8º DIA – 26.09.2008 – 6ª
feira
(ARGENTINA: Salta – CHILE: San Pedro de Atacama)
Acordamos às 7h20,
tomamos café e pagamos o hotel. Desta vez não foram aceitos nem real nem dólar
americano.
Temos tido, em geral, um
bom tratamento na Argentina. Todos são atenciosos e educados para informações,
tanto nos hotéis como nas ruas e na casa de apoio turístico.
Fomos à casa de câmbio
na Praça 9 de Julho para trocar dinheiro para pagar a conta das diárias. Trocamos
R$ 600,00 por AR$ 1.008,00, sem cobrança de taxa, cada real comprando AR$ 1,68.
Voltamos para o hotel,
já íntimos das ruas de Salta.
O GPS e o mapa de papel
nos ajudaram a sair da cidade, por volta das 10h30, já com um calor danado de
mais de 30º C. Quando acordamos estava 14º C.
Pegamos a RN-34 e depois
a RN-66 para San Salvador de Jujuy, ou simplesmente Jujuy.
Lá, abastecemos e
seguimos para Purmamarca, o povoado onde estivemos ontem, onde ficam os Cerros de
Las Siete Colores.
Almoçamos no Restaurante El Rincon de Claudia Vilte,
bem aconchegante, tendo em vista o aparente “faroeste” local. Comemos de
entrada pastéis assados, de queijo e de charque de lhama, maravilhosos, além de
salada e um bife de vaca à milanesa.
Restaurante El Rincón de Claudia Vilte – Purmamarca -
Argentina
Seguimos para Susques,
subindo para o Alto Del Morado com 4.170 m de altitude e por um
trecho com 500 curvas fascinantes, com montanhas de diversos tipos e cores, também
visitados ontem.
Aqui é tudo bem
sinalizado, com a identificação das rotas nacionais (RN), o que torna muito
fácil viajar de carro.
Nessas curvas, sinuosas
e íngremes, encontramos vários caminhões de carga. Chega até a assustar quando damos
de cara com eles em alguns trechos.
No caminho, paramos novamente
nas Salinas Grandes, pois ontem o
Marcio perdeu algumas fotos de lá. Tiramos novas e seguimos.
Salinas
Grandes - é tudo um deserto de sal! - Argentina
Na subida para Susques,
chega-se a mais de 3.800 m
e se tem um visual também demais, pela geografia e pela vegetação diferentes das
da região de Salta. Vimos várias lhamas.
Lhama - Dá
vontade de levar para casa!
Eram quase 18 h quando
chegamos a Susques.
Susques: um
oásis no caminho do Deserto do Atacama - Argentina
A cidade é um “ovo” e, dos
4 hotéis existentes, nenhum tinha vaga. Isso gerou preocupação, pois a próxima
cidade seria San Pedro de Atacama – nosso destino de amanhã --, e para chegar
lá teríamos que subir e descer os Andes, e à noite.
Sem
alternativa, assim o fizemos, para não ter que dormir no carro. Foi “a
aventura”, pois eu estava com medo desse trecho desde Brasília, pela altitude,
pelo frio e por ter mais de 200 Km sem cidade alguma no caminho.
À
noite, foi de arrepiar! Passamos na aduana argentina perto das 19 h. No local,
tinham vários funcionários confinados num barracão, gelado e com cheiro de
cigarro insuportável.
Tivemos
que passar por três setores, e depois de algumas perguntas fomos liberados.
O
pôr do sol só aconteceu às 19h30, com uma temperatura bem baixa, não dando
ânimo nem para sair do carro para fazer xixi.
A
noite estava estupidamente gelada e o céu era o mais lindo que já vi.
Chegamos
a 4.836 m
de altura. A minha cabeça apertou e começou uma dor danada. Masquei umas quinze
folhas de coca e tomei um AAS de 500 mg para melhorar. Deu certo. Como é ruim!
GPS
mostrando a altitude de 4.813
m - o recorde na noite foi de 4.830m!
O frio estava de lascar!
Fora do carro seguramente devia estar menos de 5º C.
Quando
descemos os Andes, chegamos a San Pedro do Atacama, que está a um pouco mais de
2.300 m
de altitude.
Passamos
na aduana chilena, onde houve toda a sabatina de novo. Ficaram com as minhas 4
maçãs, e quase tive que deixar uma peça de artesanato feita de madeira de cacto,
pelo risco de estar contaminada com inseto.
Hospedamo-nos
no Hostal La Casa de Myreia, por CH$ 32.000,00
(US$ 60,60)/casal/dia, já incluído o café continental, com café, pão e
manteiga.
Agora
o dinheiro tem um monte de zeros!
Instalamo-nos
e fomos fazer um reconhecimento da cidade. Ela se parece com Arraial D’Ajuda (BA)
ou com Pirenópolis (GO), que durante o dia ficam vazias, com os turistas
passeando, e à noite cheias, com todos comendo. Têm restaurantes aparentemente bons.
Paramos
num mercado para comprar queijo, presunto e frutas para incrementar o café de
amanhã.
Compramos
também dois passeios numa agência de turismo, por US$ 90,00/pessoa: um deles para
o Salar de Tara e o outro para o Gêiser de El Tatio.
Preferimos
que o primeiro deles fosse depois de amanhã, para que pudéssemos descansar um
pouco antes e, também, para que amanhã fiquemos por nossa conta.
Trocamos
dinheiro na casa de câmbio, onde aceitaram o Real (R$) e o Dólar Americano
(US$).
Jantamos
numa pizzaria vizinha ao hotel, onde eu comi uma lasanha de salmão com queijo
de cabra; o Marcio foi de frango, tipo à suprema. Tomamos um vinho cabernet (reserva),
com 14% de álcool.
Voltamos
para o hotel e amanhã não temos hora para acordar.
Como
a umidade é baixa por aqui! Deve estar a uns 5º C lá fora do quarto.
Acréscimos do Marcio
Antes de sairmos do Hotel Alto Parque, em Salta, aproveitei
que lá tem internet grátis e consultei novamente meu e-mail. Constatei que a
seguradora havia me mandado o Endosso do seguro da Hilux, dessa vez corrigido,
com a inclusão da Extensão de Perímetro, exigido no Chile.
Por isso, antes de deixarmos a cidade
ainda passamos em uma Lan House ,
para imprimir o tal documento, que salvei no pen-drive.
Depois do almoço em Purmamarca, já na
estrada para Susques, ultrapassamos várias vezes um ônibus de turismo
argentino, que voltava a nos ultrapassar quando parávamos para a Clênia
fotografar lhamas e paisagens.
Devido a isso, o tal coletivo chegou
antes da gente em Susques e ocupou totalmente os dois últimos hotéis ainda com
vaga no povoado.
Nossa entrada no Chile se deu por um
local conhecido como Paso de Jama. Outra opção teria sido pelo Paso de Sico,
uma continuação da estrada que leva de Salta até o povoado de Santo Antônio De
Los Cobres, porém em estradas de terra.
Após a fronteira com a Argentina, a
estrada passa a ser a R-27.
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