terça-feira, 30 de abril de 2013

(010) 2008 - Viagem ao Deserto do Atacama - ARGENTINA - CHILE: DESLOCAMENTO DE SALTA PARA SAN PEDRO DE ATACAMA

8º DIA – 26.09.2008 – 6ª feira
(ARGENTINA: Salta – CHILE: San Pedro de Atacama)

Acordamos às 7h20, tomamos café e pagamos o hotel. Desta vez não foram aceitos nem real nem dólar americano.

Temos tido, em geral, um bom tratamento na Argentina. Todos são atenciosos e educados para informações, tanto nos hotéis como nas ruas e na casa de apoio turístico.

Fomos à casa de câmbio na Praça 9 de Julho para trocar dinheiro para pagar a conta das diárias. Trocamos R$ 600,00 por AR$ 1.008,00, sem cobrança de taxa, cada real comprando AR$ 1,68.

Área da Praça 9 de Julio – Salta - Argentina

Voltamos para o hotel, já íntimos das ruas de Salta.

O GPS e o mapa de papel nos ajudaram a sair da cidade, por volta das 10h30, já com um calor danado de mais de 30º C. Quando acordamos estava 14º C.

Pegamos a RN-34 e depois a RN-66 para San Salvador de Jujuy, ou simplesmente Jujuy.

Lá, abastecemos e seguimos para Purmamarca, o povoado onde estivemos ontem, onde ficam os Cerros de Las Siete Colores.

Almoçamos no Restaurante El Rincon de Claudia Vilte, bem aconchegante, tendo em vista o aparente “faroeste” local. Comemos de entrada pastéis assados, de queijo e de charque de lhama, maravilhosos, além de salada e um bife de vaca à milanesa.

Restaurante El Rincón de Claudia Vilte – Purmamarca - Argentina

Seguimos para Susques, subindo para o Alto Del Morado com 4.170 m de altitude e por um trecho com 500 curvas fascinantes, com montanhas de diversos tipos e cores, também visitados ontem.

Aqui é tudo bem sinalizado, com a identificação das rotas nacionais (RN), o que torna muito fácil viajar de carro.

Nessas curvas, sinuosas e íngremes, encontramos vários caminhões de carga. Chega até a assustar quando damos de cara com eles em alguns trechos.

No caminho, paramos novamente nas Salinas Grandes, pois ontem o Marcio perdeu algumas fotos de lá. Tiramos novas e seguimos.

Salinas Grandes - é tudo um deserto de sal! - Argentina

Na subida para Susques, chega-se a mais de 3.800 m e se tem um visual também demais, pela geografia e pela vegetação diferentes das da região de Salta. Vimos várias lhamas.

Lhama - Dá vontade de levar para casa!

Eram quase 18 h quando chegamos a Susques.

Susques: um oásis no caminho do Deserto do Atacama - Argentina

A cidade é um “ovo” e, dos 4 hotéis existentes, nenhum tinha vaga. Isso gerou preocupação, pois a próxima cidade seria San Pedro de Atacama – nosso destino de amanhã --, e para chegar lá teríamos que subir e descer os Andes, e à noite.

Sem alternativa, assim o fizemos, para não ter que dormir no carro. Foi “a aventura”, pois eu estava com medo desse trecho desde Brasília, pela altitude, pelo frio e por ter mais de 200 Km sem cidade alguma no caminho.

À noite, foi de arrepiar! Passamos na aduana argentina perto das 19 h. No local, tinham vários funcionários confinados num barracão, gelado e com cheiro de cigarro insuportável.

Tivemos que passar por três setores, e depois de algumas perguntas fomos liberados.

O pôr do sol só aconteceu às 19h30, com uma temperatura bem baixa, não dando ânimo nem para sair do carro para fazer xixi.

A noite estava estupidamente gelada e o céu era o mais lindo que já vi.

