segunda-feira, 10 de junho de 2013

(084) 2012 - Viagem ao Peru, Equador e Bolívia - EQUADOR - PERU: DE ALAUSÍ PARA PIURA


27º DIA – 30.09.2012 – Domingo

(EQUADOR: Alausí – PERÚ:Piura)

Nada como acordar e alongar até a alma! Dormimos bem e tomamos um bom café da manhã.

Alongamento antes mesmo de se levantar da cama – Alausí - Equador

Tomamos café na companhia de um simpático casal argentino, de Buenos Aires, a Silvia e o Rodolfo.

Café da manhã com o visual fantástico das montanhas – Alausí - Equador

Rodolfo e Silvia, casal argentino que conhecemos em Alausí - Equador

Conhecemos o casal ontem, quando jantamos juntos e comemos uma pizza de terceira na Pizzaria D'Angelo. Não recomendo esta pizzaria para ninguém!
Como temos conhecido pessoas nesta viagem, e a troca tem sido muito boa!
A impressão que a Silvia nos passou é a de que o governo argentino não está tão ruim, e que a culpa das notícias contrárias é da imprensa. Para ela, a Cristina tem feito um bom governo, pela primeira vez para o povo.
Sobre o governo brasileiro (da Dilma), eu disse que não o considerava bom, pois trabalho 5 meses do ano só para pagar os impostos, que acaba sendo usado para assistencialismo. Não temos nada bom: educação, saúde e infra-estrutura. Tudo escoa para a corrupção.
Como eles iam fazer o mesmo passeio de trem que fizemos ontem, mas com saída às 8 h, tiveram que sair correndo.
A Silvia parece uma italiana. Foi muito agradável a conversa com o casal.

Silvia com o Marcio no salão do café da manhã da Hostal La Quinta – Alausí - Equador

De qualquer ponto do hotel tem-se um belo visual das montanhas. Parece que estamos olhando para cartões-postais todo o tempo.
Além disso, há várias peças de museu espalhadas, o que nos faz ter a sensação de que paramos no tempo.
A única ressalva é que o Wi-Fi só funciona na recepção, o que acho muito negativo. Fora isto, o hotel é muito bom.

Vista da janela do banheiro do nosso quarto: cartões-postais todo o tempo

A recepção da hostal: peças de museu em todos os ambientes – Alausí - Equador

Às 8 h deixamos o hotel e seguimos para o Peru.
A estrada de Alausí até Zhud está nova e corta as montanhas em direção ao mar. É um trajeto muito bonito.



Estrada de Alausí para Zhud - Equador

O Marcio parou numa das cidades, na Lavadora Clarita, para engraxar os eixos cardãs do carro. O visual era dos mais bonitos.

Engraxando os cardãs na Lavadora Clarita – Equador

O trecho de Zhud até La Troncal, 42 Km, está em obras e há muitas curvas, o que tornou a viagem mais lenta e perigosa. O asfalto está sendo trocado por placas de concreto. É para durar mais e resistir a terremotos.
Saímos de quase 3.000 m de altitude para o nível do mar. Estávamos acima das nuvens e observamos a transição.
La Troncal fica em uma zona canavieira, e já se começa a observar toda a bagunça do trânsito peruano.
Antes de deixarmos o Equador, compramos água e banana no povoado de Suscal, pois tudo no Peru é mais caro.

Comprando água e banana em Suscal – Equador

Descemos a serra e o calor úmido começou. Voltamos para as plantações de bananas e cacau.
Paramos para o almoço no Restaurante Puerto Inca, na cidade de mesmo nome, pouco antes de Naranjal. Comi filé de corvina com arroz, feijão e salada. Tudo acompanhado por suco de amora. Nossa, comer feijão depois de um mês foi bom!
O restaurante tinha Wi-Fi e o Marcio aproveitou para fazer ligações pelo skype.

Após um mês, feijão com arroz. Restaurante Puerto Inca - Equador

O trecho de Naranjal a Machala é horrível, pois o trânsito é intenso e a estrada não é duplicada. Pegamos obra na estrada e mais uma vez perdemos tempo.
Neste retorno à fronteira com o Peru, passamos por fora de Machala.
Chegamos à cidade equatoriana de Huanquillas, para deixar o país e passar, às 15 h, para o Peru.

