quarta-feira, 12 de junho de 2013

(090) 2012 - Viagem ao Peru, Equador e Bolívia - BOLÍVIA: DE SAJAMA ATÉ SAN JUAN, VIA POTOSI E SALAR DE UYUNI


38º DIA – 11.10.2012 – 5ª feira
(BOLÍVIA: Parque Nacional Sajama - Potosi)

Nesta noite eu consegui dormir melhor, mas o Marcio, não.

Ontem evitamos tudo que pudesse interferir no sono: não tomamos vinho, chás, nem café. Mesmo assim, ajudou pouco.

Ontem ventou muito e hoje o céu está um pouco nublado, mas não há prejuízo para ver os nevados.

A primeira imagem quando abri o olho foi do Nevado Sajama. Demais!

Deixei para tomar banho depois do Marcio e me lasquei. A água quente estava no fim.

Para não ter que ficar molhada, aguardando ligarem o gás, tratei de acabar logo o banho.

Nunca pensei de pagar um preço tão alto para ver esses cartões postais! Enfrentar um “freezer” 24 horas por dia, ar quase sem umidade, poeira de deserto e 4.300 m de altura. Valeu a pena cada sofrimento!

Para programar a vinda para cá, basta um pernoite apenas e não dois, como fizemos. O que nos prejudicou foi a maldita paralisação da rodovia que saía de La Paz, que nos fez perder toda a tarde com o deslocamento maluco que fizemos.

Basta deixar La Paz após o café, almoçar em Sajama, visitar os gêiseres e as águas termais e seguir para o albergue. Jantar e dormir lá.

No outro dia, deixar o albergue após o café, visitar o Bosque de Queñuas e já voltar para La Paz.

Imperdível é ir até o povoado de Tambo Quemado e passar por um lago onde se vê o Vulcão Sajama refletido em suas águas paradas, como em um espelho. Idêntica vista tem-se dos Vulcões Parinacota e Pomerape.

Aqueles que vêm avulsos, sem o auxílio de uma operadora de turismo, devem ligar diretamente para o Albergue Ecoturístico Tomarape. Os telefones são: fixo 025132515; ou Celular: 74014108.

As agências de La Paz vendem o pacote por US$ 250,00/pessoa, com tudo incluído (transporte, hospedagem e alimentação). Há um site com todas as informações, inclusive o e-mail para a reserva.

Tomamos café e deixamos o hotel antes das 9 horas. O frio que faz é tão grande que os sanduíches, sucos e águas que ficam no carro permanecem sempre gelados.

Comi um sanduíche que fiz há 3 dias, sem o menor receio. Estava ótimo!

A água nas nossas garrafas é gelada como a de um freezer. Para mim, que não gosto de água gelada, fica difícil.

Fomos parados pela polícia que, com prancheta na mão, procurou nos prejudicar de todo jeito, mas não deu. Estávamos com tudo certo.

Chegamos a Patacamaya, uma cidade à beira da estrada que vai de La Paz para Oruro. Paramos para abastecer, mas não tinha energia nem cidade nem na região. Havia a maior fila de carros e caminhões. Todos aguardando a volta da energia para comprar combustível.

Aqui existe problema de abastecimento de combustível até para os nativos.

Aproveitamos a parada no posto de combustível de Patacamaya e tiramos a poeira do carro com a mangueira de água deles.

Praticamente a cada 20 Km tem um pedágio. Dependendo do destino final, a tarifa varia.

Mais uma praça de pedágio na estrada de La Paz para Oruro - Bolívia

Por tudo que vemos aqui, parece que estamos em um país comunista. Há controle para tudo. É um inferno! Eu imagino como deve ser viajar de carro pela Venezuela!

Entre Patacamaya e Caracolo fomos parados de novo pela polícia. Desta vez eles estavam com radar e queriam que estivéssemos a 35 Km/h, por estarmos passando por um povoado.

O policial desconversou até conseguir 50% do valor da multa, Bs. 100,00 (US$ 14,41/R$ 29,54). Dei a ele uma cédula de US$ 10 e outra de Bs. 10,00 (US$ 1,44/R$ 2,95). Ele ainda pediu discrição na entrega do dinheiro! Um absurdo!

