PARTE 9
ARGENTINA – CRUZANDO O RIO DA PRATA E CONHECENDO
BUENOS AIRES
25º DIA – 12.10.2014 – Domingo
(URUGUAI: Colônia
do Sacramento – ARGENTINA: Buenos Aires)
Acordamos cedo. Acho que foi a ansiedade, pois hoje
pegaremos o barco da Buquebus para
irmos para Buenos Aires.
Arrumamos o resto das nossas roupas e fomos para o café da manhã.
Durante um tempinho éramos os únicos comendo.
Tudo resolvido e com a pousada paga, a Clênia pediu à
recepcionista para ligar para a empresa de táxi e antecipar o horário de nos
levar ao porto. Deixamos a pousada às 9:30 h.
Como nosso carro ficou guardado no estacionamento da
pousada, tive que deixar com eles a chave. Antes, mostrei-lhes o Turbo Timer, o equipamento que tenho
instalado e que mantém o motor ligado por dois minutos, mesmo após a retirada
da chave da ignição. Não quis que eles se assustassem com isso, caso precisem
manobrá-lo.
Chegamos ao porto com bastante antecedência, já que nosso
barco partiria apenas às 11:15 h. Fizemos o check-in,
passamos pela migração, quando, no mesmo momento, foi providenciada nossa saída
do Uruguai e nossa entrada na Argentina. Havia funcionários de ambos os países
compartilhando o balcão.
Achei muito boa a idéia do compartilhamento, pois adiantou
bastante o desembaraço no desembarque.
Tudo foi muito parecido com o que acontece num aeroporto.
Sala
de embarque no porto de Colônia do Sacramento: igual a um aeroporto - URUGUAI
O barco é grande, mas totalmente fechado. Não se parece com
um navio. Não existe espaço ao ar livre para os passageiros, que vão sentados
em poltronas semelhantes às dos aviões, ou podem passear a bordo pelo free-shop ou pela lanchonete. Os preços
da loja não são atraentes.
Chegamos em
Buenos Aires em uma hora. O desembarque foi tranquilo e a
retirada da bagagem -- igual ao aeroporto, em esteiras – rápida.
A Argentina ainda não está com horário de verão, como no Uruguai.
Atrasamos nossos relógios em uma hora.
Como hoje estava acontecendo a maratona na cidade, o
trânsito havia sido modificado e os táxis não chegavam até o porto. Tivemos que
caminhar uns 100 m
com as malas para tomar o transporte para o hotel.
Nosso hotel é o Apart
San Diego Recoleta, que fica na Calle Rodriguez Peña, 1.158. Como é perto
do porto, chegamos rapidamente. A corrida de táxi custou AR$ 42,00 (US$ 5,15/R$ 11,68).
Não pudemos entrar na hora que chegamos, pois o check-in começava a partir das 14 h e
ainda eram 13 h.
Deixamos nossas malas na recepção e fomos almoçar no La
Cholita, em frente ao hotel. De entrada, pedimos empanada
de berinjela. O prato de ambos foi lomo com purê de abóbora. Tomamos o vinho Finca Natalina, da Bodega Putruele, das uvas syrah – malbec, que (pasmem!) foi servido
em copo de água, pois o restaurante não trabalha com taças.
Primeiro almoço em Buenos Aires: La
Cholita – Comida boa - ARGENTINA
A comida estava boa e era bem servida. Também não utilizavam
pratos, mas tábuas. Pagamos AR$ 185,45 (US$
22,75/R$ 53,25).
Acabado o almoço, fomos passear pelo bairro. Olhando para
cima nas ruas, vi muitos fios passando de um prédio para o outro, como se fossem
gatos de energia ou de TV a cabo.
Seriam gatos de energia ou de sinal de TV a cabo? Buenos Aires - ARGENTINA
Fomos até o Café La Biela (Av. Quintana,
596), mas a Clênia o achou muito sofisticado e cheio de idosos e não quis
ficar. Acabamos no concorrente em frente, o Persicco,
que também é uma sorveteria. A torta de chocolate que ela pediu para acompanhar
o café estava divina! Pagamos AR$ 86,00 (US$
10,55/R$ 24,69).
