38º DIA – 11.10.2012 – 5ª feira
(BOLÍVIA: Parque
Nacional Sajama - Potosi)
Nesta
noite eu consegui dormir melhor, mas o Marcio, não.
Ontem
evitamos tudo que pudesse interferir no sono: não tomamos vinho, chás, nem
café. Mesmo assim, ajudou pouco.
Ontem
ventou muito e hoje o céu está um pouco nublado, mas não há prejuízo para ver
os nevados.
A
primeira imagem quando abri o olho foi do Nevado
Sajama. Demais!
Deixei
para tomar banho depois do Marcio e me lasquei. A água quente estava no fim.
Para
não ter que ficar molhada, aguardando ligarem o gás, tratei de acabar logo o
banho.
Nunca
pensei de pagar um preço tão alto para ver esses cartões postais! Enfrentar um “freezer”
24 horas por dia, ar quase sem umidade, poeira de deserto e 4.300 m de altura. Valeu a
pena cada sofrimento!
Para
programar a vinda para cá, basta um pernoite apenas e não dois, como fizemos. O
que nos prejudicou foi a maldita paralisação da rodovia que saía de La Paz , que nos fez perder toda a
tarde com o deslocamento maluco que fizemos.
Basta
deixar La Paz após
o café, almoçar em Sajama, visitar os gêiseres e as águas termais e seguir para
o albergue. Jantar e dormir lá.
No
outro dia, deixar o albergue após o café, visitar o Bosque de Queñuas e já voltar para La Paz.
Imperdível
é ir até o povoado de Tambo Quemado e passar por um lago onde se vê o Vulcão Sajama refletido em suas águas
paradas, como em um espelho. Idêntica vista tem-se dos Vulcões Parinacota e Pomerape.
Aqueles
que vêm avulsos, sem o auxílio de uma operadora de turismo, devem ligar
diretamente para o Albergue Ecoturístico
Tomarape. Os telefones são: fixo 025132515; ou Celular: 74014108.
As
agências de La Paz
vendem o pacote por US$ 250,00/pessoa, com tudo incluído (transporte,
hospedagem e alimentação). Há um site com todas as informações, inclusive o e-mail
para a reserva.
Tomamos
café e deixamos o hotel antes das 9 horas. O frio que faz é tão grande que os
sanduíches, sucos e águas que ficam no carro permanecem sempre gelados.
Comi
um sanduíche que fiz há 3 dias, sem o menor receio. Estava ótimo!
A
água nas nossas garrafas é gelada como a de um freezer. Para mim, que não gosto
de água gelada, fica difícil.
Fomos
parados pela polícia que, com prancheta na mão, procurou nos prejudicar de todo
jeito, mas não deu. Estávamos com tudo certo.
Chegamos
a Patacamaya, uma cidade à beira da estrada que vai de La Paz para Oruro. Paramos para
abastecer, mas não tinha energia nem cidade nem na região. Havia a maior fila
de carros e caminhões. Todos aguardando a volta da energia para comprar
combustível.
Aqui
existe problema de abastecimento de combustível até para os nativos.
Aproveitamos
a parada no posto de combustível de Patacamaya e tiramos a poeira do carro com
a mangueira de água deles.
Praticamente
a cada 20 Km
tem um pedágio. Dependendo do destino final, a tarifa varia.
Mais uma praça de pedágio na estrada de La Paz para Oruro - Bolívia
Por
tudo que vemos aqui, parece que estamos em um país comunista. Há controle para
tudo. É um inferno! Eu imagino como deve ser viajar de carro pela Venezuela!
Entre
Patacamaya e Caracolo fomos parados de novo pela polícia. Desta vez eles
estavam com radar e queriam que estivéssemos a 35 Km/h , por estarmos
passando por um povoado.
O
policial desconversou até conseguir 50% do valor da multa, Bs. 100,00 (US$ 14,41/R$ 29,54). Dei a ele uma cédula de US$ 10 e outra de Bs.
10,00 (US$ 1,44/R$ 2,95). Ele ainda pediu
discrição na entrega do dinheiro! Um absurdo!
Assim
como no Peru, a população canina ao longo das estradas de asfalto ou de terra é
imensa. Dá até medo de ter que encará-los nas paradas para o xixi.
