sexta-feira, 3 de maio de 2013

(035) 2009 - Viagem à Patagônia e à Terra do Fogo - ARGENTINA: PENÍNSULA VALDEZ E GAIMAN

7º DIA – 15.10.2009 – 5ª feira
(ARGENTINA: Península Valdes - Gaiman)

Acordamos às 7h40.  A luz voltou tarde e o aquecedor voltou a funcionar junto com ela. Não fossem os cobertores grossos, teria sido difícil domar o frio. Eu usei um edredom bem grosso que dava conta do recado. Ele era de penas de ganso.
Tomamos café e percebemos que do refeitório, de binóculo, dava para observar as baleias no mar.
O dia estava lindo! Não tinha uma nuvem no céu. O sol estava bravo, mas nem por isso se sentia calor. Digamos que estava menos frio e com menos vento do que ontem.
Deixamos o hotel e fomos a Isla de los Pájaros. Dispúnhamos apenas de 1 hora e meia para ir lá e voltar à cidade, pois teríamos que estar na loja do passeio de barco para observação de baleias às 11h30.
Rodamos 25 km no sentido de quem volta a Puerto Madryn e chegamos ao local de onde se observa a Isla de los Pájaros.
É uma pequena área distante da costa uns 600 m, mas cheia de aves, que se parecem com as que vemos na Ilha de Fernando de Noronha (PE).
De lá, avistamos alguns flamingos pousados em uma praia um pouco adiante, à nossa esquerda. Eu não acreditei, pois ano passado só vimos flamingos nos Andes. Eu não imaginava vê-los em uma praia.
Visitamos o pequeno museu que havia em frente à ilha e partimos para ver os flamingos.
Não perdi a chance de fotografá-los. Quando perceberam a minha presença, voaram. São extremamente ariscos. Ainda bem que bati fotos legais deles enquanto ainda estavam na areia e no momento em que levantaram vôo. Foi demais!

Na praia, antes de perceberem a presença da intrusa Clênia – Península Valdes - Argentina

Já agitados, preparando o vôo – Península Valdes - Argentina

Retornamos a Puerto Pyramide, para a loja do passeio de barco. Como havia pessoas com o mesmo objetivo nosso! Era muita gente mesmo! Ônibus e vans de todo lado. Nunca vi tanta gente! Pareciam férias escolares.
Na loja, pagamos AR$ 120,00/pessoa (US$ 31,58/R$ 60,00) pelo passeio, que seria das 12 h às 14 h.
Lá, no meio da multidão, encontramos o casal de holandeses que estava no mesmo hotel que nós. Conversamos um pouco. Para eles, assim como para os brasileiros, está bem barato viajar por aqui.
Na loja, deram-nos coletes salva-vidas. Seguimos para o pequeno porto, onde embarcamos junto com um grupo de 50 pessoas num barco que parecia um bote gigante.

Bote para passeios para ver baleias franca – Puerto Pyramide – Península Valdes - Argentina

Trator deixando na água um bote com turistas – Puerto Pyramide - Argentina

A maré estava bem baixa e tratores levavam os barcos em reboques até o mar. Nunca havíamos visto isso.
O passeio foi espetacular! Vimos 3 grupos de baleias e avistamos 2 outras dando saltos. Ficamos muito próximos e deu para fotografar e filmar bastante.
No inicio era uma ansiedade, que virou emoção de ver bichos tão grandes tão pertinho da gente.
Já tínhamos feito esse tipo de passeio em Abrolhos, na Bahia, mas não me lembro de termos ficado tão perto dos animais, estando tão próximos da costa. Em menos de 10 minutos depois de sairmos da praia já estávamos avistando as baleias.

Baleia franca em Puerto Pyramide – Península Valdes - Argentina

Baleia franca soltando o ar na superfície – Puerto Pyramide – Península Valdes - Argentina

Deixamos Puerto Pyramide às 14h30, depois de almoçarmos sanduíches estacionados num mirante próximo ao povoado. De lá, víamos barcos e baleias, além do povoado.
Nosso cardápio era composto de sanduíches, bolo, maçã e suco. Os restaurantes locais estavam abarrotados de gente. Se fôssemos almoçar decentemente, perderíamos muito tempo.
Seguimos para Trelew, a 70 Km da Península Valdes. Paramos para abastecer logo que voltamos para a RN-3, num Posto YPF.
Desde que entramos na Patagônia o preço do diesel tem estado bem mais barato (AR$ 2,50/litro).
Chegamos a Trelew às 17 h. Fomos ao Hotel Centenário, mas não gostamos. O lugar tinha uns 100 anos e os móveis pareciam de D. Pedro. Desistimos!
Aproveitamos que ainda estava claro e seguimos para o Museu Paleontológico Egidio Feruglio, bem próximo de onde estávamos. O GPS nos auxiliou de novo, e facilmente chegamos ao local.
Pagamos AR$ 25,00/pessoa (US$ 6,58/R$ 12,50). Aqui não existe a meia-entrada.
O local é agradável, com uma boa estrutura e expõe esqueletos de dinossauros encontrados aqui na América do Sul, inteirinhos. Impressionante! São bichos que datam de milhões de anos. Vimos também seus ovos.

