sábado, 29 de novembro de 2014

(115) 2014 - Viagem ao Uruguai - PARTE 9 - ARGENTINA - CRUZANDO O RIO DA PRATA E CONHECENDO BUENOS AIRES



PARTE 9
ARGENTINA – CRUZANDO O RIO DA PRATA E CONHECENDO BUENOS AIRES

25º DIA – 12.10.2014 – Domingo
(URUGUAI: Colônia do Sacramento – ARGENTINA: Buenos Aires)
Acordamos cedo. Acho que foi a ansiedade, pois hoje pegaremos o barco da Buquebus para irmos para Buenos Aires.
Arrumamos o resto das nossas roupas e fomos para o café da manhã. Durante um tempinho éramos os únicos comendo.
Tudo resolvido e com a pousada paga, a Clênia pediu à recepcionista para ligar para a empresa de táxi e antecipar o horário de nos levar ao porto. Deixamos a pousada às 9:30 h.
Como nosso carro ficou guardado no estacionamento da pousada, tive que deixar com eles a chave. Antes, mostrei-lhes o Turbo Timer, o equipamento que tenho instalado e que mantém o motor ligado por dois minutos, mesmo após a retirada da chave da ignição. Não quis que eles se assustassem com isso, caso precisem manobrá-lo.
Chegamos ao porto com bastante antecedência, já que nosso barco partiria apenas às 11:15 h. Fizemos o check-in, passamos pela migração, quando, no mesmo momento, foi providenciada nossa saída do Uruguai e nossa entrada na Argentina. Havia funcionários de ambos os países compartilhando o balcão.
Achei muito boa a idéia do compartilhamento, pois adiantou bastante o desembaraço no desembarque.
Tudo foi muito parecido com o que acontece num aeroporto.



Sala de embarque no porto de Colônia do Sacramento: igual a um aeroporto - URUGUAI
 
O barco é grande, mas totalmente fechado. Não se parece com um navio. Não existe espaço ao ar livre para os passageiros, que vão sentados em poltronas semelhantes às dos aviões, ou podem passear a bordo pelo free-shop ou pela lanchonete. Os preços da loja não são atraentes.


Não tem a forma de um navio, mas é rápido e confortável


Interior do barco da Buquebus que pegamos para Buenos Aires


Chegamos em Buenos Aires em uma hora. O desembarque foi tranquilo e a retirada da bagagem -- igual ao aeroporto, em esteiras – rápida.
A Argentina ainda não está com horário de verão, como no Uruguai. Atrasamos nossos relógios em uma hora.
Como hoje estava acontecendo a maratona na cidade, o trânsito havia sido modificado e os táxis não chegavam até o porto. Tivemos que caminhar uns 100 m com as malas para tomar o transporte para o hotel.
Nosso hotel é o Apart San Diego Recoleta, que fica na Calle Rodriguez Peña, 1.158. Como é perto do porto, chegamos rapidamente. A corrida de táxi custou AR$ 42,00 (US$ 5,15/R$ 11,68).
Não pudemos entrar na hora que chegamos, pois o check-in começava a partir das 14 h e ainda eram 13 h.
Deixamos nossas malas na recepção e fomos almoçar no La Cholita, em frente ao hotel. De entrada, pedimos empanada de berinjela. O prato de ambos foi lomo com purê de abóbora. Tomamos o vinho Finca Natalina, da Bodega Putruele, das uvas syrah – malbec, que (pasmem!) foi servido em copo de água, pois o restaurante não trabalha com taças.



Primeiro almoço em Buenos Aires: La Cholita – Comida boa - ARGENTINA


Bife de lomo no La Cholita – Buenos Aires - ARGENTINA


A comida estava boa e era bem servida. Também não utilizavam pratos, mas tábuas. Pagamos AR$ 185,45 (US$ 22,75/R$ 53,25).
Acabado o almoço, fomos passear pelo bairro. Olhando para cima nas ruas, vi muitos fios passando de um prédio para o outro, como se fossem gatos de energia ou de TV a cabo.