Entrada
do Café La
Biela, onde a Clênia
não quis ficar – Buenos Aires - ARGENTINA
Seguimos para o Museu Nacional
de Belas Artes, antes cruzando toda a feira de artesanato que ocupa a Praça Juan XXIII.
Escultura em frente ao Café La Biela – Buenos Aires – ARGENTINA
Quando retornamos, já estava anoitecendo e estávamos mortos
de cansaço. Resolvemos que comeríamos no quarto mesmo, já que estamos num apart hotel, com uma pequena sala e uma
mini-cozinha. Clênia foi ao supermercado em frente e trouxe alguns croissants e
suco.
Fizemos a festa e fomos dormir!
26º DIA – 13.10.2014 – 2ª feira
(ARGENTINA:
Buenos Aires)
Nosso café da manhã foi um fiasco!
O local onde estamos hospedados não dispõe de refeitório
para refeições. Com isso, o café da manhã incluído na diária é terceirizado e
servido num restaurante que fica na mesma rua (o Rigoleto), a uns 100
m do hotel. Ganhamos dez tíquetes para usarmos nessa
primeira refeição, já que teremos cinco manhãs aqui.
Fomos até lá e constatamos que com o tal tíquete tínhamos
direito a apenas três pequenos croissants cada um, um copo (super pequeno) de
suco de laranja (quase que apenas um gole) e uma xícara de café ou de chá ou de
chocolate quente/frio. Imagina! Não fosse a Clênia ter comprado ontem algumas
bananas, que comemos no quarto antes de irmos, teríamos ficado com fome.
O avantajado café da
manhã fornecido no Rigoleto – Buenos Aires - ARGENTINA
Detalhe interessante: hoje é feriado aqui na
Argentina, relativo ao dia 12 de Outubro, Dia
da América. Quando o feriado cai no final de semana, ele é puxado para a
sexta-feira ou para a segunda-feira. Em 2008, exatamente neste dia de hoje
(13/10 – segunda-feira), estávamos voltando do Deserto do Atacama e passeávamos
na cidade argentina de Humauaca. Incrível coincidência!
Bem, desgraças à parte quanto ao café da manhã, saímos para
curtir o dia. Começamos pelo Cemeterio La Recoleta, que é um
dos maiores do mundo, com mais de 6.400 túmulos. Fica na Av. Quintana esquina
com a Calle Junín.
Ele realmente é imenso e repleto de esculturas e bustos. É
uma cidade silenciosa. Logo na entrada, uma senhora nos ofereceu um mapa do
local. Em troca, lhe demos R$ 5,00 (US$ 2,14).
Visitamos o túmulo da Evita Perón e de algumas
personalidades da história argentina, assim como fotografamos algumas coisas
que achamos interessantes.
É incrível como a população idolatra a Evita! Havia um homem
ao lado do túmulo, que nos contou toda a história daquela senhora.
No Cemeterio La Recoleta – Buenos Aires - ARGENTINA
Do cemitério passamos novamente na feira de artesanatos,
onde a Clênia comprou outras gargantilhas para presentear amigas e uma bolsa de
couro para a Soninha.
Seguimos caminhando até a Calle Florida. Nesse trajeto,
passamos por um Posto Shell e vi os
atuais preços dos combustíveis por aqui, que refletem o tamanho da inflação
nesses últimos anos.
Preços dos combustíveis em Buenos Aires em
OUT/2014 - ARGENTINA
Abaixo, um
quadro demonstrativo da evolução dos preços nos quatro momentos em que
estivemos no país.
