quinta-feira, 13 de junho de 2013

(092) 2012 - Viagem ao Peru, Equador e Bolívia - BOLÍVIA - CHILE: DA LAGUNA COLORADA A IQUIQUE (VIA LAGUNA VERDE, AGUAS TERMALES POLQUES E SAN PEDRO DE ATACAMA)


41º DIA – 14.10.2012 – Domingo

(BOLÍVIA: Laguna Colorada – CHILE: Pozo Almonte)
“Fingimos” que dormimos, pois estava muito frio e nada nos esquentava.

Minha barriga estava ruim e o nariz também.

Antes de clarear já tinha gente saindo para visitar o gêiser.

Às 6h30 improvisei um café da manhã com banana, cereais, pão e suco, pois a regra é de cada um por si, mesmo pagando.

As agências de turismo fecham pacotes que incluem as refeições, e quem não está com uma delas contratada, como nós, passa necessidades.

Improvisando o café da manhã no povoado de Huayllajara, onde pernoitamos - Bolívia

Nosso carro (E) e os das empresas de turismo. Ao fundo, os quartos onde dormem os coitados dos turistas

A paisagem ao redor, mesmo desértica, é magnífica – povoado de Huayllajara - Bolívia

Outros turistas já estavam acordando e indo para o WC comunitário.

O nosso quarto com banheiro privado ajudou bastante neste quesito. Só que banho gelado hoje não aconteceu. Estava muito frio mesmo. Fez - 2° C na madrugada. Até lavar a mão na pia doía o osso.

O duro aqui que não tem a mínima estrutura para se visitar as atrações nesse frio.

Paguei pelo jantar de ontem Bs. 10,00/pessoa (US$ 1,46/R$ 2,93). Estava tão ruim que não valia nem isso.

Pelo quarto, foram Bs. 277,60 (US$ 40,00/R$ 82,00).

Deixamos a nossa hospedagem e fomos onde estava o Willian, para continuarmos seguindo o grupo até o gêiser. Eles já estavam pondo a bagagem no carro.

Willian arrumando a bagagem dos turistas franceses – povoado de Huayllajara - Bolívia

Água do rio ainda descongelando do frio da madrugada – povoado de Huayllajara - Bolívia

A falta de interação com os franceses era grande, pois falavam apenas sua língua.

Deixamos o povoado de Huayllajara (onde fica a Laguna Colorada) e seguimos para o Geiser Sol de Mañana, ainda na Reserva Nacional Eduardo Avaroa.

A área do gêiser é grande e a atividade vulcânica lá é intensa, apesar de já ter sol. Já eram 8h30, e o ideal para se ver bastante fumaça em gêiseres é chegar antes de o sol subir.

Com um vento forte e a mais de 5.000 m de altitude, o frio era de cortar.

Vimos vários poços ferventes com lama de várias cores. Havia um poço onde a lama era lançada a 3 m de altura.

Os fumaceiros e os odores de enxofre lembram muito os que vimos na cidade de Rotorua, na Nova Zelândia.

É um lugar que vale a pena a visita!

Encontramos mais um casal de ciclistas corajosos.

Chegando ao gêiser Sol de MañanaReserva Nacional Eduardo Avaroa - Bolívia

O frio era intenso, assim como o cheiro de peido (de enxofre)

Lama fervente e colorida – Gêiser Sol de Mañana – Bolívia

Outros ciclistas aventureiros e corajosos – Gêiser Sol de Mañana - Bolívia

Se não estivéssemos seguindo o Willian, não teríamos encontrado o caminho de jeito nenhum. Até o passeio de ontem teria sido bem mais difícil e arriscado.

Não recomendo para ninguém o que fizemos. A menos que seja acertado previamente com alguma empresa de turismo para se seguir o veículo deles durante todo o passeio.

Outra coisa fundamental é reservar no povoado de Huayllajara um dos poucos quartos com banheiro privado e com água quente, além do jantar e do café da manhã. Isso talvez possa ser feito com as agências também.