Assim como no Peru, a população canina ao longo das estradas de asfalto ou de terra é imensa. Dá até medo de ter que encará-los nas paradas para o xixi.

Finalmente, conseguimos diesel em Oruro. Mesmo cobrando Bs. 9,51 pelo litro (US$ 1,37/R$ 2,81), o frentista tem má-vontade com estrangeiros.

Novamente, aproveitamos a parada no posto para almoçarmos. Comemos nosso sanduíche de três dias atrás, com suco de laranja da marca Ades.

Aqui consegue ser pior que o Peru! Não há lugar que te encoraje a comer.

Em Huari, na estrada para Potosi, fomos parados pela polícia e pelo exército. Devem ter ocorrido mais manifestações, pois tinham coisas queimadas na pista.

Eles estavam fortemente armados, fizeram as perguntas de sempre e nos deixaram ir.

Há duas opções de caminhos de Huari para Uyuni. Optamos pela que passa em Potosi, mesmo sendo mais longe, pois é por asfalto.

Gastamos o dia inteiro no trecho de Sajama a Potosi, passando por curvas perigosas e por pedágios que cobram por trecho, tendo que se apresentar o recibo do pagamento anterior.

Não existe tabela escrita com as tarifas, nem lugar decente (banheiros e refeitórios) para os funcionários (caixas e policiais) e para os usuários  utilizarem. Isso sem contar os pedintes que nos abordam a cada parada.

Chegamos a Potosi às 18 horas. Bem na hora do rush.

Abastecemos num posto onde o Marcio teve que ficar procurando e insistindo com o frentista para que fizesse o trabalho dele conosco. Eles têm sido bem antipáticos. Parece que é um favor o atendimento.

O hotel escolhido foi o Coloso Potosi, o melhor e, portanto, mais caro. Foi indicação do Guia de Viagem (Guia do Viajante Independente – América do Sul). Antes deste, entrei no Hotel Claudia, mas o cheiro de fumo era horrível. Além disso, o quarto era ruim.

O Hotel Coloso de Potosi é bom e oferece conforto. Tem tudo que há de normal num hotel, inclusive Wi-Fi no quarto. Pagamos Bs. 680,12 (US$ 98,00/R$ 200,90) pelo pernoite.

Jantamos pizza no El Pizzarron, próximo ao hotel.

Havia tanta gente disputando espaço com os carros nas ruas que dava até agonia!

Potosi é uma cidade histórica. Aqui há uma mina para visitação, mas não faremos.

Amanhã seguiremos para a cidade de Uyuni.

 
Acréscimos do Marcio

Mais um dia de estrada. Fomos parados novamente, agora a 104 Km/h passando por um povoado onde a máxima regulamentar era de 35 Km/h. Lá se foram mais US$ 10,00 + Bs.10,00.
Enquanto o policial “conversava” conosco, diversos outros veículos passaram na mesma velocidade que estávamos antes, e nada era feito com eles. A placa estrangeira do nosso carro atraía a atenção de todas as “autoridades” bolivianas.
É uma dificuldade comprar combustível na Bolívia. Além da costumeira falta, as filas nos postos são sempre grandes. Após todo esse sacrifício, ainda pagamos aproximadamente o triplo do preço cobrado para os bolivianos.
A Bolívia que conhecemos até aqui parece Cuba, com tanta gente uniformizada que vemos tomando conta ou fiscalizando alguma coisa.
Potosi lembrou-me muito a cidade mineira de Ouro Preto, com muitos estudantes transitando e com as ruas estreitas, em ladeiras, e sempre cheias de gente.

39º DIA – 12.10.2012 – 6ª feira

(BOLÍVIA: Potosi – Salar de Uyuni - San Juan)

Potosi é uma cidade histórica, tombada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Segundo informações do hotel onde ficamos, trata-se da cidade mais alta do mundo, situada a 4.600 m de altitude. Pesquisei no Google e encontrei-a como a segunda mais alta.

O fato é que dormimos a 4.060 m (posição no GPS). Desse jeito, dormindo há vários dias acima dos 4.000 m, estamos aclimatados para subir qualquer montanha com 5.000 m.

