36º DIA – 09.10.2012 – 3ª feira
(BOLÍVIA: La Paz – Parque Nacional Sajama)
Não deixamos La Paz sem antes providenciar o SOAT – Seguro Obligatorio de Accidentes de Tránsito, como no Peru, obrigatório
mesmo para veículos estrangeiros que transitam no país.
O Marcio foi até o escritório da Seguradora Credinform
International S/A,
situado num prédio próximo ao Banco Central, e o comprou por
Bs. 140,00 (US$ 20,17/R$
41,35), válido até 31/12/2012.
Ele voltou para o hotel, fizemos o check-out e, na saída da garagem,
percebemos que o retrovisor direito estava quebrado.
O Marcio ficou puto, chamou o recepcionista do
hotel, que não entendeu como podia estar acontecendo aquilo. Parece ter sido de
propósito, pois não tem explicação.
Retrovisor direito quebrado no Hotel
El Rey Palace – La Paz – Bolívia
Chegamos a cogitar em ir até a cidade de Coroico,
distante 106 Km
de La Paz , antes
de seguirmos para o povoado de Sajama.
O acesso a Coroico pode ser feito por duas rodovias:
a primeira, a Rodovia 3, toda asfaltada e segura; a segunda, por uma das 10
estradas mais perigosas do mundo, a Carretera
de la Muerte ,
estreita e cheia de penhascos. Poderíamos ir por uma e retornar pela outra.
Desistimos, pois já passava das 10 h e,
principalmente, porque soubemos que, tanto na ida quanto na volta, teríamos que
enfrentar o estressante trânsito de saída e de chegada a La Paz. Estresse à parte, ficaria
muito tarde para seguirmos até Sajama, distante uns 300 Km de La Paz.
Seguimos, então, para Sajama. Subimos ladeiras
incríveis, seguindo as indicações para o aeroporto de La Paz. Ele fica em El Alto , outra cidade próxima
a La Paz. É a
parte alta ao redor da depressão, de onde avistamos La Paz com suas construções com
tijolo à vista, sem reboco.
Chegamos a 4.000 m de altitude e avistamos toda a Cordilheira Real, abrigando o vale que
está perto La Paz.
Vista de La Paz a partir de El Alto, nas
proximidades do aeroporto - Bolívia
Estava nublado, mas víamos as montanhas nevadas.
Deu trabalho abastecer o carro antes de pagarmos a
estrada. Entramos num Posto YPFB,
estatal boliviana, e o frentista nos disse que não tinha autorização para
vender combustível para estrangeiros.
Achei aquilo um absurdo, mas seguimos para um outro,
mais adiante na estrada, também YPFB.
Foi uma novela! Pagamos o triplo do preço cobrado
para os nativos: Bs. 9,53 (US$ 1,37/R$ 2,82). O Marcio teve que mostrar o
passaporte, anotaram a placa do carro e fizeram um cadastro.
Abastecidos, rodamos uns 22 Km e nos deparamos com uma
manifestação de indígenas na estrada.
Estava presente a polícia equivalente ao nosso BOPE,
tinham coisas queimadas e a maior fila de caminhões e de carros parados. Uma lenha!
Mais uma manifestação que fecha a
rodovia - Bolívia
Manifestantes passando o tempo -
Bolívia
Já era meio-dia e nada acontecia. Decidimos pegar
um atalho à esquerda, por uma estrada de terra que aparecia no GPS e no mapa de
papel.
A estrada de terra nos levou por um visual da Cordilheira Real que ainda não tínhamos
visto.
Paramos para almoçar a 4.300 m de altitude,
admirando a paisagem das montanhas nevadas. Comemos os sanduíches preparados
ontem.
Almoço mais ou menos e uma
paisagem linda - Bolívia
Seguimos pelo atalho e vimos um gavião andino preto,
todo posudo.
Chovia e nevava, o que aumentava ainda mais o frio.
Gavião andino - Bolívia
Estava tudo ótimo enquanto subíamos. Quando
começamos a descer, a estrada estreitou tanto que mal dava para passar o carro.