Durante a visitação dos gêiseres, já nos separamos do grupo do Willian, e começariam, então, as romarias da aduana e da migração.

Para a aduana do carro, fomos, por indicação do Willian, até um local chamado Apacheta, próximo ao gêiser e dentro da área de uma mineradora.

No caminho, chegamos ao nosso recorde de altitude: 5.027 m.

Nosso recorde de altitude até o momento: 5.027 mReserva Nacional Eduardo Avaroa - Bolívia

Entrada da área da mineadora onde funcionava a aduana boliviana

Como hoje é domingo e estava acontecendo uma feira na fronteira com o Chile, o funcionário da aduana tinha sido deslocado para lá.

Imagina que bagunça! Primeiro, tínhamos que adivinhar que a aduana do carro era feita ali, dentro da Reserva e ainda longe da fronteira; depois, dar de cara na porta.

Seguimos o passeio em direção à Laguna Verde, caminho para a fronteira com o Chile.

Paramos nas Aguas Termales de Polques e vimos todos os franceses dentro da piscina aquecida. Era a oportunidade de banho, depois de ontem não ter rolado nada na hospedagem.

O local da piscina é interessante, pois tem o visual dos flamingos na Laguna Polques e das montanhas coloridas e nevadas ao redor.

Aguas Termales Polques: os franceses se banhando e curtindo a paisagem - Bolívia

Despedimo-nos dos nossos parceiros e seguimos.

O visual da Laguna Blanca, da Laguna Verde, das montanhas coloridas, do Vulcão Licancabur e dos flamingos é fantástico! Mas ventava gelado e queríamos o quanto antes sair da Bolívia. Ficamos apenas o tempo suficiente para fotos.

Laguna Verde e o Vulcão Licancabur ao fundo – quase na fronteira com o Chile

Laguna VerdeReserva Nacional Eduardo Avaroa - Bolívia

Montanhas coloridas na Reserva Nacional Eduardo Avaroa, no caminho para o Chile

Eu já estava saciada dos meus flamingos maravilhosos! Orientados pelo GPS, seguimos rumo à fronteira com o Chile.

No trajeto, paramos na guarita de controle da saída da Reserva, onde estava acontecendo a feira e para onde teria sido deslocado o fiscal da aduana.

Não vimos nada que se parecesse um posto de aduana.

Guarita da Reserva Nacional Eduardo Avaroa - Bolívia

Registramos nossa saída da Reserva e seguimos para o Posto de Migração, 8 Km adiante, sem termos providenciado a aduana do carro.

Lá, o funcionário nos orientou a voltar à feira para fazer a aduana do carro. Não há palavras para descrever a bagunça da Bolívia!

Voltamos e, depois de perguntar aqui e ali, encontramos o funcionário transitando no meio da rua. Ele ficou com o documento de entrada do carro no país, pegou um pedaço de papel, colocou o carimbo dele e assinou.

Finalmente estávamos prontos para fazer a nossa migração.

Voltamos para o Posto de Migração. O funcionário mal olhou para nós e carimbou os passaportes.

Adeus Bolívia!

Posto de Migração boliviano na fronteira com o Chile

Rodamos mais 5 Km na terra e chegamos ao asfalto, mas apenas 42 Km depois chegamos à cidade chilena de San Pedro de Atacama, onde fizemos nossa migração e a aduana de ingresso do carro.

Tivemos que tirar quase toda a bagagem para ser conferida pelos policiais. Nós já esperávamos por isso. Sem contar que nada “vivo” (presunto, frutas, carne, etc) pode entrar no Chile.

Ao lado do local da aduana havia casas de câmbio. Aproveitei para trocar alguns dólares e a sobra de bolivianos por peso chileno. A cotação foi CH$ 460 para US$ 1,00.

Voltar a San Pedro de Atacama é também como ir a Vila de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros, no Brasil: tem o clima zen.

Tinha muita gente em San Pedro de Atacama! Parece que todos estão de férias!

