quinta-feira, 6 de junho de 2013

(081) 2012 - Viagem ao Peru, Equador e Bolívia - EQUADOR: INDO PARA OTAVALO E VISITANDO A LAGUNA CUICOCHA E O VULCÃO COTACACHI


21º DIA – 24.09.2012 – 2ª feira

(EQUADOR: Machala - Riobamba)

Acordamos às 7h15. Ontem fiquei até meia-noite dando um trato no Blog. Ele já recebeu quase 900 acessos.

Tomamos café num buffet bastante variado e de frente para a piscina. O estranho é que não tinham bananas. Machala é a capital da banana, e agora em setembro tem a Festa da Banana, com escolha até da Rainha da Banana.

Ao longo da viagem temos comprado bananas para comer com cereais no café da manhã.

O Hotel Oro Verde é imenso! Tem academia, sauna e outras coisas que não usaríamos. Coisas mais simples como Wi-Fi com cobertura em todo o hotel, não tem; e a lavanderia mandou para nosso quarto somente uma toalha de banho. Incrível!

Além disso, a garagem fica bem longe dos quartos, o que é um desconforto por causa da bagagem.

Deixamos o hotel quase às 9 horas. No caminho, passamos na Concessionária Toyota local e ficamos quase 2 horas para comprar 1 filtro de óleo. O atendimento é enrolado, e não havia em estoque a maioria das peças que e Marcio queria comprar por estarem mais baratas que no Brasil.

O vendedor falou que as peças Toyota vendidas no Peru são as fabricadas na Coréia e são inferiores. As vendidas no Equador são do Japão.

Aqui em Machala a umidade é alta e é quente. Junto com isso, vi muriçocas e formigas. Isso não existe no frio e na altitude.

O pedágio aqui tem custado US$ 1,00. Bem diferente do Peru, onde pagamos até S/. 10,10 (US$ 3,91/R$ 8,03).

Antes das 13 h, paramos para almoçar na cidade de Naranjal, no Restaurante La Cueva del Cangrejo. Comi arroz de camarão que, diferentemente do que se imagina, não é um risoto. Parece com arroz colorido, só que com camarões. Gostei, pois o tempero era familiar, com colorau, cominho e coentro. O meu prato dava para duas ou três pessoas e custou US$ 6,00.

Prato típico no Equador: arroz com camarão – Naranjal - Equador

O Marcio comeu filé de corvina empanado.

O interessante é que de entrada serviram chips de banana, igual ao de batata. A decoração dos dois pratos era com bananas fritas.

Antes da cidade de Guayaquil, deixamos a estrada 25 e fomos pela E-58, para El Triunfo. Não há placas e se eu não estivesse atenta teríamos ido parar em Guayaquil.

A estrada não é boa, não há sinalização nem acostamento e há um tráfego intenso, com caminhões e com a população.

É uma zona agrícola, com plantação de cacau e de banana, além de canaviais. Até onde a vista alcança, vemos plantações de bananas na estrada. Uma coisa interessante é que os cachos ficam envoltos por sacos plásticos.

Cachos de bananas envoltos em sacos plásticos - Equador

Aqui os motoqueiros também não usam o capacete.

Pegamos um trevo grande para El Triunfo e, depois disso, a estrada para Bucay estava ótima.

Compramos banana-ourinho por US$ 0,50 a palma. A moça queria me vender o cacho inteiro!

Em Bucay, passamos para a rodovia E-487 e subimos a serra outra vez; serpenteando a montanha. Chovia e estávamos na companhia de cachorros de rua e de um movimento grande de ônibus e caminhões.

Chegamos perto dos 4 mil metros e a temperatura era 3° C, às 16h20, e havia neve na estrada.

Mais uma vez perto dos 4.000 m. A cabeça dói!

Neve na estrada, com chuva e temperatura de 3°C - Equador

Estava um frio retado!

Passamos por dois carros que tinham deslizado e catado o meio-fio.

Com essa altitude, minha cabeça apertava outra vez.

Em Riobamba, um pouco antes de Banõs, paramos e abastecemos o carro.

Não é que o frentista colocou gasolina e não diesel! Não percebemos e partimos. Rodamos uns 10 Km e notamos a fumaceira e os engasgos no carro, do mesmo jeito que em Cuzco.

Voltamos para onde abastecemos e o frentista se esquivou. Fomos a uma oficina em frente, que constatou que havia gasolina junto com o diesel no tanque.

Agora, a bomba injetora, o tanque e os bicos injetores terão que ser retirados novamente para limpeza e ajustes.

Interrompemos a viagem. O carro deve ficar pronto amanhã, às 16 horas.

