segunda-feira, 10 de junho de 2013

(085) 2012 - Viagem ao Peru, Equador e Bolívia - PERU: DESCENDO PARA NAZCA


28º DIA – 01.10.2012 – 2ª feira

(PERU: Piura - Huarney)

Como é boa a hospedagem no Hotel Río Verde, em Piura! O quarto, o banho, a internet, o café-da-manhã, tudo é ótimo!

Ouvi a rádio CBN pela internet, que hoje faz 22 anos de existência. Como a CBN faz parte do meu cotidiano! Parabéns a toda a equipe.

O tempo estava nublado quando deixamos a cidade, sem bater em nada. A presença dos motokar deixa qualquer um nervoso. Eles parecem um enxame de abelhas vindo para cima do seu carro. Além de incomodarem pela presença física, ainda perturbam com as buzinas. Estas também são irritantes.

Praga peruana: motokar ou mototaxi

Na saída da cidade, o pedal do acelerador do carro começou a prender. Tivemos que tirar toda a bagagem para pegar um lubrificante para a articulação onde fica fixado o cabo.

Resolvidos os problemas, conseguimos sair de Piura após 9 h.

A Rodovia Pan-americana, no trecho de Piura até Chiclayo, é uma reta no meio das dunas que dá até agonia. É um areião só!

Passamos por vários andarilhos religiosos, que carregavam santos e mochilões. Acho que é uma caminhada semelhante à de Santiago de Compostela, na Espanha.

Andarilhos religiosos na Rodovia Pan-americana peruana

O lanche foi dentro do carro mesmo. Comemos as bananas do Equador e a pizza de ontem, da Pizzaria Volentiere. Tudo estava muito bom!

Passamos dentro de Chiclayo na hora do almoço, mas a comida peruana não dá tesão para se considerar uma parada na cidade para isto. Acabou que o almoço foi igual ao lanche.

Perdemos uma hora para atravessar o caótico trânsito, e ainda por cima tinha uma manifestação complicando tudo.

Fomos parados pela polícia, pois o Marcio fez um balão de forma errada. Eu me apresentei como colega deles, da Polícia de Brasília, eles acharam legal e nos liberaram.

Na estrada, estava uma ventania violenta, que trazia areia para o asfalto.

Paramos para almoçar em Trujillo, na Praia de Huanchaco. Comemos as empanadas da Padaria Argoline, à beira-mar e de frente para o pôr-do-sol. Trata-se da melhor empanada de frango do Peru.

Panadería Argoline: na Praia de Huanchaco, a melhor empanada que comemos no Peru

Empanada de frango e creme de morango – Huanchaco – Peru

Praia de Huanchaco – Trujillo – Peru

Já estivemos nesta praia na semana passada (em 21/09), quando testemunhamos um pôr-do-sol perfeito.

Chegamos a pensar em pernoitar aqui, onde há muitos hotéis com preços razoáveis (S/. 180,00/US$ 69,77/R$ 143,02), mas desistimos por  a praia ser mais apropriada para o surf, por estar ventando frio e por ter muito lixo na areia.

Às 16 horas deixamos Trujillo e retomamos nossa jornada para o sul. Desta vez o GPS nos tirou da cidade por fora, e escapamos do trânsito maluco.

Passamos por Chimbote e por Casma à noite, com o rotineiro trânsito difícil.

A poeira é tão grande, que desde que entramos no Peru os espirros voltaram.

Chegamos a Huarmey às 20 h, para pernoitar novamente na Posada Huarmey.

Apesar de haver outros hotéis e de neste permitirem que as pessoas fumem dentro, optamos por ficar por ser na beira da estrada, o que é uma boa opção para quem está viajando.

O café da manhã é bom, mas o Wi-Fi é fraco e não consigo postar fotos no Blog.

A dona deste hotel chama-se a Sylvia, é filha de brasileira e fala português muito bem. Conversamos um pouco. Ela é bem simpática.

Amanhã, continuaremos em direção ao sul e passaremos por Lima outra vez.

