27º DIA – 30.09.2012 – Domingo
(EQUADOR: Alausí
– PERÚ:Piura)
Nada como acordar e alongar até a alma! Dormimos bem e
tomamos um bom café da manhã.
Alongamento antes mesmo
de se levantar da cama – Alausí - Equador
Tomamos café na companhia de um simpático casal argentino,
de Buenos Aires, a Silvia e o Rodolfo.
Café da manhã com o
visual fantástico das montanhas – Alausí - Equador
Rodolfo e Silvia, casal
argentino que conhecemos em Alausí - Equador
Conhecemos o casal ontem, quando jantamos juntos e comemos
uma pizza de terceira na Pizzaria
D'Angelo. Não recomendo esta pizzaria para ninguém!
Como temos conhecido pessoas nesta viagem, e a troca tem
sido muito boa!
A impressão que a Silvia nos passou é a de que o governo
argentino não está tão ruim, e que a culpa das notícias contrárias é da imprensa.
Para ela, a Cristina tem feito um bom governo, pela primeira vez para o povo.
Sobre o governo brasileiro (da Dilma), eu disse que não o
considerava bom, pois trabalho 5 meses do ano só para pagar os impostos, que
acaba sendo usado para assistencialismo. Não temos nada bom: educação, saúde e infra-estrutura.
Tudo escoa para a corrupção.
Como eles iam fazer o mesmo passeio de trem que fizemos
ontem, mas com saída às 8 h, tiveram que sair correndo.
A Silvia parece uma italiana. Foi muito agradável a conversa
com o casal.
Silvia
com o Marcio no salão do café da manhã da Hostal La Quinta – Alausí - Equador
De qualquer ponto do hotel tem-se um belo visual das montanhas.
Parece que estamos olhando para cartões-postais todo o tempo.
Além disso, há várias peças de museu espalhadas, o que nos
faz ter a sensação de que paramos no tempo.
A única ressalva é que o Wi-Fi
só funciona na recepção, o que acho muito negativo. Fora isto, o hotel é muito
bom.
Vista da janela do
banheiro do nosso quarto: cartões-postais todo o tempo
A recepção da hostal:
peças de museu em todos os ambientes – Alausí - Equador
Às 8 h deixamos o hotel e seguimos para o Peru.
A estrada de Alausí até Zhud está nova e corta as montanhas
em direção ao mar. É um trajeto muito bonito.
Estrada de Alausí para
Zhud - Equador
O Marcio parou numa das cidades, na Lavadora Clarita, para engraxar os eixos cardãs do carro. O visual
era dos mais bonitos.
Engraxando os cardãs na
Lavadora Clarita – Equador
O trecho de Zhud até La Troncal , 42 Km , está em obras e há muitas curvas, o que
tornou a viagem mais lenta e perigosa. O asfalto está sendo trocado por placas
de concreto. É para durar mais e resistir a terremotos.
Saímos de quase 3.000 m de altitude para o nível do mar. Estávamos
acima das nuvens e observamos a transição.
Antes de deixarmos o Equador, compramos água e banana no
povoado de Suscal, pois tudo no Peru é mais caro.
Comprando água e banana
em Suscal – Equador
Descemos a serra e o calor úmido começou. Voltamos para as
plantações de bananas e cacau.
Paramos para o almoço no Restaurante
Puerto Inca, na cidade de mesmo nome, pouco antes de Naranjal. Comi filé de
corvina com arroz, feijão e salada. Tudo acompanhado por suco de amora. Nossa,
comer feijão depois de um mês foi bom!
O restaurante tinha Wi-Fi
e o Marcio aproveitou para fazer ligações pelo skype.
Após um mês, feijão com
arroz. Restaurante
Puerto Inca - Equador
O trecho de Naranjal a Machala é horrível, pois o trânsito é
intenso e a estrada não é duplicada. Pegamos obra na estrada e mais uma vez
perdemos tempo.
Neste retorno à fronteira com o Peru, passamos por fora de Machala.
Chegamos à cidade equatoriana de Huanquillas, para deixar o
país e passar, às 15 h, para o Peru.
Em Huanquillas, posto de
migração do Equador para o Peru
Chegamos ao Posto
Binacional de Migração, que fica a 8 Km da cidade de Huanquillas, tendo passado
direto pelo local onde teria que ter sido feita a aduana do carro, localizado
na saída da cidade.
Voltamos para a cidade e fizemos a saída (aduana) do carro
do Equador.
Rodamos novamente os 8 Km de volta ao Posto Binacional, já em território peruano, para fazer nossa
migração (saída do Equador e entrada no Peru).