Seriam gatos de energia ou de sinal de TV a cabo? Buenos Aires - ARGENTINA


Fomos até o Café La Biela (Av. Quintana, 596), mas a Clênia o achou muito sofisticado e cheio de idosos e não quis ficar. Acabamos no concorrente em frente, o Persicco, que também é uma sorveteria. A torta de chocolate que ela pediu para acompanhar o café estava divina! Pagamos AR$ 86,00 (US$ 10,55/R$ 24,69).



Entrada do Café La Biela, onde a Clênia não quis ficar – Buenos Aires - ARGENTINA


Persicco, o concorrente em frente – Buenos Aires - ARGENTINA


Seguimos para o Museu Nacional de Belas Artes, antes cruzando toda a feira de artesanato que ocupa a Praça Juan XXIII.



Escultura em frente ao Café La Biela – Buenos Aires – ARGENTINA


A mesma escultura, agora em close – Buenos Aires - ARGENTINA


Feira de artesanato na Praça San Juan – Buenos Aires - ARGENTINA


Museu Nacional de Belas Artes – Buenos Aires - ARGENTINA


Apreciando as peladonas com mais de um século – Belas Artes – Buenos Aires - ARGENTINA


Quando retornamos, já estava anoitecendo e estávamos mortos de cansaço. Resolvemos que comeríamos no quarto mesmo, já que estamos num apart hotel, com uma pequena sala e uma mini-cozinha. Clênia foi ao supermercado em frente e trouxe alguns croissants e suco.
Fizemos a festa e fomos dormir!
26º DIA – 13.10.2014 – 2ª feira
(ARGENTINA: Buenos Aires)
Nosso café da manhã foi um fiasco!
O local onde estamos hospedados não dispõe de refeitório para refeições. Com isso, o café da manhã incluído na diária é terceirizado e servido num restaurante que fica na mesma rua (o Rigoleto), a uns 100 m do hotel. Ganhamos dez tíquetes para usarmos nessa primeira refeição, já que teremos cinco manhãs aqui.
Fomos até lá e constatamos que com o tal tíquete tínhamos direito a apenas três pequenos croissants cada um, um copo (super pequeno) de suco de laranja (quase que apenas um gole) e uma xícara de café ou de chá ou de chocolate quente/frio. Imagina! Não fosse a Clênia ter comprado ontem algumas bananas, que comemos no quarto antes de irmos, teríamos ficado com fome.



O avantajado café da manhã fornecido no Rigoleto – Buenos Aires - ARGENTINA


Detalhe interessante: hoje é feriado aqui na Argentina, relativo ao dia 12 de Outubro, Dia da América. Quando o feriado cai no final de semana, ele é puxado para a sexta-feira ou para a segunda-feira. Em 2008, exatamente neste dia de hoje (13/10 – segunda-feira), estávamos voltando do Deserto do Atacama e passeávamos na cidade argentina de Humauaca. Incrível coincidência!
Bem, desgraças à parte quanto ao café da manhã, saímos para curtir o dia. Começamos pelo Cemeterio La Recoleta, que é um dos maiores do mundo, com mais de 6.400 túmulos. Fica na Av. Quintana esquina com a Calle Junín.
Ele realmente é imenso e repleto de esculturas e bustos. É uma cidade silenciosa. Logo na entrada, uma senhora nos ofereceu um mapa do local. Em troca, lhe demos R$ 5,00 (US$ 2,14).
Visitamos o túmulo da Evita Perón e de algumas personalidades da história argentina, assim como fotografamos algumas coisas que achamos interessantes.
É incrível como a população idolatra a Evita! Havia um homem ao lado do túmulo, que nos contou toda a história daquela senhora.



No Cemeterio La Recoleta – Buenos Aires - ARGENTINA


Do cemitério passamos novamente na feira de artesanatos, onde a Clênia comprou outras gargantilhas para presentear amigas e uma bolsa de couro para a Soninha.
Seguimos caminhando até a Calle Florida. Nesse trajeto, passamos por um Posto Shell e vi os atuais preços dos combustíveis por aqui, que refletem o tamanho da inflação nesses últimos anos.



