sexta-feira, 3 de maio de 2013

(022) 2008 - Viagem ao Deserto do Atacama - ARGENTINA - BRASIL: VOLTANDO PARA CASA

29º DIA – 17.10.2008 – 6ª feira
(ARGENTINA: Cafayate – Corrientes)

Deixamos o hotel cedo e pegamos a estrada, passando pelo trecho maravilhoso da entrada de Cafayate. Pegamos um bom clima nublado para viagem.
Fizemos uma parada rápida na estrada para o almoço de sanduíches, suco e alfajores de chocolate.
Em El Galpon paramos para abastecer num posto onde o diesel custava AR$ 2,43 (US$ 0,79)/litro, mas esse preço era somente para até AR$ 50,00 (US$ 16,18) de combustível. Acima disso, o valor do litro passava a custar AR$ 2,73 (US$ 0,88). O Marcio, puto, só colocou AR$ 50,00.
Seguimos para Corrientes. A viagem foi tranqüila e quando chegamos já eram mais de 20 h.
Com o GPS achamos o Hotel Plaza de Corrientes, o melhor da viagem, mas também o mais caro: AR$ 200,00 (US$ 64,72) a diária, para pagamento em dinheiro.
Na garagem do hotel vimos cinco motos grandonas, de São Paulo, e os donos estavam na recepção. É comum brasileiros viajarem de moto por aqui.
Saímos para jantar no Restaurante Casa Nova, dica do recepcionista do hotel. Comemos um nhoque e um estrogonofe de carne, este, diferentemente do nosso, não tem creme de leite nem nada de tomate. É feito com carne cozida, arroz e cogumelos. Estava tudo bom.
Tomamos um vinho da região de San Juan, marca Colón e de uva Cabernet. Despedidas de bebedeira.
Aqui, como em toda a Argentina, tem siesta e o comércio reinicia as atividades às 17h30, encerrando-as às 21h30.
Conseqüentemente, o fuso das atividades das pessoas é diferente do dos brasileiros. Eram mais de 23 h e vimos uma academia de ginástica a pleno vapor, com movimento semelhante ao de uma no Brasil às 20 h.
Fiquei imaginando que a noite em bares e restaurantes também deve iniciar mais tarde, pois no restaurante em que estávamos só tinham 3 casais.
Voltamos para o hotel e agora é dormir, para amanhã continuar na estrada até Foz do Iguaçu (PR) e enfrentar a Receita Federal com as nossas compras.
O carro está abarrotado de bagagens, mal cabendo eu e o Marcio.

Olha a quantidade de bagagem!! Tudo só de um casal.

Acréscimos do Marcio

A viagem hoje foi lenta, pois o trecho entre Cafayate e Salta é cheio de curvas e passa por diversas cidades. Levamos praticamente toda a manhã para percorrer apenas 200 Km.
A partir de Salta o ritmo melhorou, mas era muito chão para deixar para trás.
Entre Salta e El Galpon, ainda na RN-9, parei para ajudar dois sujeitos em uma Ford F-1000 que estava atolada. Eles pararam para um xixi, mas havia chovido e o acostamento estava todo enlameado. Foi só engatar o cabo de aço e dar uma puxadinha para livrá-los do problema.

30º DIA – 18.10.2008 – Sábado

(ARGENTINA: Corrientes – BRASIL: Campo Mourão)

Acordamos às 7 h, e ontem tínhamos ido dormir à meia-noite. A dormida foi boa, mas o ar condicionado estava bem barulhento.
O café da manhã foi do tipo buffet, o primeiro de toda a viagem. Mesmo assim, nada comparado aos do Brasil. Êta país maravilhoso esse nosso!
Deixamos o hotel antes de 8h30 e paramos para abastecer. O diesel subiu mais de 10%. Está agora no mesmo preço do Brasil, ou mais.
Deixamos a Argentina em Puerto Iguazu, sem problemas. Andamos alguns metros após a aduana e entramos no free shop argentino, para ver se achávamos para comprar outra bateria para a nova câmera, pois eu perdi em algum lugar a zero quilômetro que compramos em Iquique.
Naquele free shop só vendem os produtos, mas não seus acessórios, diferentemente de Iquique.
Passamos pela fronteira brasileira e sequer descemos do carro. Nada foi revistado. Foi bem tranqüilo. Se soubéssemos, teríamos comprado muamba para vender. Todo o nosso medo foi em vão!
Em Foz do Iguaçu (PR) entramos em um shopping, mas também não achamos a bateria da máquina. Aproveitamos para sacar dinheiro brasileiro. Estávamos zerados. Tomei um excelente café expresso.
Seguimos viagem e paramos em Campo Mourão (PR) para pernoitar.
Demos sorte. O hotel era o Paraná Palace, muito bom.
Jantamos no Restaurante Varandas, bem próximo ao hotel. Também muito bom. Comemos um filé com arroz à piemontesa.
Voltamos para o hotel, pregados. Ainda vi umas coisas na internet e o Marcio alimentou a planilha de gastos. O laptop se consagra como uma ferramenta indispensável em viagens, para uso na internet, back-ups diversos, inclusive de fotos. Para mim, ele tem também servido para distração durante a viagem. Faço do carro um escritório.
Descobrimos que o horário de verão começará na noite de hoje. Ano passado começou mais cedo!
Agora é dormir, e amanhã de novo na estrada. Será o terceiro dia ininterrupto de viagem.

