25º DIA – 28.09.2012 – 6ª
feira
(EQUADOR:
Baños – Puyo - Riobamba)
Tomamos café e conversamos sobre o Vulcão Tungurahua -- e as suas erupções -- com uma funcionária do
hotel.
Diferentemente do que a mídia divulga, ou do que a população
quer ver, trata-se de um vulcão calmo e a cidade não é penalizada com suas cinzas.
Ambato e Riobamba, sim, sofrem com as cinzas.
Mesmo assim, em Baños há abrigos seguros.
Segundo a funcionária, todas as vezes que há risco, a
população deve seguir em direção à cidade de Puyo, na Amazônia Equatoriana, e não para a Rodovia Pan-americana.
Fizemos a massagem relaxante contratada ontem, que custou-nos,
por 1 hora, US$ 30,00/pessoa mais 22% de imposto. Foi ótimo e bem pago!
Tentei colocar as fotos no Blog, mas o Wi-Fi era
péssimo e não consegui. Um absurdo, um hotel tão grande e bom, mas sem o básico!
Deixamos o hotel e fomos ao Mirador das Antenas, para ficarmos de frente para o Vulcão Tungurahua, mas estava a maior
neblina e não vimos nada.
Não perdemos a viagem, pois pudemos ver as plantações ao
longo do trajeto e apreciar as montanhas e a cidade de Baños lá embaixo.
Algumas culturas ficam em estufas em lugares muito íngremes.
Cachoeira da Virgem vista do Hotel Sangay – Baños - Equador
Voltando do Mirante das Antenas: não conseguimos ver o Vulcão Tungurahua
Cidade de Baños e o Tungurahua encoberto - Equador
Quando retornamos do Mirador
das Antenas, fomos conhecer a cidade de Puyo, na Amazônia Equatoriana – também conhecida como Oriente pelos nativos.
Almoçamos na estrada, no Restaurante
La Casa de Aura.
No caminho para Puyo, vimos algumas frutas diferentes e paramos
para que eu experimentasse. Provei o tomate
de árvore, meio doce, mas não gostei muito. Vi, mas não provei, a vavaca, parecida com uma carambola
grande.
No deslocamento para Puyo, também passamos por vários túneis
e cachoeiras. Reparamos que poucos motoristas ascendem os faróis quando
atravessam os túneis.
Numa das cachoeiras, a Véu
de Noiva, cruzamos o cânion numa gaiola que deslizava numa espécie de
tirolesa, aqui chamada tarabita. Foi muito
legal e custou US$ 1,00/pessoa.
Cachoeira
Véu de Noiva, no trecho entre Baños (nos Andes) e Puyo (na
Amazônia) - Equador
A gaiola (tarabita)
que deslizava na tirolesa - Equador
No cânion sobre o Rio Claro
- Equador
Clênia com a Véu de Noiva
ao fundo - Equador
Tentamos visitar um borboletário
(mariposario, em espanhol), mas
estava fechado. O biólogo responsável tinha viajado.
Consegui fotos de algumas borboletas que estavam pelo jardim
e que são lindas.
Borboleta fujona do
mariposario
Outdoor incentivando o turismo no país - Equador
O trecho mais interessante da estrada é o que vai até o
último túnel (o sétimo) antes de Puyo. A partir dali, já vale a pena retornar a
Baños.
A mudança na vegetação e na geografia dos Andes para a Amazônia salta aos olhos. A floresta equatoriana é muito densa e
reveste todas as montanhas.
Puyo parece cidade de fronteira: é feia e sem graça.
Retornamos pela mesma estrada, agora com destino a Riobamba,
para pernoite. Quando passamos por Baños, demos a maior sorte, pois o tempo
estava aberto e pudemos ver o pico nevado do Vulcão Tungurahua.
Pico nevado do Vulcão Tungurahua – Baños - Equador
O trecho entre Baños a Riobamba é muito lento, pelos caminhões
e pelas curvas da estrada.
