terça-feira, 30 de abril de 2013

(003) 2008 - Viagem ao Deserto do Atacama - PLANEJAMENTO

Esta viagem foi planejada a partir de NOV/2007, quando comecei a avaliar a possibilidade de nas férias de 2008 irmos até o Deserto do Atacama, no nosso carro – uma Toyota Hilux SW 4 – 3.0 turbo diesel, ano 1997, atualmente com 145.000 Km rodados.
As pesquisas foram iniciadas no Google, quando surgiram centenas de relatos de pessoas que já haviam feito a viagem. Eram unânimes em afirmar que adoraram o passeio. A maioria delas fez a viagem em curto espaço de tempo, em média 12 dias.
Da leitura que fiz, percebi que vários aspectos deveriam ser mais bem esclarecidos, como por exemplo:
a)  os equipamentos/documentação exigidos para os veículos e para os passageiros pelas legislações dos países por onde passaríamos (Argentina e Chile);
b)  as alternativas para o não-congelamento da água do radiador e do diesel; e
c)  o tipo mais adequado de roupa a ser levada na bagagem, uma vez que num mesmo dia iríamos nos deparar com temperaturas desde 0º C até 30º C, característica de regiões desérticas e de grandes altitudes.
Além disso, também havia o problema físico causado pela altitude, pois subiríamos a até 5.000 m, onde o ar é rarefeito e a pressão atmosférica mais baixa. Essa combinação provoca diferentes reações nas pessoas, que vão desde a dor de cabeça até as náuseas e a falta de ar (cansaço). Isso é chamado de mal da altitude. Dizem que esse distúrbio é controlado/atenuado com a mastigação de folhas de coca ou com a ingestão de aspirina.
Consultadas, as Embaixadas da Argentina e do Chile informaram que, quanto ao veículo, este deveria estar quitado, em nome de um dos passageiros, possuir dois triângulos, cabos para reboque, cambão e macaco hidráulico, além de outros já usuais para nós. Também era exigida a compra de um seguro para danos pessoais (similar ao nosso DPVAT, que não vale fora do Brasil) chamado de Carta Verde.

E ainda, acerca do seguro do carro para danos materiais, seria necessário fazer um endosso (acréscimo ao contrato em vigor), chamado de Extensão de Perímetro, para que a cobertura fosse estendida aos países da América do Sul, não pertencentes ao Mercosul (o caso do Chile).

Para os passageiros, bastava portar a carteira de identidade (emitida há no máximo dez anos) ou o passaporte válido. Sobre a carteira de motorista, ambos os países exigem a Carteira de Motorista Internacional, também conhecida como PID Permissão Internacional para Dirigir, emitida em qualquer DETRAN e cuja validade coincide com a da CNH em vigor.

Adquiri pela internet o mapa rodoviário da América do Sul, onde localizei o trajeto feito por quase todos que deixaram seus relatos na rede.

Como falei antes, praticamente todas as pessoas fizeram o trajeto de ida e volta em média em 12 dias, ou seja, iam quase que direto até a cidade de San Pedro de Atacama – local de onde se sai para todas as atrações do deserto – parando apenas para os pernoites.

Como dispomos de 32 dias, resolvi pesquisar as cidades por onde passaríamos até chegar a San Pedro de Atacama, para descobrir opções de passeios que pudessem quebrar o ritmo intenso da viagem e, também, para que aproveitássemos a oportunidade de já estarmos em outro país e passando por lugares para onde dificilmente voltaríamos em breve.

Atualmente a internet é fantástica para esse tipo de pesquisa. Bastava colocar o nome de cada ponto para que diversos arquivos fossem disponibilizados para consulta.

Após tudo isso, ficou planejado que sairemos do Brasil pela cidade de Foz do Iguaçu (PR) e cortaremos a Argentina no sentido nordeste – noroeste. Na ida, iremos praticamente direto até a cidade de Salta, já ao pé da Cordilheira dos Andes, parando apenas para os pernoites. Em Salta ficaremos aproximadamente três dias, tempo necessário para conhecer os arredores.

A partir dali, a estrada começa a subir bastante, chegando a quase 4.800 m na fronteira com o Chile pelo Paso de Jama.