À direita, e quase escorregando, estava o penhasco.
Estrada estreitíssima, com o
penhasco à nossa direita - Bolívia
Apesar do estresse, o visual era demais!
Nunca me desesperei tanto na vida, pois de fato
estávamos correndo risco de despencar lá embaixo. Deu vontade de chorar.
Desci do carro algumas vezes para orientar o Marcio.
Descemos 1.000 m
ziguezagueando a montanha, borrados, mas ilesos.
Chegamos ao povoado que víamos do alto da serra, Tomosa,
localizada no vale de um rio seco.
Atravessamos pelos pedregulhos do rio até encontrar
de novo a estrada em outro povoado, Sapahaqui.
Cruzando o leito de um rio seco -
Bolívia
Confirmamos a nossa localização com pessoas que
passavam, não confiando muito no GPS, que nos orientava a subir a montanha em
frente à que tínhamos descidol, para voltar para o asfalto.
Nós não queríamos acreditar no que ouvíamos – o GPS
estava correto --, além de ser bem enrolado o jeito como eles falavam.
Quando contávamos por onde tínhamos vindo, eles não
acreditavam e diziam que ali não havia mais estrada. Foi mesmo muita sorte escaparmos
com vida!
Como o GPS estava certo, subimos a tal montanha,
também em ziguezague por 22 Km
até Urmiri, por estrada que ainda margeava o precipício, só que um pouco mais
larga.
Voltamos bem vivos para o asfalto na cidade de Villa
Loza.
Tentamos abastecer novamente, mas havia uma fila
imensa de caminhões que tinham acabado de chegar do bloqueio que contornamos.
Seguimos para Sajama na expectativa de encher o
tanque na volta. Tínhamos rodado apenas 80 Km (em 4 horas), mas com as restrições à
venda de combustível para estrangeiros queríamos nos precaver.
Fomos parados pela polícia por estarmos a 110 Km/h , quando o limite naquele
local era de 80 Km/h .
De nada adiantou eu dizer que também era policial
no Brasil. O sujeito queria encrencar de todo jeito. Ele queria que voltássemos
para Patacamaya, a cidade por onde tínhamos passado há uns 80 Km , para pagar a multa.
Ele forçou a barra até sair US$ 10,00 de propina.
Todo o estresse anterior foi deixado para trás com
os visuais mais belos de mais montanhas e vales. O sol ajudou e compôs o
cenário magnífico.
Chegamos ao Parque
Nacional Sajama junto com o pôr-do-sol.
Magnífico pôr-do-sol no Parque
Nacional Sajama - Bolívia
Não há palavras que possam descrever o visual que
tivemos, com vários vulcões que tinham realmente aparência de vulcão. Avistamos
até vulcões do Chile, já que a fronteira está bem próxima.
Estranhamos a ausência de sinalização, mas vimos
uma que mencionava Sajama a 50 Km .
Antes de chegarmos a Sajama, avistamos uma
caminhonete parada e perguntamos sobre o Ecolodge
Tomarapi, o nosso objetivo.
Para a nossa sorte, a saída do asfalto estava a apenas
1 Km para
a direita, e lá havia uma placa com os dizeres: Tomarapi a 18 Km .
Os nossos olhos brilharam!
Quase chegando para o pernoite no
Ecolodge – Sajama – Bolívia
Já com a noite chegando, deixamos o asfalto e
seguimos pela boa estrada de terra.
Como estávamos mais a oeste no mapa, o pôr-do-sol aconteceu
um pouco mais tarde. Só ocorreu, para a nossa sorte, quase às 19 h.
Achamos o “oásis” Ecolodge Tomarapi e conseguimos vaga. Como não tínhamos reserva,
estávamos preocupados com relação a isso. Felizmente deu certo!
Conseguimos a diária por Bs. 589,90 (US$ 85,00/R$ 174,25), com pensão completa. Barato!
O quarto tem o necessário, com algum conforto.
