1º DIA – 08.10.2009 – 6ª feira
(BRASIL: Brasília
- DF – Itumbiara - GO)
Deixamos Brasília às 16h30, com um trânsito difícil devido
ao feriado prolongado de 12 de outubro.
A viagem até Itumbiara (GO) foi tranqüila. Paramos para o
pernoite no Hotel Orion.
Isso é apenas o começo da batalha que teremos pela frente!
Acréscimos do Marcio
Depois de uma longa
espera, hoje começaram nossas férias.
Conseguimos sair um pouco mais cedo neste
ano, às 16 horas, pois é uma sexta-feira de feriado prolongado (12/10) e todos
estarão viajando praticamente no mesmo horário. Assim, conseguimos ganhar um
tempo precioso, e praticamente não nos deparamos com retenção no trânsito.
Paramos para o lanche/janta no Jerivá, onde
comi os deliciosos pastéis assados, acompanhados de suco de laranja. O local já
estava bastante cheio com as pessoas que iam para o feriado.
Chegamos a Itumbiara (GO) por volta das
22 h e fomos direto para o hotel, pois amanhã o trecho será longo, já que pretendemos
dormir em Cascavel (PR), distante mais de 1.000 km .
2º DIA – 10.10.2009 – Sábado
(BRASIL: Itumbiara
– GO -- Cascavel - PR)
Acordamos às 6 h,
tomamos café e seguimos para Cascavel (PR).
No
hotel, havia pessoas com camisas de Nossa
Senhora de Aparecida. Certamente iam para a peregrinação na cidade de
Aparecida, em São Paulo.
Pegamos um asfalto ruim
em alguns trechos, estragado pelos caminhões, e também estrada sem acostamento,
o que fez a viagem ficar um pouco mais lenta.
Paramos
para o almoço no Restaurante da Vó,
às margens do Rio Tietê, na cidade de
Barbosa (SP), o mesmo onde almoçamos
na viagem ao norte do Chile em 2008.
Pegamos sol e calor o
dia inteiro.
Fomos premiados com um pôr-do-sol
bárbaro, mais tarde do que em Brasília, às 18h35.
Chegamos
para o pernoite em Cascavel (PR) às
20 h e fomos direto procurar hotel.
Entramos
no Hotel Devile mas desistimos do
quarto, pois era no térreo e havia várias vans no estacionamento, o que dava a
entender que eram sacoleiros. O Marcio previu agito e barulho durante a noite,
o que iria dificultar o nosso sono.
Acabamos
optando pelo Hotel Grand Prix, o
mesmo do ano passado. Nenhum deles tinha elevador, o que desanima na hora de
carregar a bagagem.
Decidimos
não jantar no hotel como da outra vez.
Fomos
para a Cantina Di Micheli, com
rodízio de massas e de pizzas, por R$ 17,00/pessoa. Quando chegamos, não tinha
quase ninguém, mas após meia hora encheu de um jeito impressionante.
No
caminho, vimos a maior festa na praça da cidade, uma festa paroquial pelo dia
de Nossa Senhora de Aparecida. Tinha parque infantil, barracas, show e muita,
muita gente, principalmente adolescentes.
Voltamos
para o hotel e agora é dormir. Amanhã teremos mais 1.000 km . E pior, passando
pela fronteira em Foz do Iguaçu (PR),
o que nos fará perder tempo.
Acréscimos do Marcio
A viagem hoje foi longa, com muitos trechos ruins, com
estrada remendada e muitos caminhões.
Próximo à Cascavel (PR) parei o carro para lavar o vidro, tantos
eram os insetos que foram “assassinados” no pára-brisa.
O hotel onde paramos primeiro estava repleto de vans de
sacoleiros, e, para piorar, a Clênia tinha escolhido um quarto no térreo, ao
lado do estacionamento.
Quando vi aquele agito, fiz valer minha condição de macho do
grupo (de 2) e disse logo que ali não ficaríamos, pois vislumbrei uma noite mal
dormida, com barulho daquelas pessoas chegando tarde da noite, e bêbadas.
Concordamos que o melhor seria irmos para o mesmo local onde
havíamos ficado em 2008, pois, mesmo sem elevador, era silencioso e bem localizado.
