Neste
ano de 2009 resolvemos continuar nossa peregrinação pela Argentina e pelo
Chile, no nosso carro, aproveitando a experiência e o preparo adquiridos com a
viagem do ano passado.
Devido
a essa experiência, desta vez o planejamento foi muitíssimo mais fácil, pois
não tivemos que consultar as embaixadas, uma vez que todos os aspectos legais e
práticos envolvidos – das moedas, das pessoas e do veículo – já eram conhecidos
nossos. O trabalho limitou-se à escolha do roteiro e à adequação daquilo que
queríamos conhecer aos dias de férias que dispúnhamos.
Começamos
a esboçar o plano em JAN/2009. Para consultas, comprei 4 guias de viagem:
a) Rough
Guide Chile – ISBN 9 788574-025735;
b) Rough Guide Argentina – ISBN 9 788574-026046),
c) Guia
Criativo para o Viajante Independente na América do Sul - ISBN 85-87896-02-4 - de Zizo Asnis
& Os Viajantes, sobre a América do Sul, este o melhor e mais completo de
todos;
d) Mágica
Ruta 40 – ISBN 987-9011-54-6 - de
Federico B. Kirbus (em espanhol), que traz algumas informações sobre a famosa Ruta
Nacional 40 - RN-40 (este guia foi-nos presenteado pelo meu primo Alexandre e
sua esposa Cristina, que o compraram em Bariloche, em viagem de JUL/2009).
Além
disso, adquiri, por intermédio de uma amiga que passou uma temporada em Buenos Aires (Luciana
Berquo), o Guia YPF da Argentina, com
mapas rodoviários e informações sobre hotéis e pontos turísticos. É o nosso Guia
4 Rodas bastante melhorado.
Um
roteiro inicial foi elaborado e consumia 34 dias corridos de viagem, com
expectativa de se rodar aproximadamente 17 mil quilômetros.
Depois
de conversarmos com um casal amigo da Clênia (o Eduardo), que já foi diversas
vezes (de carro) aos países que pretendíamos voltar a visitar, resolvemos
acrescentar ao nosso plano original um percurso sugerido de uns 1.100 km , que consumirá 4
dias mais e totalizará 38 dias corridos de viagem.
Já a
uns 40 dias da data da nossa partida, duas questões passaram a ocupar meus
pensamentos: a especificação do óleo a ser utilizado no motor e a aquisição de
mais um galão de 20 litros
para combustível.
A
preocupação com o óleo foi em decorrência da probabilidade de pegarmos
temperaturas inferiores a (-)8º C, quando o produto que utilizo (viscosidade 15W-40)
passaria a ser inadequado.
Acabei
decidindo levar óleo na viscosidade 10W-40, adequado para temperaturas ainda
mais baixas.
Sobre
o galão a mais, preocuparam-me informações de que na região da Patagônia é
comum se chegar a um posto e o combustível estar em falta.
Como
em alguns momentos estaremos percorrendo distâncias de até 700 km por estradas de
terra, onde esse risco é ainda maior, optei por adquirir outro galão de 20 litros , semelhante ao
que já possuo. Agora, nossa reserva passou a ser de 40 litros , o que amplia
nossa autonomia para, no mínimo, mais 300 km (consumo de 7,5 km/litro).
Enfim,
nesta viagem vamos conhecer uma parte da Patagônia Argentina e Chilena,
bem como a Terra do Fogo.
A
seguir, apresento um breve resumo das localidades por onde pretendemos passar
(transcrição adaptada dos guias consultados nas pesquisas):
Patagônia
Argentina:
Representa
a natureza em um de seus mais imaculados e desoladores estados, e atraiu à
localidade exploradores como o biólogo Chalés Darwin, na década de 1830.
Ocupa
quase 1/3 de todo o território argentino, e compreende as províncias de
Neuquén, Rio Negro, Chubut e Santa Cruz.
Geograficamente
a Patagônia pode ser dividida em duas áreas distintas: a Patagônia Atlântica
e a Patagônia Andina.
A Patagônia Atlântica caracteriza-se por
apresentar uma porção continental, de vegetação rasteira, desértica, uma
típica imagem desoladora, onde uma estrada segue por quilômetros no meio do
nada, e uma porção oceânica, bastante rica e povoada por pingüins,
baleias, leões-marinhos e lobos-do-mar, que fazem dessa a região com maior
concentração de animais marinhos do planeta. A Península Valdes é o local ideal
para conhecer um Atlântico convertido em santuário ecológico.
Já a
Patagônia Andina nem parece a mesma
região. Dominada pela Cordilheira dos
Andes, o cenário apresenta montanhas com picos eternamente nevados,
geleiras, regiões florestais e lagos que lembram pinturas. Merece destaque o Parque Nacional de Los Glaciares, uma
área coberta de gelo e de icebergs, onde o Glaciar
Perito Moreno hipnotiza a visão do visitante.
Patagônia
Chilena:
É o
território mais remoto do Chile, localizado em uma área montanhosa repleta de
rios, geleiras e vida selvagem. O clima, quase sempre chuvoso e com fortes
ventanias (principalmente fora do verão), é o maior obstáculo no caminho da
viagem perfeita.
A
grande atração é o fantástico Parque
Nacional Torres del Paine, e as horas (ou dias) de trekking neste
inacreditável cenário são memoráveis, com ou sem chuva.
Terra
do Fogo:
A
região não tem esse nome por acaso: devido ao seu clima extremamente frio e
inóspito, os indígenas locais mantinham fogueiras permanentemente acesas para
se aquecer.
O
lugar tem um visual fantástico e único: é aqui que terminam (ou começam) as
Américas, e aonde os ventos vindos da Antártica sopram incessantemente. Incontáveis
ilhas, pequenos canais, icebergs, lagos, flora e fauna diversificadas formam um
conjunto magnífico. Não é à toa que viajantes de todas as partes do mundo se deslocam
até a Terra do Fogo, que tem Ushuaia como sua mais importante cidade.
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