A temperatura despencou absurdamente com a chegada
na noite e com o vento. Segundo a previsão do tempo, a temperatura mínima para
hoje será de - 6° C. Vamos ver!
O lugar e as pessoas são simpáticos.
Do hotel há visão do Vulcão Sajama, a montanha mais alta da Bolívia, com 6.542 m . Ele não nos parece
tão alto, pois já estamos a 4.300
m . Ainda está nevado, e com o sol incidindo sobre o cume
consegui uma foto fantástica.
Vulcão
Sajama: o mais alto da Bolívia, com 6.542 m , no Parque
Nacional Sajama
O cume nevado do Vulcão
Sajama – Parque Nacional Sajama - Bolívia
Eu consegui fotos inusitadas, que são as mais belas
de fim de tarde que tenho. Foram com os vulcões.
É impressionante a quantidade de nevados aqui!
O quarto ainda é aquecido pela presença de um
pequeno aquecedor a gás. O banho foi com água bem quente. O difícil foi tirar a
roupa.
Às 20 h, jantamos numa sala aconchegante e com
lareira.
Jantar no Ecolodge
Tomarapi – Parque Nacional Sajama - Bolívia
De entrada, comemos sopa de espinafre. O prato principal
foi polpeta de quinoa, bifes de alpaca e legumes cozidos. A sobremesa foi mouse
de morango.
Considerando o ambiente e o clima, acho que foi a
melhor comida da viagem.
Tinham hóspedes belgas e espanhóis, todos com
guias. Só nós estávamos avulsos. Um risco!
Voltamos para o quarto. No trajeto, pegamos um frio
danado.
Este pode não ser o lugar mais desconfortável onde
já fomos, mas é certamente o mais inóspito.
Estamos pregados!
Agora é tentar dormir no local mais alto onde já
pernoitamos: 4.300 m .
Nosso termômetro está marcando 6° C fora do quarto
e 14°C dentro.
Faz um frio absurdo! Estou preparada para dormir
com todos os meus casacos, luvas e ceroulas.
Acréscimos
do Marcio
O preço do combustível
para estrangeiros é de aproximadamente R$ 2,89, valor parecido com o que já
tínhamos pago no Acre. Ou seja, para os nativos é muitíssimo barato.
Fui parado pela polícia,
pois estava a 114 Km/h ,
quando o limite era de 80
Km/h . Após muito lenga-lenga, propuseram a propina e
aceitaram US$ 10,00 para nos liberar. Clênia tentou dar uma carteirada, mas
teve que colocar a viola no saco.
Chegamos ao Ecolodge Tomarapi quase às 19 h. As acomodações são simples,
mas um oásis no meio do deserto, com vista para vulcões e muito, muito frio.
Vamos ficar 2 dias, com pensão completa.
O local é administrado
pela comunidade do povoado Tomarapi. Todos fazem sua parte na hospedagem, desde
a limpeza dos quartos até a cozinha.
A estadia neste lodge é
agendada somente por empresas de turismo, que vendem o pacote para dois dias
por US$ 250,00/pessoa, com a pensão completa. Tentamos contato direto por
telefone, mas não conseguimos nada. Arriscamos e viemos. Deu certo, pois havia
vaga.
No albergue, havia dois
grupos de turistas: 1 casal belga e 1 mulher também belga (ambos com seus guias
e motoristas bolivianos).
Era uma mistura de
idiomas, pois ouvimos os belgas falarem em francês, em um idioma que nos
pareceu alemão e também em espanhol.
37º DIA – 10.10.2012 –
4ª feira
(BOLÍVIA: Parque
Nacional Sajama)
Não dormimos, mas passamos a noite. Era um
desconforto nasal, um frio, imagem seca e falta de ar.
Na madrugada estava – 0,8° C fora do quarto e 13,9°
C dentro.
Nosso termômetro: era muito frio, mesmo! Parque Nacional Sajama - Bolívia
Minha cabeça voltou a doer. Ontem pegamos muita
poeira e a borracha de uma das portas não está vedando bem. Mesmo com o vidro
fechado, tem entrado poeira e o nariz não resiste.
