22º DIA – 10.10.2008 –
6ª feira
(CHILE: Pica - San Pedro de Atacama)
Acordei
às 7h20. Ontem foi difícil para dormir, com a algazarra dos outros hóspedes. Acho
que não eram músicos, mas estudantes que vieram passar o fim de semana em Pica. O barulho para
acomodar tanta gente durou até quase às 2 h. Pedi para fazerem silêncio por
duas vezes, mas não adiantou muito.
Antes
do café, conhecemos um grupo de franceses que estava no hotel, de saída para
passeios. Um deles, que falava espanhol, nos disse que o grupo tinha alugado
uma van em Santiago, mas que era um carro velho, fraco e poeirento, não
adequado para os passeios de altiplano. Seu nome era Jaques.
Pagamos
CH$ 38.000,00 (US$ 71,97) por duas diárias e pela
garagem, esta cobrada à parte, detalhe que não sabíamos.
Quando
deixamos o hotel, já eram quase 9 h. Seguimos para San Pedro de Atacama.
Paramos
em Calama, onde abastecemos o carro e fomos ao mercado para comprar queijo,
presunto, suco, pão e algumas outras coisas que, apesar de ter em San Pedro , lá são mais
caras e nem sempre de qualidade.
Visitamos
uma Concessionária Suzuki, para ver de perto o Grand Vitara novo, de duas portas.
Olhando o
Suzuki Grand Vitara 2 portas, motor 2.4 (164 HP): preço CH$ 9.690.000,00, equivalente
a US$ 18.352,27 (R$ 44.045,45)
É
lindo e custa bem barato, menos de US$ 19.000,00. Fiquei babando, mas só na
vontade, pois a vendedora nos disse que nunca vendeu carro para ser usado em
outro país.
Peguei o folder do que
tem motor 2.4, com 164 HP. Um sonho de consumo!
Mesmo assim, os
vendedores foram bem gentis e nos deram a dica de perguntar na embaixada como
se faz para importar carros assim.
Almoçamos quase às 15 h,
no Shopping de Calama, chamado de Mall por aqui.
Comprei
batons da Revlon, da cor que eu gosto
e por um preço equivalente a R$ 16,00. Bem barato!
O
Marcio queria trocar o óleo do carro por aqui, mas teríamos que esperar até às 16h30,
devido à siesta. O comércio dá um
intervalo das 13 h às 16h30, pode???!!!. Deixamos para fazerm em San Pedro de Atacama mesmo.
O visual da estrada para
quem vai chegando a San Pedro é demais, com serras, vulcões e dunas. Demais! Um
bom teste para a máquina fotográfica nova.
O Marcio não pára de roer
as unhas, ansioso, apesar de atribuir a roedeira à falta de manicure.
Na estrada encontramos três
ciclistas chilenos, de Santiago, fazendo a mesma viagem, mas de bicicleta. Fizeram
sinal para que parássemos, pois um deles estava mal com a altitude de mais de 3.000 m .
Demos a eles AAS. O
Marcio tirou uma foto com eles e seguimos.
Ciclistas
chilenos viajando de Santiago para San Pedro de Atacama - Chile
Chegamos à poeirenta,
seca e já conhecida San Pedro de Atacama.
Cena comum em San Pedro de Atacama:
mochileiros
Fomos a uma pousada em
frente à que ficamos anteriormente, mas estava lotada, coisa que é comum em
finais de semana por aqui.
Corremos
para o Hostal La Casa de Mireya, a que ficamos
na outra vez, que também estava lotada. Mas a Mari, a recepcionista já conhecida
nossa, ligou para a vizinha e conseguiu vaga para nós.
Ficamos
no Residencial Chiloé. Os quartos
ficam nos fundos e é chique, por ter WC privado e estacionamento na porta. Aqui
faz menos poeira do que na outra.
Lavamos
roupa e saímos para jantar. Antes, fomos à loja que vende o tour astronômico e
fizemos reserva para amanhã, uma vez que para hoje não tinha mais vaga. Custou
CH$ 12.000,00 (US$ 22,73) por pessoa.
Fomos
a uma lan-house de um chileno que se formou em Ciências da Computação em São Paulo , em 1990. Eu
usei o meu laptop com o Wi-Fi da loja; o Marcio usou uma máquina local.
O
Marcio roia tanto as unhas que dava agonia. Além disso, tinha uma americana
falando com a mãe no Skype, com voz bem alta, e eu não conseguia me concentrar.
Tive que colocar fone de ouvido e ouvir música para poder continuar usando a
internet.
Jantamos
lasanha vegetariana no Restaurante La Cave. Apesar do nome, os preços dos vinhos eram proibitivos. Em San Pedro de Atacama,
assim como em cidades com acesso difícil e muito turísticas, tudo costuma ser
bem mais caro.
Voltamos
para o hotel e estamos um prego. Amanhã iremos tomar banho de água quente nas Termas de Puritama.
Acréscimos
do Marcio
Está sendo muito comum nesta viagem cruzar com pessoas viajando
de bicicleta. É uma aventura!
Na primeira vez que
estivemos por aqui, há umas duas semanas, conheci na aduana dois gaúchos de
Passo Fundo que viajavam de moto. O incrível é que um deles estava em uma BMW de 1.200 cc, do
tipo Super-Trail, enquanto o outro ia numa Honda Twister, de apenas 250 cc, e
Street. Imagina!!! Devem ser muito amigos mesmo.