Quando estávamos nos aproximando de Riobamba, fomos premiados
com a visão do Vulcão Chimborazo, à
direita, e do Vulcão Altar, à frente,
com seus cumes nevados e sem nuvens.
Vulcão
Chimborazo – próximo à cidade de Riobamba
- Equador
Vulcão Altar e a lua cheia – próximo à cidade de
Riobamba - Equador
Foi
um show! Ainda mais com a lua nos fazendo companhia.
Lua cheia em Riobamba - Equador
Chegamos a Riobamba bem mais rápido do que imaginávamos, às
18 horas, pois o trânsito estava bom.
Aproveitamos para trocar o óleo e o filtro de óleo do carro.
Já rodamos 5.000 Km
desde que deixamos Cuzco, no Peru.
Do local onde estávamos trocando o óleo, pudemos ver os vulcões
Altar e Tungurahua de fora.
Estava
frio, mas não tanto quanto há três dias, quando pernoitamos aqui.
Escolhemos
o Hotel Marquez del Río, acho que o
melhor da cidade. Pelo menos era bem superior ao Hotel El Altar, onde ficamos há 3 dias.
Jantamos
bem, no restaurante do próprio hotel. Comi camarão (grande) empanado, ao coco,
com arroz.
Camarão
empanado, ao coco, com arroz – Riobamba - Equador
Acréscimos
do Marcio
O trajeto de Baños a
Pyuo é lindo! A estrada vai beirando um cânion com vista deslumbrante.
Parece que aqui no
Equador ainda comercializam o Niva, o jipe da Lada. Vimos um exemplar de 4
portas (este não veio para o Brasil), com motor 1.7i, a gasolina, com injeção
eletrônica.
Trocamos o óleo e o
filtro de óleo do carro. A lubrificação dos cardãs ficou para amanhã.
Para a troca do óleo
tivemos que fazer contas, pois as embalagens daqui vêm na unidade de volume
galão (3,78 litros ).
Tivemos que calcular quantos galões equivaleriam aos 7 litros do cárter (1,85 galões ).
Niva 4
portas, motor 1.7i: este não foi vendido no Brasil
26º DIA – 29.09.2012 – Sábado
(EQUADOR: Riobamba
- Alausí)
Hoje amanheceu bem nublado e não se via nenhum dos vulcões.
Ainda bem que vimos todos ontem.
Dormimos bem, apesar de ter havido uma festa de arrombar no
próprio hotel. Como não tínhamos sido informados, reclamei e baixaram o som.
Assim, o sono foi tranqüilo.
Tomamos um café bom, por causa do complemento que sempre trazemos
conosco. Do hotel, só tinha banana, café, leite, pão e ovo.
Pegamos a estrada para visitar o Vulcão Chimborazo, a 30
Km de Riobamba. Muito perto e muito fácil.
O caminho é fácil de achar, é bem sinalizado, e o vulcão
fica na Reserva Faunística Chimborazo.
Vulcão
Chimborazo, a 30 Km de Riobamba – Equador.
Uma visão espetacular!
Que frio danado!
Depois que se entra na Reserva, é possível ir de carro por 8 Km , por boa estrada de terra,
até o primeiro refúgio.
Uma vicunha muito
especial – Reserva
Faunística Chiborazo - Equador
Paramos o carro no primeiro refúgio e seguimos a pé em
direção ao segundo abrigo.
No caminho, há vários memoriais para os montanhistas que se
aventuraram na escalada, mas que morreram na missão.
Primeiro refúgio para
aqueles que vão escalar o Vulcão Chiborazo –
Equador
Como já estávamos perto de 5 mil metros de altitude, faltava
oxigênio e o cansaço era imenso. Desistimos e voltamos para o carro.
Na lápide, os nomes dos
que morreram tentando escalar o Vulcão Chiborazo
Tentando chegar ao 2º
abrigo, mas desistimos
Estávamos a 4.860 m de altitude
O refúgio tem boa estrutura e é gratuito. Há camas, cozinha,
lareira e é aquecido. E uma boa oportunidade para aclimatar o organismo à
altitude. Afinal, o topo da montanha está a 6.300 m .
