domingo, 2 de junho de 2013

(076) 2012 - Viagem ao Peru, Equador e Bolívia - PERU: PASSEIO EM PARACAS (ISLAS BALLESTRAS) E IDA PARA LIMA


13º DIA – 16.09.2012 – Domingo

(PERU: Paracas - Lima)

Tomamos café na pousada junto com um grupo de 40 alemães que, assim como nós, pernoitaram aqui.

Esta é uma boa pousada, e parece um oásis nesta região com tanta areia.

Pousada El Emancipador, em Paracas - Peru

Já não agüento mais olhar para as cidades daqui!

Era cômico o jeito de desconfiança e incerteza como os alemães olhavam para a comida. Eu, que já sofro com ela, imagino a situação deles.

Paracas foi feita para turistas, com muitos hotéis e agências para passeios. Há duas opções de tour: Islas Ballestras e Reserva Nacional Paracas.

Às 7h50, como combinado, estávamos na loja para o passeio de barco para as Islas Ballestras.

Deixamos o carro estacionado em frente à loja e fomos a pé, com o Lúcio (nosso agente), para um pier localizado um pouco atrás.

Esperamos quase uma hora, pois cada grupo de passageiros só podia embarcar quando o barco estivesse no pier. O fato é que o nosso demorou a chegar.

Pier de Paracas: aguardando o barco para o passeio às Islas Ballestras - PeruPier de Paracas: aguardando o barco para o passeio às Islas Ballestras - Peru


Pier de Paracas: aguardando o barco para o passeio às Islas Ballestras - Peru

Os pelicanos dão um show por peixes - Peru

O passeio de ida e volta para as Islas Ballestras dura cerca de 2 horas, e nós estávamos num grupo de 25 pessoas.

Ainda bem que fui preparada para o frio, pois o vento gelado com o deslocamento do barco era de matar.

Antes das Islas Ballestras, passamos por outra ilha que era um ninhal de aves. Muitas delas pescadoras, faziam a festa no mar em busca do café da manhã.

Aves buscando o café da manhã – Paracas - Peru

Nas rochas da primeira ilha há um geoglifo em formato de candelabro, curiosamente conservado pelo calcário.

Geoglifo em forma de candelabro

As ilhas já se bastam como atrativo. São de calcário e há muitas pedras furadas e amareladas.

Barco com turistas nas Islas Ballestras – Paracas - Peru

Mais visual das Islas Ballestras – Paracas - Peru

Acho que nunca vi concentração de aves tão grande na minha vida! Nem em Ushuaia, na Argentina.

Parecem plantas, mas são aves. Milhares delas - Peru

Havia exemplares de praticamente todas as aves: muitos pelicanos, gaivotas, atobás e outras específicas daqui, algumas ameaçadas de extinção ou em vulnerabilidade.

Guanay, ave não-migratória, comum nas Islas Ballestras - Peru

O governo instalou estruturas de madeira nas ilhas, para servirem de atracadouros para a coleta, a cada ano, das fezes das aves para uso na indústria química. Como se alimentam somente de peixes, é alta a concentração de fosfato nelas.

Há inúmeros lobos-marinhos e pingüins nas rochas e na água.

Ficamos encantados com o lugar, por estar tão perto da costa, a apenas 18 Km.

Atracadouro para a coleta das fezes das aves das Islas Ballestras - Peru

Lobo-marinho nas Islas Ballestras – Paracas - Peru

Nós nas Islas Ballestras – Paracas - Peru

Pingüins típicos da região

Parece ser rígido o controle de acesso. Pagamos S/. 6,00/pessoa (US$ 2,33/R$ 4,77) como taxa do parque marinho e S/. 1,00/pessoa (US$ 0,39/R$ 0,79) para uso do cais de embarque.

A visita não contempla (não é permitido) desembarque nas ilhas.

Retornamos ao continente, tomamos um café no local onde embarcamos e seguimos para a Reserva Nacional Paracas, a 4 Km dali.

A reserva é um deserto com trilhas por 47 Km, no meio do areião.

Começamos a visita pelo Centro de Visitantes. Junto com um grupo de cegos, recebemos informações sobre tudo.

Um grupo de cegos estava visitando a sede da Reserva Nacional Paracas

De outubro a dezembro há ventos de 50 Km/h, que movem a areia e mudam um pouco a paisagem.