Finalmente,
conseguimos diesel em Oruro.
Mesmo cobrando Bs. 9,51 pelo litro (US$ 1,37/R$ 2,81), o frentista tem má-vontade com estrangeiros.
Novamente,
aproveitamos a parada no posto para almoçarmos. Comemos nosso sanduíche de três
dias atrás, com suco de laranja da marca Ades.
Aqui
consegue ser pior que o Peru! Não há lugar que te encoraje a comer.
Em Huari,
na estrada para Potosi, fomos parados pela polícia e pelo exército. Devem ter ocorrido
mais manifestações, pois tinham coisas queimadas na pista.
Eles
estavam fortemente armados, fizeram as perguntas de sempre e nos deixaram ir.
Há duas
opções de caminhos de Huari para Uyuni. Optamos pela que passa em Potosi, mesmo
sendo mais longe, pois é por asfalto.
Gastamos
o dia inteiro no trecho de Sajama a Potosi, passando por curvas perigosas e por
pedágios que cobram por trecho, tendo que se apresentar o recibo do pagamento
anterior.
Não
existe tabela escrita com as tarifas, nem lugar decente (banheiros e
refeitórios) para os funcionários (caixas e policiais) e para os usuários utilizarem. Isso sem contar os pedintes que
nos abordam a cada parada.
Chegamos
a Potosi às 18 horas. Bem na hora do rush.
Abastecemos
num posto onde o Marcio teve que ficar procurando e insistindo com o frentista
para que fizesse o trabalho dele conosco. Eles têm sido bem antipáticos. Parece
que é um favor o atendimento.
O
hotel escolhido foi o Coloso Potosi,
o melhor e, portanto, mais caro. Foi indicação do Guia de Viagem (Guia do Viajante Independente – América do
Sul). Antes deste, entrei no Hotel
Claudia, mas o cheiro de fumo era horrível. Além disso, o quarto era ruim.
O Hotel Coloso de Potosi é bom e oferece
conforto. Tem tudo que há de normal num hotel, inclusive Wi-Fi no quarto. Pagamos Bs. 680,12 (US$
98,00/R$ 200,90)
pelo pernoite.
Jantamos
pizza no El Pizzarron, próximo ao
hotel.
Havia
tanta gente disputando espaço com os carros nas ruas que dava até agonia!
Potosi
é uma cidade histórica. Aqui há uma mina para visitação, mas não faremos.
Amanhã
seguiremos para a cidade de Uyuni.
Acréscimos
do Marcio
Mais um dia de estrada.
Fomos parados novamente, agora a 104 Km/h passando por um povoado onde a máxima
regulamentar era de 35 Km/h .
Lá se foram mais US$ 10,00 + Bs.10,00.
Enquanto o policial
“conversava” conosco, diversos outros veículos passaram na mesma velocidade que
estávamos antes, e nada era feito com eles. A placa estrangeira do nosso carro
atraía a atenção de todas as “autoridades” bolivianas.
É uma dificuldade
comprar combustível na Bolívia. Além da costumeira falta, as filas nos postos são
sempre grandes. Após todo esse sacrifício, ainda pagamos aproximadamente o
triplo do preço cobrado para os bolivianos.
A Bolívia que conhecemos
até aqui parece Cuba, com tanta gente uniformizada que vemos tomando conta ou
fiscalizando alguma coisa.
Potosi lembrou-me muito a
cidade mineira de Ouro Preto, com muitos estudantes transitando e com as ruas
estreitas, em ladeiras, e sempre cheias de gente.
39º DIA – 12.10.2012 – 6ª
feira
(BOLÍVIA: Potosi
– Salar de Uyuni - San Juan)
Potosi
é uma cidade histórica, tombada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Segundo
informações do hotel onde ficamos, trata-se da cidade mais alta do mundo,
situada a 4.600 m
de altitude. Pesquisei no Google e
encontrei-a como a segunda mais alta.
O
fato é que dormimos a 4.060
m (posição no GPS). Desse jeito, dormindo há vários dias
acima dos 4.000 m ,
estamos aclimatados para subir qualquer montanha com 5.000 m .
