sábado, 29 de novembro de 2014

(114) 2014 - Viagem ao Uruguai - PARTE 8 - URUGUAI - CONHECENDO COLÔNIA DO SACRAMENTO



PARTE 8
URUGUAI – CONHECENDO COLÔNIA DO SACRAMENTO
22º DIA – 09.10.2014 – 5ª feira
(URUGUAI: Montevidéu – Colônia do Sacramento)
Já com quase toda a bagagem no carro, foi só tomar café, pagar a taxa de utilização da garagem (US$ 40,00) e partir. As diárias já estavam quitadas pela reserva feita no Booking.com.
A Clênia quis passar na Bodega Bouza para trocar algumas garrafas de vinho que compramos na primeira visita por outras, de outras uvas. Ela não gostou da que combinava três espécies diferentes daquela fruta, que foi, inclusive, a mais cara.
Chegamos lá e conversamos com o gerente, que prontamente concordou com a troca. Trocamos três garrafas por oito, pagando $U 300,00 (US$ 12,50/R$ 29,25) da diferença.
A Bouza hoje estava lotada de visitantes, praticamente todos brasileiros.


Tonéis de alumínio da Vinícola Bouza – Montevidéu - URUGUAI
 


Feita a troca que queríamos, voltamos em direção a Montevidéu e pegamos a Ruta 1, para Colônia do Sacramento.
A Ruta 1 é uma rodovia de pista dupla e com pedágio. Até nosso destino, pagamos dois de $U 60,00 cada (US$ 2,50/R$ 5,85).
Fica às margens da Ruta 1 a montadora dos carros da marca chinesa Lifan. As carrocerias, sem portas ou qualquer acabamento, ficam empilhadas ao ar livre aguardando a hora da montagem. Achei uma bagunça, mas existem muitos desses carros circulando por aqui.
Na hora da fome ainda estávamos no meio do nada. Num dos povoados por onde passávamos, a Clênia foi olhar o aspecto de um restaurante à beira da estrada e não gostou do que viu. Seguimos com fome.
Quase chegando a Colônia do Sacramento (Ruta 1 Km 140), avistei a placa da Estância El Terruño (S = 34º 21.856’/W = 057º 27.993’/h = 71 m), que informava ter também restaurante aberto ao público. Fomos para lá e a gerente apareceu e nos recebeu ainda no estacionamento.
O local funciona como nossos hotéis-fazenda, com hospedagem, piscina e passeios à cavalo ou em charretes. A diária lá estava a $U 1.800,00 (US$ 75,00/R$ 175,50).


Esperando a “deliciosa” comida no El Terruño – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


Pedimos ravióli (eu) e milanesa de frango (ela). A comida não estava gostosa. Podemos até dizer que estava ruim. O vinho em jarra que a Clênia pediu, horrível. Ela não tomou sequer a taça toda. Comemos, pois era o jeito àquela altura do campeonato. A sobremesa estava incluída e tomei sorvete napolitano. Pagamos $U 600,00 (US$ 25,00/R$ 58,50). Não nos foi cobrado o vinho não tomado.
Seguimos e chegamos a Colônia do Sacramento no final da tarde. Facilmente (com o GPS) encontramos nossa pousada, a El Capullo (S = 34º 28.263’/W = 057º 50.985’/h = 20 m).

Entrada da Pousada El Capullo – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


Após guardarmos o carro na garagem e descarregarmos, a Clênia tirou um cochilo e eu fui atualizar este Diário. Chove e faz frio.
A pousada é transada e equipada com produtos de excelente qualidade (louças sanitárias, lençóis, toalhas, mesas e cadeiras). Possui piscina (pequena) e sauna. A diária, pelo Booking.com, ficou em US$ 100,00.
À noite ainda chuviscava. Após conversarmos com a recepcionista Paula, saímos para buscar um restaurante para jantarmos. Os arredores de onde fica nossa pousada é cheio de opções, e escolhemos o Marlo.
Trata-se de um local requintado, a meia luz, que rapidamente lotou.
Pedi filé de salmão com ratatouille, que continha berinjela, pimentão, cebola, etc. Clênia foi de ojo de boi com abóbora assada. Tomamos vinho da uva pinot. Pagamos com o Visa Travel Money e, dentro da política uruguaia de redução do imposto para pagamentos com cartão, a conta ficou em $U 1.252,95 (US$ 52,51/R$ 122,16), já com a gorjeta incluída.