Fomos para um hotel, de táxi. Custou-nos US$ 2,00. Muito barato!

O hotel escolhido foi o El Altar, e a diária ficou em US$ 25,00. Muito barato! Ele é antigo, mas tem tudo, inclusive Wi-Fi.

Deixamos a bagagem e fomos ao Shopping El Paseo. É bem grande e com lojas boas, mas a ousadia gastronômica está bem devagar.

Eu comi sanduíche; o Marcio, pizza. Estamos craques nisso.

O Marcio está gripado com tanta poeira que pegamos no Peru.

Aqui faz um frio de lascar e está chovendo muito. Há 4 meses que não caía uma gota d’água aqui. Azar o nosso e sorte da população, pois a seca estava grande.

No dia 13 deste mês um vulcão daqui entrou em erupção, o Tungurahua. Agora está calmo, mas fico com medo dele ficar furioso de novo. Ele é daqueles que cospe de tudo.

Agora é descansar. Amanhã teremos uma boa jornada de espera.

Já estamos na estrada há 8.000 Km e o Blog já está com quase mil acessos.

Acréscimos do Marcio

Na saída de Machala, demos uma parada na Concessionária Toyota (Concessionária Tomebamba), para ver se encontrava a junta de amianto do escapamento (aquela que em Nazca foi engatilhada), mas não tinha. Comprei apenas mais 1 filtro de óleo. Os preços são excelentes e as peças provenientes do Japão. Disseram que as que vão para as concessionárias do Peru são coreanas.
A parada em Riobamba vai atrasar um pouco nosso cronograma. Uma merda, pois o conserto realizado em Cuzco (por motivo semelhante: diesel contaminado) estava excelente.
Ainda bem que em frente ao posto onde tudo aconteceu havia uma oficina especializada em bombas injetoras: a Labor Diesel Turbo Parts, localizada na Barrio 24 de Mayo – Pan-americana Sur – Teléfono (032) 607-231.
Após o diagnóstico, pegamos parte da nossa bagagem, pedimos um táxi e fomos para o hotel indicado pelo pessoal da oficina. No caminho, o taxista nos sugeriu outro, onde acabamos nos hospedando.
Riobamba fica na Província de Ambato – Equador.

22º DIA – 25.09.2012 – 3ª feira

(EQUADOR: Riobamba - Salcedo)

Hoje foi um dia para conhecer pessoas. O carro estava na oficina, o Marcio aguardava lá a conclusão do serviço e eu fiquei por conta, aguardando os acontecimentos.

Fiz back-up das fotos num HD externo e do Blog no Word. O bom é que quando copiei o texto com as fotos, estas também foram copiadas.

Às 11 horas liguei para o Marcio e, com previsão para a entrega do carro para o fim da tarde, fui ao Shopping El Paseo.

Fui de táxi e paguei US$ 1,50. Aqui e no Peru não há taxímetro. O valor é pelo trecho percorrido.

No shopping, comprei algumas coisas de informática que estavam baratas. De um modo geral, os preços aqui e no Peru são iguais aos do Brasil, pois são produtos importados.

Almocei macarrão e tomei suco de amora.

Usei o Wi-Fi gratuito da Praça de Alimentação do shopping. Fiz ligações para o Brasil pelo skype e voltei de táxi para o hotel.

Às 14h30 o Marcio me ligou para dizer que a previsão de entrega não tinha mudado.

Como já tinha feito o check-out, as malas estavam na recepção.

Enquanto aguardava, conheci três chilenos que moram em Quito. Eles estavam em Riobamba a trabalho. Um deles, o Ramirez, deu-me várias dicas de turismo por aqui, e achou um absurdo não ter um mapa do Equador no hotel.

Riobamba está cercada por vulcões, assim como quase todas as cidades do país.

O Equador está dividido em quatro regiões: Galápagos, Litoral, Andes e Amazônia. Com essa diversidade geográfica, as mudanças são imensas, tanto no visual como na fauna e na flora.

Um dos chilenos me levou ao terraço do hotel, no terceiro piso, para poder ter noção de onde Riobamba estava localizada, encravada entre vulcões.

Já passava das 16 horas quando fui à oficina ver o andamento dos trabalhos, mas o carro só ficou pronto às 17h30. Saímos de lá somente às 18 horas.

Neste meio tempo, fui bombardeada com perguntas por dois meninos que estavam na oficina. Eles queriam saber como era em português algumas palavras do espanhol. Foi a maior troca.

O Marcio registrou os momentos dele na oficina ao longo do dia.

