28º DIA – 05.11.2009 –
5ª feira
(ARGENTINA: Esquel – San Carlos de Bariloche)
A
parada nessa cidade foi ótima! Dormimos bem e aquecidos, tanto no quarto como
no banheiro. Coisa pouco comum nos últimos dias. É muito melhor assim.
Tomamos
um café-da-manhã descente, pois tinha até cereais.
Avaliamos
um pouco nosso cronograma de viagem, pois agora só faltam 16 dias até chegar em casa. Temos que
otimizar o tempo daqui para frente, pois ainda tem muita coisa interessante para
se ver.
Queremos
passar dois dias em Mendoza e dois no
Paraguai (Ciudad del Este) fazendo compras. Temos que priorizar isso.
Como
chove! Acho que choveu a noite toda. Já estamos quase mofando com os dias de
chuva. Desse jeito fica difícil visitar o Parque
Nacional Los Alerces!
Apesar
da chuva, fomos até a entrada do parque, mas resolvemos dar meia volta e seguir
para Bariloche (San Carlos de Bariloche).
Todo
o trecho é asfaltado, mas a pavimentação não está boa.
Almoçamos
na estrada os sanduíches que fizemos ontem. Como minhas cápsulas de lactase
estão no fim, tenho evitado comer derivados de leite, exceto em situações
extremas. Tenho procurado nas farmácias daqui e do Chile, mas não tenho
encontrado.
Pegamos
chuva durante toda a viagem.
Chegamos
a Bariloche às 15 h. Entrei em alguns
hotéis para verificar o preço. Há inúmeros aqui. É uma cidade extremamente
turística, e não é charmosa como eu imaginava. Nós pensávamos que era parecida
com Campos do Jordão (SP).
Num
dos hotéis que visitei, logo após a minha entrada o atendente trancou a porta.
Disse que era necessário, pois já haviam levado a televisão do hotel. Ele
completou dizendo que a cidade estava violenta e que tinha virado uma favela do
Brasil.
Eu
já tinha percebido que a preocupação com a segurança era forte, pois vi câmeras
e portões nas entradas dos hotéis.
Ficamos
no Hotel Aconcagua, em frente à loja Chocolate do Turista, bem central, perto
de tudo. Ficamos bem instalados.
Há
preço para todos os bolsos. Ficamos num com diária de AR$ 250,00 (US$ 65,79/R$ 125,00), com garagem, Wi-Fi e café-da-manhã.
A
maioria dos hotéis não tem garagem e locam estacionamentos pagos pela cidade.
Estava chovendo muito quando chegamos, e descarregar as malas assim ficava péssimo.
Deixamos
as coisas e fomos a uma lavanderia, para verificar a lavagem das nossas roupas
para amanhã.
Fomos
também à casa de câmbio e compramos dinheiro argentino e chileno.
O
câmbio estava menos favorável dessa vez. O dólar andou desvalorizando um pouco.
O peso argentino estava AR$ 3,78 e o chileno a CH$ 510,00. Essa era a única
casa de câmbio oficial em Bariloche, por
isso, havia muita gente trocando dinheiro.
Como
estávamos no centro, aproveitamos para ver as lojas. O Marcio comprou óculos
escuros por um preço vantajoso. Vimos muitas lojas de chocolate e de doces.
Restaurantes, são muitos.
Resolvemos
jantar fondue em um restaurante bastante chique. Foi um fiasco! Esperávamos que
fosse parecido com o nosso, mas não era.
Mergulhamos
a carne no que imaginávamos ser o óleo quente para fritar, mas era caldo de
carne. Depois de 5 minutos, nada da carne ficar pronta para comer. Eu já estava
dando um chilique. As pessoas do restaurante já estavam olhando o que nós
falávamos.
Conversamos
com o garçom e ele disse que lá o fondue era servido assim, e que não havia
fritura.
Então,
ele se propôs a levar a carne e fritá-la um pouco, para que acabássemos de
cozê-la no tal caldo.
