terça-feira, 30 de abril de 2013

(008) 2008 - Viagem ao Deserto do Atacama - ARGENTINA: A CAMINHO DE SALTA


4º DIA – 22.09.2008 – 2ª feira

(ARGENTINA: Resistência – Salta)

Acordamos às 6 h, tomamos banho e descemos para o desayuno (café da manhã).

A parte ruim começou pela hora que começavam a servir, apenas a partir das 7 horas. Para quem está pernoitando apenas, fica tarde para reiniciar a viagem. Depois, quando eu vi o cardápio, a decepção foi total para a fome que eu estava. Foi quase pão com pão. Experiência semelhante eu tive em Paris, quando a minha amiga Judite (esposa do Valdir) morreu de rir vendo a minha fome não ser adequadamente saciada. Que saudade do meu Brasil!

Às 8 h deixamos esse fabuloso hotel, já cotado para ser o pior da viagem.

O nosso querido GPS nos tirou com supremacia da cidade e nos levou de volta à estrada com destino a Salta, a RN 16.

O céu está lindo, e limpíssimo, sem uma nuvem. Está 10º C, mas vai esquentar. Estamos a 65 m de altitude, mas na cidade de Salta as coisas já vão começar a subir rumo aos Andes.

A estrada apresentou alguns pontos de recapeamento e não teve mais pedágio, o que pode estar correlacionado ao estado de conservação, não tão bom quanto o encontrado até agora.

Na estrada víamos quase a Arca de Noé, pois, assim como no Brasil, havia burros, cabritos e porcos pelas margens.

Paramos para abastecer e para almoçar num posto de gasolina no povoado de Monte Queimado. O diesel estava bem mais barato, AR$ 2,62 (R$ 1,40).

No posto havia uma lanchonete (comedor). Almocei um PF com salada, bife de frango empanado e pão; o Marcio foi de bife de vaca empanado, fritas e pão. Acabamos pegando o acompanhamento um do outro. Estava bem gostoso. Para as circunstâncias, onde as cidades pelas quais passamos não têm estrutura alguma, foi o melhor.

À medida que nos aproximamos de Salta, a vegetação foi alterando de algo parecido com a nossa caatinga para a de serras bem altas. A altitude foi de 65 m (em Resistência) para 800 m, em apenas 3 horas de estrada.

O cansaço é grande! Já rodamos 3.000 Km. Chegamos a Salta por volta das 18 h, com uma altitude de mais de 1.000 m e temperatura de 25º C. No caminho, pegamos o maior calor, em nada parecendo o frio e a chuva que deixamos no sul do Brasil.

Passamos por um hotel e paramos para pesquisar. A diária, com café da manhã do tipo continental, estava a AR$ 200,00. Como ainda era cedo, resolvemos procurar outro.

Vimos alguns, mas estavam lotados ou não tinham onde parar o carro para descarregar, por situarem-se em rua estreita e com trânsito intenso.

Voltamos ao primeiro hotel, decididos a pagar os AR$ 200,00 (US$ 64,72), mas o último quarto disponível tinha acabado de ser ocupado.

Começamos a procurar por outros nas redondezas, mas também estavam lotados.

Perguntamos e nos foi informado que a cidade de Salta, por ser muito turística, além de ter uma intensa romaria religiosa, é muito procurada, principalmente nos finais de semana.

Começamos a entrar em desespero! Finalmente entramos em um que tinha garagem, elevador, café da manhã do tipo buffet e era bem localizado, por AR$ 175,00 (US$ 56,63) -- Hotel Alto Parque.

Deixamos nossas coisas no hotel e saímos para ver os passeios, principalmente o do Trem para as Nuvens, a principal atração.

Seguindo um mapinha da cidade, fomos ao point, onde há lojas de turismo, casas de câmbio, restaurantes e pontos históricos.

Entramos numa casa de câmbio que também vendia pacotes. Descobrimos que para o trem, que sai apenas às quartas, sextas e domingos, não tinha mais bilhete para a próxima quarta-feira (miércoles).

Ficamos perdidos, pois a nossa partida estava programada para a próxima sexta-feira, e não teríamos tempo para o tal passeio.

Fomos em outra agência e compramos um pacote para ir, de van e na quarta-feira, pelo mesmo trajeto feito pelo trem, com a vantagem de que no retorno eles nos levariam para conhecer outros lugares que pretendíamos ir somente no retorno do Chile.

Junto, e aproveitando uma promoção, compramos também um outro tour para a quinta-feira, para o vilarejo de Cachi. Pagamos pelos dois o equivalente a US$ 186,00/casal, mais barato até do que seria só o do trem, que custaria US$ 280,00/casal.

Amanhã ficaremos pela cidade e descansaremos um pouco.

Jantamos no Restaurante La Fiamma, do outro lado da Praça San Martin, em frente ao hotel, com especialidade em massa. O Marcio foi de bife de chouriço (de vaca) médio (não tão alto), com salada; eu, de aglioline à bolonhesa, a mesma massa de Cascavel (PR), mas bem maior. O meu estava bom, mas o do Marcio tinha muita gordura.

Voltamos para o hotel e agora é dormir.

Acréscimos do Marcio

Até a cidade de Salta passamos por algumas rodovias com cobrança de pedágio, mas para nós eles eram muito baratos (AR$ 2,00 (US$ 0,65), em média) em relação ao benefício de se ter uma pavimentação perfeita.

Após a cidade de Rio Piedras, última da RN 16, viramos à direita na RN 9 (sentido norte), em direção a San Salvador de Jujuy. Depois de alguns quilômetros (uns 77 Km), viramos à esquerda em Gral Güemes, em direção a Salta.

O GPS novamente foi sensacional para auxiliar no trânsito de Salta. Bastava mandar procurar hotel, que ele imediatamente nos guiava, inclusive com voz, até o destino escolhido. A Clênia já dominou o aparelho e sabe fazer quase tudo com ele.

O Hotel Alto Parque tem Wi-Fi para a internet, além de disponibilizar um computador para os hóspedes no térreo.

A garagem é na parte dos fundos do terreno, fechada e coberta.

Na praça que fica em frente, pudemos ver diversas barraquinhas que vendiam de tudo, desde souvenires até aquelas comidas feitas na hora e sem muita higiene. Bem tarde da noite os vendedores desmontavam tudo e colocavam em seus carros para irem embora.

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