Combustível
|
2008
|
2009
|
2012
|
2014
|
Diesel
|
AR$ 2,71
US$ 0,86
R$ 1,84
|
AR$ 2,92
US$ 0,77
R$ 1,46
|
AR$ 5,84
US$ 1,23
R$ 2,51
|
AR$ 11,36
US$ 1,36
R$ 3,16
|
Gasolina 95 octanas
|
AR$ 3,07
US$ 0,97
R$ 2,09
|
AR$ 2,83
US$ 0,74
R$ 1,42
|
AR$ 6,60
US$ 1,39
R$ 2,84
|
AR$ 12,46
US$ 1,49
R$ 3,47
|
Gasolina 97 octanas
|
AR$ 3,47
US$ 1,10
R$ 2,36
|
AR$ 3,43
US$ 0,90
R$ 1,72
|
AR$ 6,89
US$ 1,45
R$ 2,97
|
AR$ 14,31
US$ 1,71
R$ 3,98
|
Chegamos à Praça San
Martin e localizamos a famosa Calle
Florida. Como já estávamos famintos, resolvemos almoçar antes de começarmos
a caminhada. Escolhemos o Filo, que
fica na Calle San Martín, 975 e oferece uma enorme variedade de pratos.
Entrada do Restaurante Filo – Buenos Aires - ARGENTINA
O restaurante é enorme e bastante antigo, com proposta de
cantina italiana. Sua decoração é de madeira e o forno fica no meio do salão,
onde os pães servidos são assados na hora.
Fui ao banheiro lavar as mãos e lá dentro havia uma máquina
para venda de preservativos que operava com moedas. Nunca tinha visto isso, mas
achei uma excelente idéia.
Máquina
para venda de preservativos – Restaurante Filo – Buenos Aires - ARGENTINA
Pedimos risotos. Eu, de verduras; a Clênia, de camarão.
Bebemos o vinho Fond de Cave, da uva syrah. Tudo estava bem feito e gostoso.
Pagamos AR$ 477 (US$ 34,07/R$ 79,73).
Interior
do Filo: os pães
servidos são assados lá mesmo – Buenos Aires - ARGENTINA
Deixamos o Filo e
caminhamos pela Calle Florida até a Galeria Pacífico. Nesse trajeto,
passamos por inúmeros arbolitos,
cambistas que ficam ao logo da rua, o tempo todo gritando: câmbio, câmbio, câmbio.
Conversando
com uma arbolita sobre a
cotação para o dólar – Buenos Aires - ARGENTINA
Entramos na Galeria
Pacífico e percorremos seus corredores e lojas. Muito cheio de gente e com
lojas refinadas, mas nada que nos encantasse – acho que estamos calejados, e
nos encantar está cada vez mais difícil.
Interior da Galeria Pacífico – Buenos Aires - ARGENTINA
A Clênia gostou de um tênis da loja Salomon (marca francesa, muito famosa aqui na Argentina). O preço
estava bom, mas ela não tinha pesos suficientes.
Voltamos para a Calle
Florida e trocamos com um dos arbolitos,
que pagou AR$ 14,15 por cada dólar, quando a casa de câmbio oficial pagava AR$
8,15.
Voltamos na loja Salomon,
mas não havia o número dela. O vendedor pesquisou e encontrou um último par
numa filial próximo ao nosso hotel. Passaremos lá amanhã.
Continuamos nossa caminhada até a Praça de Maio, onde ficam museus, o Banco de La Nación
e a Casa Rosada, o palácio
presidencial. Aproveitamos e fizemos a visita guiada.
À esquerda (telhado
verde), o Banco
de La Nación – Buenos Aires - ARGENTINA
Com uma guia, percorremos muitos ambientes do palácio,
praticamente todos decorados com quadros e fotografias de personalidades da
história da Argentina e dos vizinhos sul-americanos. Foi muito bom!
Um dos pátios internos da
Casa
Rosada – Buenos Aires - ARGENTINA
Voltamos de táxi, pois estávamos esgotados de tanto andar.