Quando chegamos ao restaurante de massas e fomos estacionar,
o rapaz que organizava o estacionamento recomendou que parássemos numa vaga bem
ao lado da saída, já que o carro era muito grande e estava com a visibilidade
para trás prejudicada pela bagagem. Excelente vaga, bem protegida e ao lado da
Janela onde sentamos.
Pouco depois percebi que a sugestão do guardador tinha sido
muito oportuna. O local lotou e a manobra no interior do pátio teria sido
horrível.
3º DIA – 11.10.2009 – Domingo
(BRASIL: Cascavel
(PR) -- ARGENTINA: Concordia)
Coloquei
o meu Palm para nos despertar às 5h50,
mas ele havia se ajustado sozinho para o horário de verão e nos acordou uma
hora antes. De lascar!
Na
madrugada, o vizinho de quarto assuou o nariz várias vezes, o que prejudicou
ainda mais a noite.
Tomamos
café às 6 h e conseguimos deixar Cascavel
(PR) antes das 7 h.
O
cansaço já começa a se apresentar!
O
tempo estava bom de novo, porém um pouco mais frio. Cedinho estava 16º C.
Chegamos
à aduana brasileira às 8h20. Fomos atendidos por um agente da Receita Federal
para declararmos os nossos equipamentos. Ele nos disse que era desnecessário declarar
o celular.
Os
WC da fronteira são um lixo! Muitos cartazes de como lavar bem as mãos, mas não
havia nem papel nem sabão nos banheiros, apesar de a gripe suína no sul do
Brasil ter sido forte. Aliás, o prédio inteiro é velho e mal tratado. Duro deve
ser trabalhar ali!
Seguimos
para o lado argentino da fronteira, onde enfrentamos a maior fila de carros. A
de ônibus dava voltas. Todos de muambeiro aproveitando o feriado para compras.
Depois
de olhadas daqui e dali da policia nas coisas do carro, conseguimos entrar na
Argentina às 9h40.
A
partir daí, começou a viagem propriamente dita.
Fomos
parados para revista em outro posto policial. Desta vez foi bem mais rápido do
que no ano passado. O guarda verificou os documentos e nos liberou.
Em
2008, nesse mesmo posto de fiscalização, o guarda perguntou até o que eu estava
usando debaixo da calça, ao ver a parte da perna da minha ceroula.
Logo
depois da polícia, paramos para abastecer num posto Shell. O preço do diesel
estava AR$ 2,99 (US$ 0,76/R$ 1,50), mais em conta do que
no Brasil, que está custando R$ 2,06.
Por volta de meio-dia bateu a fome e paramos na Churrasqueria do Otto.
Animador o nome, mas o sabor da carne não agradou muito. O esquema
era de buffet, cobrado por pessoa, com salada e pratos quentes. A carne era trazida
pela garçonete. O arroz é na água e sal, mas não é escorrido, assim como o
macarrão. Foi difícil, mas diante da circunstância, foi o jeito. Como a comidinha
do Brasil não há igual!
Aproveitamos
e registramos a despedida da nossa roupa de calor. Lá embaixo vai estar bem
frio.
Churrasqueria do Otto,
primeira refeição fora do Brasil – Puerto Rico - Argentina
Após
o almoço, dei um cochilo enquanto o Marcio dirigia.
A navegadora e co-piloto
descansando do almoço
Quando
assumi o volante, pegamos uma ventania, com chuva, caminhões e pista sem
acostamento. Uma combinação perfeita. O acostamento existente é de terra e engana,
pois o carro atola sem perceber.
O
GPS é um auxílio e tanto!
O
termômetro do carro tem dois sensores, um para medir a temperatura dentro e
outro para fora do carro. Durante a ventania, a temperatura de fora caía
bruscamente. Saiu de 34º C para 18º C. Impressionante!
O vento nos acompanhou desde Foz do Iguaçu (PR).
Paramos mais uma vez para abastecer. Dessa vez, num Posto Petrobrás, próximo à cidade
brasileira de Uruguaiana (RS),
fronteira com Paso De Los Libres - AR. Tomei um café de máquina por AR$
1,00 (US$ 0,26/R$ 0,50).
O
vento forte aumenta o frio e é de lascar!
O
Marcio ajudou a carregar a bateria do carro de um homem num Doblô da Fiat, a
diesel.
