20º DIA – 23.09.2012 – Domingo
(PERU: Piúra
– EQUADOR: Machala)
Dormimos bem neste que foi o melhor hotel da viagem até
agora.
Tudo é ótimo: a internet é bem rápida, a cama é king size e o chuveiro é forte e bem
quente. Valeu ter custado mais caro!
Logo de manhã a privada entupiu, e o Marcio ligou para a
recepção avisando que “tinha uma obstrução no inodoro”.
Na mesma hora veio alguém e solucionou o problema. Boa a eficiência!
O buffet do café
tinha uma variedade grande. De chicharrón
e arroz ao crepe, além do básico. Tinha de tudo!
Além disso, o visual dos quartos em volta da piscina era
lindo. Sem contar a garagem, imensa e bem protegida. É muito surreal para o Peru
que viemos conhecendo até aqui.
Pátio com os quartos ao
redor da piscina – Hotel
Rio Verde – Piura - Peru
Piura parece ser uma cidade rica e de grande porte.
Antes das 9 h deixamos a cidade rumo ao Equador.
Havia duas opções de rotas: uma delas pela Rodovia Pan-americana (1N), à direita no
mapa; a outra (1A), à esquerda, pelo litoral.
Optamos permanecer na Rodovia
Pan-americana, uma vez que no trajeto litorâneo passaríamos por muitas
cidades.
A paisagem era verde, com muitos rios e mangueiras para
exportação.
Estamos na altura da Amazônia peruana, muito semelhante à
que vimos em Manaus (AM), no Brasil.
Passamos numa “pré-aduana” peruana, que funcionava para
checar o que já tinha sido feito na fronteira, pouco mais adiante ainda. A aduana
definitiva estava na ponte sobre o Rio Macará.
De um lado o Peru e do outro o Equador.
Quando olhávamos para o lado equatoriano, víamos vegetação
nas montanhas. Deixamos para trás as montanhas de areia peruanas.
A cor e biótipo das pessoas também são diferentes no Equador.
O funcionário da migração nos advertiu sobre os radares de
velocidade, e que respeitássemos os limites de velocidade, pois as multas eram
pesadas. Ele disse também que estava autorizando a nossa permanência por 9 dias,
e que para a permanência no país após esse prazo seria cobrada uma multa de quase
US$ 300,00.
No Equador a moeda é o dólar.
Fazendo a migração no
Equador. Até logo, Peru!
Equador: aí vamos nós!!
As montanhas
equatorianas: diferentes das que vimos no Peru
Completamos os procedimentos de saída do Peru e de entrada
no Equador, e seguimos montanha acima, com chuva. A estrada, em alguns trechos,
estava em asfaltamento.
Fomos a mais de 2 mil metros, por curvas bem sinuosas, já
comuns para nós.
Acho que não foi uma boa a escolha de não termos ido pelo
litoral. O trecho aqui é lento, mas nos propiciou ter o primeiro contato com a
cordilheira.
Paramos no povoado Celica, com a esperança de almoçarmos,
mas a única coisa que agradou foram as empanadas de queijo da véspera que
encontramos.
O almoço foi incrementado com parte do calzone que sobrou de
ontem.
Paramos na cidade de Puyango, próximo ao povoado Celica,
para visitarmos o Bosque Petrificado de
Puyango, que fica dentro de um Parque
Estadual. Pagamos US$ 1,00 por pessoa, que incluía uma visita guiada ao
pequeno museu local e outra pelo bosque.
Este bosque é da era cretácea, com milhões de anos, um dos três
que há no mundo. Um deles já visitado por nós, na Patagônia Argentina; o outro fica no Arizona, nos Estados Unidos.
Passarela para visitação
do Bosque
Petrificado de Puyango - Equador
Ao fundo, um troco
petrificado de araucária – Puyango - Equador
Nós e pedaços
petrificados de árvores – Puyango - Equador
A área visitada é curta e a trilha é leve, mas o parque tem
2 mil hectares. Há 135 espécies de aves, muitas delas coloridas.
Fomos guiados pela Glória, funcionária simpática do parque.
Tudo foi falado devagar, de modo que entendíamos perfeitamente.
Nossa simpática guia
Glória – Puyango - Equador
Vale a visita, mas o bosque da Patagônia Argentina, mesmo situado numa área desértica, tem muito
mais exemplares e são da cor marrom. Estes, apesar de também interessantes, estão
no meio da floresta e são da cor cinza.
Troncos petrificados em
Puyango - Equador
Tronco que foi envolvido
por lava vulcânica – Puyango - Equador
Lascamo-nos. Praticamente todo trecho entre a fronteira com
o Peru e a cidade de Machala está em obras. Acho que em dois anos estará um tapete,
pois a pista está sendo feita com placas de concreto (hormigón, em espanhol) de 10 cm .
Ao longo do caminho, vimos
plantações de cacau, banana e manga.
Chegamos a Machala às 18h30. Abastecemos o carro e gastamos
US$ 15,00 para encher o tanque. No Peru, gastávamos mais do que no Brasil,
cerca de US$ 50,00.
Aqui, como no Peru, também utilizam o galão, e não o litro, como unidade de volume para os combustíveis.
O hotel escolhido foi o Oro
Verde, um dos melhores da cidade -- e caro também: US$ 145,18.
Ele fica fora do centro, o Wi-Fi só funciona no lobby
e quando chegamos não tinha toalhas de banho no quarto, pois ainda estavam secando.
O hotel é enorme, parece uma cidade.
Machala, diferentemente do que imaginávamos, não tem
turismo. As pessoas vêm aqui para trabalhar e para negócios. Por isso, praticamente
todos os hotéis estão no centro e não são bons.
Jantamos no restaurante do hotel. O Marcio foi de filé; eu,
de robalo e camarões com legumes.
Hotel
Oro Verde - Robalo com camarões e legumes
– Machala - Equador
Agora é descansar. Amanhã partiremos para a serra.
Acréscimos
do Marcio
A privada do nosso quarto amanheceu
entupida. Literalmente, foi aquela merda! Mas tudo foi rapidamente resolvido
pelo serviço de quarto.
Na fronteira, mais burocracia para deixar
o Peru e entrar no Equador, principalmente devido ao carro, que também tem que
ser desembaraçado.
Nas fronteiras tem-se que fazer primeiro
a migração das pessoas (preenchimento de formulários e carimbos nos
passaportes). Esta parte resolvida, é a vez da aduana do carro (mais
preenchimento de papéis e, em alguns casos, a vistoria do veículo).
Logo que chegamos a Machala fomos
abastecer o carro, pois já estava quase na reserva.
É incrível a diferença no preço do
combustível. Enquanto no Peru o litro do diesel está aproximadamente a R$ 2,88
(US$ 1,44), no Equador pagamos R$ 0,54 (US$ 0,27). Incrível!!
Jantamos no hotel mesmo, pois já
estávamos cansados.
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