Sala do primeiro refúgio
Quarto comunitário do
primeiro refúgio
Havia vários grupos visitando o lugar, dentre eles, muitos
franceses.
Demos a maior sorte com o tempo aberto e com sol. Estávamos
acima das nuvens. Nas cidades abaixo, já estava bem nublado.
Este é um passeio imperdível e fácil de fazer. O grau de dificuldade
é baixo, mas falta oxigênio para se aproveitar mais.
Ao meio-dia deixamos a Reserva e seguimos para a cidade de Alausí,
ainda no Equador. O percurso foi bem mais rápido do que imaginávamos.
Alausí fica numa depressão, e o atrativo é um passeio de
trem pelas montanhas.
Compramos os bilhetes na estação ferroviária. Custaram US$
25,00/pessoa. Conseguimos para a saída das 15 horas. Há saídas às 8 h, às 11 h
e às 15 h, diariamente, exceto às segundas-feiras.
Ferrovia em Alausí -
Equador
Antes do passeio, almoçamos no Restaurante El Mesón del Tren, a 500 m da estação.
Entrada do Restaurante El Mesón del Tren – Alausí - Equador
Comemos bem e barato. O almoço todo, com bebidas, camarão e café
expresso custou US$ 20,00.
Às 14h40 já estávamos na estação. O trem partiria às 15
horas.
Os vagões são pequenos e as cadeiras não são fixas.
Interior do nosso vagão:
as cadeiras não são fixadas no assoalho
O destino do passeio é um ponto nas montanhas conhecido como
Nariz do Diabo.
O passeio é guiado e, já no momento da compra do bilhete, os
passageiros são distribuídos nos vagões segundo o idioma que falam/entendem. No
nosso, as explicações foram passadas somente em espanhol.
Saímos de uma altitude de 2.300 m e baixamos para 1.800 m . Percorrem-se 12 Km em 45 minutos, dos Andes
em direção ao litoral.
A ferrovia onde estávamos é conhecida como a mais difícil do
mundo, pela dificuldade que foi sua construção.
Foi-nos
dito que em breve haverá um passeio de trem de 3 dias e 2 noites, apoiado pelo
governo, uma espécie de cruzeiro. Além deste, haverá também outro, dos Andes à Costa,
partindo de Riobamba.
Antes do destino final, o trem faz uma parada de alguns
minutos para fotos.
Primeira parada do
passeio, para fotos - Equador
Quando chegamos ao ponto final, ficamos parados por uma
hora. Lá, há museu, paisagem bonita e lanche com bebida, tudo incluído no preço
do bilhete.
Brincando no trem – Equador
O retorno para Alausí
foi mais rápido que a ida e durou apenas meia hora. Chegamos antes das 18 h.
Paisagem parecida com a
do trecho Cuzco – Águas Calientes, no Peru
O trecho é muito parecido com o que vai de Cuzco para Aguas
Calientes, passando pelo Vale Sagrado.
Este tour ao Nariz del
Diablo é um passeio legal, com conforto e tranqüilo.
Quando retornamos a Alausí, escolhemos a Hosteria La Quinta para o pernoite.
Trata-se de uma casa com 100 anos de idade, incrivelmente conservada e com todo
conforto.
Pagamos bem (US$ 68,62), em se tratando de Equador, mas
muito mais barato do que no Peru e no Brasil.
O quarto é decorado com fotos antigas, de pessoas e de
lugares (nas paredes atrás das camas). No teto, lâmpadas dicróicas.
Acréscimos
do Marcio
No trajeto da estrada de
ferro de Alausí até o Nariz del Diablo, utilizaram
o sistema de zig-zag para contornar a impossibilidade de se fazer curvas
acentuadas e para manter a declividade em 3%.
Técnica do
zig-zag para substituir as curvas acentuadas - Equador
A escolha da Hosteria La Quinta foi atendendo sugestão do rapaz que nos vendeu o bilhete de trem na
estação. Pedimos a ele um lugar confortável e que tivesse garagem para o carro.
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