PARTE 8
URUGUAI – CONHECENDO COLÔNIA DO SACRAMENTO
22º DIA – 09.10.2014 – 5ª feira
(URUGUAI: Montevidéu
– Colônia do Sacramento)
Já
com quase toda a bagagem no carro, foi só tomar café, pagar a taxa de
utilização da garagem (US$ 40,00) e partir. As diárias já estavam quitadas pela
reserva feita no Booking.com.
A
Clênia quis passar na Bodega Bouza
para trocar algumas garrafas de vinho que compramos na primeira visita por
outras, de outras uvas. Ela não gostou da que combinava três espécies
diferentes daquela fruta, que foi, inclusive, a mais cara.
Chegamos
lá e conversamos com o gerente, que prontamente concordou com a troca. Trocamos
três garrafas por oito, pagando $U 300,00 (US$
12,50/R$ 29,25)
da diferença.
A Bouza hoje estava lotada de visitantes,
praticamente todos brasileiros.
Feita
a troca que queríamos, voltamos em direção a Montevidéu e pegamos a Ruta 1,
para Colônia do Sacramento.
A
Ruta 1 é uma rodovia de pista dupla e com pedágio. Até nosso destino, pagamos
dois de $U 60,00 cada (US$ 2,50/R$ 5,85).
Fica
às margens da Ruta 1 a
montadora dos carros da marca chinesa Lifan.
As carrocerias, sem portas ou qualquer acabamento, ficam empilhadas ao ar livre
aguardando a hora da montagem. Achei uma bagunça, mas existem muitos desses
carros circulando por aqui.
Na
hora da fome ainda estávamos no meio do nada. Num dos povoados por onde
passávamos, a Clênia foi olhar o aspecto de um restaurante à beira da estrada e
não gostou do que viu. Seguimos com fome.
Quase
chegando a Colônia do Sacramento (Ruta 1 Km 140), avistei a placa da Estância El Terruño (S = 34º 21.856’/W = 057º 27.993’/h = 71 m), que informava ter
também restaurante aberto ao público. Fomos para lá e a gerente apareceu e nos
recebeu ainda no estacionamento.
O
local funciona como nossos hotéis-fazenda, com hospedagem, piscina e passeios à
cavalo ou em charretes. A
diária lá estava a $U 1.800,00 (US$ 75,00/R$ 175,50).
Esperando
a “deliciosa” comida no El Terruño – Colônia do Sacramento - URUGUAI
Pedimos
ravióli (eu) e milanesa de frango (ela). A comida não estava gostosa. Podemos
até dizer que estava ruim. O vinho em jarra que a Clênia pediu, horrível. Ela
não tomou sequer a taça toda. Comemos, pois era o jeito àquela altura do
campeonato. A sobremesa estava incluída e tomei sorvete napolitano. Pagamos $U
600,00 (US$ 25,00/R$ 58,50). Não nos foi cobrado o
vinho não tomado.
Seguimos
e chegamos a Colônia do Sacramento no final da tarde. Facilmente (com o GPS)
encontramos nossa pousada, a El Capullo
(S = 34º 28.263’/W = 057º 50.985’/h = 20 m).
Após
guardarmos o carro na garagem e descarregarmos, a Clênia tirou um cochilo e eu
fui atualizar este Diário. Chove e faz frio.
A
pousada é transada e equipada com produtos de excelente qualidade (louças
sanitárias, lençóis, toalhas, mesas e cadeiras). Possui piscina (pequena) e sauna.
A diária, pelo Booking.com, ficou em
US$ 100,00.
À
noite ainda chuviscava. Após conversarmos com a recepcionista Paula, saímos
para buscar um restaurante para jantarmos. Os arredores de onde fica nossa
pousada é cheio de opções, e escolhemos o Marlo.
Trata-se
de um local requintado, a meia luz, que rapidamente lotou.
Pedi
filé de salmão com ratatouille, que continha berinjela, pimentão, cebola, etc.
Clênia foi de ojo de boi com abóbora
assada. Tomamos vinho da uva pinot.