Acréscimos do Marcio

No posto onde paramos para abastecer na saída de Corrientes não havia diesel. Tivemos que seguir mais uns 40 Km até o seguinte, onde finalmente enchemos o tanque.
Em Posadas, novo problema no abastecimento. Era uma situação semelhante à de El Galpon, quando podia ser vendido apenas AR$ 50,00 (US$16,18) de diesel. Segundo o frentista, essa orientação já tinha mais de um ano.
A Zona Franca na fronteira da Argentina com o Brasil é muito ruim. São poucas as opções de produtos.
Após a aduana brasileira, o Exército, em conjunto com a Polícia Federal, estava fazendo uma operação de guerra, não sei para quê. Os soldados equipados com fuzis, com uniforme camuflado, etc.
Mesmo assim, naquele momento não fomos parados. Isso só aconteceu já na estrada para Campo Mourão (PR), quando em operação semelhante nos pararam. Pediram os documentos de praxe e pediram para abrir o porta-malas. Nem tocaram na bagagem e nos liberaram.
 

31º DIA – 19.10.2008 – Domingo

(BRASIL: Campo Mourão - Anápolis)

Acordamos às 7h30, já em horário de verão. Tomamos aquele café da manhã brasileiro, tão esperado no Chile e na Argentina e que não aconteceu.
Deixamos o hotel e a diária custou R$ 102,00.
Paramos para almoçar numa churrascaria na beira da estrada (Churrascaria Gaúcha, no Posto Papagaio). Comi feijão e farinha, depois de tanto tempo.
Seguimos em direção a São José do Rio Preto (SP), pela SP-425, e paramos para pernoite no Motel Vila Romana, já em Anápolis (GO). Eram mais de 22 h e tínhamos rodado cerca de 1.000 Km.
Depois que entramos no estado de Minas Gerais, a estrada ficou ruim e com muitos caminhões, o que tornou a viagem lenta.
Estamos tão perto de casa, mas o cansaço é grande.

Acréscimos do Marcio

Um pouco antes de Itumbiara (GO) o trânsito de caminhões era imenso e lento. Atrasamos muito nosso horário de chegada nesse trecho.
Depois de Itumbiara (GO), e um pouco antes de Aparecida de Goiânia (GO), obras na estrada. Desvios para lá e para cá, já escuro, e mais lentidão.
Chegamos mortos ao pernoite em Anápolis (GO).

32º DIA – 20.10.2008 – 2ª feira

(BRASIL: Anápolis - Brasília)

Fizemos o trecho final de Anápolis (GO) a Brasília (DF). Chegamos pouco mais de 10 h.

Acabaram estas férias, depois de tantas aventuras nas montanhas argentinas e chilenas, vendo imagens inesquecíveis de serras geladas, com atividade termal no topo de vulcões e uma fauna e flora nunca vistas antes, como os quatro camélidos: a lhama, a alpaca, a vicunha e o guanaco.
Dormir em Colchane, almoçar na cozinha de um restaurante em Socaire, almoçar sanduíche num quiosque de mercado em Salta, quase nunca ter nada para secar a mão em WC, como também não ter papel higiênico, deram o toque especial ao passeio.
Depois, conhecer a quinoa, um arroz andino muito bom, ver a flor de cactos gigantes e tantas pessoas de outros países que têm os mesmos interesses que os nossos.
Depois, entrar de carro próprio em outros países e sentir os efeitos da alta altitude, inclusive dormir nessa condição, valeu toda a experiência.
Agora é retomar a rotina e preparar a próxima aventura.

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