Temos que resistir, pois hoje temos muitas coisas
legais para ver.
Agora entendo porque a cortina da janela do quarto é
tão pequena: é para que vejamos os vulcões. Lindo o visual!
Este hotel faz parte de um projeto do Governo, de
inclusão de jovens em turismo rural. A comunidade administra e trabalha no
hotel.
O café da manhã é bom, mas mesmo assim
complementamos com as bananas e o cereal que trouxemos. Não serviram fruta nem
cereal.
No albergue também estavam um casal belga, com seu
motorista e uma guia, e uma mulher belga, também com seu motorista e guia. Eram
grupos diferentes.
Conversamos com todos. Com uma das guias, descobrimos
que a nova lei dos combustíveis é recente e foi criada para barrar a farra dos
países fronteiriços com o combustível barato.
Ecolodge
Tomarapi: pátio interno dos quartos – Parque
Nacional Sajama - Bolívia
Igrejinha do povoado Tomarapi – Parque Nacional Sajama - Bolívia
Sinalização dentro do parque - Bolívia
Deixamos
o albergue e fomos seguindo o carro de um dos grupos que estava hospedado. Eles
iam passar por Sajama e nós íamos para lá.
O
visual é de babar! A estrada passa entre as montanhas.
Os vulcões Parinacota
e Pomerape vistos do Parque
Nacional Sajama - Bolívia
Estrada que vai para o Chile
Acabamos
seguimos o grupo até o povoado de Tambo Quemado, para abastecer o carro. É a cidade
fronteiriça e havia uma enorme fila de caminhões na aduana.
Abastecendo em Tambo Quemado : última cidade boliviana antes do
Chile
Conseguimos
diesel por Bs. 9,51 (US$ 1,37/R$ 2,81). Para o nativo estava a
Bs. 5,52 (US$ 0,80/R$ 1,63).
Não
pediram o passaporte desta vez.
Decisão presidencial (Evo Morales)
estabelecendo o preço internacional
para o combustível
Despedimo-nos
do grupo que nos guiou até o posto e voltamos para aproveitar o parque.
Vulcão Sajama ao fundo – Parque Nacional Sajama - Bolívia
Os Nevados
Payachatas: vulcões Parinacota (6.342 m ) e Pomerape (6.282 m )
Paramos
num trecho da estrada onde o Vulcão
Sajama fazia um espetacular espelho d’água no lago.
Espelho d’água do Vulcão Sajama
- Bolívia
Lá no horizonte é o Chile
Visual espetacular do Parque Nacional Sajama - Bolívia
Quando
passamos novamente pela entrada do Parque, tivemos que pagar Bs. 30,00/pessoa (US$ 4,32/R$ 8,86). Há uma guarita que controla o trânsito de
pessoas e de carros.
O
caminho que fizemos ontem, direto do asfalto ao Ecolodge Tomarapi, não passa por qualquer controle de acesso. Se
tivéssemos retornado por lá hoje, não pagaríamos tarifa. Há dois acessos ao parque
para quem vem de La Paz.
Fomos
para os gêiseres. Para se chegar lá é preciso passar por dentro do povoado de Sajama.
Paramos
para tirar uma foto da igrejinha do povoado e conhecemos o Nicholas, um
britânico que está viajando de moto desde a Colômbia.
Povoado de Sajama - Bolívia
Marcio e Nicholas no povoado de Sajama - Bolívia
Não
foi muito fácil encontrar o local dos gêiseres, apesar de já estarmos muito
próximos, pois não havia qualquer sinalização. Somente na estrada principal havia
uma placa apontando para o local de saída da pista. A seguinte, ficava num
ponto alto, acima do local de estacionamento.
Quando
chegamos, vimos que era bastante diferente do que estavamos acostumados e
esperando ver: jatos de água muito quente jorrando do solo.
Aqui,
tratava-se de pequenas piscinas, cada uma com água em temperaturas diferentes,
sem o jorro.