Tomamos banho e jantamos em frente ao hotel, na pizzaria Cumaná. Acho que ela pertence ao mesmo
proprietário do La Cholita, onde
almoçamos ontem, pois a decoração e os utensílios de mesa são idênticos.
Pedimos um calzone pequeno de berinjela. Apesar de ser dito
que ele era pequeno, foi suficiente para nós dois. Gostei, apesar de ainda
achar que o do Don Giovanni, em
Brasília (DF) – Brasil é o melhor. Pagamos AR$ 115,00 (US$ 8,21/R$ 19,22).
27º DIA – 14.10.2014 – 3ª feira
(ARGENTINA:
Buenos Aires)
Hoje levamos presunto, ovos cozidos e suco de laranja para
reforçar nosso fraco café da manhã. Aí foi ótimo, pois fizemos sanduíches com
os croissants e repetimos os copos de suco. Antes, comemos, na sala do nosso
quarto, banana amassada com aveia.
Agendamos com a recepção do hotel para hoje à tarde um
passeio pelo Delta do Rio Tigre, na
cidade vizinha de mesmo nome. Custou-nos AR$ 620,00 (US$
44,29/R$ 103,63).
Saímos para a Clênia comprar o tênis dela na Loja Salomon próxima ao hotel. Depois de
muito experimentar os diversos modelos, comprou um diferente daquele que tinha
visto (e gostado) ontem. Pagou AR$ 1.489,00 (US$
106,36/R$ 248,88).
Após a compra, fomos novamente à Calle Florida para trocar mais dólares para pagarmos o hotel, que
aceitava a moeda americana mas a uma taxa desfavorável para a gente (AR$ 8,15).
Com o mesmo arbolito de ontem,
trocamos à taxa de AR$ 14,30.
Havia uma manifestação na Calle Santa Fé, próximo à Praça
San Martin. Não deu para entender sobre o que era, mas a polícia já estava
lá para cuidar da ordem.
Manifestação na Calle
Santa Fé – Buenos Aires – ARGENTINA
Voltamos para o hotel e fizemos o pagamento das cinco
diárias, que totalizou AR$ 3.187,50 (US$ 227,68/R$ 532,77).
Conversamos com a gerente e reclamamos do café da manhã
oferecido. Soubemos por ela que tudo iria mudar com a construção de um novo
salão no térreo, no espaço que hoje é ocupado por uma loja de roupas vizinha e
que está com o contrato de aluguel no fim. Farão ali o refeitório do hotel.
Fomos almoçar, pois já eram 12:45 h e a empresa de turismo
iria nos pegar às 14 h.
Comemos novamente no La Cholita,
em frente ao hotel. Além de a comida ser boa, nos era bastante cômodo ficar
próximo, pelo compromisso que tínhamos assumido com o passeio ao Tigre.
Pedi salada ceasar
com frango; a Clênia, bife de lomo com purê de abóbora e fritas. E lá se foi
outra garrafa de vinho. Como da outra vez, a comida foi servida em tábuas. Minha salada
estava deliciosa e a quantidade era honesta para o apetite de um homem faminto.
Pagamos AR$ 222,00 (US$ 15,86/R$ 37,11).
A deliciosa salada ceasar
do La Cholita – Buenos Aires - ARGENTINA
Voltamos para o hotel e nos preparamos para sermos pegos.
Aproximadamente às 14:30 h, uma menina apareceu na porta nos procurando. Ela
era da empresa de turismo e nos fez pagar antes de entrarmos no ônibus.
Tigre é uma cidade que fica fora da cidade de Buenos Aires,
mas que está localizada na província de Buenos Aires. Deu para entender?!?!
Durante o trajeto, a guia, que falava bem o português,
explicou a história da residência presidencial, que foi doada ao Estado por um
milionário sem herdeiros nos anos 40, especificamente para que fosse habitada
pelos presidentes do país. Essa casa fica na cidade de Olivos, na província de
Buenos Aires.
