovens adolescentes transitando nesse tipo de veículo. Na cidade existe também um escritório da Petrobrás.

Amanhã dormiremos em Foz do Iguaçu (PR), onde pretendemos ficar uns dias para compras no Paraguai e para dar um pequeno trato na Hilux, que está com o óleo do motor vencendo e com um dos parafusos de fixação do coletor do turbo quebrado.

38º DIA – 15.11.2009 – Domingo

(ARGENTINA: Calchaqui - BRASIL: Foz do Iguaçu-PR)

Acordamos às 7h, tomamos café e deixamos a cidade de Calchaqui com o intuito de dormirmos em Foz do Iguaçu (PR).


Tem chovido muito aqui, depois de uma seca preocupante, já que a região vive do agronegócio. Na semana passada assisti a uma matéria na televisão sobre a seca terrível que atingia a cidade de Córdoba, e sobre o nível do Rio Paraná, que estava elevado e preocupante.

À medida que íamos para o norte argentino, víamos mais rios cheios, áreas alagadas e muitas aves. Não dava sequer para parar no acostamento, pois era lama pura e havia o risco de atolar o carro. Caso a água suba um pouco mais, há o risco de cobrir o asfalto.

No caminho, fomos premiados! Vimos duas aves tuiuiús num alagado na beira da estrada. Desde que estivemos no Pantanal Mato-Grossense que não os víamos. São muito grandes! Achamos estranho, pois pensávamos que eram predominantemente aves pantaneiras, comuns apenas no Estado do Mato Grosso.

Pássaros tuiuiús na vegetação à beira da estrada para a cidade de Corrientes - Argentina

Vimos também um pássaro pequeno, mas com parte do peito e com a cabeça vermelhos. Era lindo o danado!

Pássaro “flamenguista” avistado no caminho para a cidade de Correntes - Argentina


A partir de determinado ponto, passou a ser cobrado pedágio na estrada, mas os preços eram baixos, em média AR$ 2,00 (US$ 0,53/R$ 1,00), enquanto no Brasil estão pedindo entre R$ 4,80 e R$ 9,80.

Chegamos a Foz do Iguaçu (PR) quase às 20 h.

Ficamos hospedados no Hotel Lawrence, na Av. Paraná. Simples, mas bem localizado e com boa estrutura.

Jantamos no Restaurante Sushi Hokkai, de comida japonesa, localizado bem próximo ao hotel. Comemos bem e saboroso. Fomos de carro, pois as ruas eram mal iluminadas e ficamos com medo de voltar a pé à noite. Por sorte, o restaurante possuía estacionamento.

Voltamos para o hotel. Amanhã o Marcio irá a uma oficina para resolver o problema do parafuso do turbo.

Estamos um prego!

Acréscimos do Marcio

Mais um dia cansativo, apenas com deslocamento!

Quando estávamos chegando à cidade de Resistência, percebi um assovio no motor em determinada rotação. Paramos. Depois de olha daqui e olha dali, a Clênia percebeu um parafuso aparentemente frouxo. Fui verificar e constatei que era um parafuso prisioneiro que tinha quebrado. Como ainda havia outros três fixando a peça, não haveria problema continuar a viagem daquele jeito.

Novamente almoçamos em um Posto YPF, dessa vez na cidade de Posadas, onde, inclusive, fizemos a mesma coisa no ano passado, quando voltávamos do Deserto do Atacama.

Comer nesses postos não é muito barato, principalmente se considerarmos que a refeição é apenas um lanche. Mas é rápido, prático e evita os transtornos de se entrar nas cidades para procurar restaurantes.

Na fronteira, a passagem pela aduana argentina foi demorada, pois havia muitos carros e ônibus chegando.

Na aduana brasileira não havia ninguém para fiscalizar nada, e entramos com o carro carregado das nossas tralhas, que demoraríamos muito a explicar que se tratava apenas de “coisinhas” para nosso uso. E olha que a Clênia ainda quer fazer umas “comprinhas” no Paraguai!

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