Calle Caracoles, em San Pedro de Atacama - Chile

Almoçamos no Restaurante Adobe, já conhecido nosso da visita em 2008.

Restaurante Adobe, em San Pedro de Atacama - Chile

Restaurante Adobe: Clênia usando o Wi-Fi e esperando seu almoço

Comi salmão com batatas; o Marcio, risoto de quinoa. Ambos estavam bons, porém caros em relação ao que estávamos pagando na viagem. Mas o Chile não é um país barato. É igual ao Brasil.

Nem acredito que voltamos à civilização!

Salmão com batatas

Risoto de quinoa

Abastecemos o carro e seguimos para a cidade de Iquique, onde funciona uma Zona Franca (ZOFRI - Zona Franca de Iquique).

Já fizemos todo esse trecho em 2008.

Passamos pelas imediações da cidade de Calama, onde fica a Mina de Chuquicamata, a maior mina de cobre do mundo. Havia caminhões enormes perto da estrada.

Avançamos novamente em direção ao Oceano Pacífico.

Chegamos à cidade de Pozo Almonte à noite. Estávamos a apenas 50 quilômetros de Iquique, mas muito cansados e não compensava insistir na estrada.

Conseguimos hospedagem na casa da Mariana. Os quartos são novos, apesar de a aparência em nada lembrar um local de hospedagem. Pagamos CH$ 20.000 pelo pernoite (US$ 43,48/R$ 89,13), sem café da manhã.

Em Pozo Almonte há um hotel, mas na visita que fiz quando chegamos percebi que permitiam fumar nos quartos e tudo fedia a cigarro. Aí não tem condições!

Jantamos sanduíche em uma lanchonete e estamos doidos para dormir. Amanhã seguiremos para Iquique.

Acréscimos do Marcio

A noite no povoado de Huayllaja foi terrível! Mal conseguimos dormir com falta de ar devido à altitude.
Nosso café da manhã foi o que tínhamos na bolsa: banana com suco e aveia.
De manhã, o motor do carro demorou a pegar devido ao frio. Ficou praticamente 20 min ligado para que a temperatura chegasse ao normal.
Após todo aquele contratempo para fazer a aduana de saída do carro (voltar da migração, encontrar o fiscal, etc), ainda tivemos a surpresa de ter que pagar uma taxa de Bs. 30,00/casal (US$ 4,37/R$ 8,79) para deixarmos o país. Imagina!!
Segundo nossos planos, faríamos um pernoite em San Pedro de Atacama e seguiríamos no dia seguinte para a Argentina (pelo Paso de Jama), para já começar nosso regresso ao Brasil.
Como estamos quatro dias adiantados no nosso cronograma – pois ficamos menos tempo que o planejado em La Paz --, Clênia sugeriu que fôssemos até Iquique para umas comprinhas. Topei!
Almoçamos e pegamos estrada. Voltamos para a Pan-americana, com suas retas intermináveis e sempre cortando regiões desérticas. E o Oceano Pacífico nos acompanhando à esquerda (estávamos indo para o norte), mesmo que um pouco distante.
Nosso pernoite em Pozo Almonte (a 50 Km de Iquique) foi num dos dois quartos construídos no quital de uma senhora (Mariana) para alugar. Pelo contexto, foi até ótimo.
A entrada no Chile nos proporcionou uma sensação imensa de conforto e de tranqüilidade, pois, além de ser sabidamente um país mais organizado, também pelo fato de já havermos estado lá em 2008 e de conhecermos tudo daquele ponto em diante, até a chegada a nossa casa.

42º DIA – 15.10.2012 – 2ª feira
(CHILE: Pozo Almonte - Iquique)

Tomamos o café da manhã no Hotel Estancia Inn, pois onde pernoitamos não havia.

Pão com queijo, presunto, ovo revolto (mexido) e café era o que tinha. O suco era à parte. Os cereais que carregamos têm nos salvado nessas horas.