Potosi: Patrimônio da Humanidade, situada a 4.600 m de altitude -
Bolívia
Potosi: ruas estreitas que muito lembram as de Ouro Preto
(MG), no Brasil
O
hotel tem tudo bom, mas o Wi-Fi do
quarto 304 não presta. Ontem tive que descer ao hall de entrada, onde o sinal
estava ótimo, para postar o Blog.
Enquanto
eu estava lá, um hóspede engraçadinho começou a tocar gaita ali no espaço da
entrada do hotel, às 22 h.
Como
o funcionário não fez nada, eu é que falei com o sujeito que aquilo era um
hotel e que já era tarde para aquele barulho todo. O cara irou e disse que eu
não tinha educação, etc. Parei de dar bola para ele e o assunto acabou.
Incrível
isso! O bom senso do cidadão era zero!
Voltando
para hoje, tomamos um bom café dá manhã no sistema de buffet.
Às 8
horas deixamos o hotel rumo à cidade de Uyuni que beira o Salar de Uyuni.
Assim
que caímos na estrada, nos deparamos com uma praça de pedágio. Pagamos Bs.
10,00 (US$ 1,44/R$ 2,95). O que já havíamos pago
no trecho anterior não diminuiu em nada o valor, como anteriormente vinha acontecendo.
Em
todo local de pedágio está a polícia controlando tudo. O policial nos parou, anotou
o nome do Marcio e pediu a carteira de motorista. O governo controla tudo!
A
estrada de 200 Km
até Uyuni é rica em curvas e em formações rochosas, como o Cânion De Las Rocas, onde (na minha interpretação) há uma pedra no
formato de uma senhora de coque.
Muito
lindo o lugar!
Estrada de Potosi para Uyuni - Bolívia
Segundo a Clênia, pedra em forma de uma
senhora de coque – Cânion de las Rocas
- Bolívia
Ainda no Cânion de las Rocas –
Bolívia
Registro da Carretera 5, no caminho para Uyuni - Bolívia
Vimos
bofedales (pastagens úmidas do
deserto) com gramínea e água, reduto de lhamas, alpacas e vacas. Além disso,
vimos cactos gigantes, rios de sal e muitas montanhas.
Bofedales imensos, com gramíneas - Bolívia
Clênia e um cardone (cacto) gigante - Bolívia
Lavando as mãos em um aqueduto - Bolívia
Chegamos
a Uyuni ao meio-dia, e de cara enfrentamos uma fila de caminhões para
abastecer.
Ainda
demos sorte por ser diesel o nosso combustível, pois a fila para a gasolina estava
bem maior. Mas tinha acabado o diesel!
Enquanto
esperávamos a chegada do nosso combutível (disseram que em 30 min chegaria),
fomos a uma agência de turismo conversar sobre a travessia do Salar. Obtivemos um mapa e informações
sobre as atrações existentes lá e na Reserva
Nacional onde fica localizada a Laguna
Colorada.
Descobrimos
que vendem pacotes de um a três dias, e que se tem que planejar bem a questão
do combustível, pois não há postos de abastecimento em todo o percurso.
Tentamos
comprar diesel em outro posto da cidade, mas disseram que estavam proibidos de
vender para placas estrangeiras. Quase o inferno!!
Voltamos
para o primeiro posto, encaramos uma hora de fila, mas fomos atendidos.
Enchemos
o tanque (70 litros )
e colocamos outros 15
litros em um galão que o Marcio trouxe para ser usado neste
trecho.
Antes
de deixarmos a cidade, compramos bananas, pão e mortadela numa feira que parecia
fantasma. A mortadela não estava em refrigeração, pois o lugar é bem frio. Achei
isso interessante!
Saímos
da cidade de Uyuni em direção ao povoado de Colchani, distante 20 Km .
Próximo
a Colchani (2 Km ),
e ainda fora do Salar, visitamos um hotel de sal.
Hotel de sal próximo ao povoado de Colchani - Bolívia
Vista do acesso aos quartos
Para o contexto, podemos dizer que os quartos são luxuosos
É
incrível, mas tudo é feito com sal!
