sábado, 4 de maio de 2013

(036) 2009 - Viagem à Patagônia e à Terra do Fogo - ARGENTINA: DE GAIMAN A COMODORO RIVADAVIA (VIA SÍTIO ARQUEOLÓGICO BRYN GWYN E PINGÜINEIRA DE PUNTA TOMBO)

8º DIA – 16.10.2009 – 6ª feira
(ARGENTINA: Gaiman - Punta Tombo - Comodoro Rivadavia)

Acordamos quase às 7 h. Lá fora a temperatura era 5º C, e a mínima na madrugada foi de 4º C.
Fomos para o café-da-manhã e nos foram servidos bolo e pães utilizados no chá da tarde de ontem. Teve suco de laranja. Mas como a laranja daqui é azeda! Complementei com o presunto que compramos ontem no Carrefour.
Pedi um chá Gales, que achei igual ao da marca Twings, parecendo chá verde.
A Ana, dona da hosteria, descende dos galeses que vieram de uma região próxima da Inglaterra, antes de 1900, colonizar a área. Ela, inclusive, ensina o idioma Gales.
Mencionei a ela que estava achando a umidade local baixa. Ela confirmou, além de me dizer que o normal lá é fazer 1º C na madrugada e ir a 20º C às 14 h. Como hoje fez mínima de 5º C, à tarde iria a uns 25º C. Uma variação de 20º C ao longo do dia é dureza!
O quarto onde ficamos demonstrava que o local é de fato frio, pois tinha calefação até no WC.
Deixamos o hotel e fomos conhecer o Parque Paleontológico Bryn Gwyn, a 11 km de Gaiman.
Chegamos à entrada às 9h40, e às 10 h chegou o funcionário para abrir o portão.
Pagamos AR$ 10,00/pessoa (US$ 2,63/R$5,00), tivemos uma breve orientação sobre o lugar e seguimos pela trilha auto-guiada.
O tempo já esquentava, e fomos nos depenando da cidade até aqui. É um tira e bota de casacos danado!
Vimos uns oito fósseis bem preservados de animais, do jeito que os encontraram, protegidos por pirâmides de vidro. No local há animais terrestres, marinhos (baleias e golfinhos, datando de 15 milhões de anos) e aves. É interessante!
Um dia houve mar por lá, e pudemos ver uma área com muitas conchas. Acha-se que o mar, há milhões de anos, ia até os Andes.

Fóssil no Parque Paleontológico Bryn Gwyn – Gaiman - Argentina

Nós no Parque Paleontológico Bryn Gwyn – Gaiman - Argentina

Local no parque aonde vimos algumas conchas - Parque Paleontológico Bryn Gwyn – Gaiman - Argentina

Fizemos o trajeto todo (1 km) em uma hora e meia. Ventava muito nos trechos mais altos.
Itens importantes para se carregar na trilha são água e chapéu. Quem tem problema de saúde é bom não se aventurar, pois o nível de dificuldade da trilha é de leve a médio.
Como foi bom fazer uma caminhadinha depois de tanto tempo sentada!
Como a umidade estava baixa!  O sorine entrou em ação várias vezes.
Na saída, cruzamos com um grupo grande de pessoas. Pareciam estudantes.
Às 12 h, deixamos o lugar. A temperatura estava a 26º C. A Ana estava certa sobre a previsão do tempo!
Seguimos para Punta Tombo, para ver uma pingüineira. Quando chegamos, já eram mais de 13 h.
Pegamos um trecho de 20 km de estrada de terra. Estrada perigosa! O carro derrapava a 60 km/h.
É incrível como a temperatura cai à medida que se aproxima do mar. Talvez seja por causa do vento. Saímos de 26º C e voltamos para os dois casacões, luvas e gorro. Estava um gelo de novo!
Compramos a entrada para visitar o local. Pagamos AR$ 35,00/pessoa (US$ 9,21/R$ 17,50).
Como já passava da hora do almoço, comemos sanduíches e seguimos pela trilha de 1,2 km.
É impressionante a quantidade de pingüins! Nunca vimos tantos. Até onde a vista alcançava era possível ver buracos na terra com pingüins. Eles vêm para esta área para cruzar e ter os filhotes sossegados.

Ninhos de pingüins até onde a vista alcançava – Punta Tombo - Argentina

Alguns ninhos são protegidos por arbustos, o que dificulta o ataque de aves predadoras. Presenciamos um desses ataques, no qual a ave saiu com um ovo no bico e ainda passou por nós em uma rasante. E olha que o ovo não é pequeno!
Vimos também vários pingüins nadando, brigando, namorando, dormindo, caminhando e chocando.