Potosi: Patrimônio da Humanidade, situada a 4.600 m de altitude - Bolívia

Potosi: ruas estreitas que muito lembram as de Ouro Preto (MG), no Brasil

O hotel tem tudo bom, mas o Wi-Fi do quarto 304 não presta. Ontem tive que descer ao hall de entrada, onde o sinal estava ótimo, para postar o Blog.

Enquanto eu estava lá, um hóspede engraçadinho começou a tocar gaita ali no espaço da entrada do hotel, às 22 h.

Como o funcionário não fez nada, eu é que falei com o sujeito que aquilo era um hotel e que já era tarde para aquele barulho todo. O cara irou e disse que eu não tinha educação, etc. Parei de dar bola para ele e o assunto acabou.

Incrível isso! O bom senso do cidadão era zero!

Voltando para hoje, tomamos um bom café dá manhã no sistema de buffet.

Às 8 horas deixamos o hotel rumo à cidade de Uyuni que beira o Salar de Uyuni.

Assim que caímos na estrada, nos deparamos com uma praça de pedágio. Pagamos Bs. 10,00 (US$ 1,44/R$ 2,95). O que já havíamos pago no trecho anterior não diminuiu em nada o valor, como anteriormente vinha acontecendo.

Em todo local de pedágio está a polícia controlando tudo. O policial nos parou, anotou o nome do Marcio e pediu a carteira de motorista. O governo controla tudo!

A estrada de 200 Km até Uyuni é rica em curvas e em formações rochosas, como o Cânion De Las Rocas, onde (na minha interpretação) há uma pedra no formato de uma senhora de coque.

Muito lindo o lugar!

Estrada de Potosi para Uyuni - Bolívia

Segundo a Clênia, pedra em forma de uma senhora de coque – Cânion de las Rocas - Bolívia

Ainda no Cânion de las Rocas – Bolívia

Registro da Carretera 5, no caminho para Uyuni - Bolívia

Vimos bofedales (pastagens úmidas do deserto) com gramínea e água, reduto de lhamas, alpacas e vacas. Além disso, vimos cactos gigantes, rios de sal e muitas montanhas.

Bofedales imensos, com gramíneas - Bolívia

Clênia e um cardone (cacto) gigante - Bolívia

Lavando as mãos em um aqueduto - Bolívia

Chegamos a Uyuni ao meio-dia, e de cara enfrentamos uma fila de caminhões para abastecer.

Ainda demos sorte por ser diesel o nosso combustível, pois a fila para a gasolina estava bem maior. Mas tinha acabado o diesel!

Enquanto esperávamos a chegada do nosso combutível (disseram que em 30 min chegaria), fomos a uma agência de turismo conversar sobre a travessia do Salar. Obtivemos um mapa e informações sobre as atrações existentes lá e na Reserva Nacional onde fica localizada a Laguna Colorada.

Descobrimos que vendem pacotes de um a três dias, e que se tem que planejar bem a questão do combustível, pois não há postos de abastecimento em todo o percurso.

Tentamos comprar diesel em outro posto da cidade, mas disseram que estavam proibidos de vender para placas estrangeiras. Quase o inferno!!

Voltamos para o primeiro posto, encaramos uma hora de fila, mas fomos atendidos.

Enchemos o tanque (70 litros) e colocamos outros 15 litros em um galão que o Marcio trouxe para ser usado neste trecho.

Antes de deixarmos a cidade, compramos bananas, pão e mortadela numa feira que parecia fantasma. A mortadela não estava em refrigeração, pois o lugar é bem frio. Achei isso interessante!

Saímos da cidade de Uyuni em direção ao povoado de Colchani, distante 20 Km.

Próximo a Colchani (2 Km), e ainda fora do Salar, visitamos um hotel de sal.

Hotel de sal próximo ao povoado de Colchani - Bolívia

Tudo é feito de sal, desde os tijolos até os móveis - Uyuni - Bolívia

Tudo é feito de sal, desde os tijolos até os móveis – Uyuni - Bolívia
Vista do acesso aos quartos

Para o contexto, podemos dizer que os quartos são luxuosos

É incrível, mas tudo é feito com sal!

