quinta-feira, 13 de junho de 2013

(096) 2012 - Viagem ao Peru, Equador e Bolívia - DESFECHO: RESUMO DA VIAGEM


DESFECHO

Das três viagens que fizemos pela América do Sul em nosso carro (2008, 2009 e 2012), esta foi sem sombra de dúvida a mais estressante, mas será a que mais coisas a respeito teremos para contar aos amigos.
No trecho de Brasília (DF) até a fronteira com o Peru, na cidade de Assis Brasil (AC), pudemos acompanhar pela janela do carro a alteração da paisagem a cada dia. Partimos olhando o cerrado e cruzamos a fronteira com a floresta amazônica nos olhando.
Também o preço do combustível foi aumentando bastante à medida que a paisagem se alterava. Quando chegamos a Assis Brasil (AC) já estávamos pagando R$ 2,80 (US$ 1,37) pelo litro do diesel, enquanto em Brasília (DF) estava a R$ 2,14 (US$ 1,04), uma diferença de 30,84%.
Pouco depois de entrarmos no Peru já começamos a conviver com grandes altitudes e a ver montanhas com neve.
A temperatura baixou de 38° C para 5° C em um intervalo de tempo curtíssimo. Casacos, gorros e luvas deixaram as malas e passaram a fazer parte do nosso vestiário diário.
Aí, tivemos o problema com o diesel contaminado da cidade peruana de Puerto Maldonado. Carro internado em Cuzco, preocupação e despesa (grande) inesperada.
Tudo se resolveu e seguimos vendo coisas maravilhosas e nos deparando com situações pitorescas. Comidas e costumes estavam nos surpreendendo, algumas vezes de forma um pouco desconfortável. Mas curtimos as novidades e as gravamos em nossas memórias.
Passeamos por Cuzco e por seus arredores, conhecemos a famosa Machu Picchu, com suas ruínas cheias de histórias e teorias.
Vimos a maior concentração de aves marinhas até então encontrada por nós, nas Islas Ballestras, na costa da cidade peruana de Paracas. Sensacional!!
Vimos lagos com incríveis águas azuis na Reserva Nacional Huascarán. O Cerro Huascarán, com seu cume nevado, é incrível!
Conhecemos o Urso de Óculos (Oso de Anteojos) na Reserva Chaparrí.
Voei sobre as Linhas de Nazca – e quase vomitei (Clênia amarelou e ficou em terra).
Vimos os condores no Valle del Colca.
Navegamos pelo Lago Titicaca em barco feito de totora.
Então, tivemos outro problema com combustível. Dessa vez no Equador, na cidade de Riobamba. Não foi picaretagem, mas um engano do frentista: ele encheu nosso tanque (carro a diesel) com gasolina.
Nova internação e mais estresse, despesa (um pouco menor que a anterior) e atraso de um dia no nosso cronograma. O lado positivo: enquanto aguardava o conserto ser concluído, a Clênia conheceu no hotel pessoas que deram dicas sobre passeios no Equador.
Registramos -- com uma foto do GPS – o momento em que cruzamos a Linha do Equador.
Conhecemos um pedacinho da Amazônia do Equador, no passeio que fizemos até a cidade de Puyo: florestas densas e bem próximas ao mar e a montanhas nevadas.
Vimos vários vulcões: Cotocachi, Tungurahua, Altar e Chimborazo. Caminhamos um pouco na trilha de acesso ao Vulcão Chimborazo, a mais de 4.000 m de altitude (como cansava!!). Conhecemos o abrigo utilizado pelos alpinistas que o desafiam.
Andamos de trem na cidade de Alausí. Fomos até o Nariz do Diabo, um passeio agradável pelas montanhas equatorianas.
Entramos na Bolívia. Lá, fomos abordados diversas vezes por policiais que deveriam nos proteger e orientar, mas que em vez disso estavam sempre querendo algum dinheiro. O país parece que está vivendo uma revolução comunista velada. A todo momento éramos parados para algum tipo de “controle”.
E o abastecimento de combustível na Bolívia? Não era qualquer posto que tinha autorização para vender para veículo estrangeiro. Os que tinham, cobravam o triplo do preço praticado para os nativos. E a coisa era oficial!!! Outro estresse!
Mas a paisagem que encontramos no país de Evo Morales era desbundante!
O Parque Nacional Sajama e as montanhas nevadas que avistamos por lá são inesquecíveis: vulcões Sajama, Parinacota e Pomerape.
O Salar de Uyuni e o circuito que fizemos de lá até o Chile também não ficam nada a dever em belezas naturais: a Isla del Pescado, o Salar de Chiguana, o Vulcão Ollague, as Lagunas Cañapa, Hedionda, Colorada e Verde, a Árvore de Pedra e o Deserto de Siloli. Fantásticos!
Após a cidade de Uyuni não nos deparamos mais com “as autoridades bolivianas” querendo fiscalizar alguma coisa. Aí, pudemos esquecer o estresse e aproveitar as paisagens e as pessoas que conhecemos logo após o povoado de San Juan – o motorista William, a guia (não me recordo seu nome) e seus turistas franceses.
Quando começamos a nos aproximar da fronteira com o Chile, o Vulcão Licancabur começou a nos acompanhar na janela direita do carro.
Estávamos com um bom planejamento. Os 689 Km que separam os povoados de Uyuni (na Bolívia) do de San Pedro de Atacama (no Chile), sem posto de combustível, em nada nos preocupou: havíamos levado um galão que foi abastecido com 15 litros no último posto. E olha que não poderíamos ser socorridos por nenhum dos vários veículos de turismo que nos acompanhavam, pois eram todos movidos a gasolina (jipes da Toyota e da Lexus, com motores V-6).
Na volta para casa, cruzamos um pedaço do Chile e da Argentina já conhecido nosso da viagem de 2008.
Aproveitamos a passagem pela Argentina para comprar alguns vinhos na cidade de Cafayate (Província de Salta), para tomar sorvete do Fredo e para comer alfajores de chocolate com doce-de-leite. Os lácteos argentinos são insuperáveis!
Não poderia deixar de registrar que a Clênia foi uma excelente companhia, amorosa (na maior parte do tempo), atenta a tudo, hábil negociadora nos hotéis e exímia operadora de mapas e GPS. Reclamou pouco e trabalhou muito. Espero tê-la ao lado em todas as viagens que ainda faremos.
Agora é encontar os amigos e compartilhar com eles nossa aventura deste ano de 2012, que foi inesquecível.

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