Pagamos com o Visa Travel Money e,
dentro da política uruguaia de redução do imposto para pagamentos com cartão, a
conta ficou em $U 1.252,95 (US$ 52,51/R$ 122,16), já com a gorjeta incluída.
Interior (escuro) do Marlo – Colônia do Sacramento - URUGUAI
Caminhamos
de volta ao hotel e passamos por vários outros restaurantes. O El Drugstore nos chamou a atenção, pois
na sua área externa havia três carros antigos -- um deles um Ford 1920 -- que
integravam sua decoração.
O
tal Ford tinha sua lateral cortada e o interior transformado em uma espécie de
varanda. Dentro, uma mesinha, bancos e um cachorro vira-lata dormindo na maior tranquilidade.
Decoração
externa do El Drugstore (Ford
1920) – Colônia do Sacramento - URUGUAI
Placa do restaurante El Drugstore – Colônia do Sacramento - URUGUAI
A
música ao vivo do El Drugstore era
conduzida por um casal de brasileiros, que tocava Garota de Ipanema quando passamos. Como o som lá fora estava com o
volume muito bom, percebemos que havia uma caixa de som no lugar originalmente
ocupado pelo radiador do Ford 1920. Incrível a idéia!
Voltamos
para o hotel e amanhã vamos explorar a cidade.
23º DIA – 10.10.2014 – 6ª feira
(URUGUAI: Colônia
do Sacramento)
Hoje aconteceu o que eu temia desde que partimos de Brasília
(DF): meu dente provisório do implante caiu enquanto eu fazia a escovação. Foi
uma merda!
Sem saber se podia ficar sem ele até a
volta para o Brasil sem correr o risco de estragar todo o trabalho feito até
agora, passei um WhatsApp para o
James (meu dentista) perguntando-lhe a respeito.
Paralelamente, a Clênia telefonou para o nosso seguro-viagem
e contou a história. Eles anotaram tudo e ficaram de retornar a ligação com
orientações.
Muito “P”da vida com o ocorrido, saí para passear na cidade
enquanto a Clênia ficou na pousada para não perder o sinal de Wi-Fi e aguardar o retorno da
seguradora.
Andei por todo o Centro Histórico. Tudo estava com muitos
turistas, a grande maioria brasileiros.
Passei pela Rua dos
Suspiros, pelo Portón de Campo,
pelo Farol, pela Igreja da Matriz, etc. Estava muito frio e eu preocupado com a
Clênia, que tinha ficado na pousada.
Plaza
de Armas Manuel Lobo – Colônia do
Sacramento - URUGUAI
Propaganda em um
restaurante de Colônia do Sacramento - URUGUAI
Voltei e a encontrei. Ela contou que também havia saído e
ido ao porto onde pegaremos o barco para Buenos Aires no domingo. Ela queria se
informar sobre a devolução dos impostos que se paga, por ocasião da saída do
país.
A seguradora ainda não havia retornado a ligação.
Como já passava da hora do almoço e estávamos famintos,
fomos comer num restaurante indicado pela recepcionista da pousada, o El Portón, que fica na Calle Gral.
Flores, 333 e já tem 30 anos de fundação.
Na entrada do El Portón – Colônia do Sacramento - URUGUAI
Para não arriscarmos, pedimos lomo (nosso filé mignon) com
acompanhamento. Neste item, fui de salada de alface com cenoura ralada e tomate;
a Clênia, de arroz. Dividimos nossos acompanhamentos e curtimos os dois pedaços
enormes de carne que cada um recebeu no prato. Tomamos o vinho branco Cuna, da uva Riesling, da Bodega Los Cerros
de San Juan. Tudo estava delicioso! Pagamos $U 1.036,23 (US$ 43,18/R$ 101,03), já com a gorjeta.
Voltamos, escovamos os dentes e saímos para passear no
Centro Histórico, o mesmo que eu já havia percorrido sozinho na parte da manhã.
Na famosa Rua dos Suspiros – Colônia do Sacramento - URUGUAI
Fomos na Heladeria
Freddo, para um sorvetinho básico. Delícia!!! Pagamos $U 174,10 (US$ 7,25/R$ 16,97).
