17º DIA – 25.10.2009 –
Domingo
(CHILE Torres Del Paine - ARGENTINA: El Calafate)
Acordamos
às 7 h. Estava bem frio.
No
café-da-manhã conhecemos um casal russo, a Irina e o Sergey, de Moscou, que estava também hospedado na Posada
Río Serrano.
Conversamos
em inglês com eles. Ele falava um pouco de espanhol, mas com dificuldade; ela,
nada. Mesmo assim, achei demais ele conseguir falar tudo aquilo.
Falei para a Irina
que percebemos que as pessoas de outros países têm boa fluência no inglês,
coisa pouco comum com o brasileiro. Morro de inveja deles! Enquanto isso, eu
gaguejava e demorava a desenrolar a conversa.
Ela me disse que falar
inglês tem sido cada vez mais comum entre os russos jovens, mas que os mais
velhos ainda são resistentes a isso.
Falei a ela sobre o
casal de amigos nossos que trabalham no consulado do Brasil em Moscou, o Ney
e a Patrícia.
A
Joana (funcionária da pousada) ficava querendo participar da conversa,
mas nada sabia de inglês e ficou difícil para ela.
O Marcio mostrou o mapa
do Brasil a eles e ficaram espantados com as dimensões continentais. Demos
algumas dicas a eles. Ele já tinha ouvido falar dos Lençóis Maranhenses,
lugar que muito brasileiro nem sabe que existe.
Despedidas
feitas, deixamos o hotel e o Parque Nacional Torres Del Paine cheios de boas
recordações.
Chegamos à aduana do
Chile em Cerro
Castillo. Para quem não tem dinheiro chileno, há uma casa
de câmbio nessa fronteira. Nós já tínhamos algum, pois o Marcio havia comprado
ainda no Brasil.
A partir dali a estrada
não era pavimentada. Quando estamos na terra (rípio) é um suplicio, pois está
entrando poeira no carro.
Fizemos a saída do
Chile. Andamos mais uns 15 km
e passamos pela aduana argentina. É chato, pois se perde muito tempo nessas
operações. Demos sorte, pois foi rápido e não encheram o saco com nada.
Da estrada ainda tivemos
o visual das Torres Del Paine.
Seguimos
para El Calafate. Logo avistamos um lago verdíssimo ao pé de uma
montanha nevada. Era o imenso Lago Argentino, que serpenteia toda cadeia
de montanhas que compõe os glaciares de El Calafate.
Chegando
a El Calafate, o visual do Lago Argentino - Argentina
Quando
chegamos ainda era dia. Procuramos algumas pousadas e hotéis. Fomos ao Posto
de Informação Turística e foi horrível, pois a assistência foi fraca e o
cheiro de cigarro no ambiente interno era insuportável.
Clênia saindo do Posto de
Informações Turísticas de El Calafate - Argentina
Soubemos
que aqui há hospedagem e comida para todos os bolsos, e que só existe um hotel
dentro do Parque Nacional Los Glaciares, cuja diária custa US$ 300,00.
Fomos
aconselhados a não ficar dentro do parque, por ser longe da cidade e porque todo
apoio ao turista está aqui.
Almoçamos antes de nos
instalar num hotel. Comemos num pub filiado ao Hostelling International
(Albergue da Juventude). Comemos salada e frango empanado.
Visitamos
alguns hotéis, mas acabamos optando pelo Hotel Upsala. Nem sei a
classificação, mas é bem localizado, tem estrutura suficiente para nós
(inclusive calefação central 24 horas) e um bom preço: AR$ 150,00 a diária (US$ 39,47/R$ 75,00).
A
média de preço estava entre AR$ 200 e AR$ 300,00.
Como
a maioria dos hotéis, também não oferece garagem e o carro tem que ficar na
rua.
Perto
daqui há restaurantes, agência de passeios, lojas, mercado, casa de câmbio,
etc.
Após nos instalarmos, demos
uma volta na cidade. Fomos à casa de câmbio e ao mercado. Lá, compramos o de
sempre: lanche para amanhã e presunto para o café-da-manhã, água e pão.