Preços dos combustíveis em Buenos Aires em OUT/2014 - ARGENTINA


Abaixo, um quadro demonstrativo da evolução dos preços nos quatro momentos em que estivemos no país.
Combustível
2008
2009
2012
2014
Diesel
AR$ 2,71
US$ 0,86
R$ 1,84
AR$ 2,92
US$ 0,77
R$ 1,46
AR$ 5,84
US$ 1,23
R$ 2,51
AR$ 11,36
US$ 1,36
R$ 3,16
Gasolina 95 octanas
AR$ 3,07
US$ 0,97
R$ 2,09
AR$ 2,83
US$ 0,74
R$ 1,42
AR$ 6,60
US$ 1,39
R$ 2,84
AR$ 12,46
US$ 1,49
R$ 3,47
Gasolina 97 octanas
AR$ 3,47
US$ 1,10
R$ 2,36
AR$ 3,43
US$ 0,90
R$ 1,72
AR$ 6,89
US$ 1,45
R$ 2,97
AR$ 14,31
US$ 1,71
R$ 3,98
Chegamos à Praça San Martin e localizamos a famosa Calle Florida. Como já estávamos famintos, resolvemos almoçar antes de começarmos a caminhada. Escolhemos o Filo, que fica na Calle San Martín, 975 e oferece uma enorme variedade de pratos.





Entrada do Restaurante Filo – Buenos Aires - ARGENTINA


O restaurante é enorme e bastante antigo, com proposta de cantina italiana. Sua decoração é de madeira e o forno fica no meio do salão, onde os pães servidos são assados na hora.
Fui ao banheiro lavar as mãos e lá dentro havia uma máquina para venda de preservativos que operava com moedas. Nunca tinha visto isso, mas achei uma excelente idéia.



Máquina para venda de preservativos – Restaurante Filo – Buenos Aires - ARGENTINA


Pedimos risotos. Eu, de verduras; a Clênia, de camarão. Bebemos o vinho Fond de Cave, da uva syrah. Tudo estava bem feito e gostoso. Pagamos AR$ 477 (US$ 34,07/R$ 79,73).



Interior do Filo: os pães servidos são assados lá mesmo – Buenos Aires - ARGENTINA


O risoto de camarão da Clênia – Restaurante Filo – Buenos Aires - ARGENTINA


Deixamos o Filo e caminhamos pela Calle Florida até a Galeria Pacífico. Nesse trajeto, passamos por inúmeros arbolitos, cambistas que ficam ao logo da rua, o tempo todo gritando: câmbio, câmbio, câmbio.



Conversando com uma arbolita sobre a cotação para o dólar – Buenos Aires - ARGENTINA


Na Calle Florida, em frente à Galeria Pacífico – Buenos Aires - ARGENTINA


Entramos na Galeria Pacífico e percorremos seus corredores e lojas. Muito cheio de gente e com lojas refinadas, mas nada que nos encantasse – acho que estamos calejados, e nos encantar está cada vez mais difícil.



Interior da Galeria Pacífico – Buenos Aires - ARGENTINA


A Clênia gostou de um tênis da loja Salomon (marca francesa, muito famosa aqui na Argentina). O preço estava bom, mas ela não tinha pesos suficientes.
Voltamos para a Calle Florida e trocamos com um dos arbolitos, que pagou AR$ 14,15 por cada dólar, quando a casa de câmbio oficial pagava AR$ 8,15.
Voltamos na loja Salomon, mas não havia o número dela. O vendedor pesquisou e encontrou um último par numa filial próximo ao nosso hotel. Passaremos lá amanhã.
Continuamos nossa caminhada até a Praça de Maio, onde ficam museus, o Banco de La Nación e a Casa Rosada, o palácio presidencial. Aproveitamos e fizemos a visita guiada.



À esquerda (telhado verde), o Banco de La Nación – Buenos Aires - ARGENTINA


Em frente à Casa Rosada, na Plaza de Mayo – Buenos Aires - ARGENTINA


Descansando nos jardins da Casa Rosada – Buenos Aires - ARGENTINA


Com uma guia, percorremos muitos ambientes do palácio, praticamente todos decorados com quadros e fotografias de personalidades da história da Argentina e dos vizinhos sul-americanos. Foi muito bom!