Tempestade de areia é o que significa a palavra paracas

Em decorrência disso, alguns morros cobrem sítios arqueológicos. O estranho é que o vento nem é tão rápido.

No Centro de Visitantes há peças com 300, 36 e 11 milhões de anos.

A população varre tudo durante a época do vento, para que não tenham tudo soterrado.

Foi interessante observar os cegos usando o tato para complementar as informações ouvidas atentamente.

Cegos palpando tudo após as explicações da guia

Painéis com vídeos sobre a vida marinha local

Próximo ao Centro de Visitantes pudemos avistar flamingos. O chato é que a trilha para a observação acaba bem longe deles, e os vimos bem pequenos.

Bom mesmo para observar flamingos é em San Pedro de Atacama, no Chile. Aliás, tudo é melhor no Chile!

A visão de areia é constante, assim como a das praias contrastando com as rochas calcárias. As praias são somente para fotos, pois o vento gelado torna proibitiva qualquer outra atividade.

Há vários tipos de algas por aqui, que são responsáveis por parte da oxigenação do planeta.

Almoçamos num lugar chamado Lagunillas, uma vila de pescadores. A visão do mar era privilegiada lá.

A hora da comida tem sido uma tortura. Eu me salvo é no café da manhã.

Como no Centro de Visitantes havia um cartaz informando que Paracas está na rota do ceviche, escolhi um de linguado.

Estava para lá de apimentado, e o limão e o sal estavam fortíssimos. Acompanharam 2 batatas, uma delas mais doce, e foi o que aliviou meu sofrimento.

O Marcio ainda escapou: peixe frito com arroz e batata frita.

Restaurante La Tia Pily, em Lagunillas – Paracas - Peru

Vista a partir do restaurante em Lagunillas – Paracas - Peru

Ontem chegamos aqui com céu azul e calor, mas hoje estava nublado e frio por causa do vento. O horizonte, com a areia, parecia cinzento, o que dificultava as fotos.

Antes das 14 horas seguimos para Lima por uma autopista dupla, com o inacreditável limite de velocidade de 80 Km/h, não cumprido por ninguém.

Todo o trecho segue pelo litoral, passando pelas habituais construções inacabadas das casas. Parecem as “lajes” da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ).

Havia também muito lixo no canteiro central e na beira da estrada. É horrível!

Para onde se olha, o visual da entrada até Lima é o mesmo das favelas cariocas.

A “grande Lima”, com cara da Favela da Rocinha - Peru

Pelo menos aqui estou salva pelo McDonald’s. Há vários.

Estamos hospedados num dos hotéis da rede Casa Andina, no bairro Miraflores.

Pagamos US$ 250,00 por duas diárias. Tivemos que pagar com cédulas de US$ 50, pois o recepcionista se recusou a receber a de US$ 100,00, sob o argumento de que a série das nossas eram as mesmas de um lote falsificado. Não adiantou argumentar que já as tínhamos usado em todo o Peru até ali.

Saímos para jantar. Caminhamos uns 2 Km até o McDonald's. Achei o máximo comer um belo Big Mac!

No bairro Miraflores existem vários restaurantes, alguns de redes internacionais, como Pizza Hut, Domino’s e KFC Sanduíche.

Vimos também muitos cassinos. Diferentemente dos de Las Vegas - EUA, as pessoas saem para fumar.

Estamos bem cansados. Voltamos ao hotel com uma garoa caindo.

Espero que amanhã o tempo melhore, pois teremos um tour pela manhã.

Acréscimos do Marcio

A lancha do passeio às Islas Ballestras era equipada com 2 motores de 200 HP cada.
Eram muitos os turistas, principalmente estrangeiros, no passeio às ilhas.
Anualmente eles removem as fezes das aves das pedras das ilhas para vender. Guamo significa fezes em espanhol.
No Restaurante da Tia Pily, onde almoçamos em Lagunillas após o passeio de barco, serviram de entrada milho torrado (maiz tostado). Uma delícia, apesar de muito salgado. O local é bastante pitoresco, com vista total para o mar e para o deserto.
Apesar da poluição visual que se vê ao longo do trajeto, a estrada para Lima é excelente. Vai beirando a costa.
Alguns termos diferentes no espanhol do Peru: servicios higiénicos (para informar que existem banheiros e lavatórios); grifo (posto de gasolina); tubo (torneira).

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