O hotel é bem transado e aconchegante. No meio do nada, tem calefação e toda estrutura para tornar a estadia agradável. E a diária não custa um absurdo: US$ 100,00 para o casal.

Finalmente, partimos para o Salar de Uyuni.

O movimento de carros é intenso no Salar de Uyuni - Bolívia

Rodamos mais 8 Km e chegamos ao Museu do Sal, onde anteriormente funcionava um hotel.

Hoje existe lá um café e um bar, além de uma loja de artesanatos feitos com blocos de sal extraídos do Salar.

Museu do Sal, mas também é um café e bar

Em frente, há um espaço onde estão em exibição bandeiras de vários países.

Bandeiras de vários países. Lindo o contraste com o céu azul! Salar de Uyuni - Bolívia

Aproveitamos para pegar informações com um guia autônomo que esperava seus turistas italianos visitarem o Museu do Sal.

Ele nos deu dicas preciosas. Uma delas, a Isla Incahuasi ou Isla del Pescado.

Clênia obtendo informações: “basta seguir em direção àquela montanha no horizonte...”

Eles iam para o Vulcão Tunupa. Dormirão lá e amanhã seguirão para o mesmo destino nosso, a Laguna Colorada, em direção ao Chile.

Por aqui não vemos carros que não sejam 4x4. E todos de operadoras de turismo. Somente nós estávamos sós.

Viajem um pouco nas fotos do Salar de Uyuni!

Parece não ter fim: são 12.000 Km2 a 3.800 m de altitude. Fantástico!!!! – Bolívia

Chegando à Isla Incahuasi (ou Isla del Pescado) – Salar de Uyuni - Bolívia

Na Isla Incahuasi: registro da nossa presença no Salar de Uyuni - Bolívia

Mapa do Salar de Uyuni com suas atrações - Bolívia

Mapa do  de Uyuni com suas atrações - Bolívia
A Isla Incahuasi (ou Isla del Pescado) é um oásis naquele mar de sal. A sensação é mesmo a de estarmos no mar e avistarmos ilhas. Trata-se de um pedaço de terra no meio do Salar.

Quando chegamos, havia vários carros 4x4 iguais ao nosso. Era gente do mundo todo.

“Estacionamento” de 4x4 na Isla Incahuasi. Visão fantástica do Salar de Uyuni - Bolívia

Na ilha existem inúmeros cardones (cactos), que crescem a passo de tartaruga.

Olha o tamanho deste cardone! Isla IncahuasiSalar de Uyuni - Bolívia

A mesa é feita de sal. Isla IncahuasiSalar de Uyuni - Bolívia

Pelo avançado da hora, não visitamos a ilha, mas tivemos noção do que há nela. Vimos vários pássaros. Incrível!

Incrivelmente, há vida no meio daquele deserto de sal

Quando nos dirigíamos ao nosso carro, alguém nos abordou para perguntar se éramos brasileiros. Era uma brasileira de Minas Gerais, que estava num pacote a partir do Chile.

Seguimos para a Ilha do Pescador, 24 Km adiante.

Ilha do Pescador, segunda ilha do Salar de Uyuni - Bolívia

Chegamos lá, tiramos fotos e constatamos a existência de corais junto com lavas.

Mais cardones (cactos) gigantes na Ilha do PescadorSalar de Uyuni – Bolívia

Corais e lavas, a 3.800 m de altitude – Salar de Uyuni - Bolívia

Imensidão de sal! Vista a partir da Ilha do PescadorSalar de Uyuni - Bolívia

De lá, seguindo orientação de guias locais, achamos o caminho que nos levaria para a saída do Salar, no sentido do povoado de San Juan.

Em determinado momento ficamos com dúvidas quanto à correção do caminho que escolhemos, mas um grupo de trabalhadores nos orientou a acharmos a trilha certa. Com isso, evitamos rodar por lugares sob risco de afundar em buracos molhados.

Os trabalhadores estavam produzindo tijolos de sal. Para isso, basta recortar o solo no tamanho desejado.

Eles, assim como muitas pessoas no Peru e no Equador, usavam no dente um revestimento de metal e mascavam um tufo de folhas de coca.

