domingo, 19 de maio de 2013

(049) 2009 - Viagem à Patagônia e à Terra do Fogo - ARGENTINA: DE ESQUEL PARA BARILOCHE

28º DIA – 05.11.2009 – 5ª feira

(ARGENTINA: Esquel – San Carlos de Bariloche)
A parada nessa cidade foi ótima! Dormimos bem e aquecidos, tanto no quarto como no banheiro. Coisa pouco comum nos últimos dias. É muito melhor assim.
Tomamos um café-da-manhã descente, pois tinha até cereais.
Avaliamos um pouco nosso cronograma de viagem, pois agora só faltam 16 dias até chegar em casa. Temos que otimizar o tempo daqui para frente, pois ainda tem muita coisa interessante para se ver.
Queremos passar dois dias em Mendoza e dois no Paraguai (Ciudad del Este) fazendo compras. Temos que priorizar isso.
Como chove! Acho que choveu a noite toda. Já estamos quase mofando com os dias de chuva. Desse jeito fica difícil visitar o Parque Nacional Los Alerces!
Apesar da chuva, fomos até a entrada do parque, mas resolvemos dar meia volta e seguir para Bariloche (San Carlos de Bariloche).
Todo o trecho é asfaltado, mas a pavimentação não está boa.
Almoçamos na estrada os sanduíches que fizemos ontem. Como minhas cápsulas de lactase estão no fim, tenho evitado comer derivados de leite, exceto em situações extremas. Tenho procurado nas farmácias daqui e do Chile, mas não tenho encontrado.
Pegamos chuva durante toda a viagem.
Chegamos a Bariloche às 15 h. Entrei em alguns hotéis para verificar o preço. Há inúmeros aqui. É uma cidade extremamente turística, e não é charmosa como eu imaginava. Nós pensávamos que era parecida com Campos do Jordão (SP).
Num dos hotéis que visitei, logo após a minha entrada o atendente trancou a porta. Disse que era necessário, pois já haviam levado a televisão do hotel. Ele completou dizendo que a cidade estava violenta e que tinha virado uma favela do Brasil.
Eu já tinha percebido que a preocupação com a segurança era forte, pois vi câmeras e portões nas entradas dos hotéis.
Ficamos no Hotel Aconcagua, em frente à loja Chocolate do Turista, bem central, perto de tudo. Ficamos bem instalados.
Há preço para todos os bolsos. Ficamos num com diária de AR$ 250,00 (US$ 65,79/R$ 125,00), com garagem, Wi-Fi e café-da-manhã.
A maioria dos hotéis não tem garagem e locam estacionamentos pagos pela cidade. Estava chovendo muito quando chegamos, e descarregar as malas assim ficava péssimo.
Deixamos as coisas e fomos a uma lavanderia, para verificar a lavagem das nossas roupas para amanhã.
Fomos também à casa de câmbio e compramos dinheiro argentino e chileno.
O câmbio estava menos favorável dessa vez. O dólar andou desvalorizando um pouco. O peso argentino estava AR$ 3,78 e o chileno a CH$ 510,00. Essa era a única casa de câmbio oficial em Bariloche, por isso, havia muita gente trocando dinheiro.
Como estávamos no centro, aproveitamos para ver as lojas. O Marcio comprou óculos escuros por um preço vantajoso. Vimos muitas lojas de chocolate e de doces. Restaurantes, são muitos.
Resolvemos jantar fondue em um restaurante bastante chique. Foi um fiasco! Esperávamos que fosse parecido com o nosso, mas não era.
Mergulhamos a carne no que imaginávamos ser o óleo quente para fritar, mas era caldo de carne. Depois de 5 minutos, nada da carne ficar pronta para comer. Eu já estava dando um chilique. As pessoas do restaurante já estavam olhando o que nós falávamos.
Conversamos com o garçom e ele disse que lá o fondue era servido assim, e que não havia fritura.
Então, ele se propôs a levar a carne e fritá-la um pouco, para que acabássemos de cozê-la no tal caldo.
Feito isso, começamos a jantar. Havia apenas 6 variedades de molhos, e todos meio-picantes: barbecue, vinagrete, curry, um molho picante comum na Argentina, tártaro e de alho.
Nosso “maravilhoso” foundue em Bariloche - Argentina
Tomamos um vinho da Província de Rio Negro, à qual pertence Bariloche, da Bodega Humberto Canale, merlot-pinot, 13,7% de álcool, bem suave. Não tinha quase aroma e o sabor era leve também. Muito bom!
