quinta-feira, 2 de maio de 2013

(020) 2008 - Viagem ao Deserto do Atacama - CHILE-ARGENTINA: DE SAN PEDRO DE ATACAMA A SALTA (VIA PURMAMARCA E HUMAHUACA)

24º DIA – 12.10.2008 – Domingo
(CHILE: San Pedro de Atacama – ARGENTINA: Purmamarca)

Acordamos às 7h30, e a grande surpresa do dia foi não ter água na cidade. Imagina fazer coco e nada de água para o banho. A sorte foi termos duas garrafas de 5 litros com água da torneira, que juntamos ontem para um possível banho em alguma laguna salgada, o que não aconteceu. Assim, consegui tomar um banho “checo”.
Tomamos café, quando a Íris, recepcionista ou dona do hotel, nos explicou o problema da água na cidade.
Pagamos as diárias, fizemos as despedidas com a íris e com o casal austríaco e seguimos para a subida dos Andes, para deixar o Chile.
Fizemos a parada obrigatória na aduana chilena e, sem dificuldades, deixamos o país.
Outra vez subimos a 4.800 m, com a curtição das paisagens altiplanas e a sensação da alta altitude. É difícil acostumar, mesmo depois de tanto sobe e desce.
Já começamos a nos despedir das vicunhas que nos acompanharam em quase toda a viagem.

Despedida da vicunha

Depois de 130 Km, paramos na aduana argentina, que está encravada no Salar de Jama.

Aduana argentina no Salar de Jama

O lugar é dos mais lindos, com salinas, flamingos e riachos correndo.
Faz frio e o vento tempera o nervosismo normal que rodeia o estrangeiro que migra para um lado ou para o outro.

Salar de Jama - Argentina

Quando chegamos ao setor de migração, tinha apenas um casal alemão na nossa frente. Não demorou e veio um grupo de um ônibus atrás de nós. A fila era imensa e havia apenas uma funcionária, gordinha, para atender esse povo todo, com frio e nervoso.
Fomos atendidos e, como estávamos entrando na Argentina, fomos direto para aduana (desembaraço do veículo), onde foi bem rápido, pois a funcionária estava mais a fim de bater papo do que vistoriar o carro. Ela não olhou nada. Foi ótimo!
Veremos se para entrar no Brasil daremos a mesma sorte, pois estamos com máquina fotográfica, violão, porta-retrato, vinhos, azeites, etc.
Seguimos agora, na Argentina, descendo pela Província de Jujuy, com paisagens das mais belas, com curvas íngremes e com cardones.

Cardones em Jujuy: Caminho do Atacama (CH) para Pumamarca (AR)

Chegamos a Purmamarca pela terceira vez. A cidade estava cheia e foi difícil achar vaga no hotel.
Depois de procurar bastante, achamos um cuja diária era AR$ 130,00 (US$ 42,07), com café e garagem. Caro, mas para as circunstâncias foi o melhor.
Estamos num casarão que parece um museu, pois tem várias antiguidades e cheiro de ambiente com coisa velha. A água quente do banho de vez em quando ficava fria. Uma merda!
Saímos para jantar. Aqui está na mesma hora do Chile (onde começou hoje o horário de verão) e do Brasil (de Brasília).
Entramos num Posto de Informações Turísticas, onde fomos muito bem atendidos. Aliás, como sempre em todos os lugares onde estivemos, sempre houve cordialidade e competência nas informações prestadas.
Fomos a um café que só tinha coisas para beliscar. Querendo jantar, devido a não termos almoçado, procuramos outro restaurante.
Acabamos jantando no mesmo local onde almoçamos na última vez em que estivemos aqui. Comemos mal. Não temos dado muita sorte com comida durante a viagem inteira. Haja batata, salada de alface e tomate e carne, esta nem sempre boa. Mesmo assim, tomamos um bom vinho e está tudo certo.
Voltamos para o nosso querido hotel. Amanhã exploraremos a Quebrada de Humahuaca.

Acréscimos do Marcio

Hoje, como já aconteceram inúmeras vezes nesta viagem, almoçamos sanduíches um pouco antes da aduana argentina. Paramos num local de onde se avistava o Salar de Jama, e nos deliciamos.
O casal que estava na nossa frente também estava viajando em seu próprio carro, uma Toyota Land Cruiser toda adaptada para ser um moto home. Só que o deles veio da Suíça. A placa era de Zurique. Segundo me lembro de ter ouvido, eles estavam entrando no Chile e iriam para o Peru e para a Bolívia. Imagina o trabalho – e o custo – que foi trazer esse carro da Europa!!
Ainda na aduana argentina, vimos uma brasileira, que estava com o marido e que chorava, pois seus documentos tinham sido roubados na cidade de Calama (Chile) e os argentinos não estavam permitindo seu ingresso no país apresentando apenas o Boletim de Ocorrência.

