segunda-feira, 6 de maio de 2013

(041) 2009 - Viagem à Patagônia e à Terra do Fogo - CHILE - ARGENTINA: DE TORRES DEL PAINE PARA EL CALAFATE

17º DIA – 25.10.2009 – Domingo
(CHILE Torres Del Paine - ARGENTINA: El Calafate)
Acordamos às 7 h. Estava bem frio.
No café-da-manhã conhecemos um casal russo, a Irina e o Sergey, de Moscou, que estava também hospedado na Posada Río Serrano.
Conversamos em inglês com eles. Ele falava um pouco de espanhol, mas com dificuldade; ela, nada. Mesmo assim, achei demais ele conseguir falar tudo aquilo.
Falei para a Irina que percebemos que as pessoas de outros países têm boa fluência no inglês, coisa pouco comum com o brasileiro. Morro de inveja deles! Enquanto isso, eu gaguejava e demorava a desenrolar a conversa.
Ela me disse que falar inglês tem sido cada vez mais comum entre os russos jovens, mas que os mais velhos ainda são resistentes a isso.
Falei a ela sobre o casal de amigos nossos que trabalham no consulado do Brasil em Moscou, o Ney e a Patrícia.
A Joana (funcionária da pousada) ficava querendo participar da conversa, mas nada sabia de inglês e ficou difícil para ela.
O Marcio mostrou o mapa do Brasil a eles e ficaram espantados com as dimensões continentais. Demos algumas dicas a eles. Ele já tinha ouvido falar dos Lençóis Maranhenses, lugar que muito brasileiro nem sabe que existe.
Despedidas feitas, deixamos o hotel e o Parque Nacional Torres Del Paine cheios de boas recordações.
Chegamos à aduana do Chile em Cerro Castillo. Para quem não tem dinheiro chileno, há uma casa de câmbio nessa fronteira. Nós já tínhamos algum, pois o Marcio havia comprado ainda no Brasil.
A partir dali a estrada não era pavimentada. Quando estamos na terra (rípio) é um suplicio, pois está entrando poeira no carro.
Fizemos a saída do Chile. Andamos mais uns 15 km e passamos pela aduana argentina. É chato, pois se perde muito tempo nessas operações. Demos sorte, pois foi rápido e não encheram o saco com nada.
Da estrada ainda tivemos o visual das Torres Del Paine.
Seguimos para El Calafate. Logo avistamos um lago verdíssimo ao pé de uma montanha nevada. Era o imenso Lago Argentino, que serpenteia toda cadeia de montanhas que compõe os glaciares de El Calafate.

Chegando a El Calafate, o visual do Lago Argentino - Argentina

Quando chegamos ainda era dia. Procuramos algumas pousadas e hotéis. Fomos ao Posto de Informação Turística e foi horrível, pois a assistência foi fraca e o cheiro de cigarro no ambiente interno era insuportável.

Clênia saindo do Posto de Informações Turísticas de El Calafate - Argentina

Soubemos que aqui há hospedagem e comida para todos os bolsos, e que só existe um hotel dentro do Parque Nacional Los Glaciares, cuja diária custa US$ 300,00.
Fomos aconselhados a não ficar dentro do parque, por ser longe da cidade e porque todo apoio ao turista está aqui.
Almoçamos antes de nos instalar num hotel. Comemos num pub filiado ao Hostelling International (Albergue da Juventude). Comemos salada e frango empanado.
Visitamos alguns hotéis, mas acabamos optando pelo Hotel Upsala. Nem sei a classificação, mas é bem localizado, tem estrutura suficiente para nós (inclusive calefação central 24 horas) e um bom preço: AR$ 150,00 a diária (US$ 39,47/R$ 75,00).
A média de preço estava entre AR$ 200 e AR$ 300,00.
Como a maioria dos hotéis, também não oferece garagem e o carro tem que ficar na rua.
Perto daqui há restaurantes, agência de passeios, lojas, mercado, casa de câmbio, etc.
Após nos instalarmos, demos uma volta na cidade. Fomos à casa de câmbio e ao mercado. Lá, compramos o de sempre: lanche para amanhã e presunto para o café-da-manhã, água e pão.
Eu jantei pedaços de chocolate com café, e o Marcio foi de sorvete. Eu não estava bem da barriga.