Quando
o Marcio comentou, eu pensei logo em assalto, mas não era. Foi a chance de usar
um carregador de baterias que dispensa o uso da famosa “chupeta”.
Seguimos
pela RN-14 até o nosso pernoite em Concordia. No caminho, enfrentamos um
pequeno desvio de terra nas obras de duplicação da pista.
Acho
que tem chovido muito por aqui, pois vimos vários trechos de alagamento e os
rios parecem estar bem cheios.
Vimos também trechos bem parecidos com o extremo sul do Rio Grande do Sul, com lagoas e alagados
com aves migratórias.
Chegamos
quase às 21 h à cidade argentina de Concordia, para o nosso terceiro
pernoite, depois de quase 2.500
km de chão desde Brasília.
Concordia fica na Província de Entre Rios. Creio
que esse nome é devido ao fato de ela se localizar entre os Rios Paraná e Uruguai.
A
cidade é muito procurada pelos argentinos em feriadões, fato que dificultou encontrarmos
vaga em hotel.
Depois
de irmos a uns seis deles, já estávamos pensando em mudar a cidade de pernoite.
Conseguimos a última vaga no Hotel Coronado,
por AR$ 240,00 (US$ 63,16/R$ 120,00). Muito caro, mas era o
jeito, pois já eram quase 22 h.
Acho
que todo mundo por aqui fuma! O quarto tem um fedor de cigarro terrível!
Tivemos que relevar tudo diante das circunstâncias.
Jantamos no Restaurante
Mates, próximo ao hotel. Estava lotado e quase não achamos mesa.
Comi
um risoto de cordeiro com cogumelos; o
Marcio foi de lomo (nosso filé mignon)
ao molho de cogumelos com batatas.
Ambos estavam saborosos. O vinho era um Malbec da Bodega Phebus, de 2008 e com 14,0% de álcool. Este nos agradou pelo
sabor leve e pelo cheiro agradável.
Pegamos
um frio lascado na volta do restaurante. Devia estar uns 11º C, e ainda bem que
eu já tinha mudado a vestimenta.
Quando
fomos dormir já era mais de meia-noite, depois de um dia barra pesada.
Acréscimos
do Marcio
Pouco depois do almoço, pegamos um
temporal forte, quando a Clênia estava ao volante. Até que a danadinha foi bem,
mas o objetivo da troca de motorista não foi atendido, já que não consegui dormir,
pois queria ficar atento a tudo. Era muita chuva com muito vento lateral.
No restaurante onde jantamos não havia a proibição de fumar.
Foi um horror, pois tivemos que comer sentindo aquele fedor de fumaça, sem
poder fazer nada, já que era permitido e também por não nos sentirmos à vontade,
pois não estávamos mais no Brasil.
O restaurante era bem transado e bastante freqüentado. Havia
fila esperando uma mesa vagar. A comida foi ótima, sem comparação com a carne
comida no almoço, na Churrasqueria do Otto.
Amanhã continuaremos nossa trajetória, com previsão de ainda
mais um pernoite antes de chagarmos à Península Valdes, local onde ficaremos
alguns dias.
4º DIA – 12.10.2009 – 2ª
feira
(ARGENTINA:
Concordia – Coronel Dorrego)
Acordamos quase às 7 h.
Para dormir ontem foi preciso ligar o ventilador para fazer mais barulho que o
dos carros na rua. O quarto era voltado para a rua, e aqui na Argentina a poluição
sonora dos carros velhos e das motos é altíssima.
Lá fora devia estar uns
10º C.
Fomos para o desayuno (café-da-manhã). Deu vontade de
chorar quando vi só pão com pão. Em nada se parecia com os dos nossos hotéis.
Não havia presunto, queijo, frutas ou sucos. O café era bem ralo, o “suco” era do
tipo “Tang” e o croissant era muxibento
e servido frio.
O que nos salvou foi a
minha bolsa de comidas, com coisas ainda do Brasil. Pudemos comer banana, maçã
e tomar todinho. Tive que tomar 2 cápsulas de lactase logo cedo, coisa que
tenho deixado para o almoço ou o jantar. Foi o jeito!
Deixamos Concordia às 8h20. Muito tarde para os
mais de 1.000 km
previstos para hoje.