Nem parecia que a água estava geladíssima – Punta Tombo - Argentina

Um deles vigiando os ovos – Punta Tombo - Argentina

Eles são amistosos com os turistas nas trilhas, desde que não se sintam agredidos.

Olha a tranqüilidade ao atravessar a trilha dos turistas! Punta Tombo - Argentina

Nós com a galerinha nadando e se divertindo na praia ao fundo – Punta Tombo - Argentina

Quando deixamos o local, já eram mais de 17 h. Acho que a visitação diária aqui é de mais de 1.000 turistas. É muita gente!
Seguimos para a cidade de Comodoro Rivadavia pela RN-3. No caminho, paramos para o primeiro ajuste do carro. A correia do alternador estava fazendo barulho e o Marcio teve que esticá-la. Paramos na estrada mesmo, logo que saímos da terra e pegamos o asfalto. Tivemos que tirar parte da bagagem, para ter acesso à bolsa de ferramentas. Ainda bem que deu certo!
Como ventava! E o frio foi aumentando a cada hora que passava. A cada ultrapassagem de caminhões a antena balançava com o ventão. Dá a impressão que o carro vai perder o controle.
Aproveito sempre o tempo de asfalto para me distrair digitando o diário. De vez e quando, o eliminador de bateria que fica ligado no acendedor de cigarro do carro aquece e desliga automaticamente. Gelei o danado deixando-o uns 2 minutos nos 5º C do lado de fora da janela, e deu para concluir o trabalho.
O pôr do sol hoje já foi mais tarde do que o de ontem, perto das 20 h, pois estamos mais ao sul. Será assim daqui para frente. Provavelmente em Ushuaia anoitecerá às 22 h.
Chegamos a Comodoro Rivadavia às 20h30. Não há hotéis na entrada da cidade, para quem quer evitar o trânsito urbano.
Dentro da cidade, nem os hotéis mais caros têm garagem.
Seguimos viagem e paramos num hotel na beira da estrada, entre Comodoro Rivadavia e Caleta Olivia.
Ficamos para pernoite por AR$ 247,00 (US$ 65,00/R$ 123,50). Jantamos lá mesmo. Comemos bife com salada.
O hotel não é novo, mas é grande e está em bom estado. O senhor que nos atendeu era engraçado. Barrigudo, mas com um pique danado. Era de recepcionista a garçom.
Aqui tem Wi-Fi, mas não pega nos quartos.
Não há lavanderia self-service por aqui também. Só com entrega para o dia seguinte. Como até agora só temos pernoitado nas cidades, está difícil conseguir lavar a roupa.
Futebol e Argentina parece até pleonasmo. A cidade pode não ter nada, mas tem um campo de futebol. No jantar, para variar, a TV estava ligada em futebol.

Acréscimos do Marcio

O horário de abertura do parque paleontológico era às 10 h. Chegamos ao portão de entrada da estrada que dá acesso a ele um pouco antes, e estava fechado. Ficamos na dúvida se era pelo adiantado da hora ou se não abriria hoje.
Felizmente, pontualmente às 10 h parou um táxi e o funcionário do parque desceu e abriu o portão. Pontualidade britânica!!
No parque de Punta Tombo havia apenas os sanitários, a bilheteria e uma lanchonete. Tentamos comer nossa comidinha utilizando as instalações deles, mas a dona veio reclamar, dizendo que só permitiria se tivéssemos comprado lá os alimentos.
Na tal lanchonete havia um balcão com lembrancinhas. Aproveitamos e compramos adesivos do local.
Quando liguei o carro para partir, ouvi aquele barulho característico de correia patinando. Verifiquei e constatei que eram as do alternador/direção hidráulica que estavam um pouco frouxas (a Toyota SW-4 usa duas correias para a função).
Para acessar as ferramentas e realizar o ajuste foi um parto. Tivemos que tirar quase toda a bagagem do porta-malas. Prevendo isso, parei o carro já no asfalto, em um retorno onde havia uma mureta protetora de uma canaleta, onde apoiei nossas malas.
Comodoro Rivadavia é uma cidade do porte de Ribeirão Preto (SP). Como acredito que aqui corra muito dinheiro, devido à condição de produtora de petróleo, os hotéis são caríssimos, com diárias a AR$ 450,00 (US$ 118,42/R$ 225,00), que para apenas um pernoite achamos que não valia a pena.
Depois desse estresse de ter que seguir viagem, já noite, até não se sabe onde, o local onde ficamos – Posada Su Estrela -- pareceu-nos um oásis. Mas verdade seja dita: não somos assim tão exigentes, e ela até que era bastante satisfatória, com quarto espaçoso, água quente, calefação e comida razoável. Resta conferir o café-da-manhã amanhã.

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