Caminhamos pela orla até o porto onde atracam os iates
particulares. Vislumbramos que ali seria um ótimo local para curtirmos o pôr do
sol hoje.
Mas esse tal do pôr do sol só aconteceu às 20 h, pois
estamos com horário de verão.
Após o banho, fomos jantar na La Mia Pizza, que exatamente hoje mudou de endereço. Fomos um dos primeiros clientes no endereço novo: Av. General Flores, 112.
Pedi pizza de espinafre com ovos; a Clênia foi de atum.
As pizzas individuais da La Mia
Pizza são retangulares e servidas em tábuas de carne
estilizadas (não usam pratos). Pagamos $U 485,00 (US$
20,21/R$ 47,29),
já com a gorjeta. Não aceitam cartões.
Pizza
de espinafre com ovos no La Mia Pizza – Colônia do Sacramento – URUGUAI
Aqui as pessoas costumam jantar após às 20:30 h, o que para
nós é estranho. Os restaurantes permanecem fechados até aquele horário.
As novas instalações do La Mia Pizza – Colônia
do Sacramento - URUGUAI
24º DIA – 11.10.2014 – Sábado
(URUGUAI: Colônia
do Sacramento)
Hoje fomos visitar o bairro Real de San Carlos, distante uns 5 Km de onde estamos.
Resolvemos ir de ônibus para podermos retorna caminhando pela Rambla de Las Américas.
Salão
do café da manhã na Posada El Capullo –
Colônia do Sacramento - URUGUAI
Em 1910 foi inaugurada em Real de San Carlos a Plaza de
Toros, local onde aconteciam as touradas (em espanhol, corrida de toros). O mesmo empresário também construiu um cassino e
um hipódromo. Seu foco à época eram os turistas argentinos, pois naquele país
as touradas estavam proibidas e todos iam ao Uruguai para assisti-las.
Plaza de Toros
(ruínas) de Real de San Carlos - URUGUAI
Dois anos após a inauguração, o Governo uruguaio também as
proibiu no país, e tudo foi à falência. Hoje, o antigo cassino é uma faculdade
particular e a arena está em ruínas e sob o risco de desabamento. Somente o
hipódromo ainda funciona, mas decadente.
Ao lado da antiga Plaza
de Toros foi construído o Museu
Ferroviário, onde existem expostos alguns vagões restaurados e painéis que
contam a história da ferrovia no Uruguai.
Num dos vagões funciona um pequeno restaurante, onde almoçamos.
Foi a melhor comida que tivemos até agora no Uruguai, no que respeita ao sabor,
mais próximo do nosso paladar.
Vagões expostos no Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI
Vagão-restaurante no Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI
Pedimos lomo (filé mignon) com batata assada e ratatouille
(eu) e risoto de cogumelos (Clênia). A entrada foi berinjela assada, recheada
com presunto e queijo. O acompanhamento foi vinho tinto. Tudo estava delicioso
e charmoso! Pagamos $U 1.640,00 (US$ 68,33/R$ 159,90).
A
deliciosa berinjela da entrada – Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI
Lomo com ratatouille – Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI
O
risoto de cogumelos da Clênia – Museu Ferroviário – Real de San Carlos - URUGUAI
À mesa em frente à nossa sentou um casal de americanos com
duas filhas, talvez de cinco e de sete anos. Para nosso espanto, todos também
falavam espanhol e trataram com as garçonetes na língua local.
No retorno, passamos pelo hipódromo, que está com aparência
de abandono. Pegamos a Rambla e fomos caminhando.
O hipódromo de Real de
San Carlos: aparência de abandono - URUGUAI
No trajeto, desviei um pouco e fui conhecer o Museu de Naufrágios e de Tesouros. A
Clênia ficou na orla, fotografando pássaros.
Como a sinalização era deficiente, me perdi e fui parar numa
pousada, onde consegui com a funcionária um bom mapa da região e a informação
precisa de onde ficava o museu. Caminhei mais um bocado até chegar ao local.