Um dos pátios internos da Casa Rosada – Buenos Aires - ARGENTINA


Pintura de Perón e Evita, num dos salões da Casa Rosada – Buenos Aires - ARGENTINA


Voltamos de táxi, pois estávamos esgotados de tanto andar.
Tomamos banho e jantamos em frente ao hotel, na pizzaria Cumaná. Acho que ela pertence ao mesmo proprietário do La Cholita, onde almoçamos ontem, pois a decoração e os utensílios de mesa são idênticos.
Pedimos um calzone pequeno de berinjela. Apesar de ser dito que ele era pequeno, foi suficiente para nós dois. Gostei, apesar de ainda achar que o do Don Giovanni, em Brasília (DF) – Brasil é o melhor. Pagamos AR$ 115,00 (US$ 8,21/R$ 19,22).
27º DIA – 14.10.2014 – 3ª feira
(ARGENTINA: Buenos Aires)
Hoje levamos presunto, ovos cozidos e suco de laranja para reforçar nosso fraco café da manhã. Aí foi ótimo, pois fizemos sanduíches com os croissants e repetimos os copos de suco. Antes, comemos, na sala do nosso quarto, banana amassada com aveia.
Agendamos com a recepção do hotel para hoje à tarde um passeio pelo Delta do Rio Tigre, na cidade vizinha de mesmo nome. Custou-nos AR$ 620,00 (US$ 44,29/R$ 103,63).
Saímos para a Clênia comprar o tênis dela na Loja Salomon próxima ao hotel. Depois de muito experimentar os diversos modelos, comprou um diferente daquele que tinha visto (e gostado) ontem. Pagou AR$ 1.489,00 (US$ 106,36/R$ 248,88).
Após a compra, fomos novamente à Calle Florida para trocar mais dólares para pagarmos o hotel, que aceitava a moeda americana mas a uma taxa desfavorável para a gente (AR$ 8,15). Com o mesmo arbolito de ontem, trocamos à taxa de AR$ 14,30.
Havia uma manifestação na Calle Santa Fé, próximo à Praça San Martin. Não deu para entender sobre o que era, mas a polícia já estava lá para cuidar da ordem.



Manifestação na Calle Santa Fé – Buenos Aires – ARGENTINA


Voltamos para o hotel e fizemos o pagamento das cinco diárias, que totalizou AR$ 3.187,50 (US$ 227,68/R$ 532,77).
Conversamos com a gerente e reclamamos do café da manhã oferecido. Soubemos por ela que tudo iria mudar com a construção de um novo salão no térreo, no espaço que hoje é ocupado por uma loja de roupas vizinha e que está com o contrato de aluguel no fim. Farão ali o refeitório do hotel.
Fomos almoçar, pois já eram 12:45 h e a empresa de turismo iria nos pegar às 14 h.
Comemos novamente no La Cholita, em frente ao hotel. Além de a comida ser boa, nos era bastante cômodo ficar próximo, pelo compromisso que tínhamos assumido com o passeio ao Tigre.
Pedi salada ceasar com frango; a Clênia, bife de lomo com purê de abóbora e fritas. E lá se foi outra garrafa de vinho. Como da outra vez, a comida foi servida em tábuas. Minha salada estava deliciosa e a quantidade era honesta para o apetite de um homem faminto. Pagamos AR$ 222,00 (US$ 15,86/R$ 37,11).



A deliciosa salada ceasar do La Cholita – Buenos Aires - ARGENTINA


Voltamos para o hotel e nos preparamos para sermos pegos. Aproximadamente às 14:30 h, uma menina apareceu na porta nos procurando. Ela era da empresa de turismo e nos fez pagar antes de entrarmos no ônibus.
Tigre é uma cidade que fica fora da cidade de Buenos Aires, mas que está localizada na província de Buenos Aires. Deu para entender?!?!
Durante o trajeto, a guia, que falava bem o português, explicou a história da residência presidencial, que foi doada ao Estado por um milionário sem herdeiros nos anos 40, especificamente para que fosse habitada pelos presidentes do país. Essa casa fica na cidade de Olivos, na província de Buenos Aires.
Demos uma parada numa antiga estação ferroviária em Olivos – que hoje funciona como um pequeno shopping --, para que os passageiros fossem ao banheiro e para a compra de algumas besteirinhas. Clênia aproveitou para comprar doce-de-leite para presentear amigos.