Gêiseres do Parque Nacional Sajama – Bolívia
Poços com diferentes colorações e temperaturas - Bolívia
Lá embaixo, na parte plana, estavam os gêiseres de Sajama -
Bolívia
Tirei
toda a roupa, coloquei um biquíni e mergulhei numa delas. Era a menos quente.
Tinham algumas onde a água fervia.
Delícia!!
O Rio Sajama, que circunda os gêiseres,
também é morno.
Saímos
de lá e retornamos em direção ao povoado de Sajama, atravessando três vezes o
raso rio e tendo visuais fantásticos.
Povoado de Sajama e o Vulcão Sajama - Bolívia
Seguimos
para as termas, para tomar mais banho quente.
Da
estrada principal, saímos e seguimos até um estacionamento. Desistimos, pois ainda
teríamos que andar um pouco e não tivemos coragem.
Aqui,
assim como no Brasil, o turismo é feito de forma a dar emprego: a sinalização é
ruim ou inexistente, o que dificulta a vida de quem está sem guia.
Além
disso, no carro tem entrado poeira e o nariz está péssimo para caminhada.
Voltamos
para o hotel, almoçamos uma comida meio ruim, pois o bife estava duro, porém comível.
Todas as refeições têm entrada, prato principal e sobremesa.
Outro vulcão que se vê do Parque Nacional Sajama - Bolívia
Demos
um cochilo, e às 16 horas exploramos algumas atrações do lugar: o Campo Base, onde as pessoas que vão
escalar o Cerro Sajama estacionam
seus carros; e o Bosque de Queñuas.
Atenção: não é a quinoa que comemos, mas, sim, um arbusto
mais alto que só dá em altitude elevada.
Exceto
pela paisagem, achei os dois lugares que fomos nesta tarde um mico.
Alpacas no Parque Nacional Sajama - Bolívia
Voltamos
para o albergue e eu fiz uma limpeza no carro. A poeira dos últimos dias tem
causado problema para a nossa respiração.
Limpei
todas as borrachas, para melhorar a vedação e ver se pára de entrar poeira no
carro.
O
tempo por aqui é bem instável. Virou, e estava ventando muito, com tempestades
de areia. Horrível!
Jantamos
mais um bife duro. O que salva é a sopa que sempre é servida. O prato principal
foi bife com arroz de quinoa e champignon.
Estou
muito cansada!
Por
sorte, consegui uma bolsa de compressa morna com o albergue, o que me melhorou
a dor das costas.
Agora
é dormir no “freezer” novamente.
Amanhã
iremos para Uyuni.
Acréscimos
do Marcio
Dormi mal. Acordava a
toda hora com falta de ar devido à altitude. Estamos a 4.300 m .
Numa das minhas
despertadas, olhei o termômetro que instalei no quarto: estava 0° C fora e 13°
dentro, apesar de o aquecedor a gás estar ligado no máximo.
No café da manhã conversei
com o motorista de um dos grupos sobre localização de posto de combustível e
sobre o fato de na Bolívia cobrarem o triplo do preço para estrangeiros.
Disse-me que estariam
retornando para La Paz
e que eu poderia segui-lo até o povoado de Tambo Quemado, onde havia posto de
combustível. No trajeto, iria apontando as saídas para as atrações locais.
O outro guia (que era
mulher – Maria Rosa), explicou-nos que o preço diferenciado do combustível para
estrangeiros é para tentar inibir o contrabando dele para os países vizinhos,
coisa que estava ocorrendo com freqüência. Não sei se essa é a solução para o
problema.
O inglês que conhecemos
em Sajama (Nicholas) está viajando em uma moto da marca BMW. Ela foi adquirida
recentemente, pois a que veio com ele da Inglaterra quebrou. Ele já está pela
América do Sul há quase 2 anos.
A Clênia perguntou-lhe
de onde vinham os recursos para a viagem. Ele respondeu que às vezes escrevia
alguns artigos para revistas, ou parava por algum tempo em alguma cidade para
ensinar inglês. Juntava dinheiro e seguia viajando.
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