 

Retirada do combustível (gasolina) do tanque – Riobamba - Equador
 



Mecânicos desmontando a bomba injetora – Riobamba - Equador
 


Bomba injetora na bancada para regulagem – Riobamba - Equador
 


Em Riobamba o porco era vendido aos pedaços, tirados na hora e ao gosto do freguês - Equador

Passamos no hotel, pegamos as malas e seguimos viagem.

Na cidade de Salcedo começamos a procurar hotel para pernoite.

Já estávamos desesperados, pois estava perto das 21 horas, estávamos cansados e na cidade tinham só duas espeluncas.

Uma delas, com uns 100 anos e que se parecia com hotéis do velho oeste mostrados no cinema. Possuía um grande mezanino e todos os quartos eram na parte de cima.

O que mais me preocupou foi sobre a água quente, pois ainda iam ligar o aquecedor e daqui que esquentasse demoraria muito. Da mesma forma, fiquei imaginando a mesma ladainha para o banho de amanhã cedo.

Outra coisa chamou minha atenção: o gemido da madeira do piso. Parecia um filme de terror.

Voltamos para a estrada e, de repente, apareceu na saída da cidade um hotel-fazenda-museu. Isso mesmo, o Rumipamba de Las Rosas.

Era um oásis do oásis, e só havia dois quartos disponíveis.

Pagamos US$ 79,00 pela diária.

O incrível é que tudo nele tem aspecto velho, mas funciona. Parece que estamos num estúdio de cinema de filme de cowboy.

Hotel Rumipamba de Las Rosas: toca-discos automático (discos de vinil) – Salcedo - Equador

Hotel Rumipamba de Las Rosas: gramofone – Salcedo - Equador

Área do restaurante do Hotel Rumipamba de Las Rosas – Salcedo - Equador

Área do restaurante do Hotel Rumipamba de Las Rosas – Salcedo - Equador

Jantamos no restaurante do hotel. Eu comi filé, pois há dias que eu não comia carne, só massa e sopa.

Filé com batata e arroz – Salcedo - Equador

O Marcio pediu truta e se deu mal. As trutas daqui são pequenas e mesmo o filé tem espinhas. Ele odiou.

Filé de truta: fino e com espinhas – Salcedo - Equador

Amanhã vamos para Otavalo e não mais para Banõs, como originalmente planejado.

Como a cidade de Otavalo fica após a de Baños, mais próximo da fronteira com a Colômbia, resolvemos inverter o cronograma para que, na volta, o trecho “última cidade visitada no Equador – primeira cidade no Peru” seja um pouco mais curto.

Acréscimos do Marcio

Passei o dia na oficina, acompanhando os trabalhos na Hilux.
Fui ao posto de gasolina e conversei com o dono, contando-lhe o ocorrido. Ele se propôs a pagar US$ 100,00 do meu prejuízo, dizendo que não poderia dar mais sem ter que descontar do empregado.
Concordei, pois era melhor que nada e porque estava muito difícil conduzir a argumentação em espanhol.
Na oficina, tiraram o tanque (que estava cheio de gasolina, imagina!) e a bomba injetora. Lavaram tudo e montaram. Parece pouca coisa, mas levou o dia inteiro.
O conserto custou US$ 387,00, dos quais US$ 100,00 foram pagos pelo posto de combustível.
Saímos da cidade às 18 horas, após a voltinha de teste e completar o tanque novamente, agora com diesel. Pegamos um trânsito pesadíssimo de final de dia.
Pela segunda vez nesta viagem (a primeira foi em Cuzco – Peru), pegamos estrada imediatamente após retirar o carro da oficina, coisa totalmente desaconselhável em condições normais. Mas não estamos em condições normais! Estamos atrasados 1 dia.
No Hotel Rumipamba de Las Rosas, onde pernoitamos na cidade de Salcedo, toda a decoração é feita com objetos antigos, principalmente com coisas de fazenda. Lá havia até um Cadilac 1952, V-8, impecável.
Observei que no Equador existem motéis para o uso igual ao que fazemos no Brasil. No Peru não tem, ou existe com outro nome e não percebemos.

23º DIA – 26.09.2012 – 4ª feira

(EQUADOR: Salcedo - Otavalo)

Acordamos às 7 horas e tomamos café no buffet do hotel.

No buffet, tinha um grupo de franceses – todos da quarta idade -- que estava em dois ônibus. O impressionante é que não vemos grupos assim formados por brasileiros, só por europeus, principalmente alemães e franceses.

Franceses viajando pelo mundo – Salcedo - Equador

O hotel é mesmo uma graça! Vamos chamar de museu mesmo.

Hotel Rumipamba de Las Rosas: muito bom! Salcedo - Equador

Cadillac V-8, modelo Hardtop 1951: uma das diversas peças antigas expostas no hotel – Salcedo - Equador

O dia estava claro e o sol deu um alívio no frio.

