quarta-feira, 1 de maio de 2013

(014) 2008 - Viagem ao Deserto do Atacama - CHILE: IQUIQUE - PARQUE NACIONAL VULCAN ISLUGA (VIA HUMBERSTONE)

16º DIA – 04.10.2008 – Sábado
(CHILE: Iquique - Humberstone – Colchane: Parque Nacional Vulcan Isluga)
Acordamos por volta das 7h30. Tomamos café e deixamos a cidade com destino aos arredores de Iquique. Não valia a pena ficar subindo e descendo a serra a cada passeio, pois além de longe sempre há o risco da estrada.
Seguimos para a Cidade Fantasma de Humberstone. Trata-se de um local onde antes havia exploração de salitre, conhecido como nitrato por aqui.

Cidade Fantasma de Humberstone – Próximo a Iquique - Chile

Construída em 1862 e desativada em 1960, mantém tudo de pé e bem conservado, apesar do tempo seco e árido daqui.
Era uma cidade completa, com teatro, hospital, mercado, quartos para os trabalhadores e hotel. Tudo perto da área da empresa que fazia a exploração.

Teatro da cidade fantasma, construído em 1930 - Chile


Ficamos mais de uma hora por lá. É estranho imaginar que ali funcionava tudo antes e que agora se parece com aquelas cidades de faroeste.
De lá seguimos para o Parque Nacional Vulcan Isluga. No caminho, saímos da estrada um pouco para ver o Geoglifo Gigante de Atacama, o maior do Chile.
Trata-se de desenhos gigantes feitos com pedras nas dunas. Fui ao topo dela, quase morrendo, e percebi que o melhor era visualizar os desenhos da base, e não do alto.

Geoglifo de Atacama - o maior do Chile

 
Interessante fazerem aquilo, daquele tamanho, naquela altura e naquela secura, com o sol castigando nas costas!
Rodamos mais 200 Km ao longo do deserto das cordilheiras, sempre subindo. Quando chegamos a 4.200 m, a minha cabeça apertou de novo, começou a doer e o nariz a arder.
Paramos para fotografar a flor dos cactos, que eu nunca tinha visto. É muito linda, naquele monte de espinhos.

Cactos com flores. Coisa rara, ainda mais no altiplano!

Chegamos a mais de 4.300 m, mas a cidade que estamos pernoitando, Colchane, está a pouco menos de 4.000 m.
Pode-se dizer que isso aqui é um oásis, pois a metros adiante está a Bolívia, e não há nada de lojas para comprar comida. Nada! Por sorte, o hotel oferece almoço e janta.
Pensão Gómez, em Colchane. Um oásis! Chile

Chegamos ao vilarejo perto das 16 h. A dona do hotel, uma aimará, povo local, é bem típica: morena, com saia rodada e comprida, meia, e cabelão com tranças.
Ela nos serviu arroz, tomate e carne. Caviar, diante das circunstâncias.
Fomos explorar as redondezas. O Vulcão Isluga toma o cenário, principalmente por ainda estar com neve em seu cume, o que o faz se sobressair na paisagem.

Vulcão Isluga - Parque Nacional Isluga - Chile

Como é pitoresco o local!
Perto do vulcão tinha outra montanha de onde saia fumaça do topo, certamente uma atividade termal.

Atividade termal no vulcão - Chile

Ambos os morros têm mais de 5.000 m.
Na estrada, passamos por alguns povoados dignos de sair do mapa, pois parecem cidades-fantasma, sem nada de nada, nem pessoas. A maioria das edificações em pedra e barro. Achei que o parque teria uma portaria, com alguém para nos dar dicas, mas nada encontramos.
Assim, com o mapa na mão, achamos por conta própria a Laguna Aravilla, cheia de flamingos e de outras aves dos Andes, já conhecidas nossas.

Laguna Aravilla: flamingos levantando vôo com a minha presença - Parque Nacional Vulcan Isluga

Por aqui, o posto de combustível mais próximo está a 160 Km, o que nos deixa limitados para explorar maiores distâncias, já que consumimos metade do tanque só para chegar.
No retorno ao nosso hotel, aproveitamos o fim de tarde com o resto de sol incidindo nas montanhas geladas. Um show! Vimos também o Salar de Coipasa.
Tomamos banho no hotel, onde a água é aquecida com gás. Como aqui é frio! Mesmo de casaco, a altitude faz a diferença na temperatura. A 2.000 m já é frio à noite, mas a 4.000 m é duplamente mais.
Tomamos banho reclamando do frio. Mesmo com várias roupas parece não esquentar.
Jantamos bem. Como eu disse antes, aqui é um oásis e não devemos reclamar de nada.
Tomamos uma sopa, o que ajudou a esquentar. Teve pão caseiro, arroz, batatas e um picadinho de carne. Para finalizar, um café de Nescafé.
Na pousada havia também um grupo de franceses, que fizeram o jantar especial deles regado a vinho.
Encontramos, também, quatro rapazes motoqueiros de Santiago, que jantaram à nossa mesa. Eles tomavam whisky na boca da garrafa, e também o colocavam na sopa. Seguramente está menos de zero grau.
Voltamos para o quarto satisfeitos, e agora é dormir.

“Suíte Presidencial” em Colchane - Chile

É bem cedo ainda. Devem ser 21 h. Amanhã já partiremos.
Esse lugar vai bater aqueles com pior estrutura. Não fosse pela natureza em volta.... Amanhã vamos ver se dá para ir ao Gêiser de Puchuldiza.
Acréscimos do Marcio

É muito estranho raciocinar que, quando estamos indo para o norte, o oceano está a nossa esquerda; que o local onde o sol se põe significa o lugar onde está o mar.
Todas as estradas no Chile são sinalizadas e identificadas, mesmos as que parecem trilhas de terra. Em cada bifurcação existem placas sinalizadoras dos destinos de cada opção, quilometragem, etc. De dar inveja!
Saímos da R-5 (Pan-Americana) na cidade de Huara, quando começamos novamente a subir a cordilheira.
Quando nos informaram sobre o Parque Nacional, em Iquique, não disseram que não havia posto de combustível (estación de servicio, em espanhol). Por isso, estávamos com o diesel quase que contado para o retorno ao abastecimento mais próximo, apesar de termos a bordo um galão de vinte litros, vazio.
Em Colchane ficamos na Pension Gómez, onde pagamos CH$ 16.000,00 (US$ 30,30).

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