Tenho me distraído
durante a viagem alimentando este diário. Por falar nisso, vale registrar a
presença dos meus auxiliares:
a) laptop, também executor de músicas e de vídeos,
ligado no som do carro;
b) o celular, também executor de músicas;
c) o nosso querido GPS;
d) o termômetro;
e) outros.
Visão do
nosso QG. Vê-se também o aparelho de rádio-amador
Ainda pegamos alguns
trechos da RN-14 em
obras. Estão duplicando, como no nordeste do Brasil, com pavimentação
(calzada, em espanhol) em concreto.
À esquerda
na foto vemos a pista nova, em concreto
Vimos várias aves na
estrada, pela proximidade com o Rio Uruguai.
Perto do trevo para Buenos Aires, cruzamos os Rios Paranaguazu e Paraná,
ambos com pontes pênseis.
Paramos para almoço na
cidade de Open Door. Para variar, comemos
fritura. Comemos nas mesas do lado de fora, pois aqui na Argentina não há
proibição para fumo em ambientes fechados, o que é um inferno.
Na saída, compusemos a
sobremesa comprando uns brownies com nozes em uma doceria suíça e café expresso
em uma cafeteria em frente.
Aproveitei e comprei
banana (AR$ 4,50/US$ 1,18/R$ 2,25/Kg) e morangos (AR$ 6,50/US$ 1,71/R$ 3,25/Kg) numa frutaria próxima.
O tamanho do morango dá dois dos nossos. Deve ter bastante agrotóxico.
Seguimos viagem e
passamos por Lujan, uma cidade com
boas casas e com a Basílica de Nossa Senhora
de Lujan, em estilo gótico francês, com torres de 106 m de altura.
Basílica de
Nossa Senhora de Lujan – Cidade de Lujan - Argentina
O trânsito no sentido Buenos Aires, contrário ao nosso, estava
muito intenso na RN-3, com as pessoas retornando do feriadão, assim como
acontece no Brasil.
Temos passado por vários
pedágios. O custo é bem barato, AR$ 2,20 (US$ 0,58/R$
1,10) para
os habitantes locais, e um pouco mais para estrangeiros. Temos dado sorte e
pago como argentinos.
Na Argentina têm muitos carros
velhos nas cidades e na estrada. A maioria movida a diesel, barulhentos e bem
velhos. Têm muitos Fiat do modelo que, segundo o Marcio, era chamado de Pulga. Nunca tinha ouvido falar. Parece
um precursor do Fiat 147.
Citroen 3CV,
modelo muito famoso na Argentina
Depois de um cochilinho,
dirigi até o nosso pernoite na cidade argentina de Coronel Dorrego, bem próximo à cidade de Bahia Blanca, o nosso destino inicial, mas onde não conseguimos
chegar pelo cansaço. Já eram 21 h.
O sol se pôs uma hora mais
tarde do que ontem, às 19h30.
Ficamos instalados no Hotel de La Llanura (planície, em
espanhol). Parecido com uma casa mal-assombrada, imenso e com vazamento em
torneiras, mas que foi a nossa salvação diante da circunstância.
O frio é intenso! Está
10º C.
Jantamos no Restaurante Albores, vizinho ao hotel. De
entrada, comemos empanada de carne e de queijo com presunto. Eu pedi um canelone de verduras e o Marcio pediu um
lomo com champignon e batatas roseti.
O meu prato parecia mais
panqueca do que o nosso conhecido canelone. Ambos estavam bons. O vinho foi um da
uva malbec, da Bodega San Telmo, de Mendoza.
Ainda bem que dentro do
restaurante ninguém fumava! Pudemos jantar agradavelmente.
Como estou cansada!
Enquanto dirigia, tive que tomar um analgésico. É uma agonia nas pernas, que
não dá para explicar.
A água quente do
banheiro estava apenas morna, mas deu para tomar banho sem sofrer.
Amanhã, seguiremos para Puerto Madryn, cidade que dá acesso à Península Valdes.
Finalmente vai começar a
curtição para valer!
Acréscimos do Marcio
As estradas na Argentina têm sido ótimas, como já conhecemos
no ano passado quando passamos em direção ao Deserto do Atacama.
Pagamos alguns pedágios, mas são tão baratos que parece até
que o preço é simbólico. No nosso dinheiro dá o equivalente a centavos.