Antiga estação ferroviária em Olivos - ARGENTINA


Chegamos ao Tigre e embarcamos. O barco era de tamanho médio, com capacidade para umas 60 pessoas. Ele desceu o rio devagar e uma gravação foi dando esclarecimentos em três idiomas (espanhol, inglês e português).



Embarcando para o passeio pelos canais do Rio Tigre - ARGENTINA


Ao longo das margens das diversas ilhas vemos várias casas, a maioria sob palafitas, que ficam isoladas dos serviços normais de uma cidade (água corrente, gás, esgoto, etc.). Por ali, periodicamente, passam barco-mercado, barco-hospital, etc., atendendo às necessidades dos moradores. Existe escola e serviço de coleta de lixo.



Construção em estilo francês, foi onde funcionou o 1º cassino da Argentina


Moradia às margens do canal do Rio Tigre - ARGENTINA


Vejam como guardam os barcos por aqui – Tigre - ARGENTINA



O passeio durou cerca de uma hora, e não achei sensacional. Valeu, pois foi uma coisa nova para a gente conhecer uma região aparentemente remota, com infraestrutura simples mas que parece funcionar.
Voltamos e eu fui à manicure em um salão ao lado do hotel. A menina que me atendeu (Karine) fez um bom trabalho. Custou-me AR$ 72,00 (US$ 5,14/R$ 12,03).
A Clênia esqueceu nossa câmera dentro do ônibus de turismo. Ligou para a empresa e, felizmente, eles a haviam encontrado e estará nos esperando amanhã.
Jantamos no Green Eat, uma casa de proposta vegetariana que vende comida saudável pronta, mas que também dispõe de espaço para aqueles que querem comer lá mesmo. Ela fica na Calle Santa Fé, quase esquina com a Calle Rodrigues Peña.
Comi berinjela com ervilhas, arroz e algo que não consegui identificar; a Clênia foi de almôndegas com arroz. Estava razoável. Ruim foi comer em embalagens de alumínio e com talheres de plático. Pagamos AR$ 212,00 (US$ 15,14/R$ 35,43), com brownie e tiramissú de sobremesa.
28º DIA – 15.10.2014 – 4ª feira
(ARGENTINA: Buenos Aires)
Repetimos nosso ritual do café da manhã em dois tempos: comemos banana amassada com aveia na sala do nosso quarto e fomos para o Rigoletto terminar nosso desjejum, levando nosso presunto e o suco de laranja.
Resolvemos que hoje iríamos conhecer o El Caminito, indo de ônibus. Mas é muito complicado para o turista andar de ônibus em Buenos Aires. Explico:
-    os ônibus somente podem ser pagos com moedas, que são depositadas em uma máquina que substitui o cobrador, ou mediante o uso de um cartão magnético específico para o transporte público;
-    esse cartão tem que ser comprado em quiosques nas ruas e carregados com créditos em outro estabelecimento distinto;
-    encontramos o tal quiosque de venda, mas cada cartão -- precisávamos de dois – custava AR$ 30,00 (US$ 2,14/R$ 8,35), e ainda teríamos que ir a outro lugar colocar os créditos.
Desistimos e resolvemos pegar um táxi, pois só tínhamos cédulas e não encontramos nenhum comerciante que trocasse AR$ 20,00 em moedas.
Já que estávamos de táxi, mudamos a ordem dos nossos destinos e fomos primeiro na agência de turismo pegar a câmera esquecida ontem no ônibus. O local era bastante próximo e a corrida custou AR$ 36,00 (US$ 2,57/R$ 6,02).
Com o porteiro do edifício onde funcionava a agência de turismo conseguimos trocar AR$ 12,00. Em seguida, a Clênia tomou um cafezinho e acabamos conseguindo o suficiente em moedas para pagarmos as passagens de ônibus até El Caminito.
Pegamos o ônibus da linha 152, que ia para o Boca. Pagamos AR$ 7,00/cada (US$ 0,50/R$ 1,95).
Logo que descemos no ponto final, passamos por algumas lojas de artesanato e de lembranças e compramos algumas coisinhas para presentear amigos.
Em uma banca de jornal, vimos na primeira página do Le Monde Diplomatique matéria sobre as eleições no Brasil, na Bolívia e no Uruguai, afirmando que elas constituíam um teste para os governos progressistas e definiam o futuro da região.