Acréscimos do Marcio

No Peru, começaram o deserto e as retas na Pan-americana.
O carro amanheceu com o acelerador prendendo. Foi só pingar o óleo que sobrou do motor para tudo ficar bem. Mas isso não é normal. O pedal do freio também tem amanhecido rangendo.
Em um trevo próximo a Trujillo havia a indicação para seguir à esquerda. Não percebi que era para se virar à esquerda após o trevo e virei antes. Não deu outra: era contramão e a polícia veio atrás e mandou parar.
Já desci do carro me desculpando e explicando a confusão que tinha feito. Eles pediram para ver o SOAT – Seguro Obligatorio de Accidentes de Tránsito. Eu tinha tudo e nada estava incompleto na documentação.
Tudo corria bem na conversação e eles estavam sendo bastante amigáveis e receptivos às minhas desculpas e esclarecimentos. A Clênia, achando que estava demorando muito, desceu do carro e veio ao nosso encontro, já se apresentando como Major da Polícia de Brasília. Eles foram bastante simpáticos e nos liberaram rapidamente.
Quando entramos no acesso da Pan-americana à cidade de Trujillo, passamos por vários locais onde é permitido vazar entulhos de contrução. Eram inúmeros os montes de pedaços de parede, portas e janelas. Havia até empresa que negociava tal material.
A Sylvia, proprietária da pousada em Huarney, é a quarta pessoa com esse nome que conhecemos na viagem.

29º DIA – 02.10.2012 – 3ª feira
(PERU: Huarney - Nazca)

Tomamos o café da manhã na companhia do dono do hotel, o marido da Sylvia. Ele também é simpático e conversamos um pouco.

Deixamos Huarmey rumo a Lima, com objetivo de dormir em Nazca.

Hoje estava bem nublado, mas sem chuva. A temperatura já cai em relação ao norte, pela influência das montanhas geladas nos Andes, logo à nossa esquerda.

O mar contrasta com o bege das dunas. Do Km 259 (Playa El Embudo) até depois do túnel, no Km 251 (Playa Gramadal), vemos praias bonitas para fotos, com ilhas rochosas em frente e muitas aves na areia. Devem ser aves migratórias.

Playa El Embudo: Km 251 da Rodovia Pan-americana - Peru

Hoje é o terceiro dia que fazemos apenas deslocamento. Viajar direto é cansativo, mesmo lendo, ouvindo música, tirando fotos, dormindo, etc. O Marcio então, não sei como agüenta dirigir tanto.

As montanhas de dunas contrastando com o mar e os caminhões que passam quebram a monotonia da estrada.

Montanhas avistadas na Rodovia Pan-americana - Peru

Em Paramonga, avistamos a Fortaleza de Paramonga, que tem aparência de Forte. Daí o nome do rio e da praia próximos.

Fortaleza de Paramonga, às margens da Rodovia Pan-americana - Peru

Logo após Paramonga tem a entrada, à esquerda, para Huaraz, onde fica o Parque Nacional Huascarán, na Cordilheira Branca. Já visitamos tudo na semana passada.

O mar parece nervoso. Não sei se está de ressaca.

Próximo à cidade de Huacho há plantações imensas de morango, e estavam em plena colheita. Apesar de ser na praia, o clima frio ajuda o cultivo. Inacreditavelmente – pois aqui não chove--, pegamos uma garoa.

A estrada rumo a Lima voltou a ser em pista dupla e em excelente estado. Junto com isso, voltamos a pagar pedágios. Pagamos S/. 6,00 (US$ 2,33/R$ 4,77) nas duas primeiras cobranças.

Um pouco antes de Lima, passamos pela Reserva Nacional de Lachay, muito grande e em frente ao mar, nas dunas, com a estrada separando.

Chegamos a Lima às 10h40. Usamos o WC de um Posto Repsol. Eles têm banheiros, mas não têm papel nem sabão.

Passando por Lima, pagamos mais dois pedágios. Um custou S/. 2,50 (US$ 0,97/R$ 1,99) e o outro S/. 3,00 (US$ 1,16/R$ 2,38).

Almoçamos numa cafeteria na estrada, logo depois de Lima, e conversamos bastante com o funcionário Alex sobre o turismo no Peru.

No bate-papo, algumas dicas sobre turismo próximo à capital Lima - Peru

Eu comentei que achava que a estrutura turística ainda tinha que melhorar muito, com o que ele concordou e ainda nos deu sugestão de passeio em uma cordilheira paralela à Cordilheira Branca, onde se localiza o Parque Huascarán: ao Parque Yunachago.