A lasanha que pedimos no
jantar era muitíssimo bem servida e sobrou. Pedimos para embalar para viagem e
levamos. Já virou rotina nessa viagem a gente almoçar as sobras da véspera
durante os passeios, estacionados em lugares com vista deslumbrante.
23º DIA – 11.10.2008 –
Sábado
(CHILE: San Pedro de Atacama)
Acordamos
às 8 h. Tomamos um café da manhã semelhante ao servido na Pousada La Casa
de Mireya e saímos abastecidos de comida para o dia.
Os
nossos vizinhos de quarto são austríacos. O homem é de Innsbruck. Acabamos
fazendo amizade com eles e trocando informações sobre os passeios que já tínhamos
feito.
Saímos
para as Termas de Puritama, a 30 Km
da cidade, em altitude de mais de 3.000 m .
Desta
vez o local estava aberto, pois da outra em que estivemos em San Pedro de Atacama,
quando chegamos lá estava fechado.
No
local há um oásis encravado no areião do altiplano andino. Ao longo do rio,
existem oito piscinas naturais, com algumas corredeiras e com a água a 33º C. Um conforto para
o vento frio do local.
Termas de
Puritama – água quente a mais de 3.000 m de altitude - Chile
Ficamos lá das 10 h às
14h30. Comemos por lá mesmo.
Almoço nas
termas
Como
tem turista europeu! Muito mais do que da própria América do Sul. Acho que é por
ter muita opção de trekking e de montanhismo por
aqui, coisas que eles adoram.
Conhecemos um grupo de nove
franceses, e eles disseram que iriam subir o Vulcão Licancabur. A expectativa
era de subir em sete horas e de descer em três horas.
Marcio com
os franceses numa das piscinas das Termas de Puritana - Chile
Sobre
esse vulcão, observamos que quando estivemos aqui há dez dias tinha neve no
topo, situação que não se observa agora.
Voltei para a cidade com
um sono absurdo. Quando chegamos a San Pedro de Atacama já eram mais de 15 h. Dormimos
e acordamos lá pelas 17 h.
Fizemos
um happy-hour, com vinho e frios que havíamos comprado em Calama. Os austríacos
curtiram a bossa que toquei no violão.
Matando a
saudade do violão – San Pedro de Atacama - Chile
Saímos para trocar
dinheiro e, como se trata de San Pedro de Atacama, a situação favorável que
estávamos encontrando até agora com a subida do dólar acabou. Vendemos o dólar
a CH$ 560,00.
Compramos pastéis para
complementar o jantar. Às 21h30 estávamos prontos na loja do tour astronômico.
Não demorou e chegaram
mais de vinte turistas, além do guia para nos levar ao local de observação.
Fomos num microônibus e,
depois de 15 minutos, estávamos fora da cidade, num observatório astronômico de
verdade, cheio de telescópios para todos os gostos, alguns deles bem grandes.
Astrônomo
fazendo fotos da lua com as câmeras dos turistas
Fomos
recebidos por uma mulher, a esposa do astrônomo dono do local.
As orientações começaram
em espanhol e em inglês.
Depois , o grupo foi dividido em dois, um do idioma inglês e
outro do idioma espanhol, onde ficamos. Descobrimos que havia um casal de
brasileiros, de São Paulo.
Recebemos dicas gerais
sobre o céu, sobre as estrelas (astros com luz própria e enormes), planetas (corpos
sem luz própria e pequenos, em relação às estrelas), latitude, longitude e a
posição distinta destes corpos celestes em diferentes regiões da terra. As estrelas
chamadas de Três Marias no Brasil e na Espanha são conhecidas como Cinturão de Órion. Foi muito legal ver a
lua como na televisão, com as crateras bem nítidas.
No fim das explicações,
pudemos ver algumas formações estrelares e o planta Júpiter.
A visualização foi um
pouco prejudicada pela claridade da lua, que atrapalhou um pouco a nitidez dos
outros astros. Mas pelo menos vimos a lua. O ideal é fazer a observação com a
lua e depois sem ela, em outra ocasião.
Depois,
o grupo foi servido de chá, chocolate quente e café numa oca com um buraco no
teto, para observações do céu a olho nú. Ouvimos mais orientações.
Em
seguida, o motorista nos devolveu ao centro de San Pedro de Atacama.
Agora
é dormir, para amanhã deixar o Chile rumo à Argentina.
Acréscimos
do Marcio
No almoço, acontecido
nas Termas de Puritama, fizemos sanduíches com a lasanha que sobrou do jantar
de ontem. Utilizamos pão sírio e ficou uma delícia. Quando estamos de férias e
à toa, tudo é lindo e maravilhoso. Se pudéssemos ser e sentir sempre assim....
Da saída das termas até
o local onde a maioria das pessoas estaciona o carro tem-se que caminhar por
uma subida íngreme e acidentada. Como nosso carro é um 4x4, conseguimos descer
e parar bem em frente à entrada.
Essa sorte não teve o
grupo de franceses, que até isopor com comida levou para o local. Uma farofa
organizada.
Vendo o sofrimento deles
carregando aquela geladeira morro acima, parei e ofereci carona para a grande
caixa, que foi a única coisa que coube no nosso já lotado carro, depois de
empurrarmos nossas coisas para o canto. Ficaram felicíssimos de se livrarem
daquela mala sem alça.
A nossa vizinha de
quarto austríaca era muito parecida com a atriz americana Jodie Foster.
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