O trânsito que pegamos de final de feriado, aliado ao fato
de termos evitado passar por dentro de Buenos Aires, contribuiu para a lentidão
da viagem hoje e para atrapalhar um pouco nosso plano original, que era de
dormir em Bahía
Blanca. Mas a segurança tem prioridade.
O restaurante onde jantamos foi indicado
pelo dono do hotel. Ficava a uns 50
m dele e pareceu-nos bastante tradicional na cidade.
Depois que chegamos, aos poucos ele foi enchendo de fregueses. Fomos bem
atendidos, comemos bem e gastamos muito pouco. O câmbio está bastante favorável
para o turismo na Argentina.
Amanhã o trecho será um pouco maior, já que ficamos antes do
nosso objetivo inicial. Se for possível, tentaremos chegar a Puerto Madryn.
Sempre que chegamos aos hotéis para pernoites, instalo nosso
termômetro que mede tanto a temperatura interna quanto a externa. Para a
medição externa, tenho que passar o cabo com o sensor pela janela. Achei que
seria interessante acompanharmos esses valores, já que vamos para lugares tradicionalmente
frios.
5º DIA – 13.10.2009 – 3ª
feira
(ARGENTINA:
Coronel Dorrego – Península Valdes)
Acordamos
às 7 h e estava bem frio. O termômetro marcava 17º C dentro do quarto e 7º C lá
fora.
O
nosso café-da-manhã seria composto só de café, leite e torrada, não fosse a
minha super-bolsa de comida. Complementamos com os morangos, banana, suco de
laranja e os brownies comprados ontem na cidade de Open Door.
Pagamos a conta e
deixamos a cidade quase às 9 h.
Seguimos para Bahía Blanca. Optamos por passar por
fora da cidade, para não perder tempo com o trânsito urbano. Não fosse o GPS,
estaríamos perdidos, pois as placas com indicações para a RN-3 só começaram a
aparecer depois da nossa necessidade.
Vimos uns papagaios (loros)
entrando em buracos numa rocha. Paramos para fotografá-los. A cor deles era
amarelo bem forte e verde musgo. Vimos uns parecidos em Cafayate, no noroeste
argentino, ano passado.
Antes
de entrar na Patagônia, ainda na área
de Bahía Blanca, passamos numa barreira
de controle sanitário, onde tivemos que deixar as nossas maçãs. As demais frutas
compradas ontem aqui na Argentina puderam ficar.
Pagamos
uma taxa de AR$ 7,50 (US$ 1,97/R$ 3,75) para vermos as nossas
maçãs serem trituradas. A preocupação deles é com a febre aftosa. Proíbem o transporte
de carne também.
Ao
meio-dia almoçamos no Restaurante Quelu
Leufu, na cidade de Rio Colorado,
na RN-22, caminho para Bariloche.
Este não era nosso destino ainda. Estávamos apenas usando esta rota como
atalho.
Chegamos ao restaurante bem
no momento certo, pois logo depois chegaram dois ônibus. Um dos grupos parecia
de bolivianos ou peruanos. Demos sorte!
Comemos um talharim e um
ravióli, ambos com molho roquefort. Estavam muito bons.
No restaurante havia
Wi-Fi grátis, e pudemos ver nossos e-mails e a previsão do tempo. É ótimo ser
assim por aqui. Aonde se chega tem Wi-Fi. Bem que no Brasil poderia ser igual.
Chegamos a Puerto Madryn às 18 h. Poderíamos ter
ido logo para o nosso destino, a Península
Valdes, mas resolvemos ir a uma casa de câmbio e a um mercado.
A temperatura já estava
5º C. Pense num frio!
Enquanto
aguardávamos a casa de câmbio abrir, comprei um imã de geladeira (AR$ 6,00/US$ 1,58/R$ 3,00).
Puerto Madryn se parece com Búzios (RJ), praiana e com estrutura para o turista.
A
casa de câmbio abriu às 18h30. Aqui não é cobrada taxa pela operação. Troquei
US$ 700,00 (US$ 1,00 = AR$ 3,80) e R$ 1.250,00 (US$ 1,00 = R$ 2,00) e pegamos AR$ 5.160,00. Foi um bom câmbio.
Fomos a um Supermercado
Carrefour, onde comprei presunto, queijo, pão, maçãs e bolinhos de
chocolate.