Às 9 horas deixamos Salcedo e seguimos rumo a Otavalo (norte do Equador), via Quito.

No trajeto, passamos por vários vulcões. Quito está no meio de duas cordilheiras. Olhando no mapa, pude contar 14 vulcões perto da cidade.

Mesmo passando por fora de Quito, foi inevitável pegar o trânsito lento e com caminhões. Para piorar, ainda existem muitos trechos em obras na estrada.

O atual presidente pleiteia a recandidatura, então o país é um canteiro de obras.

Quito foi excluída do atual roteiro, pois já a conhecemos quando fomos a Galápagos em JUN/2010.

Almoçamos na cidade de Tabacundo, no Restaurante Inti Raymi.

O térreo estava todo reservado para um almoço de confraternização e tivemos que almoçar no andar de cima.

Provei a cerveja equatoriana mais antiga e famosa (desde 1913), a Pilsener.

Comemos um bom filé, com arroz, batata e salada.

Restaurante Inti Raymi, em Tabancudo - Equador

De entrada, pipoca e molho picante – Tabancudo - Equador

Filé com cogumelos, arroz, batata e salada – Tabancudo - Equador

Cerveja equatoriana, desde 1913

Chegamos a Otavalo antes das 16 horas. Como uma das atrações locais -- a Laguna Cuicocha --, ficava a apenas 14 Km da cidade, no povoado de Cotacachi, resolvemos visitá-la logo.

Cotacachi é conhecido por fabricar artigos em couro, mas eu não estava com vontade de fazer compras, pois estava bem cansada depois de encarar o dia inteiro para vir de onde dormimos até aqui, passando por Quito. O trânsito estava ruim e nosso deslocamento foi bem lento.

A Laguna Cuicocha fica na cratera do vulcão com o mesmo nome.

Laguna Cuicocha e suas duas ilhas, situada na cratera do Vulcão Cuicocha - Equador

Laguna Cuicocha e o Vulcão Cotacachi ao fundo - Equador

Fizemos um passeio de barco pela laguna, com duração de meia-hora, muito tranqüilo e agradável. Pagamos US$ 2,50 por pessoa.

É interessante estar na boca de um vulcão que entrou em erupção há 2 mil anos.

A água é escura e não há peixes, só algas, que servem de alimento para patos.

Uma das ilhas da Laguna Cuicocha - Equador

Ao redor da ilha vemos a totora, vegetação utilizada para artesanato

Retornando do passeio, já na saída para Otavalo, conhecemos o Sigried e a Siegfried, um casal alemão que já está há quase 2 anos em viagem pela América do Sul em seu próprio motohome.

Eles trouxeram o veículo de Hamburgo (Alemanha) para Buenos Aires (Argentina), e a viagem de navio durou 55 dias.

Interessante é imaginar que eles, falando um inglês não tão bom e nada de espanhol, tenham conseguido sobreviver na América do Sul até agora!

Eles são bem simpáticos, e conversamos sobre as aventuras deles. Disseram que já tinham ido ao Egito, à Rússia e à Sibéria naquele caminhão.

O caminhão é completo e confortável, e já foi comprado pronto, sem ter sido preciso fazer nada para viajar. A preocupação deles tem sido com a segurança nos locais aonde chegam.

Nós com o Sigried, a Siegfried e seu caminhão MAN - Equador

O caminhão alemão da marca MAN

Adesivos comemorativos de onde já tinham passado

Finalmente chegamos a Otavalo, que não tem grandes atrações e, por isso, será só um pernoite.

O hotel escolhido foi o Acoma Ciudad del Cielo, em estilo indígena, muito aconchegante e perto de restaurantes e dos artesãos. Pagamos pelo pernoite US$ 40,60.

Lavamos nossa roupa numa lavanderia perto do hotel e jantamos na Pizzaria Siciliana.

Amanhã seguiremos para Baños.

Acréscimos do Marcio

O conserto do carro parece que ficou bom. Quero ainda conferir o consumo.
O motohome dos alemães é 4x4 e imenso. Possui quarto com cama de casal, cozinha, banheiro e sala.
Na viagem de Hamburgo para Buenos Aires houve uma escala no Porto de Santos, no Brasil. Para azar deles, no dia em que chegaram havia greve dos portuários. Ficaram 5 dias parados e embarcados.
Na recepção do hotel havia um casal americano que estava fazendo o check-in e não falava nada de espanhol. Para piorar, o recepcionista não falava nada de inglês. Ajudamos os dois no desembaraço das coisas.

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