Dilma e Mujica na primeira página – Buenos Aires – ARGENTINA


Passeamos um pouco pelo El Caminito, que é cheio de pessoas querendo arrancar uns trocados dos turistas. Tem gente vestida de dançarino de tango se oferecendo para tirar fotos, barraquinhas com artesanatos, etc.



Lojas de bugigangas próximo ao El Caminito – Buenos Aires - ARGENTINA


El Caminito – Buenos Aires - ARGENTINA


A Lindinha em El Caminito – Buenos Aires - ARGENTINA


Clênia na Rambla ao lado do El Caminito – Buenos Aires - ARGENTINA


Retornamos pela Rambla até o ponto do ônibus da linha 152 e o tomamos para retornarmos.
Descemos na Praça Eva Perón, entramos na Av. Independência e caminhamos até o Comedor Nikkai, o mais tradicional restaurante de comida japonesa de Buenos Aires. Ele fica no número 732, entre as Calles Chacabuco e Piedras. No local também funcionam academias de Karatê, de Kendô e de Judô.



Faculdade de Engenharia que fica na Praça Eva Perón – Buenos Aires - ARGENTINA


Canto ao Trabalho, monumento de 1927 que fica em frente à Faculdade de Engenharia


O restaurante Nikkai tem aparência de ser bastante tradicional. Sua entrada fica escondida na lateral da entrada de garagem do prédio.
Pedimos gyosa de entrada, teppanyaki de frango com legumes (eu) e combinado de sushi e sashimi (Clênia). Tomamos vinho branco da uva torrontes. Tudo estava muito gostoso. Meu prato era enorme e até sobrou um pouco. Pagamos AR$ 625,00 (US$ 44,64/R$ 104,46).



Entrada do Comedor Nikkai, na lateral do prédio – Buenos Aires - ARGENTINA


Comedor Nikkai: ambiente tranqüilo e comida saborosa – Buenos Aires - ARGENTINA


Nós no Comedor Nikkai – Buenos Aires - ARGENTINA


Voltamos caminhando até a Praça Eva Perón (Av. Paseo Colón), atravessamos todas as pistas e fomos até Puerto Madero.
Em Puerto Madero visitei o Buque Museo Fragata A.R.A. Presidente Sarmiento, do século XIX (1897), que funcionou como navio-escola. Ele está bastante conservado e o visitante pode percorrer quase todas as suas instalações. O ingresso custou AR$ 2,00 (US$ 0,14/R$ 0,33).



Em Puerto Madero, o Buque Museo Fragata Pres. Sarmiento - Buenos Aires - ARGENTINA


Clênia com a Ponte da Mulher ao fundo – Puerto Madero – Buenos Aires - ARGENTINA


Dali, continuamos nossa caminhada até o Parque Natural e Reserva Ecológica Costanera Sur, uma área imensa, com duas lagunas (de Los Patos e de Las Gaviotas) e muitos pássaros, motivo principal de a Clênia querer conhecer.



Entrada da Reserva Ecológica Costanera Sur – Puerto Madero – Buenos Aires - ARGENTINA


Passeando na Reserva Ecológica Costanera Sur – Puerto Madero – Buenos Aires - ARGENTINA


Ficamos perambulando por lá até às 18 h, hora do fechamento.



Beija-flor capturado pela lente da Clênia - Reserva Ecológica Costanera Sur – Puerto Madero – Buenos Aires - ARGENTINA