Na
cidade é cobrado AR$ 1,00 pelo estacionamento nas ruas (US$ 0,26/R$ 0,50).
Chegamos
ao povoado de Puerto Pyramide, na Península Valdes, perto das 20 h.
Enfrentamos um trecho em
asfaltamento. Foi lucro, pois esperávamos todo o trajeto em
estrada de terra, mas grande parte já havia sido asfaltada.
Tivemos o primeiro
visual da península. A ligação ao continente é feita por uma faixa de terra com
7 km de
largura no seu ponto mais estreito e com 35 km no seu ponto mais largo.
Vimos
muitos outdoors com propagandas das
atrações locais: as baleias franca (nesta época), os leões-marinhos e os visuais.
Toda a região da
península é um parque. Para entrar, pagamos AR$ 45,00/pessoa (US$ 11,84/R$ 22,50).
Resolvemos nos hospedar
dentro da área do parque, pela facilidade e pela maior proximidade com as atrações.
Ficar em Puerto Madryn nos
deixaria mais distantes.
Escolhemos
o Hotel Paradise, o primeiro que
fomos, com diária de AR$ 300,00 (US$ 78,95/R$ 150,00). Talvez venha a ser o
mais caro da viagem, mas aqui não temos muita escolha. É um lugarejo apenas,
mas bem maior do que eu imaginava.
O quarto é bem legal.
Com aquecimento por ar condicionado, água com aquecimento solar, complementado
por caldeira.
A água do chuveiro
estava morna. Quase morri para tomar banho! Reclamei e fui informada que a
caldeira não estava complementando o aquecimento solar. É de lascar!
Jantamos
no hotel mesmo. Comi salmão ao limão, com
purê de batatas (AR$ 35,00/US$ 9,21/R$
17,50).
O Marcio comeu supremo de frango (AR$ 26,00/US$ 6,84/R$ 13,00). Este prato não é com o
peito do frango enrolado e recheado como no Brasil.
Houve
complemento com salada de alface com cenouras e tomates (AR$ 20,00/US$ 5,26/R$ 10,00). O vinho foi um cabernet
da Bodega Flitchman, da cidade de Mendonza, meio frutado, com o sabor normal
de pimentão do cabernet.
Hoje não deu para entrar
na internet usando o Wi-Fi do hotel. Havia a conexão, mas a página não abria.
Uma hóspede alemã teve o mesmo problema.
Como têm estrangeiros
por aqui! Europeus, principalmente.
Fomos dormir mais de
meia-noite. Amanhã teremos muitas coisas boas para ver.
Finalmente as férias
começaram!
Acréscimos do Marcio
O vento que pegamos na estrada era muitíssimo forte, obrigando
a manter o volante do carro virado para que ele andasse reto.
A passagem pela cidade de Bahía Blanca foi muito boa graças
ao GPS e à co-pilota Clênia, que buscou o melhor caminho. Todo o contorno da
cidade estava com a rodovia em obras e sem qualquer sinalização.
a impressão
que tivemos foi a de um local muito sujo, pois a ventania acaba varrendo tudo
que está solto no chão (sacolas plásticas, em sua maioria) e depositando no
primeiro obstáculo que encontra: as cercas de arame e os muros.
A partir da entrada na região da
Patagônia, o combustível ficou sensivelmente mais barato, já que é uma região
produtora de petróleo. O diesel baixou de AR$ 2,89/litro (US$ 0,76/R$ 1,45) para uns AR$ 2,50/litro (US$ 0,66/R$
1,25).
Quando chegamos a Puerto Madryn, me deu uma vontade enorme
de fazer xixi. Como não achava local para aliviar a bexiga, entrei numa
sorveteria na beira da praia e comprei um sorvete, só para não ficar sem graça
de pedir para usar o banheiro. Mas o sorvete de chocolate estava delicioso.
Aliás, como tudo que leva leite na Argentina.
O hotel onde ficamos é muito aconchegante. A decoração do
salão de refeições é toda em madeira, com vários objetos que parecem terem sido
deixados por hóspedes como souvenir: placas de carros de todas as localidades
(tem uma de São Paulo-SP, ainda do tipo amarela e com duas letras), latas de
cervejas, etc.
Instalei o nosso termômetro no quarto, para saber a temperatura
do local.
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