Em Huanquillas, posto de migração do Equador para o Peru

Chegamos ao Posto Binacional de Migração, que fica a 8 Km da cidade de Huanquillas, tendo passado direto pelo local onde teria que ter sido feita a aduana do carro, localizado na saída da cidade.
Voltamos para a cidade e fizemos a saída (aduana) do carro do Equador.
Rodamos novamente os 8 Km de volta ao Posto Binacional, já em território peruano, para fazer nossa migração (saída do Equador e entrada no Peru).
Após isso, ainda faltava a aduana do carro para a entrada no Peru. Para piorar as coisas, as autoridades desse país exigem cópia do passaporte do motorista, da sua habilitação e do documento do veículo.
Como hoje é domingo, a loja que tira cópias estava fechada. Após muita conversa, os agentes da aduana peruana fizeram a gentileza de providenciar as cópias necessárias em suas próprias máquinas. Eu já esperava o pedido de propina, mas isso não aconteceu.
Deixamos o Equador e sua imensa diversidade geográfica numa área tão pequena. De litoral a vulcões e floresta amazônica, há de tudo e para todos os gostos. Tudo com preços bem atrativos para o turista.
Ficamos em bons hotéis, por termos procurado os melhores. Concluímos que não dá para ser diferente, nem no Equador e muito menos no Peru.
Após passarmos pelo Equador é que percebemos como o Brasil é um país bem caro. Coitados de nós!
O turismo no Equador ainda está acordando, mas me senti melhor lá que no Peru, inclusive quanto à comida. No conjunto, e até o momento, gostei mais do que o Peru. Pelo menos não tem lixo nas estradas nem cachorros nas ruas.
Entramos no Peru às 17 h, com 9.500 km rodados desde que saímos de casa.
Fomos rumo à cidade de Tumbes, com o tanque quase vazio. Pensávamos em abastecer na última cidade do Equador para aproveitar o preço baixo do combustível, mas não havia diesel em nenhum posto aberto. Todos os da rede Petroequador estavam fechados, em pleno domingo e em área fronteiriça.
As primeiras visões que tivemos no Peru foram do maldito motokar e do mar. Este, desta vez, à nossa direita, por estarmos indo para o sul do país.
Abastecemos o carro e o choque foi inevitável. A diferença de preço é gritante! O tanque, que no Equador custaria pouco menos que US$ 15,00, custou-nos agora S/. 180,09 (US$ 69,80/R$ 143,09). Deu vontade de chorar!
Vimos no mar do Oceano Pacífico um belo pôr-do-sol, às 18h15, com muitas fragatas esperando a janta vinda dos barcos pesqueiros.

Hoje o sol se derreteu para nós no Oceano Pacífico – Tumbes - Peru

Perto de Cancas, fomos parados num Posto de Fiscalização Aduaneiro. Olharam a documentação do carro, o documento aduaneiro e vistoriaram rapidamente o veículo. Sem grandes perturbações, nos liberaram logo.
Com todos os perigos da estrada à noite -- irregularidades no asfalto, curvas e caminhões --, ganhamos de presente a lua cheia nas dunas. Muito lindo mesmo!
Passamos por três praças de pedágio, mas em todas elas a nossa pista não estava sendo tarifada. Só cobravam de quem ia para o norte. Achamos ótimo, pois o preço costuma ser o equivalente a uns US$ 5,00.
Chegamos a Piura para mais um pernoite. Domingo passado já havíamos pernoitado aqui.
Por sorte, ainda não batemos o carro em nada nesse trânsito maluco peruano!
O hotel escolhido foi o mais caro da viagem no Peru, mas o melhor: Hotel Río Verde.
Demos sorte de haver vaga, pois estava cheio, com 70 hóspedes.
Jantamos pizza na Pizzaria Volentiere, a 200 m do hotel, a mesma onde comemos em 22/09, quando pernoitamos aqui pela primeira vez.



Já na sobremesa - Pizzaria Volentiere – Piura - Peru

Agora é dormir, pois o nosso próximo objetivo ainda está a dois dias daqui, Nazca, a mais de 1.500 Km.

Acréscimos do Marcio

Engraxamos os cardãs do carro logo que saímos de Alausí, pois não conseguimos fazê-lo ontem, quando deixamos a cidade de Riobamba. Quero manter a lubrificação sempre em dia, pois o carro está sofrendo muito com a poeira e com os buracos/trepidações das estradas secundárias que pegamos.
Aproveitei o Wi-Fi do restaurante na cidade de Puerto Inca para ligar para minha mãe e para a Tia Ruth utilizando o skype.
Realmente foi uma pena não termos conseguido encher o tanque no Equador antes da fronteira, pois o combustível lá é muitíssimo mais barato (US$ 1,03 x US$ 5,46). Todos os postos estavam ou fechados ou sem diesel.
Rodamos 2.040 Km no Equador.
Estamos gastando muito mais tempo nos deslocamentos que o considerado no planejamento, pois envolve serras e passagens por dentro de diversas cidades. E ainda tem as Motokar!

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