Aqui, como é uma cidade muito turística, tenho observado que as trilhas sonoras não são regionais. Muitas são em inglês e conhecidas nossas.
Saímos do restaurante mais de 23 h. O comércio tinha fechado às 21 h e os restaurantes encheram.
O funcionamento do comércio tem um intervalo das 12h30 às 16 h. Daí eles funcionam até às 21 h. É uma big siesta.
O duro é que nesse intervalo não se resolve nada, exceto a casa de câmbio, que funciona aqui de 9 h às 20 h.
Entramos numa casa de chocolate para tomar café e comermos uns chocolates (Sorveteria Jauja). Lá estava um grupo de uns 30 israelitas, todos jovens e que falavam muito. Não entendíamos nada. Acho que os israelitas são bancados pelo governo para explorar o mundo. É comum vermos vários deles em viagens.
Quando voltamos para o hotel e fomos dormir já era mais de meia-noite. Como não anoitece cedo, ficamos meio perdidos.
Depois que retornamos, e antes de dormir, ainda fomos tomar banho, escovar os dentes e fazer algo no computador. O dia é curto para tanta coisa.
Acréscimos do Marcio
A tentativa de visitar o Parque Nacional Los Alerces só serviu para atrasar nossa partida para Bariloche. Chegamos a entrar, mas não vislumbramos nada que pudéssemos fazer, principalmente com a chuva incessante que caía.
O parque é mais adequado para quem vai fazer piquenique ou acampar. Mas acho que o principal fator que nos desanimou foi a chuva, que impedia qualquer proposta de descer do carro para apreciar a paisagem ou para tirar fotos.
Quando chegamos a Bariloche ainda chovia. Aí começou nossa habitual busca por hospedagem, que deveria contemplar também a garagem para o carro.
Colocamos o GPS para nos levar aos hotéis. Para atrapalhar um pouco, as ruas são estreitas e o trânsito estava intenso devido ao horário (do meio para o final da tarde).
Quando chegávamos a algum hotel, eu parava o carro do jeito que dava e a Clênia ia inspecionar (preço, garagem, acomodações, aquecimento, etc.). Nessa rotina visitamos uns quatro hotéis, até encontrarmos o Hotel Aconcagua, onde finalmente ficamos.
Pela primeira vez nessa viagem estávamos em uma cidade quase normal, com trânsito, ônibus, pessoas indo e vindo do trabalho, semáforos, etc. Foi diferente andar por essas ruas, pois já estávamos desacostumados com todo esse agito.
A casa de câmbio onde fomos estava lotada. Era gente de todas as nacionalidades trocando dinheiro. Novamente, nossa compra de pesos chilenos não nos foi muito favorável, pois estávamos negociando na Argentina. Pela legislação, nessa aquisição tinha que ser feita uma ponte do nosso dólar para o peso argentino, e daí então para o dinheiro do Chile.
O fondue do jantar foi realmente um fiasco. Nunca tinha visto um no qual a carne, em vez de ser frita, era cozida em um caldo. Mas todos se salvaram e não pagamos um absurdo, devido ao câmbio que nos estava extremamente favorável: AR$ 155,00 (US$ 40,79/R$ 77,50).
Atrás de onde estávamos sentados no restaurante havia uma mesa com uns seis brasileiros. De tantos que vão fazer turismo por lá (são muitos os pacotes, e baratos), Bariloche já está sendo chamada de Brasiloche.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha primeira língua é o português (português do Brasil), mas entendo um pouco o espanhol e o inglês.

Registre aqui seu comentário ou sua dúvida, que eu tentarei responder o mais breve possível.
*******************************************************************
My first language is Portuguese (Brazilian Portuguese), but I understand a little Spanish and English.

Register here your comment or question. I will try to respond as soon as possible.
**********************************************************************************
Mi lengua materna es el portugués (Portugués de Brasil), pero entiendo un poco de Español e Inglés.

Regístrese aquí tu comentario o pregunta. Voy a tratar de responder lo más pronto posible.