Caminhamos de volta até a Av. Paseo e pegamos novamente o ônibus da linha 152 de volta ao hotel. Já era fim de tarde e ele logo ficou cheio.
Acolhendo novamente sugestão do recepcionista do hotel, fomos jantar no Covadonga. Ele fica na Calle Riobamba, 1.193, numa esquina, é todo envidraçado, com ambiente aconchegante e com jeito de ser tradicional no bairro, pois mesmo hoje, quarta-feira, estava quase lotado.
Comemos peixe. A Clênia foi de filé de merlusa grelhado; eu, de filé de abadejo com molho e legumes. O molho servido pareceu-me ser pirão, e estava saboroso. Com uma taça de vinho branco pedido pela Clênia, a conta ficou em AR$ 350,00 (US$ 25,00/R$ 58,60).
29º DIA – 16.10.2014 – 5ª feira
(ARGENTINA: Buenos Aires)
Hoje fomos conhecer o Teatro Colón. Chegamos por volta das 10 h e adquirimos os ingressos para a visita guiada das 12 h. Custou AR$ 300,00 (US$ 21,43/R$ 50,14).
Estávamos numa sinuca, pois tínhamos pela frente duas horas de espera, que era pouco tempo para irmos – e voltarmos -- para nosso destino seguinte, o MALBA Museo de Arte Latino-Americano Buenos Aires.



O Obelisco, que fica na Av. 9 de Julio – Buenos Aires - ARGENTINA


Ficamos passeando pelos arredores, até que encontramos um quiosque com uma fila. Curiosos, descobrimos que vendiam cupons de desconto em ingressos para peças de teatro, para uso no mesmo dia da compra.



Quiosque para venda de ingressos com desconto – Buenos Aires - ARGENTINA


Compramos para a peça Intimidade Indecente, que está passando no Teatro Regina, na Calle Santa Fé, próximo ao nosso hotel. Custou-nos AR$ 60,00 (US$ 4,29/R$ 10,03), mais AR$ 240,00 (US$ 17,14/R$ 40,11) que teremos que pagar na troca do cupom pelo ingresso na bilheteria do teatro.
Ainda fazendo hora, fomos tomar um cafezinho no Café Martinez. A Clênia se encantou com o sabor do pó colombiano que serviram, moído na hora. Comprou 250 g dele para levarmos. A conta deu AR$ 25,00 (US$ 1,79/R$ 4,18) pelo cafezinho mais AR$ 99,00 (US$ 7,07/R$ 16,55) pelo pó.



Enquanto esperava, eu lia minha revista de carros – Café Martinez – Buenos Aires - ARGENTINA


Quando nos tocamos, faltavam 5 minutos para a hora da nossa visita guiada ao Teatro Colón. Corremos para lá.



Teatro Colón visto da Av. 9 de Julio – Buenos Aires - ARGENTINA


O guia que nos conduziu chamava-se Juan. Ele contou-nos toda a história do teatro, desde a escolha dos arquitetos responsáveis pelo projeto, a vinda de vários países (da cidade de Carrara, na Itália, de Portugal, etc) dos mármores utilizados nos salões e as destinações de cada ambiente.



Colunas com seus capitéis – Teatro Colón – Buenos Aires - ARGENTINA


Entrada principal – Teatro Colón – Buenos Aires - ARGENTINA


O Teatro Colón funcionou inicialmente no prédio onde hoje é o Banco de La Nación. Ele possui a terceira melhor acústica do mundo, atrás apenas dos teatros de Milão e de Viena. Contribui para essa qualidade o enorme espaço vazio que existe abaixo das poltronas da plateia, que funciona como a caixa acústica de um violão.



Num dos salões do Teatro Colón – Buenos Aires - ARGENTINA


A platéia do Teatro Colón – Buenos Aires - ARGENTINA


Enquanto visitávamos os balcões, uma outra turma de visitação que estava ao lado nos presenteou magnificamente: uma das turistas era cantora e cantou para todos a Ave Maria.
Pudemos comprovar que a acústica é realmente soberba!



Uma apresentação particular à parte – Teatro Colón – Buenos Aires - ARGENTINA


Saímos da visita e caminhamos pela Calle Santa Fé até a Plaza de Mayo. De lá tomamos a Calle Paraguay e fomos até o nº 489, para almoçarmos no Restaurante El Establo, antigo e tradicional.



El Establo – restaurante tradicional em Buenos Aires - ARGENTINA


Para não arriscar, pedi bife de lomo com purê de abóbora; a Clênia, ojo de bife com arroz branco. Tudo foi acompanhado por vinho.