Entrada do Museu de Naufrágios em Real de San Carlos - URUGUAI
Trata-se de um galpão imenso, onde existe a réplica de um
galeão espanhol do século XVI, em tamanho natural, com todas as divisões
internas que havia no original.
No local há também material coletado em resgates de diversos
naufrágios ocorridos no Rio da Prata ao longo dos séculos, tudo separado,
classificado e com painéis contendo explicações sobre os respectivos eventos.
Como estava sem a câmera – que ficou com a Clênia --, tive
que me contentar com a do aparelho celular, cujo flash não tinha potência suficiente para a penumbra do local.
Paguei $U 100,00 pelo ingresso (US$ 4,17/R$ 9,75).
Museu
de Naufrágios e a réplica de um galeão –
Real de San Carlos - URUGUAI
Retornei para a Rambla e encontrei a Clênia toda feliz da
vida, pois tinha conseguido fotografar diversos pássaros, inclusive um cardeal.
Cardeal
fotografado pela Clênia às margens da Rambla – Real de San Carlos - URUGUAI
Continuamos nossa caminhada pela Rambla de volta ao Centro
de Colônia do Sacramento. Nesse trajeto, vimos diversas pessoas (famílias,
amigos, namorados, etc.) curtindo a tarde à beira do rio, alguns fazendo
churrasco, outros jogando bola e vários namorando. Muitas pessoas também
andavam de bicicletas. Ao todo foram 4,5 km de caminhada.
Na Rambla, com o Rio da
Prata ao fundo – Colônia do Sacramento - URUGUAI
Fomos conhecer o Colônia
Shopping, mas este (como diria a Clênia) era fraquíssimo, com apenas um
piso onde ficavam um cinema, um supermercado e poucas lojas. Serviu apenas para
utilizarmos os sanitários.
Voltamos para nossa pousada, cansadíssimos de tanto andar.
Mesmo cansados, deixamos nossas pesadas mochilas no quarto e
saímos para um sorvete e um café.
Fomos caminhando pelo Centro Histórico e vendo o montão de turitas
curtindo tudo aquilo, fotografando e comendo nos diversos estabelecimentos.
Nosso café foi no Deli
De Las Rosas; o sorvete, no El Cali,
que fica ao lado das ruínas da muralha. Realmente os lácteos por aqui também
são gostosos, assim como acontece na Argentina!
Toda essa farra nos custou $U 150,00 e $U 90,00 (US$ 6,25/R$ 14,63 e US$ 3,75/R$ 8,78), respectivamente.
De volta à pousada, descansamos um pouco e eu ainda escrevi
um pouco deste Diário e fiz algumas anotações. A Clênia saiu novamente para fotografar
o pôr do sol.
Pôr do sol visto pela
Clênia em Colônia do Sacramento - URUGUAI
Tomamos nosso banho e fomos jantar. Já estava frio novamente.
Basta escurecer que o frio chega, e com vontade.
Após olhar cardápios desse e daquele restaurante, optamos
por ficar no Viejo Barrio, pequeno e
aconchegante. Já estava bastante cheio quando chegamos por volta das 21 h.
Com medo de errar (como sempre tenho), pedi lomo (nosso filé
mignon) com salada; a Clênia foi de filé de peixe. Ela, como sempre também,
achou que faltava sal no tempero. Pagamos $U 960,00 (US$
40,00/R$ 93,60).
Amanhã vamos para Buenos Aires, de barco. O carro ficará aqui,da
pousada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Minha primeira língua é o português (português do Brasil), mas entendo um pouco o espanhol e o inglês.
Registre aqui seu comentário ou sua dúvida, que eu tentarei responder o mais breve possível.
*******************************************************************
My first language is Portuguese (Brazilian Portuguese), but I understand a little Spanish and English.
Register here your comment or question. I will try to respond as soon as possible.
**********************************************************************************
Mi lengua materna es el portugués (Portugués de Brasil), pero entiendo un poco de Español e Inglés.
Regístrese aquí tu comentario o pregunta. Voy a tratar de responder lo más pronto posible.