25º DIA – 13.10.2008 – 2ª feira

(ARGENTINA: Pumamarca - Humahuaca - Salta)

Acordamos às 7h30 e, depois de um café para lá de chulo, deixamos o povoado e seguimos para Humahuaca, explorando a Quebrada de Humauaca, uma série de serras multicoloridas, cheias de cardones com flores e cortada pelo Rio Grande.

Delicada flor de cardone

Paramos no primeiro povoado do caminho para vermos um museu, local que antigamente funcionava como estalagem para viajantes, comerciantes, carteiros, etc. Chama-se Postal de Humillos e é muito rico em informações.
Chegamos a Humahuaca quase ao meio-dia, quando soubemos que era feriado nacional (comemoração do Descobrimento da América).
Almoçamos num restaurante cujo dono é um cantante local, chamado Fortunato, o Restaurante Peña de Fortunado.

Foto do Fortunato tocando o instrumento dele – Humahuaca - Argentina

Comi cazuela de cabrito -- as vértebras do bicho, com batatas e tamal, parecido com uma pamonha salgada, mas com carne dentro.

Cazuela de cabrito - Prato regional argentino

Tamal - outro prato regional argentino

O Marcio, mais conservador, foi de bife com salada.
Exploramos um pouco a cidade e encontramos uma praça onde tinham vários hippies misturados com feirantes de artesanatos.

Praça em Humahuaca – acesso ao monumento da independência - Argentina

Acabei comprando umas cerâmicas bem legais, que parecem ser de boa qualidade.

Clênia e os artesanatos de Humahuaca - Argentina

Como fomos assediados por pessoas do local. Isso é chato! Pelo feriado nacional, a cidade estava cheia.
Comemos alguns alfajores locais muito bons. Eu estava seca por um doce com café.
Deixamos a cidade rumo a Salta, para chegar lá ainda com luz do dia e procurar hotel. Da última vez em que estivemos lá foi difícil encontrar vaga.
A estrada é excelente e o tempo deu uma fechada. Achamos que era chuva, mas nada dela! O calor predominou durante todo o tempo, situação bem diferente do gelo dos últimos dias.
Chegamos a Salta ainda de dia e ficamos num hotel em frente ao teleférico, o Hotel Continental.
Conseguimos um desconto quando dissemos que ainda íamos pesquisar outros. O preço caiu de AR$ 175,00 (US$ 56,63) para AR$ 150,00 (US$ 48,54).
Acho que havia um grupo da terceira idade hospedado no hotel. Aliás, como temos encontrado idosos viajando em grupos.
Depois de nos instalarmos, saímos para trocar dinheiro, mas, em virtude do feriado, nada estava aberto e voltamos para o hotel para pegar peso argentino. Devido à expectativa de que trocaríamos os dólares, eu não tinha levado nada para pagar o jantar.
Andamos para caramba, pois este hotel é mais longe do centro do que o outro onde ficamos antes de irmos ao Chile.
Depois de pegar o dinheiro no hotel, saímos para comer no Restaurante La Fiamma, mas erramos o caminho e andamos por duas praças em frente ao hotel até acharmos a direção certa. Que andança esta noite!
Comemos e voltamos para o hotel. Agora é descansar.

Acréscimos do Marcio

No trajeto de Purmamarca para Humahuaca, fomos parados pela polícia (Gendarmeria), que foi bastante gentil e cortês, fazendo as perguntas de praxe, sobre origem e destino da viagem.
Aliás, diferentemente do que foi pintado antes, todos têm sido educados e simpáticos conosco, principalmente na Argentina, onde existe o mito de rivalidade e prepotência. Pode ser que as coisas até sejam diferentes em outras regiões do país, mas por onde transitamos nada há a reclamar.
No restaurante onde jantamos (La Fiamma), a Clênia optou por tomar uma taça de vinho da casa. Ao servir, a garçonete perguntou se ela queria gelo. Ficamos em dúvida se o gelo proposto seria para se colocar dentro do vinho, como se fosse um suco ou um refrigerante, mas, como a resposta foi negativa, permanecemos com a interrogação.
Amanhã vou à Concessionária Toyota (Autolux), para pegar as peças que ficaram faltando. Tentarei que eles instalem as borrachas das portas e do porta-malas, pois são volumosas para se carregar e porque a mão-de-obra aqui é muito mais em conta.

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