Deixamos muita roupa para lavar com a Maria, uma funcionária do hotel onde tomamos o café da manhã. Caso durmamos em Iquique hoje, pegaremos as roupas lavadas amanhã, quando retornarmos.

Hoje é feriado no Chile, referente ao do dia 12 (sexta-feira) que foi transferido para a segunda-feira. Há uma lei que transfere todos os feriados para as segundas-feiras.

Como nada abriu em Pozo Almonte, não conseguimos nem lavar o carro nem trocar o óleo do motor antes da partida para Iquique, como desejávamos.

Quando seguimos para Iquique já eram 11 horas. Foi só descer a serra e já estávamos no Oceano Pacífico.

Apesar de Iquique ser uma cidade grande, todo o comércio também estava fechado, inclusive a Zona Franca (ZOFRI), o motivo da nossa vinda à cidade.

Desagradável isso, já que representou um desvio no roteiro original de pouco mais de 1.000 Km.

Depois de muito procurar, achamos um lugar onde havia troca de óleo e lavagem de chassis.

Eram quase 14 horas e ainda não tínhamos almoçado, mas era mais importante limpar o carro, pois a poeira dentro estava nos adoecendo.

Foram feitas a troca do óleo do motor e a lavagem, só que apenas do motor e do chassi. Dentro do carro, que era nosso principal objetivo, não foi contemplado no serviço.

Para não desperdiçar o momento (já tínhamos posto na calçada toda nossa bagagem) e os equipamentos disponíveis, nós mesmos limpamos tudo por dentro. Sopramos toda a parte interna do carro, de onde saiu muita poeira. Passamos pano molhado no painel, portas e bancos.

O pior é que tivemos que fazer tudo isso em aproximadamente 10 minutos, sob pressão da loja fechando às 15 horas e ainda tendo que ficar de olho em toda a bagagem que estava fora do carro, na calçada.

O que nos adiantou um pouco foi que, enquanto esperávamos a troca do óleo e a lavagem do chassi, já havíamos soprado a bagagem.

Uma vez decidido pernoitar em Iquique, optamos pelo Hotel Charlie Inn, na praia. Como tudo no Chile é caro, pagamos CH$ 45.000,00 (US$ 97,83/R$ 200,54) pelo pernoite.

O prédio do hotel é antigo, mas é perto do agito da praia e os quartos têm tudo, inclusive Wi-Fi de boa qualidade.

Eram quase 18 horas e o almoço foi um sanduíche numa padaria alemã perto do hotel.

Curtimos um pouco o calçadão da praia, que estava agitado pelo feriadão e com muita gente e com políticos pedindo votos. Estava um pouco frio.

Em um espaço ao longo do calçadão havia um local com exposição de alguns camélidos andinos. É muito difícil para nós distinguir a lhama da alpaca e a vicunha do guanaco.

Com o fuso de 2 horas a menos, jantamos às 23 h no Restaurante Sol do Oriente. Nossa sorte é que era perto do hotel e estava aberto.

Como já estávamos há quatro dias sem internet (durante a travessia do Salar de Uyuni, na Bolívia), postei quatro dias de Blog atrasados. O demorado é para colocar as fotos, mas a internet no quarto é rápida e ajudou. Mas o Marcio falou que a velocidade no computador do saguão do hotel era lenta.

 

Acréscimos do Marcio

Como as lojas em Iquique só abririam às 10h30, resolvi tentar lavar o carro (que está imundíssimo) e trocar óleo+filtro em Pozo Almonte logo cedo.
Era feriado no Chile (transferido da sexta-feira para a segunda) e nada abriu na cidadezinha.
Já em Iquique, após a troca do óleo, começamos outra peregrinação para o almoço. Tudo fechado!
Acabamos almoçando na Oma’s Ecke (Canto da Vovó, em alemão), uma padaria alemã próxima ao hotel onde nos hospedamos. Comemos sanduíches.
Amanhã vamos à ZOFRI e voltaremos para San Pedro de Atacama.

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