Mais dicas valiosas para a saída do Salar - Bolívia

Produção de tijolos de sal – Salar de Uyuni - Bolívia

Tudo plano, salgado e imenso – Salar de Uyuni - Bolívia

Fizemos como recomendado e logo achamos o caminho que margeava uma montanha grande e finalizava na estrada de terra que nos levaria a San Juan.

Essa estrada de terra era péssima, com costelinhas e com pedras. Andávamos a 30 Km/h.

Pelo menos pegamos fim de tarde no Salar!

Fim de tarde colorido no branco do Salar de Uyuni - Bolívia

Logo que deixamos o Salar, pusemos o diesel do galão no tanque (15 litros) e seguimos pelo outro lado. Já não avistávamos mais a imensidão branca.

Chegamos ainda com dia ao povoado Colcha K. Tomamos informações com um senhor, que também estava mascando coca e seguimos para San Juan.

Nessa altura, a noite chegou e o estresse também. O pára-brisa sujo, com o reflexo de fim de tarde, atrapalhava a visão dos buracos.

Chegamos a San Juan antes das 20 horas e achamos um oásis: o Hostal Magia de San Juan.

Com quartos confortáveis, ficamos bem instalados. Demos a maior sorte! Pagamos Bs. 416,50 (US$ 60,00/R$ 123,03) pelo pernoite.

O problema desses hotéis menores é o aquecimento da água do banho. Quase nunca está no ponto de uso. Eles ligam o gás quando o hóspede chega, e demora um tempo para esquentar. Esperamos 40 minutos para tomar banho.

O hostal se parecia com um pub inglês.

Jantamos salada com peito de frango e sopa de legumes.

Jantar delicioso e ambiente aconchegante – San Juan - Bolívia

Ambientes bem transados do Hostal Magia de San Juan - Bolívia

Milanesa de frango com salada e batatas – Hostal Magia de San Juan - Bolívia

Estava tudo ótimo! Bebemos vinho boliviano: Campos de Solana, das uvas Cabernet Sauvignon, de 2011, com 13,8% de álcool.

O vinho do nosso jantar no Hostal Magia de San Juan - Bolívia

Não foi possível apreciar muito o vinho, pois a taça era de bojo pequeno. O pouco que senti, parecia amadeirado e frutado.

A sala do jantar é na penumbra, o que me dá agonia.

Enquanto esperava a comida ser servida, preparei sanduíches para amanhã. Com a penumbra, cortei o dedo.

San Juan está a “apenas” 3.800 m de altitude, e será moleza dormir.

Acréscimos do Marcio

A estrada de Potosi para Uyuni é nova e a paisagem no caminho linda.
Quando se está quase chegando à cidade de Uyuni, avista-se o Salar de Uyuni do alto. Lindíssimo!
A cidade possui três postos de combustível, mas somente 1 vende para estrangeiros (viu como se parece com Cuba!?). Neste, o diesel tinha acabado, mas chegaria em 30 min. Havia uma fila imensa, que muito lembrava os tempos de racionamento no Brasil.
Depois que tomamos conhecimento dessa limitação quanto ao combustível, fiquei inseguro em deixar o tanque baixar muito e não encontrar local que vendesse diesel para estrangeiros.
Sempre que passávamos por algum posto, eu entrava. Se ele fosse dos que abastecia veículos estrangeiros, eu enchia o tanque, mesmo se tivesse gasto apenas 10 litros. Queria estar sempre com ele cheio.
Compramos mais água, pão, mortadela, suco e bananas, para comermos durante nossa travessia até o Chile.
O salar é totalmente plano e imenso. Pode-se acelerar e fechar os olhos, pois não há nada pela frente. Sentimos como se estivéssemos em um barco, no mar, pois as referências fixas ou inexistem ou estão no horizonte.
Rodamos 180 Km dentro do salar. Da sua borda até o povoado de San Juan, onde pernoitamos, foi um sacrifício, pois a estrada estava uma merda. O carro trepidava tanto que a bagagem até se deslocava. Havia momentos que até andava de lado.
Vale registrar: o nome “completo” do povoado onde dormimos hoje é San Juan del Rosário.
O carro está ainda mais imundo. Parece que passaram cola na lataria e jogaram areia. Espero conseguir lavá-lo quando chegarmos ao Chile.

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