Demos uma parada numa antiga estação ferroviária em Olivos –
que hoje funciona como um pequeno shopping --, para que os passageiros fossem
ao banheiro e para a compra de algumas besteirinhas. Clênia aproveitou para comprar
doce-de-leite para presentear amigos.
Antiga estação
ferroviária em Olivos - ARGENTINA
Chegamos ao Tigre e embarcamos. O barco era de tamanho
médio, com capacidade para umas 60 pessoas. Ele desceu o rio devagar e uma
gravação foi dando esclarecimentos em três idiomas (espanhol, inglês e
português).
Embarcando para o passeio
pelos canais do Rio Tigre - ARGENTINA
Ao longo das margens das diversas ilhas vemos várias casas,
a maioria sob palafitas, que ficam isoladas dos serviços normais de uma cidade (água
corrente, gás, esgoto, etc.). Por ali, periodicamente, passam barco-mercado,
barco-hospital, etc., atendendo às necessidades dos moradores. Existe escola e
serviço de coleta de lixo.
Construção em estilo
francês, foi onde funcionou o 1º cassino da Argentina
Vejam como guardam os
barcos por aqui – Tigre - ARGENTINA
O passeio durou cerca de uma hora, e não achei sensacional.
Valeu, pois foi uma coisa nova para a gente conhecer uma região aparentemente
remota, com infraestrutura simples mas que parece funcionar.
Voltamos e eu fui à manicure em um salão ao lado do hotel. A
menina que me atendeu (Karine) fez um bom trabalho. Custou-me AR$ 72,00 (US$ 5,14/R$ 12,03).
A Clênia esqueceu nossa câmera dentro do ônibus de turismo.
Ligou para a empresa e, felizmente, eles a haviam encontrado e estará nos
esperando amanhã.
Jantamos no Green Eat,
uma casa de proposta vegetariana que vende comida saudável pronta, mas que
também dispõe de espaço para aqueles que querem comer lá mesmo. Ela fica na
Calle Santa Fé, quase esquina com a Calle Rodrigues Peña.
Comi berinjela com ervilhas, arroz e algo que não consegui
identificar; a Clênia foi de almôndegas com arroz. Estava razoável. Ruim foi
comer em embalagens de alumínio e com talheres de plático. Pagamos AR$ 212,00 (US$ 15,14/R$ 35,43), com brownie e tiramissú de sobremesa.
28º DIA – 15.10.2014 – 4ª feira
(ARGENTINA:
Buenos Aires)
Repetimos nosso ritual do café da manhã em dois tempos: comemos
banana amassada com aveia na sala do nosso quarto e fomos para o Rigoletto terminar nosso desjejum,
levando nosso presunto e o suco de laranja.
Resolvemos que hoje iríamos conhecer o El Caminito, indo de ônibus. Mas é muito complicado para o turista
andar de ônibus em Buenos Aires.
Explico:
- os
ônibus somente podem ser pagos com moedas, que são depositadas em uma máquina
que substitui o cobrador, ou mediante o uso de um cartão magnético específico
para o transporte público;
- esse
cartão tem que ser comprado em quiosques nas ruas e carregados com créditos em
outro estabelecimento distinto;
- encontramos
o tal quiosque de venda, mas cada cartão -- precisávamos de dois – custava AR$
30,00 (US$ 2,14/R$ 8,35), e ainda teríamos que
ir a outro lugar colocar os créditos.
Desistimos e resolvemos pegar um táxi, pois só tínhamos
cédulas e não encontramos nenhum comerciante que trocasse AR$ 20,00 em moedas.
Já que estávamos de táxi, mudamos a ordem dos nossos
destinos e fomos primeiro na agência de turismo pegar a câmera esquecida ontem
no ônibus. O local era bastante próximo e a corrida custou AR$ 36,00 (US$ 2,57/R$ 6,02).
Com o porteiro do edifício onde funcionava a agência de
turismo conseguimos trocar AR$ 12,00. Em seguida, a Clênia tomou um cafezinho e
acabamos conseguindo o suficiente em moedas para pagarmos as passagens de
ônibus até El Caminito.