Interior (escuro) do Marlo – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 
Filé de salmão com ratatouille – Marlo – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


Caminhamos de volta ao hotel e passamos por vários outros restaurantes. O El Drugstore nos chamou a atenção, pois na sua área externa havia três carros antigos -- um deles um Ford 1920 -- que integravam sua decoração.
O tal Ford tinha sua lateral cortada e o interior transformado em uma espécie de varanda. Dentro, uma mesinha, bancos e um cachorro vira-lata dormindo na maior tranquilidade.




Decoração externa do El Drugstore (Ford 1920) – Colônia do Sacramento - URUGUAI


Placa do restaurante El Drugstore – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


A música ao vivo do El Drugstore era conduzida por um casal de brasileiros, que tocava Garota de Ipanema quando passamos. Como o som lá fora estava com o volume muito bom, percebemos que havia uma caixa de som no lugar originalmente ocupado pelo radiador do Ford 1920. Incrível a idéia!
Voltamos para o hotel e amanhã vamos explorar a cidade.
23º DIA – 10.10.2014 – 6ª feira
(URUGUAI: Colônia do Sacramento)
Hoje aconteceu o que eu temia desde que partimos de Brasília (DF): meu dente provisório do implante caiu enquanto eu fazia a escovação. Foi uma merda!
Sem saber se podia ficar sem ele até a volta para o Brasil sem correr o risco de estragar todo o trabalho feito até agora, passei um WhatsApp para o James (meu dentista) perguntando-lhe a respeito.
Paralelamente, a Clênia telefonou para o nosso seguro-viagem e contou a história. Eles anotaram tudo e ficaram de retornar a ligação com orientações.
Muito “P”da vida com o ocorrido, saí para passear na cidade enquanto a Clênia ficou na pousada para não perder o sinal de Wi-Fi e aguardar o retorno da seguradora.
Andei por todo o Centro Histórico. Tudo estava com muitos turistas, a grande maioria brasileiros.
Passei pela Rua dos Suspiros, pelo Portón de Campo, pelo Farol, pela Igreja da Matriz, etc. Estava muito frio e eu preocupado com a Clênia, que tinha ficado na pousada.




Plaza de Armas Manuel Lobo – Colônia do Sacramento - URUGUAI


Propaganda em um restaurante de Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


Voltei e a encontrei. Ela contou que também havia saído e ido ao porto onde pegaremos o barco para Buenos Aires no domingo. Ela queria se informar sobre a devolução dos impostos que se paga, por ocasião da saída do país.
A seguradora ainda não havia retornado a ligação.
Como já passava da hora do almoço e estávamos famintos, fomos comer num restaurante indicado pela recepcionista da pousada, o El Portón, que fica na Calle Gral. Flores, 333 e já tem 30 anos de fundação.


Na entrada do El Portón – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 
A grelha do El Portón – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


Para não arriscarmos, pedimos lomo (nosso filé mignon) com acompanhamento. Neste item, fui de salada de alface com cenoura ralada e tomate; a Clênia, de arroz. Dividimos nossos acompanhamentos e curtimos os dois pedaços enormes de carne que cada um recebeu no prato. Tomamos o vinho branco Cuna, da uva Riesling, da Bodega Los Cerros de San Juan. Tudo estava delicioso! Pagamos $U 1.036,23 (US$ 43,18/R$ 101,03), já com a gorjeta.
Voltamos, escovamos os dentes e saímos para passear no Centro Histórico, o mesmo que eu já havia percorrido sozinho na parte da manhã.