Feito
isso, começamos a jantar. Havia apenas 6 variedades de molhos, e todos meio-picantes:
barbecue, vinagrete, curry, um molho picante comum na Argentina, tártaro e de alho.
Nosso
“maravilhoso” foundue em Bariloche - Argentina
Tomamos
um vinho da Província de Rio Negro, à
qual pertence Bariloche, da Bodega Humberto Canale, merlot-pinot, 13,7% de álcool, bem
suave. Não tinha quase aroma e o sabor era leve também. Muito bom!
Aqui,
como é uma cidade muito turística, tenho observado que as trilhas sonoras não
são regionais. Muitas são em inglês e conhecidas nossas.
Saímos
do restaurante mais de 23 h. O comércio tinha fechado às 21 h e os restaurantes
encheram.
O
funcionamento do comércio tem um intervalo das 12h30 às 16 h. Daí eles
funcionam até às 21 h. É uma big siesta.
O
duro é que nesse intervalo não se resolve nada, exceto a casa de câmbio, que funciona
aqui de 9 h às 20 h.
Entramos
numa casa de chocolate para tomar café e comermos uns chocolates (Sorveteria
Jauja). Lá estava um grupo de uns 30 israelitas, todos jovens e que falavam
muito. Não entendíamos nada. Acho que os israelitas são bancados pelo governo
para explorar o mundo. É comum vermos vários deles em viagens.
Quando
voltamos para o hotel e fomos dormir já era mais de meia-noite. Como não
anoitece cedo, ficamos meio perdidos.
Depois
que retornamos, e antes de dormir, ainda fomos tomar banho, escovar os dentes e
fazer algo no computador. O dia é curto para tanta coisa.
Acréscimos do Marcio
A tentativa de visitar o Parque Nacional
Los Alerces só serviu para atrasar nossa partida para Bariloche. Chegamos a
entrar, mas não vislumbramos nada que pudéssemos fazer, principalmente com a
chuva incessante que caía.
O parque é mais adequado para quem vai
fazer piquenique ou acampar. Mas acho que o principal fator que nos desanimou
foi a chuva, que impedia qualquer proposta de descer do carro para apreciar a
paisagem ou para tirar fotos.
Quando
chegamos a Bariloche ainda chovia. Aí começou nossa habitual busca por
hospedagem, que deveria contemplar também a garagem para o carro.
Colocamos
o GPS para nos levar aos hotéis. Para atrapalhar um pouco, as ruas são
estreitas e o trânsito estava intenso devido ao horário (do meio para o final
da tarde).
Quando
chegávamos a algum hotel, eu parava o carro do jeito que dava e a Clênia ia
inspecionar (preço, garagem, acomodações, aquecimento, etc.). Nessa rotina
visitamos uns quatro hotéis, até encontrarmos o Hotel Aconcagua, onde finalmente
ficamos.
Pela
primeira vez nessa viagem estávamos em uma cidade quase normal, com trânsito,
ônibus, pessoas indo e vindo do trabalho, semáforos, etc. Foi diferente andar
por essas ruas, pois já estávamos desacostumados com todo esse agito.
A
casa de câmbio onde fomos estava lotada. Era gente de todas as nacionalidades
trocando dinheiro. Novamente, nossa compra de pesos chilenos não nos foi muito
favorável, pois estávamos negociando na Argentina. Pela legislação, nessa
aquisição tinha que ser feita uma ponte do nosso dólar para o peso argentino, e
daí então para o dinheiro do Chile.
O
fondue do jantar foi realmente um fiasco. Nunca tinha visto um no qual a carne,
em vez de ser frita, era cozida em um caldo. Mas todos se salvaram e não
pagamos um absurdo, devido ao câmbio que nos estava extremamente favorável: AR$
155,00 (US$ 40,79/R$ 77,50).
Atrás
de onde estávamos sentados no restaurante havia uma mesa com uns seis brasileiros.
De tantos que vão fazer turismo por lá (são muitos os pacotes, e baratos),
Bariloche já está sendo chamada de Brasiloche.
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