Pegamos o ônibus da linha 152, que ia para o Boca. Pagamos
AR$ 7,00/cada (US$ 0,50/R$ 1,95).
Logo que descemos no ponto final, passamos por algumas lojas
de artesanato e de lembranças e compramos algumas coisinhas para presentear amigos.
Em uma banca de jornal, vimos na primeira página do Le Monde Diplomatique matéria sobre as
eleições no Brasil, na Bolívia e no Uruguai, afirmando que elas constituíam um
teste para os governos progressistas e definiam o futuro da região.
Dilma e Mujica na
primeira página – Buenos Aires – ARGENTINA
Passeamos um pouco pelo El
Caminito, que é cheio de pessoas querendo arrancar uns trocados dos
turistas. Tem gente vestida de dançarino de tango se oferecendo para tirar
fotos, barraquinhas com artesanatos, etc.
Lojas de bugigangas
próximo ao El
Caminito – Buenos Aires - ARGENTINA
Retornamos pela Rambla até o ponto do ônibus da linha 152 e
o tomamos para retornarmos.
Descemos na Praça Eva
Perón, entramos na Av. Independência e caminhamos até o Comedor Nikkai, o mais tradicional restaurante
de comida japonesa de Buenos Aires. Ele fica no número 732, entre as Calles
Chacabuco e Piedras. No local também funcionam academias de Karatê, de Kendô e
de Judô.
Faculdade de Engenharia que fica na Praça Eva Perón – Buenos Aires - ARGENTINA
O restaurante Nikkai
tem aparência de ser bastante tradicional. Sua entrada fica escondida na
lateral da entrada de garagem do prédio.
Pedimos gyosa de
entrada, teppanyaki de frango com
legumes (eu) e combinado de sushi e sashimi (Clênia). Tomamos vinho branco
da uva torrontes. Tudo estava muito gostoso. Meu prato era enorme e até sobrou
um pouco. Pagamos AR$ 625,00 (US$
44,64/R$ 104,46).
Entrada do Comedor Nikkai, na lateral do prédio – Buenos Aires -
ARGENTINA
Voltamos caminhando até a Praça Eva Perón (Av. Paseo Colón), atravessamos todas as pistas e
fomos até Puerto Madero.
Em Puerto Madero
visitei o Buque Museo Fragata A.R.A.
Presidente Sarmiento, do século XIX (1897), que funcionou como
navio-escola. Ele está bastante conservado e o visitante pode percorrer quase
todas as suas instalações. O ingresso custou AR$ 2,00 (US$ 0,14/R$ 0,33).
Em Puerto Madero, o Buque Museo Fragata
Pres. Sarmiento - Buenos Aires - ARGENTINA
Dali, continuamos nossa caminhada até o Parque Natural e Reserva Ecológica Costanera Sur, uma área imensa,
com duas lagunas (de Los Patos e de Las Gaviotas) e muitos pássaros,
motivo principal de a Clênia querer conhecer.
Entrada
da Reserva Ecológica Costanera Sur – Puerto Madero – Buenos Aires - ARGENTINA
Ficamos perambulando por lá até às 18 h, hora do fechamento.
Beija-flor capturado pela
lente da Clênia - Reserva
Ecológica Costanera Sur – Puerto Madero –
Buenos Aires - ARGENTINA
Caminhamos de volta até a Av. Paseo e pegamos novamente o ônibus
da linha 152 de volta ao hotel. Já era fim de tarde e ele logo ficou cheio.
Acolhendo novamente sugestão do recepcionista do hotel,
fomos jantar no Covadonga. Ele fica
na Calle Riobamba, 1.193, numa esquina, é todo envidraçado, com ambiente
aconchegante e com jeito de ser tradicional no bairro, pois mesmo hoje,
quarta-feira, estava quase lotado.