Chegamos a 4.836 m de altura. A minha cabeça apertou e começou uma dor danada. Masquei umas quinze folhas de coca e tomei um AAS de 500 mg para melhorar. Deu certo. Como é ruim!

GPS mostrando a altitude de 4.813 m - o recorde na noite foi de 4.830m!

O frio estava de lascar! Fora do carro seguramente devia estar menos de 5º C.

Quando descemos os Andes, chegamos a San Pedro do Atacama, que está a um pouco mais de 2.300 m de altitude.

Passamos na aduana chilena, onde houve toda a sabatina de novo. Ficaram com as minhas 4 maçãs, e quase tive que deixar uma peça de artesanato feita de madeira de cacto, pelo risco de estar contaminada com inseto.

Hospedamo-nos no Hostal La Casa de Myreia, por CH$ 32.000,00 (US$ 60,60)/casal/dia, já incluído o café continental, com café, pão e manteiga.

Agora o dinheiro tem um monte de zeros!

Instalamo-nos e fomos fazer um reconhecimento da cidade. Ela se parece com Arraial D’Ajuda (BA) ou com Pirenópolis (GO), que durante o dia ficam vazias, com os turistas passeando, e à noite cheias, com todos comendo. Têm restaurantes aparentemente bons.

Paramos num mercado para comprar queijo, presunto e frutas para incrementar o café de amanhã.

Compramos também dois passeios numa agência de turismo, por US$ 90,00/pessoa: um deles para o Salar de Tara e o outro para o Gêiser de El Tatio.

Preferimos que o primeiro deles fosse depois de amanhã, para que pudéssemos descansar um pouco antes e, também, para que amanhã fiquemos por nossa conta.

Trocamos dinheiro na casa de câmbio, onde aceitaram o Real (R$) e o Dólar Americano (US$).

Jantamos numa pizzaria vizinha ao hotel, onde eu comi uma lasanha de salmão com queijo de cabra; o Marcio foi de frango, tipo à suprema. Tomamos um vinho cabernet (reserva), com 14% de álcool.

Voltamos para o hotel e amanhã não temos hora para acordar.

Como a umidade é baixa por aqui! Deve estar a uns 5º C lá fora do quarto.

Acréscimos do Marcio

Antes de sairmos do Hotel Alto Parque, em Salta, aproveitei que lá tem internet grátis e consultei novamente meu e-mail. Constatei que a seguradora havia me mandado o Endosso do seguro da Hilux, dessa vez corrigido, com a inclusão da Extensão de Perímetro, exigido no Chile.

Por isso, antes de deixarmos a cidade ainda passamos em uma Lan House, para imprimir o tal documento, que salvei no pen-drive.

Depois do almoço em Purmamarca, já na estrada para Susques, ultrapassamos várias vezes um ônibus de turismo argentino, que voltava a nos ultrapassar quando parávamos para a Clênia fotografar lhamas e paisagens.

Devido a isso, o tal coletivo chegou antes da gente em Susques e ocupou totalmente os dois últimos hotéis ainda com vaga no povoado.

Nossa entrada no Chile se deu por um local conhecido como Paso de Jama. Outra opção teria sido pelo Paso de Sico, uma continuação da estrada que leva de Salta até o povoado de Santo Antônio De Los Cobres, porém em estradas de terra.

Após a fronteira com a Argentina, a estrada passa a ser a R-27.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha primeira língua é o português (português do Brasil), mas entendo um pouco o espanhol e o inglês.

Registre aqui seu comentário ou sua dúvida, que eu tentarei responder o mais breve possível.
*******************************************************************
My first language is Portuguese (Brazilian Portuguese), but I understand a little Spanish and English.

Register here your comment or question. I will try to respond as soon as possible.
**********************************************************************************
Mi lengua materna es el portugués (Portugués de Brasil), pero entiendo un poco de Español e Inglés.

Regístrese aquí tu comentario o pregunta. Voy a tratar de responder lo más pronto posible.