Loja de chocolates Recuarela – El Calafate - Argentina

Fomos a uma loja de turismo e compramos dois passeios: um para amanhã e outro para o dia seguinte.
O de amanhã será para o Parque Nacional Los Glaciares, e custou AR$ 285,00/pessoa (US$ 75,00/R$ 142,50), mais AR$ 60,00 (US$ 15,79/R$ 30,00) pela taxa do Parque. Visitaremos os Glaciares Upsala, Spegazzini e a parte norte do Perito Moreno.
Depois de amanhã (27/10), faremos um mini-trekking na geleira do Glaciar Perito Moreno. Por este, pagamos AR$ 400,00/pessoa (US$ 105,26/R$ 200,00), mais AR$ 60,00/pessoa de taxa do Parque. Como pagamos em dinheiro (en efectivo, em espanhol), e não no cartão de crédito (tarjeta de crédito, em espanhol), obtivemos um desconto de 10%.
Passamos numa frutaria para comprar bananas, que estavam verdes. Mesmo assim, compramos. Daqui a uns quatro dias teremos banana equatoriana madura.
Voltamos para o hotel, e agora é dormir.
Hoje é domingo e não deu para colocar a roupa para lavar na lavanderia, pois estava tendo jogo do time de futebol Boca Jr., e todos o estavam assistindo. Amanhã providenciaremos. Como no Brasil, aqui o futebol também é paixão nacional.

Acréscimos do Marcio

Na estrada de rípio que pegamos logo após a aduana de saída do Chile, encontramos uma vaca morta (atropelada) no acostamento, com seu filhote (vivo) deitadinho ao seu lado, como se estivesse esperando a mãe acordar.
Logo adiante encontramos um posto da polícia e avisamos sobre o ocorrido, principalmente sobre a cria ainda viva.
Quando chegamos ao asfalto, outro acidente. Dessa vez foi um carro que derrapou numa curva e capotou. Já havia polícia no local, mas as pessoas acidentadas ainda estavam lá. Parecia ser uma família, pois o homem do casal estava com o policial, ao lado de uma mulher deitada na grama e que eles estavam protegendo do frio com cobertas.
Chegamos a El Calafate na hora do almoço e mortos de fome. Realmente o Centro de Informações Turísticas de lá, diferentemente de todos os outros que conhecemos até agora, foi um fracasso na assistência que nos prestou, pois não tinha muitas informações a dar, nem material adequado.
Como ainda era cedo, resolvemos almoçar primeiro, para que a fome não influenciasse a nossa capacidade de avaliar o hotel.
Depois do almoço, e de umas duas ou três pesquisas, encontramos o Hotel Upsala, muito bem localizado e confortável. Ficava perto da rua principal da cidade e de todos os pontos de interesse turístico.
Os preços dos passeios que compramos saíram um pouco mais baratos, pois dispensamos os traslados até os locais de embarque, já que estamos no nosso carro e podemos perfeitamente nos deslocar até lá.
Na casa de câmbio, trocamos alguns dólares por pesos chilenos, pois ainda voltaremos para o Chile e o dinheiro que trouxemos do Brasil já está acabando.
A taxa não nos foi muito favorável, pois tivemos que fazer uma ponte com o peso argentino. Acabou ficando por US$ 1,00 = CH$ 516,00, quando a mesma troca, se feita no Chile, talvez tivesse sido US$ 1,00 = CH$ 540,00.
Foi o jeito, pois não passaremos por nenhum lugar chileno com casa de câmbio, a tempo de atender nossas necessidades de combustível, de comida e de hospedagem.
O sorvete que tomei como jantar estava uma delícia. Aliás, como todo produto derivado de leite na Argentina.

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