O
hotel é bem transado e aconchegante. No meio do nada, tem calefação e toda
estrutura para tornar a estadia agradável. E a diária não custa um absurdo: US$
100,00 para o casal.
Finalmente,
partimos para o Salar de Uyuni.
O movimento de carros é intenso no Salar de Uyuni - Bolívia
Rodamos
mais 8 Km
e chegamos ao Museu do Sal, onde
anteriormente funcionava um hotel.
Hoje
existe lá um café e um bar, além de uma loja de artesanatos feitos com blocos
de sal extraídos do Salar.
Museu do Sal, mas também é um café e bar
Em
frente, há um espaço onde estão em exibição bandeiras de vários países.
Bandeiras de vários países. Lindo o
contraste com o céu azul! Salar de Uyuni - Bolívia
Aproveitamos
para pegar informações com um guia autônomo que esperava seus turistas
italianos visitarem o Museu do Sal.
Ele
nos deu dicas preciosas. Uma delas, a Isla
Incahuasi ou Isla del Pescado.
Clênia obtendo informações: “basta
seguir em direção àquela montanha no horizonte...”
Eles
iam para o Vulcão Tunupa. Dormirão lá
e amanhã seguirão para o mesmo destino nosso, a Laguna Colorada, em direção ao Chile.
Por
aqui não vemos carros que não sejam 4x4. E todos de operadoras de turismo.
Somente nós estávamos sós.
Viajem
um pouco nas fotos do Salar de Uyuni!
Parece não ter fim: são 12.000 Km2 a 3.800 m de altitude.
Fantástico!!!! – Bolívia
Chegando à Isla
Incahuasi (ou Isla del Pescado) – Salar
de Uyuni - Bolívia
Na Isla
Incahuasi: registro da nossa presença no Salar
de Uyuni - Bolívia
Mapa do Salar de Uyuni com suas atrações - Bolívia
Quando
chegamos, havia vários carros 4x4 iguais ao nosso. Era gente do mundo todo.
“Estacionamento” de 4x4 na Isla
Incahuasi. Visão fantástica do Salar
de Uyuni - Bolívia
Na
ilha existem inúmeros cardones (cactos), que crescem a passo de tartaruga.
Olha o tamanho deste cardone! Isla
Incahuasi – Salar de Uyuni - Bolívia
A mesa é feita de sal. Isla
Incahuasi – Salar de Uyuni - Bolívia
Pelo
avançado da hora, não visitamos a ilha, mas tivemos noção do que há nela. Vimos
vários pássaros. Incrível!
Incrivelmente, há vida no meio daquele deserto de sal
Quando
nos dirigíamos ao nosso carro, alguém nos abordou para perguntar se éramos
brasileiros. Era uma brasileira de Minas Gerais, que estava num pacote a partir
do Chile.
Seguimos
para a Ilha do Pescador, 24 Km adiante.
Ilha do Pescador, segunda ilha do Salar de Uyuni - Bolívia
Chegamos
lá, tiramos fotos e constatamos a existência de corais junto com lavas.
Mais cardones (cactos) gigantes na Ilha do Pescador – Salar de Uyuni – Bolívia
Corais e lavas, a 3.800 m de altitude – Salar de Uyuni - Bolívia
Imensidão de sal! Vista a partir da Ilha do Pescador – Salar de Uyuni - Bolívia
De
lá, seguindo orientação de guias locais, achamos o caminho que nos levaria para
a saída do Salar, no sentido do povoado de San Juan.
Em
determinado momento ficamos com dúvidas quanto à correção do caminho que
escolhemos, mas um grupo de trabalhadores nos orientou a acharmos a trilha
certa. Com isso, evitamos rodar por lugares sob risco de afundar em buracos
molhados.
Os
trabalhadores estavam produzindo tijolos de sal. Para isso, basta recortar o
solo no tamanho desejado.
Eles,
assim como muitas pessoas no Peru e no Equador, usavam no dente um revestimento
de metal e mascavam um tufo de folhas de coca.
Mais dicas valiosas para a saída do Salar - Bolívia
Produção de tijolos de sal – Salar de Uyuni - Bolívia
Tudo plano, salgado e imenso – Salar de Uyuni - Bolívia
Fizemos
como recomendado e logo achamos o caminho que margeava uma montanha grande e
finalizava na estrada de terra que nos levaria a San Juan.