Após isso, ainda faltava a aduana do carro para a entrada no
Peru. Para piorar as coisas, as autoridades desse país exigem cópia do passaporte
do motorista, da sua habilitação e do documento do veículo.
Como hoje é domingo, a loja que tira cópias estava fechada.
Após muita conversa, os agentes da aduana peruana fizeram a gentileza de
providenciar as cópias necessárias em suas próprias máquinas. Eu já esperava o
pedido de propina, mas isso não aconteceu.
Deixamos o Equador e sua imensa diversidade geográfica numa
área tão pequena. De litoral a vulcões e floresta amazônica, há de tudo e para
todos os gostos. Tudo com preços bem atrativos para o turista.
Ficamos em bons hotéis, por termos procurado os melhores.
Concluímos que não dá para ser diferente, nem no Equador e muito menos no Peru.
Após passarmos pelo Equador é que percebemos como o Brasil é
um país bem caro. Coitados de nós!
O turismo no Equador ainda está acordando, mas me senti
melhor lá que no Peru, inclusive quanto à comida. No conjunto, e até o momento,
gostei mais do que o Peru. Pelo menos não tem lixo nas estradas nem cachorros
nas ruas.
Entramos no Peru às 17 h, com 9.500 km rodados desde que
saímos de casa.
Fomos rumo à cidade de Tumbes, com o tanque quase vazio. Pensávamos
em abastecer na última cidade do Equador para aproveitar o preço baixo do
combustível, mas não havia diesel em nenhum posto aberto. Todos os da rede Petroequador estavam fechados, em pleno
domingo e em área fronteiriça.
As primeiras visões que tivemos no Peru foram do maldito motokar e do mar. Este, desta vez, à
nossa direita, por estarmos indo para o sul do país.
Abastecemos o carro e o choque foi inevitável. A diferença
de preço é gritante! O tanque, que no Equador custaria pouco menos que US$
15,00, custou-nos agora S/. 180,09 (US$ 69,80/R$ 143,09). Deu vontade de chorar!
Vimos no mar do Oceano Pacífico um belo pôr-do-sol, às 18h15,
com muitas fragatas esperando a janta vinda dos barcos pesqueiros.
Hoje o sol se derreteu
para nós no Oceano Pacífico – Tumbes - Peru
Perto de Cancas, fomos parados num Posto de Fiscalização Aduaneiro. Olharam a documentação do carro, o
documento aduaneiro e vistoriaram rapidamente o veículo. Sem grandes
perturbações, nos liberaram logo.
Com todos os perigos da estrada à noite -- irregularidades no
asfalto, curvas e caminhões --, ganhamos de presente a lua cheia nas dunas.
Muito lindo mesmo!
Passamos por três praças de pedágio, mas em todas elas a
nossa pista não estava sendo tarifada. Só cobravam de quem ia para o norte. Achamos
ótimo, pois o preço costuma ser o equivalente a uns US$ 5,00.
Chegamos a Piura para mais um pernoite. Domingo passado já
havíamos pernoitado aqui.
Por sorte, ainda não batemos o carro em nada nesse trânsito maluco
peruano!
O hotel escolhido foi o mais caro da viagem no Peru, mas o
melhor: Hotel Río Verde.
Demos sorte de haver vaga, pois estava cheio, com 70
hóspedes.
Jantamos pizza na Pizzaria
Volentiere, a 200 m
do hotel, a mesma onde comemos em 22/09, quando pernoitamos aqui pela primeira
vez.
Já na sobremesa - Pizzaria Volentiere – Piura - Peru
Agora
é dormir, pois o nosso próximo objetivo ainda está a dois dias daqui, Nazca, a mais de 1.500 Km .
Acréscimos
do Marcio
Engraxamos os cardãs do
carro logo que saímos de Alausí, pois não conseguimos fazê-lo ontem, quando
deixamos a cidade de Riobamba. Quero manter a lubrificação sempre em dia, pois
o carro está sofrendo muito com a poeira e com os buracos/trepidações das
estradas secundárias que pegamos.
Aproveitei o Wi-Fi do restaurante na cidade de Puerto Inca
para ligar para minha mãe e para a Tia Ruth utilizando o skype.
Realmente foi uma pena
não termos conseguido encher o tanque no Equador antes da fronteira, pois o
combustível lá é muitíssimo mais barato (US$ 1,03 x US$ 5,46). Todos os postos
estavam ou fechados ou sem diesel.
Rodamos 2.040 Km no Equador.
Estamos gastando muito
mais tempo nos deslocamentos que o considerado no planejamento, pois envolve
serras e passagens por dentro de diversas cidades. E ainda tem as Motokar!
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