Na famosa Rua dos Suspiros – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 
Farol de Colônia do Sacramento, o último do Uruguai
 
Ruína da muralha no Centro Histórico de Colônia do Sacramento - URUGUAI
 
Veículo que compõe a decoração do Restaurante El Drugstore – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 
Ruas do Centro Histórico de Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


Fomos na Heladeria Freddo, para um sorvetinho básico. Delícia!!! Pagamos $U 174,10 (US$ 7,25/R$ 16,97).
Caminhamos pela orla até o porto onde atracam os iates particulares. Vislumbramos que ali seria um ótimo local para curtirmos o pôr do sol hoje.
Mas esse tal do pôr do sol só aconteceu às 20 h, pois estamos com horário de verão.
 



Após o banho, fomos jantar na La Mia Pizza, que exatamente hoje mudou de endereço. Fomos um dos primeiros clientes no endereço novo: Av. General Flores, 112.
Pedi pizza de espinafre com ovos; a Clênia foi de atum.
As pizzas individuais da La Mia Pizza são retangulares e servidas em tábuas de carne estilizadas (não usam pratos). Pagamos $U 485,00 (US$ 20,21/R$ 47,29), já com a gorjeta. Não aceitam cartões.


Pizza de espinafre com ovos no La Mia Pizza – Colônia do Sacramento – URUGUAI
 


Aqui as pessoas costumam jantar após às 20:30 h, o que para nós é estranho. Os restaurantes permanecem fechados até aquele horário.


As novas instalações do La Mia Pizza – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


24º DIA – 11.10.2014 – Sábado
(URUGUAI: Colônia do Sacramento)
Hoje fomos visitar o bairro Real de San Carlos, distante uns 5 Km de onde estamos. Resolvemos ir de ônibus para podermos retorna caminhando pela Rambla de Las Américas.


Salão do café da manhã na Posada El Capullo – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 


Em 1910 foi inaugurada em Real de San Carlos a Plaza de Toros, local onde aconteciam as touradas (em espanhol, corrida de toros). O mesmo empresário também construiu um cassino e um hipódromo. Seu foco à época eram os turistas argentinos, pois naquele país as touradas estavam proibidas e todos iam ao Uruguai para assisti-las.




Plaza de Toros (ruínas) de Real de San Carlos - URUGUAI



Dois anos após a inauguração, o Governo uruguaio também as proibiu no país, e tudo foi à falência. Hoje, o antigo cassino é uma faculdade particular e a arena está em ruínas e sob o risco de desabamento. Somente o hipódromo ainda funciona, mas decadente.
Ao lado da antiga Plaza de Toros foi construído o Museu Ferroviário, onde existem expostos alguns vagões restaurados e painéis que contam a história da ferrovia no Uruguai.
Num dos vagões funciona um pequeno restaurante, onde almoçamos. Foi a melhor comida que tivemos até agora no Uruguai, no que respeita ao sabor, mais próximo do nosso paladar.

 Vagões expostos no Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI




Vagão-restaurante no Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI


Pedimos lomo (filé mignon) com batata assada e ratatouille (eu) e risoto de cogumelos (Clênia). A entrada foi berinjela assada, recheada com presunto e queijo. O acompanhamento foi vinho tinto. Tudo estava delicioso e charmoso! Pagamos $U 1.640,00 (US$ 68,33/R$ 159,90).

 A deliciosa berinjela da entrada – Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI



Lomo com ratatouille – Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI


O risoto de cogumelos da Clênia – Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI

 À mesa em frente à nossa sentou um casal de americanos com duas filhas, talvez de cinco e de sete anos. Para nosso espanto, todos também falavam espanhol e trataram com as garçonetes na língua local.

No retorno, passamos pelo hipódromo, que está com aparência de abandono. Pegamos a Rambla e fomos caminhando.
 