Essa
estrada de terra era péssima, com costelinhas e com pedras. Andávamos a 30 Km/h .
Pelo
menos pegamos fim de tarde no Salar!
Fim de tarde colorido no branco do Salar de Uyuni - Bolívia
Logo
que deixamos o Salar, pusemos o diesel do galão no tanque (15 litros ) e seguimos
pelo outro lado. Já não avistávamos mais a imensidão branca.
Chegamos
ainda com dia ao povoado Colcha K. Tomamos informações com um senhor, que
também estava mascando coca e seguimos para San Juan.
Nessa
altura, a noite chegou e o estresse também. O pára-brisa sujo, com o reflexo de
fim de tarde, atrapalhava a visão dos buracos.
Chegamos
a San Juan antes das 20 horas e achamos um oásis: o Hostal Magia de San Juan.
Com
quartos confortáveis, ficamos bem instalados. Demos a maior sorte! Pagamos Bs.
416,50 (US$ 60,00/R$ 123,03) pelo pernoite.
O
problema desses hotéis menores é o aquecimento da água do banho. Quase nunca
está no ponto de uso. Eles ligam o gás quando o hóspede chega, e demora um tempo
para esquentar. Esperamos 40 minutos para tomar banho.
O hostal
se parecia com um pub inglês.
Jantamos
salada com peito de frango e sopa de legumes.
Jantar delicioso e ambiente aconchegante – San Juan -
Bolívia
Ambientes bem transados do Hostal Magia de San Juan - Bolívia
Milanesa de frango com salada e batatas – Hostal Magia de San Juan - Bolívia
Estava
tudo ótimo! Bebemos vinho boliviano: Campos
de Solana, das uvas Cabernet
Sauvignon, de 2011, com 13,8% de álcool.
O vinho do nosso jantar no Hostal Magia de San Juan - Bolívia
Não foi
possível apreciar muito o vinho, pois a taça era de bojo pequeno. O pouco que
senti, parecia amadeirado e frutado.
A
sala do jantar é na penumbra, o que me dá agonia.
Enquanto
esperava a comida ser servida, preparei sanduíches para amanhã. Com a penumbra,
cortei o dedo.
San
Juan está a “apenas” 3.800 m
de altitude, e será moleza dormir.
Acréscimos
do Marcio
A estrada de Potosi para
Uyuni é nova e a paisagem no caminho linda.
Quando se está quase
chegando à cidade de Uyuni, avista-se o Salar de Uyuni do alto. Lindíssimo!
A cidade possui três postos
de combustível, mas somente 1 vende para estrangeiros (viu como se parece com
Cuba!?). Neste, o diesel tinha acabado, mas chegaria em 30 min. Havia uma fila
imensa, que muito lembrava os tempos de racionamento no Brasil.
Depois que tomamos
conhecimento dessa limitação quanto ao combustível, fiquei inseguro em deixar o
tanque baixar muito e não encontrar local que vendesse diesel para
estrangeiros.
Sempre que passávamos
por algum posto, eu entrava. Se ele fosse dos que abastecia veículos
estrangeiros, eu enchia o tanque, mesmo se tivesse gasto apenas 10 litros . Queria estar
sempre com ele cheio.
Compramos mais água,
pão, mortadela, suco e bananas, para comermos durante nossa travessia até o
Chile.
O salar é totalmente
plano e imenso. Pode-se acelerar e fechar os olhos, pois não há nada pela
frente. Sentimos como se estivéssemos em um barco, no mar, pois as referências
fixas ou inexistem ou estão no horizonte.
Rodamos 180 Km dentro do salar. Da
sua borda até o povoado de San Juan, onde pernoitamos, foi um sacrifício, pois
a estrada estava uma merda. O carro trepidava tanto que a bagagem até se
deslocava. Havia momentos que até andava de lado.
Vale registrar: o nome
“completo” do povoado onde dormimos hoje é San Juan del Rosário.
O carro está ainda mais
imundo. Parece que passaram cola na lataria e jogaram areia. Espero conseguir
lavá-lo quando chegarmos ao Chile.
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