Até a fronteira, passaremos pela cidade de San Salvador de Jujuy, mas deixaremos para conhecê-la – e seus arredores – na volta.

Em San Pedro de Atacama ficaremos uns cinco dias. Depois, seguiremos para o litoral do Chile (Oceano Pacífico), para a cidade de Iquique. Esta cidade é local de veraneio dos chilenos, e onde fica a maior Zona Franca da América Latina.

O cálculo da viagem surpreendeu positivamente. Como o combustível na Argentina está mais barato que o nosso (no Chile o preço é semelhante ao daqui), e a hotelaria, em média, pratica valores inferiores aos do Brasil, a estimativa de gasto para toda a viagem – aí já previstas as despesas com passeios, ingresso, taxas, etc – ficou em R$ 10.500,00 para o casal, considerando o deslocamento em carro movido a diesel, pelo período de 32 dias, rodando 10.100 Km.

Além desse valor, ainda teremos gastos com a Carta Verde para trinta dias (R$ 216,00), com a aquisição de equipamento de GPS e com a compra de correntes para a neve.

Ao longo dos meses que antecederam a partida adquiri dois aparelhos GPS, ambos da marca GARMIN: um, do tipo Navegador, modelo NUVI 360, pelo qual paguei R$ 990,00 na Loja BH Digital (Mercado Livre); outro, do modelo E-Trex, usado, pelo qual paguei R$ 100,00, já com manual e com alguns acessórios.

Cada um deles terá sua função. O Navegador opera a partir de mapas que são inseridos em cartões SD; o E-Trex será útil para marcar trilhas em locais não mapeados, para orientar-nos no caminho de volta ao ponto de partida conhecido e pré-assinalado.

De posse dos aparelhos, gastei alguns finais de semana lendo os manuais e praticando o manuseio.

Tive que trocar os pneus que estavam no carro, pois eles ultrapassavam os limites do pára-lama, o que poderia vir a ser questionado pelas autoridades argentinas e chilenas, uma vez que isso é proibido em suas legislações de trânsito.

Vendi os antigos (Bridgestone 265/70/15), por R$ 1.000,00, e comprei novos, da marca Firestone, modelo Destination, na medida 235/75/15. Tive apenas que cobrir a diferença de aproximadamente R$ 600,00.

Foi também necessário comprar alguns itens sobressalentes para o carro, tais como lâmpadas, fusíveis, mangueiras, peças, etc, além de confirmar a posse das ferramentas necessárias a qualquer reparo rápido que possa ser preciso.

Quando chegou em meados de AGO/2008, a ansiedade era grande. Tudo já estava praticamente pronto, faltando apenas chegar o dia “D”.

Além disso, os amigos e as pessoas conhecidas que sabiam dos nossos planos, todas as vezes que nos encontravam, perguntavam sobre a viagem.

Em 14/08/2008, adquiri a Carta Verde. Compareci pessoalmente no escritório da Sul América Seguros e fiz a transação. Paguei por ela a importância de R$ 216,00 (US$ 135,00), com validade de trinta dias a partir de 21/09/2008, data em que entraremos na Argentina, por Foz do Iguaçu (PR).

Em 18/08/2008 adquiri o Seguro Saúde da Empresa ISIS, pelo valor de R$ 455,00 (US$ 260,00). A negociação foi na Link Turismo (61-3328-5005).

Na semana da partida resolvi retirar o pára-choque de impulsão (e os faróis de longo alcance) da Hilux, também para evitar questionamentos na viagem.

Um comentário:

Minha primeira língua é o português (português do Brasil), mas entendo um pouco o espanhol e o inglês.

Registre aqui seu comentário ou sua dúvida, que eu tentarei responder o mais breve possível.
*******************************************************************
My first language is Portuguese (Brazilian Portuguese), but I understand a little Spanish and English.

Register here your comment or question. I will try to respond as soon as possible.
**********************************************************************************
Mi lengua materna es el portugués (Portugués de Brasil), pero entiendo un poco de Español e Inglés.

Regístrese aquí tu comentario o pregunta. Voy a tratar de responder lo más pronto posible.