Comemos peixe. A Clênia foi de filé de merlusa grelhado; eu,
de filé de abadejo com molho e legumes. O molho servido pareceu-me ser pirão, e
estava saboroso. Com uma taça de vinho branco pedido pela Clênia, a conta ficou
em AR$ 350,00 (US$ 25,00/R$ 58,60).
29º DIA – 16.10.2014 – 5ª feira
(ARGENTINA:
Buenos Aires)
Hoje
fomos conhecer o Teatro Colón. Chegamos
por volta das 10 h e adquirimos os ingressos para a visita guiada das 12 h.
Custou AR$ 300,00 (US$ 21,43/R$ 50,14).
Estávamos
numa sinuca, pois tínhamos pela frente duas horas de espera, que era pouco
tempo para irmos – e voltarmos -- para nosso destino seguinte, o MALBA Museo de Arte Latino-Americano Buenos
Aires.
O Obelisco, que fica na Av. 9 de Julio – Buenos Aires
- ARGENTINA
Ficamos
passeando pelos arredores, até que encontramos um quiosque com uma fila.
Curiosos, descobrimos que vendiam cupons de desconto em ingressos para peças de
teatro, para uso no mesmo dia da compra.
Quiosque para venda de ingressos com desconto – Buenos Aires
- ARGENTINA
Compramos
para a peça Intimidade Indecente, que
está passando no Teatro Regina, na
Calle Santa Fé, próximo ao nosso hotel. Custou-nos AR$ 60,00 (US$ 4,29/R$ 10,03), mais AR$ 240,00 (US$
17,14/R$ 40,11)
que teremos que pagar na troca do cupom pelo ingresso na bilheteria do teatro.
Ainda
fazendo hora, fomos tomar um cafezinho no Café
Martinez. A Clênia se encantou com o sabor do pó colombiano que serviram,
moído na hora. Comprou 250 g
dele para levarmos. A conta deu AR$ 25,00 (US$
1,79/R$ 4,18)
pelo cafezinho mais AR$ 99,00 (US$ 7,07/R$ 16,55) pelo pó.
Enquanto esperava, eu lia minha revista
de carros – Café Martinez – Buenos
Aires - ARGENTINA
Quando
nos tocamos, faltavam 5 minutos para a hora da nossa visita guiada ao Teatro Colón. Corremos para lá.
Teatro Colón visto da Av. 9 de Julio – Buenos Aires -
ARGENTINA
O
guia que nos conduziu chamava-se Juan. Ele contou-nos toda a história do
teatro, desde a escolha dos arquitetos responsáveis pelo projeto, a vinda de
vários países (da cidade de Carrara, na Itália, de Portugal, etc) dos mármores
utilizados nos salões e as destinações de cada ambiente.
Colunas com seus capitéis – Teatro Colón – Buenos Aires - ARGENTINA
O Teatro Colón funcionou inicialmente no
prédio onde hoje é o Banco de La Nación. Ele possui a terceira melhor acústica do mundo, atrás apenas dos teatros
de Milão e de Viena. Contribui para essa qualidade o enorme espaço vazio que
existe abaixo das poltronas da plateia, que funciona como a caixa acústica de
um violão.
Num dos salões do Teatro Colón
– Buenos Aires - ARGENTINA
Enquanto
visitávamos os balcões, uma outra turma de visitação que estava ao lado nos
presenteou magnificamente: uma das turistas era cantora e cantou para todos a Ave Maria.
Pudemos
comprovar que a acústica é realmente soberba!
Uma apresentação particular à parte – Teatro Colón – Buenos Aires - ARGENTINA
Saímos
da visita e caminhamos pela Calle Santa Fé até a Plaza de Mayo. De lá tomamos a
Calle Paraguay e fomos até o nº 489, para almoçarmos no Restaurante El Establo, antigo e tradicional.