O hipódromo de Real de San Carlos: aparência de abandono - URUGUAI
 
No trajeto, desviei um pouco e fui conhecer o Museu de Naufrágios e de Tesouros. A Clênia ficou na orla, fotografando pássaros.
Como a sinalização era deficiente, me perdi e fui parar numa pousada, onde consegui com a funcionária um bom mapa da região e a informação precisa de onde ficava o museu. Caminhei mais um bocado até chegar ao local.

 Entrada do Museu de Naufrágios em Real de San Carlos - URUGUAI


Trata-se de um galpão imenso, onde existe a réplica de um galeão espanhol do século XVI, em tamanho natural, com todas as divisões internas que havia no original.
No local há também material coletado em resgates de diversos naufrágios ocorridos no Rio da Prata ao longo dos séculos, tudo separado, classificado e com painéis contendo explicações sobre os respectivos eventos.
Como estava sem a câmera – que ficou com a Clênia --, tive que me contentar com a do aparelho celular, cujo flash não tinha potência suficiente para a penumbra do local. Paguei $U 100,00 pelo ingresso (US$ 4,17/R$ 9,75).



 Museu de Naufrágios e a réplica de um galeão – Real de San Carlos - URUGUAI




Retornei para a Rambla e encontrei a Clênia toda feliz da vida, pois tinha conseguido fotografar diversos pássaros, inclusive um cardeal.
 
Cardeal fotografado pela Clênia às margens da Rambla – Real de San Carlos - URUGUAI

Continuamos nossa caminhada pela Rambla de volta ao Centro de Colônia do Sacramento. Nesse trajeto, vimos diversas pessoas (famílias, amigos, namorados, etc.) curtindo a tarde à beira do rio, alguns fazendo churrasco, outros jogando bola e vários namorando. Muitas pessoas também andavam de bicicletas. Ao todo foram 4,5 km de caminhada.




Na Rambla, com o Rio da Prata ao fundo – Colônia do Sacramento - URUGUAI
 
Fomos conhecer o Colônia Shopping, mas este (como diria a Clênia) era fraquíssimo, com apenas um piso onde ficavam um cinema, um supermercado e poucas lojas. Serviu apenas para utilizarmos os sanitários.
Voltamos para nossa pousada, cansadíssimos de tanto andar.
Mesmo cansados, deixamos nossas pesadas mochilas no quarto e saímos para um sorvete e um café.
Fomos caminhando pelo Centro Histórico e vendo o montão de turitas curtindo tudo aquilo, fotografando e comendo nos diversos estabelecimentos.
Nosso café foi no Deli De Las Rosas; o sorvete, no El Cali, que fica ao lado das ruínas da muralha. Realmente os lácteos por aqui também são gostosos, assim como acontece na Argentina!
Toda essa farra nos custou $U 150,00 e $U 90,00 (US$ 6,25/R$ 14,63 e US$ 3,75/R$ 8,78), respectivamente.
De volta à pousada, descansamos um pouco e eu ainda escrevi um pouco deste Diário e fiz algumas anotações. A Clênia saiu novamente para fotografar o pôr do sol.





Pôr do sol visto pela Clênia em Colônia do Sacramento - URUGUAI


Tomamos nosso banho e fomos jantar. Já estava frio novamente. Basta escurecer que o frio chega, e com vontade.
Após olhar cardápios desse e daquele restaurante, optamos por ficar no Viejo Barrio, pequeno e aconchegante. Já estava bastante cheio quando chegamos por volta das 21 h.
Com medo de errar (como sempre tenho), pedi lomo (nosso filé mignon) com salada; a Clênia foi de filé de peixe. Ela, como sempre também, achou que faltava sal no tempero. Pagamos $U 960,00 (US$ 40,00/R$ 93,60).
Amanhã vamos para Buenos Aires, de barco. O carro ficará aqui,da pousada.
 


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