Ovo de dinossauro no Museu Egídio Feruglio – Trelew - Argentina

Marcio e o esqueleto de um bichinho – Museu Egídio Feruglio – Trelew - Argentina

Eles têm peças de animais terrestres, do ar e do mar.

Clênia e o fêmur de um dino – Museu Egídio Feruglio – Trelew - Argentina

Caracol do tamanho de pneu de trator – Museu Egidio Feruglio – Trelew - Argentina

Valeu a visita!
Resolvemos não ficar na cidade de Trelew e seguir para Gaiman, povoado distante 16 km, com tradição de servir o famoso chá Gales. Os galeses povoaram a cidade e mantiveram os costumes dos antepassados.
O tempo esquentou de um jeito que tivemos que ligar o ar condicionado do carro. Notei que, apesar de estarmos no litoral, a umidade do ar é bem baixa. O meu nariz denunciava isso.
Chegamos à cidade quase às 19 h. Vimos um Centro de Informações Turísticas, mas estava fechado desde as 18 h.
Procuramos hotel, mas o que existem são casas de moradores onde são oferecidos quartos, chamadas de hosterias.
Fomos a duas e ficamos na terceira, a Hostal Plas e Coed, que também é uma das casas de chá mais antiga da cidade. Devem ter umas 20 por aqui.
Tudo aqui gira em torno do chá e dos bolos para acompanhá-lo.
O quarto da hosteria é grande, com boa estrutura e nos custará AR$ 180,00 (US$ 47,38/R$ 90,00) o pernoite, com café-da-manhã.
Quando chegamos, em vez de entrarmos pela recepção da hosteria fomos pela parte onde servem o chá. Assim, vimos as pessoas sendo atendidas e percebemos que a coisa é bem farta. Todas fecham às 19h30.
Depois de nos instalarmos, saímos para passear e jantar. Entramos numa casa onde tinham bolos galeses, mas não compramos nada.
Jantamos numa casa de massas, El Wallia La, mas optamos por carnes.
O Marcio foi de bife de lomo (filé de vaca) com batatas, eu, de frango com arroz.

Nós no restaurante em Gaiman - Argentina

O lomo com batatas do Marcio

O frango com arroz da Clênia

Estavam deliciosos! O meu arroz parecia à piemontesa. Esta foi a melhor comida até agora.
O vinho foi da uva syrah (13,5% de álcool), da Bodega Del Fin Del Mundo (Argentina), de San Patricio Del Chanar, linha Newen, da cidade de Neuquén na Província de Mendoza. É daqui mesmo da Patagônia. Cheiroso e gostoso, bem frutado e leve.
Pegamos o maior frio na caminhada de volta ao hotel. Como esfriou! Eu batia o queixo, pois não imaginava que a temperatura fosse cair tanto e saí desprevenida!
Agora é dormir. Amanhã visitaremos um parque paleontológico daqui e iremos para Punta Tombo ver pingüins.

Acréscimos do Marcio

O hotel que visitamos em Trelew era antiqüíssimo, com aqueles elevadores que se tem que fechar a porta pantográfica com as mãos.
O quarto, conforme a Clênia disse, era equipado com móveis do tempo do império, com aquelas cadeiras arredondadas, com os assentos estofados. Além disso, alguns ainda estavam rasgados.
O museu de Trelew estava vazio, o que foi bom para podermos tirar fotos com tranqüilidade, além de facilitar o passeio e a leitura das placas informativas.
Acredito que os esqueletos expostos não eram totalmente originais, pois acho quase impossível que tenham tido a sorte de encontrar aqueles ossos tão perfeitos e íntegros. Certamente vários deles foram produzidos para completar a obra.
Em Gaiman, por sua vez, visitamos dois locais antes de nos hospedarmos na Hosteria Plas e Coed.
O primeiro deles foi até difícil de ser localizado, pois sua entrada era bastante recuada da rua. Quando finalmente encontramos, a pessoa que nos recebeu estava limpando a recepção e não sabia informar nada. Foi chamar alguém. Esse alguém, quando chegou, estava todo sujo e vestindo com um macacão de operário.
Desistimos naquele momento, mas perguntamos a ele onde havia outro local de hospedagem. Informou-nos de uma hospedaria com apenas um quarto.
Quando chegamos a essa “enorme” hospedaria, lógico que o único quarto já estava ocupado. Seu proprietário, então, indicou-nos o local onde acabamos ficando.
O restaurante onde jantamos a melhor comida até o momento foi indicado pela dona da hosteria onde estávamos.

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