Para se ir lá, passa-se por dentro de Lima, seguindo em direção às cidades de Huancayo, Huánuco e Parque Nacional Tingo María. Seguindo-se mais adiante, chega-se a Pucallpa, a Amazônia peruana.

Eu disse a ele que, caso voltássemos ao Peru, faríamos o trecho sugerido indo-se de avião até Lima e de carro alugado até as atrações.

Demos uma parada em uma cidade pouco antes de Chincha Alta, para visitarmos uma loja que vendia pisco, a cachaça da uva moscatel. Por aqui existem vinícolas à beira da estrada que passa por dentro da cidade.

Provei o pisco e achei horrível de forte. Afinal, são 42° de álcool. Equivale a gradação do uísque. Só dá para tomar quando utilizado na bebida pisco sauer, quando é batido no liquidificador com limão, açúcar, ovo, canela e gelo.

De Lima até Paracas o tempo estava fechado. De Paracas até Nazca o céu estava azul, porém não estava quente.

Faltavam 56 Km para Nazca quando passamos por uma rocha na montanha de duna, na beira da pista, que parecia uma cara, a Cara Del Inca (nome dado por mim). Quase que passamos sem ver.

Cara Del Inca – quase não vimos quando passamos

Há um hábito estranho aqui: os ônibus andam com a tampa do motor aberta.

Para refrigerar melhor o motor (?), andam com a tampa aberta - Peru

Chegamos a Nazca às 18 h. Apesar de termos saído cedo e de quase não termos parado, a viagem não rendeu. Rodamos menos de 700 Km em 10 horas. Isso é porque a estrada passa por dentro de quase todas as cidades no caminho, e elas são muitas. Em todas, o trânsito é horrível!

Pouco antes de Nazca, paramos no Museu Maria Reiche, da estudiosa das famosas Linhas de Nazca. Ela era alemã e se dedicou a pesquisar tudo sobre os misteriosos geoglifos que tornaram o lugar famoso.

Museu próximo à cidade de Nazca - Peru

Boneco da estudiosa alemã Maria Reiche no museu que leva seu nome - Peru

Múmia do Museu Maria Reiche – Nazca - Peru

Nos jardins do museu, vi um pássaro vermelho magnífico.

Pássaro vermelho nos jardins do Museu Maria Reiche – Nazca - Peru

Escolhemos o Hotel Alegria para pernoitar. É completo e ficou por S/. 130,00 (US$ 50,39/R$ 103,29) a diária do casal.

Jantamos no restaurante do Hotel Nazca Lines. O hotel tem 70 anos e faz parte de roteiro histórico da cidade.

Em seguida, e no mesmo local, visitamos o Planetário Maria Reiche, onde é contada a história dos estudos sobre as tais Linhas de Nazca. A exposição durou uma hora.

Algumas das linhas têm relação com posições estelares, solares e lunares; outras, formam desenhos de figuras e de animais (macaco, beija-flor, condor, flamingo e aranha, por exemplo).

Há muita teoria e nenhuma comprovação sobre a origem. A cientista alemã dedicou mais de 50 anos aos estudos dessas linhas, e acabou morrendo em Nazca em 1998, aos 96 anos. Ela morou nesse hotel por 25 anos, até sua morte.

Amanhã o Marcio voará sobre essas linhas. Eu não irei, por não confiar nos aviões. Li sobre alguns acidentes com mortes desses vôos.

É incrível como me dá uma moleza danada quando chego aqui no Peru! É tudo muito sujo e bagunçado! Não há lugar mais empoeirado do que Nazca. No Equador é bem melhor.

 

Acréscimos do Marcio

Fomos servidos no café da manhã pelo marido da Sylvia. Ele nos disse que os avós dela eram embaixadores do Brasil no Peru.
A Pan-americana no Peru cruza uma área desértica, parecida com a do Chile, onde estivemos em 2008.
A salada ceasar que pedi no restaurante do Hotel Nazca Lines foi servida com atum. O garçom achou estranho quando lhe disse que o normal era com frango.
Contratei o passeio de avião para as Linhas de Nazca, que custou US$ 100,00 e sairá às 10 h. Clênia ficou com medo de voar e não quis ir.

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