El Establo – restaurante tradicional em Buenos Aires -
ARGENTINA
Para
não arriscar, pedi bife de lomo com
purê de abóbora; a Clênia, ojo de
bife com arroz branco. Tudo foi acompanhado por vinho.
Comida gostosa no El Establo
– Buenos Aires - ARGENTINA
Sobre
o vinho, a Clênia pediu inicialmente o branco da uva torrontés. Não gostou do aroma nem do paladar, além de ele não combinar
com a carne pedida. Chamou o garçom e pediu para trocar por outro, dessa vez
tinto.
Quando
o garçom retornou trazendo a segunda garrafa de vinho, comentou que ele havia
provado o devolvido e que a bebida realmente não estava boa.
Pagamos
pelo almoço AR$ 650,00 (US$ 46,43/R$ 108,64). O vinho branco não foi
cobrado.
Seguimos
para o cafezinho da Clênia, que hoje foi na Bonafide
Café, na mesma rua do restaurante. Esta cafeteria foi recomendada em vários
guias que consultei antes da viagem, e também por meu professor de espanhol,
Santiago, que é portenho.
Bonafide Café – um pós almoço delicioso em Buenos Aires -
ARGENTINA
Ela
adorou, principalmente o chocolate que pediu para acompanhar o café. Não
resistiu e comprou uns vinte tabletes para levar para o Brasil. Pagamos AR$
37,50 (US$ 2,68/R$ 6,27) pelo cafezinho e AR$
125,00 (US$ 8,93/R$ 20,89) pelos chocolates.
O delicioso kit da Bonafide Café
– Buenos Aires - ARGENTINA
Terminado
esse momento de puro prazer, seguimos a pé para o MALBA – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, que fica na
Av. Figueroa Alcorta, 3.415. Antes, passamos no hotel, deixamos algumas compras
que havíamos feito (e que pesavam na mochila) e escovamos os dentes.
A
caminhada foi longa. No caminho, passamos pela sede do Automóvel Clube da Argentina (ACA), um prédio grande e imponente,
onde também havia um posto de abastecimento da YPF (estatal argentina do petróleo) e uma espécie de lanchonete.
É
incrível como esse tipo de entidade ainda tem espaço aqui e no Uruguai, onde
vimos o ACU Automóvel Clube do Uruguai
em várias localidades. No Brasil existe o Automóvel
Clube do Brasil, fundado em 1907 por Alberto Santos Dumont, mas não o
percebo muito presente e atuante.
Avistamos
também diversas embaixadas, que se localizam nas ruas por onde passamos na
caminhada até o MALBA.
Como
arte não é nada a minha praia, em museus eu fico boiando igual bosta na água.
Mesmo assim, apreciamos as obras de diversos artistas, lemos suas histórias e
retornamos (também a pé) para o hotel.
Fachada do MALBA –
Buenos Aires - ARGENTINA
À
noite, fomos ao Teatro Regina
assistir à peça Intimidade Indecente,
com os atores Arnaldo André e Marta González. Os cupons para o desconto nos
ingressos foram adquiridos hoje, antes da visita ao Teatro Colón.
A
peça trata da trajetória de um casal que aos vinte anos de casados se separa.
Mesmos separados, eles mantém contato e conversam sobre suas novas vidas.
O
espetáculo foi dividido em vários atos, cada um deles contemplando a passagem
de um período de tempo aproximado de dez anos.
Muito
interessante foi observar a interpretação dos atores, que com pouca alteração
no vestuário, pareciam acusar o envelhecimento com o movimento de seus corpos,
as expressões faciais e os tiques adquiridos.
Após
a apresentação, e por comodismo, jantamos no El Cholita, em frente ao nosso hotel. Comi salada ceasar e a Clênia foi de salada comum.
Pagamos AR$ 150,00 (US$ 10,71/R$ 25,07).
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My first language is Portuguese (Brazilian Portuguese), but I understand a little Spanish and English.
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Mi lengua materna es el portugués (Portugués de Brasil), pero entiendo un poco de Español e Inglés.
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