Eu jantei pedaços de chocolate
com café, e o Marcio foi de sorvete. Eu não estava bem da barriga.
Loja de
chocolates Recuarela – El Calafate - Argentina
Fomos
a uma loja de turismo e compramos dois passeios: um para amanhã e outro para o
dia seguinte.
O
de amanhã será para o Parque Nacional Los
Glaciares, e custou AR$ 285,00/pessoa (US$
75,00/R$ 142,50),
mais AR$ 60,00 (US$ 15,79/R$ 30,00) pela taxa do Parque.
Visitaremos os Glaciares Upsala, Spegazzini e a parte norte do Perito Moreno.
Depois
de amanhã (27/10), faremos um mini-trekking na geleira do Glaciar Perito Moreno. Por este, pagamos AR$ 400,00/pessoa (US$ 105,26/R$ 200,00), mais AR$ 60,00/pessoa de taxa do Parque.
Como pagamos em dinheiro (en efectivo,
em espanhol), e não no cartão de crédito (tarjeta
de crédito, em espanhol), obtivemos um desconto de 10%.
Passamos numa frutaria
para comprar bananas, que estavam verdes. Mesmo assim, compramos. Daqui a uns quatro
dias teremos banana equatoriana madura.
Voltamos para o hotel, e
agora é dormir.
Hoje é domingo e não deu
para colocar a roupa para lavar na lavanderia, pois estava tendo jogo do time
de futebol Boca Jr., e todos o estavam
assistindo. Amanhã providenciaremos. Como no Brasil, aqui o futebol também é
paixão nacional.
Acréscimos do Marcio
Na estrada de rípio que
pegamos logo após a aduana de saída do Chile, encontramos uma vaca morta
(atropelada) no acostamento, com seu filhote (vivo) deitadinho ao seu lado,
como se estivesse esperando a mãe acordar.
Logo adiante encontramos um posto da
polícia e avisamos sobre o ocorrido, principalmente sobre a cria ainda viva.
Quando chegamos ao asfalto, outro
acidente. Dessa vez foi um carro que derrapou numa curva e capotou. Já havia
polícia no local, mas as pessoas acidentadas ainda estavam lá. Parecia ser uma
família, pois o homem do casal estava com o policial, ao lado de uma mulher
deitada na grama e que eles estavam protegendo do frio com cobertas.
Chegamos a El Calafate na hora do almoço
e mortos de fome. Realmente o Centro de Informações Turísticas de lá,
diferentemente de todos os outros que conhecemos até agora, foi um fracasso na
assistência que nos prestou, pois não tinha muitas informações a dar, nem
material adequado.
Como ainda era cedo, resolvemos almoçar
primeiro, para que a fome não influenciasse a nossa capacidade de avaliar o
hotel.
Depois do almoço, e de umas duas ou três pesquisas,
encontramos o Hotel Upsala, muito bem localizado e confortável. Ficava perto da
rua principal da cidade e de todos os pontos de interesse turístico.
Os preços dos passeios que compramos
saíram um pouco mais baratos, pois dispensamos os traslados até os locais de
embarque, já que estamos no nosso carro e podemos perfeitamente nos deslocar
até lá.
Na casa de câmbio, trocamos alguns
dólares por pesos chilenos, pois ainda voltaremos para o Chile e o dinheiro que
trouxemos do Brasil já está acabando.
A taxa não nos foi muito favorável, pois
tivemos que fazer uma ponte com o peso argentino. Acabou ficando por US$ 1,00 =
CH$ 516,00, quando a mesma troca, se feita no Chile, talvez tivesse sido US$
1,00 = CH$ 540,00.
Foi o jeito, pois não passaremos por
nenhum lugar chileno com casa de câmbio, a tempo de atender nossas necessidades
de combustível, de comida e de hospedagem.
O sorvete que tomei como jantar estava
uma delícia. Aliás, como todo produto derivado de leite na Argentina.
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