Comida gostosa no El Establo – Buenos Aires - ARGENTINA


Arroz (coisa rara na Argentina) para acompanhar o bife de lomo com purê de abóbora


Sobre o vinho, a Clênia pediu inicialmente o branco da uva torrontés. Não gostou do aroma nem do paladar, além de ele não combinar com a carne pedida. Chamou o garçom e pediu para trocar por outro, dessa vez tinto.
Quando o garçom retornou trazendo a segunda garrafa de vinho, comentou que ele havia provado o devolvido e que a bebida realmente não estava boa.
Pagamos pelo almoço AR$ 650,00 (US$ 46,43/R$ 108,64). O vinho branco não foi cobrado.
Seguimos para o cafezinho da Clênia, que hoje foi na Bonafide Café, na mesma rua do restaurante. Esta cafeteria foi recomendada em vários guias que consultei antes da viagem, e também por meu professor de espanhol, Santiago, que é portenho.



Bonafide Café – um pós almoço delicioso em Buenos Aires - ARGENTINA


Ela adorou, principalmente o chocolate que pediu para acompanhar o café. Não resistiu e comprou uns vinte tabletes para levar para o Brasil. Pagamos AR$ 37,50 (US$ 2,68/R$ 6,27) pelo cafezinho e AR$ 125,00 (US$ 8,93/R$ 20,89) pelos chocolates.



O delicioso kit da Bonafide Café – Buenos Aires - ARGENTINA


Terminado esse momento de puro prazer, seguimos a pé para o MALBA – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, que fica na Av. Figueroa Alcorta, 3.415. Antes, passamos no hotel, deixamos algumas compras que havíamos feito (e que pesavam na mochila) e escovamos os dentes.
A caminhada foi longa. No caminho, passamos pela sede do Automóvel Clube da Argentina (ACA), um prédio grande e imponente, onde também havia um posto de abastecimento da YPF (estatal argentina do petróleo) e uma espécie de lanchonete.
É incrível como esse tipo de entidade ainda tem espaço aqui e no Uruguai, onde vimos o ACU Automóvel Clube do Uruguai em várias localidades. No Brasil existe o Automóvel Clube do Brasil, fundado em 1907 por Alberto Santos Dumont, mas não o percebo muito presente e atuante.
Avistamos também diversas embaixadas, que se localizam nas ruas por onde passamos na caminhada até o MALBA.
Como arte não é nada a minha praia, em museus eu fico boiando igual bosta na água. Mesmo assim, apreciamos as obras de diversos artistas, lemos suas histórias e retornamos (também a pé) para o hotel.



Fachada do MALBA – Buenos Aires - ARGENTINA


Abaporu: obra de 1928 da artista brasileira Tarsila do Amaral – Buenos Aires - ARGENTINA


Autorretrato com Chango y Loro: obra de 1942 da artista mexicana Frida Kahlo


O Impossível: obra de 1945 da artista brasileira Maria Martins – Buenos Aires - ARGENTINA


Marcio Giovani: obra de 1959 de Paulo e Isis - MALBA – Buenos Aires - ARGENTINA


À noite, fomos ao Teatro Regina assistir à peça Intimidade Indecente, com os atores Arnaldo André e Marta González. Os cupons para o desconto nos ingressos foram adquiridos hoje, antes da visita ao Teatro Colón.
A peça trata da trajetória de um casal que aos vinte anos de casados se separa. Mesmos separados, eles mantém contato e conversam sobre suas novas vidas.
O espetáculo foi dividido em vários atos, cada um deles contemplando a passagem de um período de tempo aproximado de dez anos.
Muito interessante foi observar a interpretação dos atores, que com pouca alteração no vestuário, pareciam acusar o envelhecimento com o movimento de seus corpos, as expressões faciais e os tiques adquiridos.
Após a apresentação, e por comodismo, jantamos no El Cholita, em frente ao nosso hotel. Comi salada ceasar e a Clênia foi de salada comum. Pagamos AR$ 150,00 (US$ 10,71/R$ 25,07).












































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Minha primeira língua é o português (português do Brasil), mas entendo um pouco o espanhol e o inglês.

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My first language is Portuguese (Brazilian Portuguese), but I understand a little Spanish and English.

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Mi lengua materna es el portugués (Portugués de Brasil), pero entiendo un poco de Español e Inglés.

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